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Aplicação da lei penal

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APLICAÇÃO DA LEI PENAL
(24/03/2014)
Para que a gente aplique uma norma penal é importante que a gente saiba dizer quando um crime aconteceu, onde um crime aconteceu, qual lei vai ser aplicada a esse crime. Vejam que aparentemente pode parecer perguntas simples, mas a depender das particularidades do caso, iremos ficar na dúvida se não soubermos a teoria de aplicação da lei da pena.
 Por exemplo, vamos supor que eu tenho dado um tiro na vítima no dia 20jan, a vitima foi pro hospital e só morreu no dia 25jan, quando aconteceu esse homicídio? Ou supondo uma variável pior ainda, se no momento do tiro eu tinha 17 anos e no momento da morte da vítima eu já tivesse com 18. Perceba que responder a pergunta quando o crime aconteceu vai ser decisivo para que a gente saiba se eu vou ser punida como um sujeito inimputável em razão da idade ou se eu já poderia ser punida como sujeito imputável. Então responder essas questões é de extrema importância. 
Além disso, vamos imaginar que um crime tenha se desdobrado por mais de um Estado soberano. Um crime que se inicia na Argentina e que se consuma no Brasil ou em ambos, por exemplo.
Aplicação da lei no tempo
Tempo do Crime
Quando o crime aconteceu
Considera-se o crime praticado no momento da ação ou da omissão, mesmo que seja outro o momento do resultado (teoria da atividade ou da conduta, artº4 CP)
Vamos supor que eu quando dei um tiro na vítima, o agente do fato, ele tinha 17 anos, mas quando aconteceu o resultado morte, um ou dois dias depois, esse mesmo agente já estava com 18 anos. Pela teoria da atividade ele é inimputável. 
Pode haver também inimputabilidade em razão da dependência química, em alguns casos.
As consequências penais vão ser definidas de acordo com as características no momento da ação ou da omissão, pouco importando o momento do resultado.
Obs.: A contagem de prescrição, todavia, será feita com base na teoria do resultado. Significa dizer que a prescrição começará a correr, como regra geral, somente do dia em que o crime se consumou (art. 111º inciso I).
Sucessão de leis
Situação que uma lei é substituída, sucedida por outra.
Novas leis que vão se sucedendo no tempo
Novatio Legis: Nova lei
In pejus: Em prejuízo. Irretroativa
In Mellius: Em benefício. Retroativa
Abolitio Criminis: Abolição do crime. O fato deixa de ser considerado criminoso. Por exemplo a lei que extinguiu o crime de adultério.
Retroatividade é a possibilidade de alcançar fatos praticados anteriormente a sua vigência. 
(Ir)retroatividade é a (im)possibilidade de uma lei alcançar fatos praticados antes do início da sua entrada em vigor, antes da sua vigência. 
Lei benéfica irá se aplicar a fatos passados, simplesmente por ser mais benéfica. 
As leis A e B regulam o mesmo crime. Sucederam-se no tempo. Então o crime antes era tratado pela lei A e passou a ser tratado pela lei B. Não vai poder essa lei B retroagir no tempo pra se aplicar ao crime praticado antes do inicio de sua vigência. 
Irretroatividade prejudicial de B. 
Ultratividade de uma lei já revogada, possibilidade de uma lei, mesmo depois de não estar mais em vigor, ser aplicada. Essa ultratividade benéfica de uma lei, obviamente, não vale ad eternum, não vale pra toda a eternidade. Pode ser aplicada desde que pra crimes praticados durante sua vigência. 
Note que, na sucessão de leis no tempo, a irretroatividade prejudicial de uma lei contém como pressuposto lógico a utratividade benéfica de uma lei revogada, desde que para fins de aplicação a um crime praticado durante sua vigência.
Se não fosse assim, nunca iríamos ter uma lei mais gravosa substituindo uma lei mais benéfica. Obedeceríamos a ultratividade benéfica para a vida inteira. 
 
A lei B está voltando no tempo pra alcançar um fato antes do início de sua vigência
Retroatividade benéfica de B.
Questão prática: Em 15 de abril de 2011, João, José e Raimundo, integrantes de uma milícia privada, mataram o guardador de carros Pedro, sob pretexto de prestação de serviço de segurança aos moradores do respectivo bairro, que vinham reclamando reiteradamente da presença do rapaz na rua. (Lei Art. 121º).
