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TEORIAS PSICOLÓGICAS EM ORIENTAÇÃO VOCACIONAL: ABORDAGEM PSICANALÍTICA 2017 MODALIDADE ESTATÍSTICA: PRESSUPOSTOS O jovem não está em condições de chegar a uma decisão por si mesmo. Cada carreira ou profissão requer aptidões específicas: a) definíveis a priori; b) mensuráveis; c) mais ou menos estáveis ao longo da vida. 2 MODALIDADE ESTATÍSTICA: PRESSUPOSTOS A satisfação no estudo e na profissão depende do interesse que se tenha por eles: específico, mensurável e desconhecido pelo sujeito. As profissões e a realidade sociocultural não mudam: pode-se predizer o desempenho futuro de quem se ajusta, por suas aptidões, ao que hoje é determinado carreira ou profissão. 3 MODALIDADE ESTATÍSTICA: PRESSUPOSTOS Se o jovem tem as aptidões suficientes, não terá obstáculos a enfrentar, fará uma carreira bem- sucedida. 4 MODALIDADE ESTATÍSTICA: PRESSUPOSTOS O psicólogo deve desempenhar um papel ativo, aconselhando o jovem. Deixar de fazê-lo aumenta indevidamente a sua ansiedade, quando esta deve ser diminuída. 5 MODALIDADE CLÍNICA: PRESSUPOSTOS O jovem pode chegar a uma decisão se conseguir elaborar os conflitos e as ansiedades experimentadas em relação ao seu futuro. As carreiras e profissões requerem potencialidades, não específicas. ( Não podem ser definidas a priori, nem muito menos medidas). 6 MODALIDADE CLÍNICA: PRESSUPOSTOS O prazer no estudo e na profissão depende do tipo de vínculo que se estabelece com eles, o qual depende da personalidade. O interesse não é desconhecido pelo sujeito, embora, muitas vezes, os motivos determinantes desse interesse específico o sejam. 7 MODALIDADE CLÍNICA: PRESSUPOSTOS A realidade socioeconômica muda incessantemente: novas carreiras, especializações e campos de trabalho. Conhecer a situação atual e antecipar a situação futura são fatores importantes. O jovem deve desempenhar um papel ativo e a tarefa do psicólogo é esclarecer e informar. A ansiedade não deve ser amenizada, mas resolvida; o adolescente deve elaborar os conflitos que lhe deram origem. 8 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL CLÍNICA Perspectiva teórica de Maria Luiza Camargo Torres: (Doutora em Psicologia - Membro da ABOP ) Ideias de Rodolfo Bohoslavsky: Estratégia Clínica. Referencial teórico: Psicanálise. 9 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL CLÍNICA Metodologia própria Fenômenos inconscientes Atendimento individualizado maior efetividade Testes psicológicos podem ser dispensados ênfase nas entrevistas Recursos técnicos: entrevistas abertas, elaboração de uma hipótese diagnóstica, elaboração de um prognóstico e informação ocupacional. 10 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL CLÍNICA OBJETIVOS: a)Compreensão da problemática pessoal e profissional. a)Favorecimento da construção de um projeto de vida mais compatível com os reais interesses e potencialidades do orientando. a)Retificação, complementação e ampliação dos conhecimentos do orientando relativos aos cursos e profissões. 11 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL CLÍNICA: ETAPAS 1. Exploração 2. Estudo das possibilidades 3. Escolha das alternativas 4. Instrumentalização 5. Escolha propriamente dita 6. Integração 12 1. EXPLORAÇÃO Coleta de dados referentes ao orientando. Definição do trabalho a ser desenvolvido. Traçar perfil sobre funcionamento geral do orientando. Elaborar uma hipótese diagnóstica relativa à sua problemática. Formação do vínculo entre orientador e orientando. 13 1. EXPLORAÇÃO (continuação) Buscar esclarecimentos sobre a dimensão temporal: passado, presente e expectativas de futuro. a)Conhecer as ansiedades, medos, conflitos e fantasias presentes em seu discurso. c)Investigar sobre a saúde. c)Pesquisar sobre desempenho intelectual: capacidades, potencialidades, interesses e motivação. Modo como canaliza seus investimentos para os objetos que seleciona. 14 1. EXPLORAÇÃO (continuação) e)Identificar as formas de lazer (tempo livre). f) Conhecer como lida com situações problemáticas e conflituosas. g) Observar como mantém suas relações afetivas (vínculos amorosos) – manifestações transferenciais – protótipos das identificações primárias. h) identificar interferências e influências familiares, de amigos, colegas sobre a escolha profissional. 