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APOSTILA
CONTABILIDADE
Professora Clévia França��
1 - GENERALIDADES
1.1 - CONTABILIDADE: CONCEITO E DEFINIÇÃO
	Conceito: CONTABILIDADE é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa.
	Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a tornar obrigatória para a maioria da empresas.
	Ressalta-se, entretanto, que a contabilidade não deve ser feita visando basicamente a atender as exigências do governo; mas o que é muito mais importante, a auxiliar as pessoas a tomarem decisões.
	Todas as movimentações possíveis de se medir em dinheiro (quantificáveis monetariamente) são registradas pela contabilidade que em seguida resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa.
	Definição: Podemos definir a Contabilidade como sendo a ciência que tem por objeto o estudo do Patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de um pessoa.
	Outra definição: ”...sistema de informação e avaliação (mensuração) com objetivos de prover seus usuários com demonstrativos e análises de natureza financeira, econômica, física e de produtividade, em relação à entidade (patrimônio) objeto da Contabilidade.”
1.2 - OBJETO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE
	Objeto: O objeto da Contabilidade é pois o Patrimônio, em torno do qual a Ciência Contábil desenvolve suas funções, como meio para alcançar sua finalidade.
	Objetivo: O objetivo da Contabilidade é o controle do Patrimônio das entidades.
1.3 - CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
	A Contabilidade pode ser estudada de modo geral para todas as pessoas, seja pessoa física ou pessoa jurídica, pública ou privada. Quando a Contabilidade Geral aplicada a empresa teremos:
quando feita em empresas comerciais denomina-se contabilidade comercial;
quando em indústrias denomina-se contabilidade industrial; 
quando feita em entidades públicas denomina-se contabilidade pública;
quando feita em estabelecimento bancário denomina-se contabilidade bancaria;
quando feita em empresas agropecuárias denomina-se contabilidade rural e;
assim sucessivamente.
1.4 - USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
	Os usuários são pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na Contabilidade as suas respostas.
	Evidentemente, os gerentes (administradores) não são os únicos que se utilizam da Contabilidade. Os Investidores, ou seja, aqueles que aplicam dinheiro na empresa, estão interessados basicamente em obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é rentável; os fornecedores de mercadorias a prazo querem saber se a empresa tem condições de pagar suas dividas; os bancos, por sua vez, emprestam dinheiro desde que a empresa tenha condições de pagamento; o governo quer saber quanto de impostos foi gerado para os cofres públicos; outros interessados desejam conhecer melhor da situação da empresa: os empregados, os sindicatos, concorrentes, etc.
1.5 - TÉCNICAS CONTÁBEIS
	Técnica é o conjunto de métodos organizados de forma sistêmica, desenvolvidas e postas em execução com o propósito de se alcançar determinado fim.
	Para atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza as seguintes técnicas:
	Escrituração: registro em livros especiais e em linguagem própria, com observância dos princípios e convenções geralmente aceitos, de todos os fatos que influem na composição do patrimônio.
	Demonstrações Contábeis: o simples registro dos fatos que afetam o patrimônio não possibilita ao gestor ou administrador ter uma visão abrangente e consolidada da situação patrimonial da entidade de modo a subsidiar o processo decisório. Por isso, desenvolveu-se a técnica periódica de relatórios sobre o estado do patrimônio e o efeito da gestão administrativa sobre este ao longo do tempo. A tais relatórios damos o nome de Demonstrações Contábeis
	Análise das Demonstrações Contábeis: processo de avaliação da situação real do patrimônio. no que se refere a capacidade financeira, ao desempenho operacional, a sobrevivência da entidade, suas possibilidades de expansão e desenvolvimento.
	Auditoria Contábil: técnica previamente programada de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos registros contábeis e das informações produzidas.
	Perícia Contábil: técnica de levantamento de dados da contabilidade para esclarecimento em conflitos judiciais e extrajudiciais.
1.6 - PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
	As principais Demonstrações Contábeis desenvolvidas pela Ciência Contábil e exigidas pela legislação fiscal são as seguintes:
Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE);
Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR);
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ou Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA);
Notas Explicativas;
Fluxo de Caixa e
Balanço Social 