Re: Não poderá ter aumento de pena tratado no §6º pelo fato de o crime ser anterior a tal.
Obs.: Há uma situação especial que se diz respeito aos chamados crimes continuados e permanentes. Crime que aconteceu dentro da vigência de duas leis.
Julgamento pela lei B, pois é a lei do crime
Antigamente os doutrinadores faziam retroagir a lei A.
O STF começa a desenvolver a tese que a Lei A não é caso de retroatividade benéfica, visto que o crime acontece também durante a vigência da lei B. Tomaria como parâmetro, no entanto, ou a lei do inicio ou a lei do fim. A lei aplicável seria, então, a lei que está vigente no momento que cessa a continuação, independente do beneficio da lei.
Para crimes permanentes e continuados, a aplicação da lei no tempo de dará com base na Súmula 711 do STF, que padroniza que a lei aplicada em tais casos será aquela vigente no momento em que cessa a permanência ou a continuidade, pouco importando se ela é mais benéfica ou mais gravosa.
Lei posterior ao crime de continuidade ou permanência tem a capacidade de retroagir para beneficiar o réu.
(31/03/2014)
Lei benéfica posterior pode ser aplicada a qualquer momento. Pode haver revisão de pena mesmo depois do trânsito em julgado.
Crimes de continuidade e permanência
Crimes permanentes são aqueles cuja consumação se prolonga no tempo, isto é, enquanto o verbo está sendo praticado, entende-se que o crime também estará se consumando. Depreende-se a permanência a partir do núcleo verbal eleito pelo legislador para compor o tipo incriminador. 
Exemplo: Manter, privar, trazer, etc (sequestro, cárcere privado...).
Traz em si, pela sua própria natureza, uma noção de prolongamento. O verbo continua a ser realizado.
Enquanto há permanência, há consumação de crime.
Já nos crimes continuados o que temos é uma pluralidade de crimes, hipótese em quê, caso preenchidos os requisitos do art.71º, trataremos essa pluralidade como se fosse crime único. 
Note que os crimes permanentes representam uma unidade de crimes real, diferente do que ocorre na continuidade delitiva em que esta unidade é fruto de uma ficção jurídica. 
O art.71º disciplina como critério a existência de mais um crime (ação ou omissão), crimes de mesma espécie, praticados dentro de um mesmo contexto fático-temporal.
Furto continuado: Vários furtos considerados “crime único”
Pode haver crimes permanentes e continuados ao mesmo tempo. (Veremos em Penal III)
Polêmica. Uns entendiam que era a lei A, pois era a mais benéfica. E outros entendiam que era a lei B por ser a lei do momento
O STF disciplina a Súmula 711 pra poder dizer que é a lei B. Não por ela ser mais gravosa, que é irrelevante, mas por ser a lei vigente no momento em que cessou a permanência ou a continuidade.
A Súmula muitas vezes é interpretada equivocadamente.
Alguns autores colocam que a Súmula 711 excepciona o principio da retroatividade benéfica. 
Em alguns casos, há, por exemplo, três crimes praticados na lei A e um apenas na lei B, sendo a lei B mais gravosa. Pela interpretação teleológica da continuidade delitiva é beneficiar o réu. Mas às vezes acaba por prejudicá-lo, a depender do casos, se tratasse cada um dos crimes separadamente poderia ser melhor. Só que a Súmula 711 não permite. 
Instantâneo: Adquirir, vender, oferecer, prescrever, entregar a consumo.
Permanente: Preparar, produzir, expor a venda, ter em deposito, transportar, trazer consigo, guardar.
Continuado: Venda continuada. 
Lei Intermediária 
Em sendo benéfica, a lei intermediária se aplica, ainda que não fosse ela a lei vigente no momento da ação ou da omissão e que já tivesse sido revogada ao tempo do julgamento. A identificação da lei aplicada não fica a cargo da sorte* do curso do processo. Enquanto a lei intermediária benéfica esteve em vigor, o agente adquiriu o direito à sua aplicação. 
*Aplicabilidade da lei a cargo da sorte
Obs.: Noteque se a lei estiver em Vacatio legis NÃO irá se aplicar, ainda que mais benéfica, pois será necessário antes aguardar sua entrada em vigor.
Não pode ser aplicada nem mesmo pra beneficiar.