15 1. EXPLORAÇÃO (continuação) i) Investigar sobre a autoestima e o autoconceito, bem como as defesas que utiliza. j) Identificar a existência de algum núcleo neurótico que o impeça-o de fazer a escolha. k) Registrar como funciona frente às situações problemáticas, de conflito ou dúvidas relatos de vivência de provas, situações de estresse, rompimentos amorosos, perdas. 16 1. EXPLORAÇÃO (continuação) Panorama de funcionamento do orientando – construção da hipótese diagnóstica. Quem é? Que tipo de problema apresenta? Elaboração de prognóstico -> condição e possibilidade de realizar uma escolha satisfatória; saber como será conduzido o processo – deve ser dirigido de modo específico, particular. 17 2. ESTUDO DAS POSSIBILIDADES Orientando: Reconhecimento de suas possibilidades: capacidades, habilidades, criatividade, potencial intelectual. Identificação: desejos -> projeções, aspirações, anseios, sonhos. Identificação: limites materiais, mercadológicos e pessoais. 18 2. ESTUDO DAS POSSIBILIDADES Orientador: Auxiliar a abrir leque de opções. Vislumbrar possibilidades não pensadas. Favorecer e evidenciar contradições na fala - > confrontações - > esclarecimento de desejos e interesses. 19 2. ESTUDO DAS POSSIBILIDADES Observar: Influência das identificações inconscientes. Interferência dos investimentos feitos em objetos amorosos anteriormente eleitos. Profissões consideradas interessantes anteriormente, não têm representação significativa para si, mas são valorizadas pelo círculo familiar ou de amizades. 20 2. ESTUDO DAS POSSIBILIDADES Observar: Manifestações transferenciais na relação orientador-orientando: comprometimento com o processo, horários, regularidade do pagamento, disponibilidade para realizar tarefas solicitadas, crença na ajuda do orientador. Lugar do profissional: detém um saber sobre o orientando. 21 2. ESTUDO DAS POSSIBILIDADES Orientando: Constatação de descobertas sobre si. Vivência de ansiedades e medos. 22 3. ESCOLHA DAS ALTERNATIVAS Escolher avaliar averiguar as opções mais pertinentes e condizentes com a realidade pessoal. Orientador: Proporcionar análise das vantagens e desvantagens de cada alternativa: referenciais internos -> desejos, capacidades, aprendizagens, descobertas. Fazer elaborações mais profundas sobre sua área de interesse. 23 4. INSTRUMENTAÇÃO Informação Orientador: Auxiliar na carência de dados. Promover ampliação e correção das possíveis distorções dos conhecimentos em relação às profissões, cursos, mercado de trabalho, salário, tarefas, capacidades. Informações – catálogos, filmes e visitas aos locais de trabalho. 24 4. INSTRUMENTAÇÃO Incentivo à autonomia: conhecer por conta própria - > implicar o orientando em seu processo de decisão – papel ativo e responsável pela escolha. Informações após a escolha: 1º orientando detecta suas preferências: contato consigo e minimização das interferências. 2º orientando canaliza informações para os campos eleitos. 25 5. ESCOLHA PROPRIAMENTE DITA Orientando deveassumir sua escolha: 1. Apropriação de suas preferências e vai em direção à solução de sua problemática. 2. Consegue escolher objetos em que pode fazer investimentos mais compatíveis com suas determinações internas. 26 5. ESCOLHA PROPRIAMENTE DITA Orientador: Facilitar elaboração de lutos: orientando amplia sua leitura da realidade, incluindo elementos atuais e condizentes com sua vida atual e sociedade, saindo do mundo infantil. 27 6. INTEGRAÇÃO Orientando: Responde às perguntas do início do trabalho. Consolida o início da construção de sua identidade ocupacional. Integra aspectos pessoais e o perfil da profissão escolhida. Reconhece o fechamento e os ganhos no trabalho de OP Clínica. 28 Observações finais: Construção da identidade profissional. Orientando: membro ativo do processo. Etapas se mesclam. Nem sempre se consegue chegar ao final do trabalho. Não-obrigatoriedade da escolha. Clientes imaturos, infantis ou que vivenciam problemas que lhes absorvem por inteiro. 29
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