1.7 - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
	A resolução n. 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade elencou os princípios fundamentais da Contabilidade, que são os seguintes:
Princípio da Entidade. Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial. a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. O Patrimônio pertence a entidade, mas a reciproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômica contábil.
Princípio da Continuidade - A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida estabelecida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível
Princípio da Oportunidade- Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade dos registros do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência. O registro compreende os aspectos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários. O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
Principio do Registro pelo valor original - Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País que serão mantidos nas avaliações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade. A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes. Uma vez integrado ao Patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ser alterados os seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua decomposição em elementoou agregação, parcial ou integral. a outros elementos patrimoniais. O valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. Os Princípios da atualização monetária e do registro pelo valor original são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada. O uso da moeda no País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
Princípio da Competência- As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem: sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. O princípio da competência determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas quando correlatadas é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer a sua geração
Princípio da Prudência - O principio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio liquido. O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais da Contabilidade. 
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2 - ESTÁTICA PATRIMONIAL
2.1 - PATRIMÔNIO
CONCEITO: O patrimônio, objeto da Contabilidade, é um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e pertence a uma pessoa.
	BENS: São as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser materiais e imateriais.
		BENS MATERIAIS, corpóreos ou tangíveis são os objetos que a empresa tem para uso (prateleiras, armários, computadores, máquinas, automóveis, vitrines, etc.), troca (mercadorias e dinheiro) ou consumo (material de limpeza, material de expediente e material de embalagem).
		BENS IMATERIAIS, incorpóreos ou intangíveis correspondem a determinados gastos que, por sua natureza, a legislação brasileira determina que façam parte do patrimônio. Exemplos: gastos com organização, reorganização, ou modernização da empresa, benfeitorias feitas pela empresa em bens de propriedade de terceiros (reformas, melhoramentos, etc. em imóveis alugados), direito de uso de marcas, patentes de invenção, etc.
	DIREITOS: São todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros, como Duplicatas a Receber, Promissórias a Receber, Alugueis a Receber, etc.
	OBRIGAÇÕES: Abrangem os valores que a empresa tem a pagar a terceiros como: Duplicatas a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Recolher, Alugueis a Pagar, Financiamentos a Pagar, etc.
2.2 - ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO PATRIMÔNIO
	Todos os relatórios elaborados a partir da escrita contábil deverão ressaltar esses dois aspectos:
a) qualitativo: consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes do respectivo relatório, permitindo que se conheça a natureza de cada um (exemplo: veículos, estoques de mercadorias, matéria-prima, produtos, máquinas, móveis e utensílios, caixa, bancos conta movimento, etc.)
b) quantitativo: consiste em atribuir aos respectivos elementos, seus valores em moeda:
	Exemplo dos aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio:
QUALITATIVO						QUANTITATIVO
Veículos							 R$ 23.000,00
Estoques de Mercadorias					 R$ 80.000,00
Estoques de Matéria-prima					 R$ 45.000,00
Estoques de Produtos						 R$ 11.000,00
Móveis e Utensílios						 R$ 5.000,00
Caixa (dinheiro)						 R$ 750,00
Bancos conta Movimento					 R$ 49.000,00
2.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
	Podemos representar o Patrimônio com um gráfico em forma de “T”:
P A T R I M Ô N I O
	No lado esquerdo, determinado lado do ATIVO, são classificados os elementos positivos (Bens e Direitos). No lado direito, denominado lado do PASSIVO, são classificados os elementos negativos (Obrigações).
Veja:
	P A T R I M Ô N I O
	A T I V O
	P A S S I V O
	