A Vacatio Legis tem como sentido teleológico a proteção da sociedade para que não cause uma surpresa. Período que a sociedade irá se adaptar a nova lei.
Polêmico. Alguns autores colocam que a Vacatio Legis sendo uma garantia criada para o destinatário da própria norma, poderia este destinatário abrir mão da sua garantia em seu próprio beneficio. Não acontece.
A doutrina majoritária acredita que não pode ser aplicada, pois senão ocorreria insegurança jurídica. 
 Leis excepcionais e temporárias
O Código Penal trata das leis excepcionais e temporárias em seu art.3º. Leis excepcionais são aquelas que só irão viger no curso de uma situação de anormalidade; já as temporárias também cuidam de situação especial, a diferença é que já indicam a data de início e de termino da vigência antecipadamente. Exemplo: estado de defesa, estado de sítio, apagão.
O tratamento para ambas é a mesma, apesar de serem espécies legislativas distintas. 
De acordo com o Código Penal, leis excepcionais e temporárias gozam de ultratividade, isto é, são aplicadas aos crimes praticados durante sua vigência, mesmo após o encerramento desta, e ainda que de forma prejudicial. 
Pergunta para casa: A lei da Copa (Lei 12.663/2012) é excepcional ou temporária? A aplicação dos seus tipos penais, mesmo para além do encerramento da vigência com o fundamento no art.3ºCP, foi recepcionada pela Constituição?
Re: Temporária, pois tem previsão de início e término. Não é recepcionada pela Constituição. O rito não foi correto para ser uma lei penal. Ofensa a vários princípios. 
 (04/04/2014)
Lei A regula situação x e lei B situação y. Leis que sucedem no tempo para falar de fatos diferentes.
Há uma ultratividade prejudicial. É um tipo de exceção
O questionamento doutrinário parte da seguinte linha de orientação: A Constituição Federal quando ela traz o poder de retroatividade benéfica, ela não traria exceções. Quando ela não traz exceções, não caberia o código penal fazê-lo. Então se a Constituição simplesmente diz que a lei benéfica retroage, não pode o código penal dizer que ela retroage, mas que nesse caso não vai retroagir, porque nesse sentido o código penal estaria dando uma leitura mais estrita a uma garantia fundamental que está posta na Constituição Federal. É esse o fundamento doutrinário para dizer que as leis excepcionais e temporárias não teriam sido recepcionadas pela Constituição Federal. Como o Código Penal vem antes da Constituição, não iremos tratar de constitucionalidade ou inconstitucionalidade, mas sim da sua recepção ou não à Constituição que lhe é posterior. 
Argumentos mais usuais em prol da recepção dessas espécies normativas:
1º Não fosse a ultratividade, jamais seriam respeitadas. Duram um período curto. Muito dificilmente há o crime e o julgamento nessas leis pelo motivo do período curto. Essas leis vigem em curto período. Se eu disse que assim que elas fossem substituídas por uma situação de normalidade, botando uma lei provavelmente mais branda podendo alcançar o fato, ninguém iria se preocupar no período de anormalidade, já na certeza que seria criada uma lei posterior que fosse mais branda, mais benéfica. 
*CF/88 traz que a lei penal retroagirá para beneficiar o réu. Daniela Portugal acredita o 1º argumento fraco em relação ao da CF/88.
2º A anormalidade se agrega ao tipo pena como sendo uma elementar deste. 
*Em tempos de Copa: Elementar típico implícito
*Os tribunais federais consideram válidas as leis excepcionais e temporárias, utilizando-se mais do 1º argumento.
Combinação de leis
Diminui-se a pena de 1/6 a 2/3 se o acusador for primário, possuidor de bons antecedentes e não se dedica ou se envolve a atividades de organização criminal.
Soluções: 
Lei A: Retroatividade benéfica quanto à pena mínima
Lei B: Vigente no julgamento. Qualquer pena poderia ser diminuída
Para reincidentes ou envolvimento em organização criminosa: A
Para primários, sem organização criminal: B
Pena Cominada da lei A com a diminuição de pena da lei B: Combinação de leis
Muita gente, com a implantação da nova lei, passa é pedir revisão criminal para que fosse acrescida a diminuição de pena.
Fundamentos da doutrina contra a combinação de leis
A combinação de leis não seria possível porque quando o juiz pega um pedaço da lei A mais um pedaço da lei B, ele na verdade estaria formando uma lei C. Estaria, portanto, usurpando uma função do legislativo e estaria criando outra espécie legal que não foi propriamente prevista em lei. 
Além da usurpação do legislativo, e por consequência, existiria uma ofensa à soberania popular, ao próprio ideal democrático, porque o que o legislativo promulga é fruto do pensamento popular. E aí nesse caso, o juiz estaria inovando sem que a matéria passasse pelo sufrágio popular. 
Argumentos a favor da combinação de lei
O juiz, na verdade, não estaria desnaturando suas leis para formar uma terceira, pois aplica o CAPUT inteiro com o parágrafo 4º inteiro. Ambos passaram por processo legislativo, representando, portanto, sufrágio popular. 
Não existe nada na lei que obste de forma expressa esta atividade. A dúvida deve beneficiar o acusado, aplicando, portanto, a pena cominada da antiga lei de drogas com a diminuição de pena prevista na lei nova. 
Como a matéria foi resolvida?
Diante do impasse, originou-se matéria de divergência entre STF e STJ. 
O entendimento do STJ sempre se orientou pela impossibilidade de combinação, devendo ser analisada qual das duas se aplicaria ao caso concreto. 
O STF, ao julgar a matéria, não contava com sua formação integral de membros, razão pela qual o julgamento da matéria empatou, tendo sido, diante do empate, permitida a combinação (solução provisória, dúvida beneficia o acusado).
No ano passado, O STJ consolidou seu entendimento por meio da Súmula 501 (“...sendo vedada a combinação de leis”).
O STF, por sua vez, tornou a julgar a matéria, já com sua composição integral, no que se decidiu pela impossibilidade de combinação. 
Atualmente, a combinação de leis é uma matéria de convergência entre STF e STJ.
Retroatividade de jurisprudência
A Constituição Federal consagra a retroatividade de lei. 
“Lei penal não retroagirá salvo se for para beneficiar o réu” (retroatividade benéfica e irretroatividade prejudicial).
A segurança jurídica é um principio de maior abrangência do que o principio da legalidade.
Para alguns autores, a retroatividade de jurisprudência fere a segurança jurídica, inclusive para Roxin.
No Brasil, era extremamente comum o roubo com arma de brinquedo. O artigo 157CP prevê que o uso de arma aumenta a pena. STJ então julgava o mesmo entendimento entre a arma de brinquedo e a de verdade, colocando-se no lugar da vítima, pois haveria lesão à liberdade (ato de constrangimento). Revê o entendimento, pois não poderia valorar da mesma forma um sujeito que sai de casa com a arma de brinquedo e outro com arma de verdade, porque esses dois sujeitos possuem reprobabilidades distintas. No primeiro raciocínio do STJ que ele considerava o medo da vítima, chegou a sumular a matéria (súmula 174), falando que o uso da arma de brinquedo implicaria o aumento da pena. O STJ, num segundo momento, revê seu pensamento altamente consolidado e cancela a súmula 174. No momento do cancelamento, muitos condenados passaram a pedir revisão criminal.
Questiona-se a (im)possibilidade de retroatividade jurisprudência, avaliando-se primeiramente se esta prática ofende ou não o principio da segurança jurídica. Para uma primeira corrente existe ofensa, já que a Constituição apenas fala em retroatividade de lei; para um segundo posicionamento, em tempos atuais, cabe promover uma releitura do principio da retroatividade, redimensionando-o a fim de abarcar a retroatividade benéfica, tanto de lei quanto de jurisprudência, concretizando de forma substancial o principioda segurança jurídica. 
As duas correntes opostas usam o mesmo fundamento praticamente, ambas querem concretizar a segurança jurídica. Argumentos opostos partindo de uma mesma base principiológica. 
Os tribunais utilizam às vezes a retroatividade de jurisprudência e isso, para Daniela Portugal, traz insegurança jurídica, a possibilidade ou não da retroatividade de jurisprudência. 
Então, retornando sobre combinação de leis, em possibilidade de casos antigos chegarem agora para serem julgados, posterior a mudança de entendimento do tribunal, será ele julgado pelo entendimento antigo ou novo? Pergunta bastante questionada, pois não sabem respondê-la ao certo. 
(07/04/2014) 
Aplicação da lei no espaço
Questão prática: A presidente Dilma foi sequestrada enquanto estava navegando em águas internacionais em um navio oficial brasileiro para um ato de representação do país. O Ministério Público assinalou que a denúncia só poderia ser oferecida após requisição do Ministro da Justiça, por se tratar de crime praticado contra brasileiro (extraterritorialidade condicionada). Acertou o promotor?
Errou, pois o navio oficial brasileiro é um território acional por extensão ou equiparação. 
Lugar do Crime
Onde o crime aconteceu, onde é considerado praticado. O direito penal brasileiro, como regra geral, só irá ser aplicado a crimes praticados dentro do Brasil. Somente para casos excepcionais, que a gente vai utilizar a lei brasileira para crimes que aconteceram fora do nosso território. 
Quando falamos de aplicação da lei penal do espaço, essa aplicação é em tese. Ao dizer “aplica-se a lei brasileira”, não quer dizer que a lei brasileira vai ser efetivamente aplicada, e sim que a lei brasileira incide naquele caso com a pretensão de ser aplicada. Em grande parte dos casos, a lei brasileira se depara com outras legislações. Conflito entre jurisdições podem ser reguladas por acordos ou pelo direito internacional. 
Nos termos do art.6º CP, lugar do crime é tanto o local em que se deu a ação ou omissão, quanto o local em que se produziu ou deveria ter sido produzido o resultado. Adotou-se, portanto, a teoria da ubiquidade. Note que esta teoria tem utilidade apenas para crimes cometidos à distância, isto é, entre mais de um Estado soberano. 
Ex1:Uma correspondência escrita nos EUA, caluniando alguém é lida no Brasil. É considerado crime cometido dentro do Brasil, pois o resultado ocorreu dentro do Brasil. Não é preciso que a conduta seja 100% no Brasil para dizer que o crime é cometido no Brasil. 
Ex2: Vamos imaginar uma situação que se desenvolveu nos EUA, e uma pequena parte no Brasil e o resultado se deu na Argentina. É crime praticado dentro do Brasil. Então essa ação ou omissão pode acontecer ou na íntegra ou parcial. 
Ex3: A ação aconteceu no EUA, sendo a correspondência foi endereçada para o Brasil, mas acabou sendo extraviada para Argentina. Também é crime cometido dentro do Brasil, porque o resultado deveria ter acontecido dentro do Brasil, mesmo que a ação e o resultado não tenham acontecido dentro do Brasil.
Por que a teoria da ubiquidade tem utilidade para crimes a distancia? Se a ação é desenvolvida em SP e o resultado na Bahia, o crime é praticado somente no Brasil. Pro direito penal é irrelevante em que lugar do Brasil aconteceu o crime, somente será relevante para o direito processual penal. O processo penal irá examinar qual dessas duas unidades federativas será competente territorialmente para processar e julgar o crime. O direito penal quer saber se o crime foi praticado no Brasil ou não, para saber se a gente aplica a lei penal brasileira ou não. 
A intenção do legislador ao utilizar a teoria da ubiquidade é criar a teoria mais ampla possível para evitar hipóteses de impunidade. 
Territorialidade
É a regra geral de aplicação da lei brasileira já que, somente excepcionalmente, será aplicada a lei brasileira para crime em que tenha acontecido integralmente no território estrangeiro. O principio da territorialidade, vale dizer, não é absoluto, podendo ser mitigado por acordos, tratados e normas de direito internacional (territorialidade mitigada ou matizada). 
Existem crimes que aconteceram 100% no território brasileiro, mas para os quais não se aplicarão a lei brasileira, são situações excepcionais, regulamentadas em normas de direito internacional. O exemplo mais claro são as chamadas imunidades diplomáticas e consulares. 
Não confundir lugar do crime com territorialidade
Um navio da marinha brasileira, onde quer que esteja, é território brasileiro.
Se por acaso o crime aconteceu nos EUA, com o envio de uma bomba pra um navio da marinha brasileira, mas que tenha extraviado para uma embarcação inglesa. Esse caso é crime cometido dentro do Brasil. Caso de territorialidade. 
Sobre o conceito de território nacional, o art. 5º CP prevê duas espécies de território: Território natural brasileiro e território brasileiro por extensão ou equiparação. 
Quando falamos de território natural brasileiro, esse território é: solo brasileiro, mar territorial (faixa litorânea até 12 milhas náuticas), espaço aéreo correspondente e subsolo. 
O conceito de território por equiparação também encontra-se no art. 5º CP. Considera-se território por extensão as embarcações e aeronaves brasileiras, públicas ou a serviço do poder público, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedades privadas, que tracem respectivamente o espaço aéreo correspondente ou em alto mar. No parágrafo 2º aborda que é aplicada a lei brasileira a crimes praticados de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, encontrando-se em território natural brasileiro. 
Questão: Em que consiste e qual o alcance do direito de passagem inocente? Existe direito de passagem inocente para aeronaves? 
(09/04/2014)
Extraterritorialidade
Crime praticado FORA do Brasil. 
É considerada uma exceção.
Incondicionada
As hipóteses de extraterritorialidade incondicionada estão previstas no art. 7º, inciso 1 e atendem a previsão do parágrafo 1º, segundo o qual aplica-se a lei brasileira ainda que o agente tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro.
Hipóteses de extraterritorialidade incondicionada são mais gravosas, relacionadas ao exercício da soberania brasileira. 
Ficam sujeitos a lei brasileira, embora tenham sido cometidos no estrangeiro, os crimes:
Contra a vida ou liberdade do Presidente da República.
* Importante dizer que crimes como latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão mediante sequestro e todos os outros crimes previstos pelo CP no título II são considerados crimes contra o patrimônio, mesmo que atinjam a vida ou a liberdade, pois o próprio código penal brasileiro não trata desses crimes como sendo contra vida nem contra a liberdade. 
Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Territórios, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 
*Imaginemos uma plataforma da Petrobrás que seja destruída em um lugar completamente fora do Brasil (território internacional). Esse crime é contra o patrimônio de uma sociedade de economia mista.
*Ao se falar em fé pública, refere-se a moedas (papel ou metálica) e documentos brasileiros. Exemplo de hipótese de extraterritorialidade incondicionada brasileira é a falsificação de moeda ou de passaporte brasileiro (fere a fé pública da União).
Contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
*O CP brasileiro, em seu título XI, cuida dos crimes praticados contra a administração pública, dividindo-o em capítulos, primeiro falando dos por funcionários públicos e posteriormente por particulares. Somente são hipótese de extraterritorialidade incondicionada crimes praticados contra administração pública por funcionário público brasileiro. Se esse crime é praticado por particular, não entra nessa hipótese. 
*Crime de corrupção passiva: Crime praticado por funcionário público (capítulo 1).Receber ou solicitar vantagem de particular. Previsto no CP, na parte especial, título XI, mas especificamente no art. 317. 
*Corrupção ativa: Prevista no art 333 CP. Crime contra administração pública, praticado por particulares (capítulo 2).
De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
*Crime de genocídio refere-se à intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Esta previsão está contida na Lei 2889 de 1956. 
*O que vai diferenciar a pluralidade de homicídios do genocídio é a intenção do sujeito.
*Se o crime de genocídio é tentado ou consumado só reflete na aplicação da pena. A tentativa é uma causa de diminuição de pena, o tipo penal é o mesmo. O sujeito pode ser punido por tentativa de genocídio sem que não tenha causado lesão alguma.
*Princípio da justiça universal ou cosmopolita: Tentar de algum modo criar uma cooperação entre os povos para coibir determinadas práticas. Cooperação de diversos estados soberanos no combate de determinadas práticas. 
Condicionada
Já a extraterritorialidade condicionada tem suas hipóteses no art. 7º inciso 2, e a lei brasileira só pode se aplicar depois de preenchidas cumulativamente as condições do parágrafo 2º, e no caso de crime praticado contra brasileiro fora do Brasil, além das condições do parágrafo 2º, também as do parágrafo 3º.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes:
Que por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
*Exemplo: tráfico internacional de entorpecentes, tráfico internacional de pessoas.
 *Também se utiliza do principio da justiça universal ou cosmopolita
Praticados por brasileiro, onde quer que ele se encontre. 
Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
*Crime praticado fora do Brasil, no território estrangeiro. Preferência de julgar é do território estrangeiro. Se o território estrangeiro não quiser julgar, o Brasil julgará para que não haja impunidade.
*Imagine que dentro de um navio brasileiro, que esteja em águas dos EUA, um francês mate um italiano. Não foi crime praticado contra brasileiro, por brasileiro, nem dentro do Brasil, a última pessoa a reclamar o direito de julgamento é o Brasil, mas se ninguém quiser julgar, de qualquer forma, foi um navio brasileiro (principio da bandeira). 
Praticados contra brasileiro (principio da defesa ou da proteção). 
*Essa hipótese está prevista no parágrafo 3º art. 7º.
Condições Gerais
São cumulativas.
Estão previstas no art.7º, parágrafo 2º CP.
Nos casos do inciso II, aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
 Entrar o agente no território nacional (Brasil)
*Essa entrada não precisa ser uma entrada espontânea. Pode ser forçado, extraditado, exportado, pouco importa. Entrou no Brasil, espontaneamente ou não, já vale. 
*Entrada não significa necessariamente permanência, a entrada em si já atende à condição processual. 
*O Ministério Público já estará autorizado a oferecer denúncia, e tal oferecimento dá inicio ao processo. O fato de o sujeito não estar aqui vai impedir que ele seja citado. Como essa citação não ocorre pessoalmente, haverá uma citação ficta (por edital, nunca saberá ao certo se o sujeito tem conhecimento ou não do processo contra ele), logo na sequencia, suspende o processo, suspendendo curso dos prazos prescricionais. 
*Fica suspenso no tempo máximo da pena cominada, segundo o STJ (sumulou a matéria). Antigamente o STF discordava do STJ, considerando a suspensão ad eternum. Atualmente há convergência entre tribunais, embora o STF não tenha sumulado a matéria. 
Ser o fato punível também no país em que for praticado
*Em outras palavras, dupla tipicidade. O fato deve ser considerado criminoso tanto no estrangeiro quanto no Brasil. Exemplo: Conjunção carnal forçada. 
Estar o crime incluído entre aquele pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição 
*Pena máxima superior ou igual a um ano.
*O Brasil vai ter que pedir extradição do agente, via de regra, para entrada no território nacional. 
*O Brasil, no estatuto do estrangeiro, disciplina as hipóteses em que ele (Brasil) vai extraditar estrangeiro para o país que esteja pleiteando. Brasil não extradita ninguém para que uma pessoa não responda processo criminal lá fora por um crime que não tenha pelo menos uma pena máxima superior ou igual a um ano, pois senão fosse assim, teríamos que movimentar todo o ordenamento jurídico.Por exemplo um crime de 2 a 6 meses, qual seria o sentido extraditar um sujeito por um crime que é menos do que o mínimo potencial ofensivo (esses tem pena máxima de 2 anos). Da mesma forma que o Brasil não extradita um estrangeiro para que ele vá ser processado por um crime com pena ínfima, a gente também não vai exercer a nossa extraterritorialidade, porque esse crime cometido lá fora, o qual nós temos o direito de julgar, não foi um crime que tenha uma mínima reprobabilidade. Então tem que haver uma mínima reprobabilidade. 
Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não aí ter cumprido a pena
*Consagra o principio do Ne bis in iden, que é inclusive uma das grandes diferenças que se tem entre extraterritorialidade incondicionada (o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro) e condicionada (contrasta com o art. 7º §1º). 
Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro o, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
*Extinção de punibilidade: Perda da possibilidade do Estado punir. Pode ser atingindo por variáveis razões. Como, por exemplo, o perdão (as consequências do crime já são em si uma pena, “o crime em si já é a maior pena que o sujeito poderia ter”). Os homicídios culposos existem a possibilidade de perdão para extinção de punibilidade. O perdão da vítima só serve para crimes de ação penal privada. 
Condições para crimes contra brasileiro fora do Brasil
Previstas no parágrafo 3º, art. 7º.
Vão além das condições gerais. 
A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
Não foi pedida ou foi negada a extradição
*se o crime foi praticado fora do Brasil, estrangeiro contra brasileiro, a condição mais básica elementar é a entrada do agente no território nacional. 
*necessidade de exame por vontade política
Houve requisição do Ministro da Justiça
*condições de procedibilidade. O processo nem se instaura caso não haja a requisição. 
Questão: Analisar a (ir)responsabilidade penal do deputado federal Jair Bolsonaro na ocasião das declarações de teor preconceituoso a respeita da cantora Preta Gil no programa CQC. (Art. 53 CAPUT).
(25/04/2014) 
Aplicação da lei penal com relação às pessoas
Imunidades penais
Estamos falando da aplicação da lei penal com base em algumas pessoas que estão imunes. 
Imunidades penais é como se foseum subtítulo do assunto
Imunidades parlamentares
É importante que se diga que elas possuem fundamento constitucional 
“Art.53 CF Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.”
O art. 53 da Constituição disciplina uma imunidade material, também chamada de imunidade absoluta, que é destinada aos deputados federais e senadores por qualquer que seja suas opiniões, palavras e votos.
Em outras palavras, os deputados e senadores não serão punidos pelos chamados delitos de opinião. Pela Constituição, pelo menos, eles são livres para que se expressem como quiserem suas opiniões, seria o “preço da democracia”. 
Não serão punidos, por exemplo, pelo crime de injuria, calunia e difamação, ou até pelo crime de racismo, dentro de um entendimento tradicional.
Injuria, calunia e difamação são divergentes (assunto de penal IV) .
Injúria: Ofensa voltada contra honra subjetiva da pessoa (ideia de que a pessoa tem de si próprio).
Calúniae Difamação: Ofensa voltada contra a honra objetiva da pessoa (reputação). Na calúnia nós temos a imputação falsa de um crime, ou seja, eu to dizendo que tal pessoa cometeu um crime, sabendo que a pessoa é inocente. Na difamação nós temos a imputação de um fato, podendo ser esse fato verdadeiro ou falso (muita gente acha que só porque sabe a verdade tem o direito de falar, não pode manchar a imagem da pessoa ou pessoa jurídica, etc).
O que se discute é a eficiência ou não de limites a essa imunidade material ou absoluta, em relação ao racismo. 
Argumentos a favor da imunidade: Exercício da democracia. Função representativa. Opinião do deputado sobre o racismo nem que seja para a população negue, que seja rechaçado. 
Argumentos contra a imunidade: Limitar quando direcionada a determinada pessoa. 
No que diz respeito a vereadores, é importante se dizer que a Constituição não disciplina uma inviolabilidade tão ampla. A imunidade dos vereadores (art. 29, VIII, CF) estaria limitada à circunscrição do município. Doutrinaria e jurisprudencialmente essa imunidade dos vereadores se amplia para além da circunscrição do município. No exercício de sua função traz consigo a sua imunidade.
Em relação aos crimes inafiançáveis iremos analisar aspectos processuais. 
Imunidades diplomáticas e consulares
Estão previstas na Convenção de Viena
Embaixadas e consulados, estrangeiros no Brasil, são territórios brasileiros. A Polícia Federal não entra lá, pois está relacionado a inviolabilidade territorial, para que não haja ofensa a outra jurisdição, etc.
Funções desempenhadas pelo diplomata: Tem sua atividade estritamente voltada a uma atividade política representativa.
Funções dos consoles: A atividade consular está muito mais voltada a questões/interesses privados. Ex: visto
As imunidades diplomáticas são mais amplas, abrangendo tanto o diplomata quanto os familiares que com ele convivem. Abrangerá também todo o corpo diplomático, não se estendendo, todavia, a empregados particulares. As imunidades consulares são mais restritas, abrangendo o cônsul e demais funcionários do consulado, porém não se estendendo nem a funcionários/empregados particulares nem a familiares. 
Art. 31 e seguintes da Convenção de Viena para imunidades diplomáticas: Essa imunidade do agente diplomático não se confunde com impunidade, será julgado no seu país de origem (item 4).
Art. 15, 17, 43 da Convenção de Viena para imunidades consulares: Também serão julgados pelo seu país de origem. Âmbito de incidência mais restrito. 
Outras imunidades
Previstas no Código Penal
Art. 181: É isento de pena (imunidade material) nos crimes contra patrimônio. Não pune o crime patrimonial contra cônjuge, ascendentes e descendentes. 
Art. 183: Não se aplica quando o crime é de roubo ou extorsão, ou quando haja emprego de grave ameaça ou violência. Também não abarca estranho que participar do crime. Se o crime for praticado contra pessoa com idade de igual ou maior que 60 anos não se aplica. 
Art. 182: Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo do cônjuge desquitado, de irmão (legitimo ou ilegítimo), de tio ou sobrinho. A imunidade não é absoluta.

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