Bens
Direitos
	
Obrigações
2.4 - EQUAÇÃO PATRIMONIAL
	O gráfico em “T”, também utilizado para representar a situação patrimonial de uma empresa, denomina-se BALANÇO PATRIMONIAL.
	Para o Balanço Patrimonial refletir adequadamente a situação financeira da entidade, o total do lado do ATIVO deverá ser igual ao total do lado do PASSIVO.
	Na prática, entretanto, nem sempre a soma de bens e direitos é igual à soma das obrigações. Assim, a diferença entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (obrigações), se denomina Situação Líquida, será colocada no gráfico patrimonial sempre no lado do Passivo.
2.5 SITUAÇÃO LÍQUIDA
	Situação Líquida é a diferença entre o Ativo e o Passivo.
SL = A – P
	Os bens, direitos e obrigações que comp	õe o Patrimônio são avaliados em moeda. Assim, somando os valores dos bens e dos direitos, teremos o total do Ativo. Da mesma forma, somando os valores das obrigações teremos o total do Passivo. Exemplo:
	PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	
 Bens:
 Caixa
 Móveis e Utensílios
 Veículos
 Direitos
 Duplicatas a Receber
 Notas Promissórias a 
 Receber 
 Soma Bens e Direitos
	
18.000,00
27.000,00
30.000,00
13.000,00
 5.000,00
94.000,00
	
 Obrigações
 Fornecedores
 Impostos a Recolher
 Alugueis a Pagar
 Salários a Pagar
 Soma Obrigações
	
7.000,00
2.000,00
1.000,00
 4.000,00
14.000,00
	Situação Líquida = R$ 94.000,00 – R$ 14.000,00 = R$ 80.000,00
2.6 - SITUAÇÕES LÍQUIDAS POSSÍVEIS
	Os elementos patrimoniais devidamente equacionados poderão apresentar três Situações Líquidas Patrimoniais diferentes:
Ativo maior que o Passivo: A > P = Situação Líquida positiva
Ativo menor que o Passivo: A < P = Situação Líquida Negativa
Ativo igual ao Passivo: A = P resultado em Situação Nula.
Demonstração gráfica da Situação Líquida:
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativo
	Passivo
	
	Ativo
	
	
	
	
	
	
	
	
	Passivo
	
	Ativo
	Passivo
	
	SL
	
	SL
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Situação Líquida positiva
	
	Situação Líquida negativa
	
	Situação Líquida nula
	Exemplo de Situação Líquida positiva: (Ativo maior que o Passivo)
	PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	 Bens 100,00
 
 Direitos 40,00
 ________
Soma 140,00
	 Obrigações 100,00
 
 Situação Líquida Positiva 40,00
 ________
Soma 140,00
	Exemplo de Situação Líquida negativa: (Ativo menor que o Passivo)
	PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	 Bens 300,00
 Direitos 100,00
 Situação Líquida Negativa 40,00
 ________
Soma 440,00
	 Obrigações 440,00
 
 ________
Soma 440,00
	Exemplode Situação Nula: (Ativo igual ao Passivo)
	PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	 Bens 420,00
 
 Direitos 680,00
 ________
Soma 1.100,00
	 Obrigações 1.100,00
 
 Situação Líquida Nula zero
 ________
Soma 1.100,00
2.7 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	É o mesmo que SITUAÇÃO LÍQUIDA. Assim, Patrimônio Líquido ou Situação Líquida é a diferença dos valores que representam os bens, direitos e obrigações.
2.8 - DIFERENÇA ENTRE PATRIMÔNIO E CAPITAL
	Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma pessoa física ou pessoa jurídica (empresa).
	Capital é o investimento inicial feito pelos sócios ou acionistas de uma empresa.
	Podemos considerar quatro conceitos de Capital na Contabilidade:
CAPITAL NOMINAL: refere-se ao capital inicial feito pelos sócios ou acionistas de uma empresa.
CAPITAL PRÓPRIO: é o capital nominal + reservas + lucros.
CAPITAL DE TERCEIROS: este capital corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos provenientes de terceiros. Representa as obrigações da empresa.
CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA: pode-se conceituar o Capital Total à Disposição da Empresa como sendo as obrigações + capital próprio.
2.9 ORIGENS E APLICAÇÕES DE CAPITAL
	O lado do Passivo, tanto Capitais de Terceiros (obrigações) como Capitais Próprios (Patrimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem do capital. Nenhum recursos entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio Líquido.
	Assim, se a empresa tomar emprestado recursos de uma instituição financeira (bancos, por exemplo), terá uma origem de recursos: Passivo. Todavia, os recursos serão aplicados em algum lugar no Ativo: estoques, máquinas, caixa, móveis e utensílios, veículos, etc.
	Dessa forma, fica bastante simples entender porque o Ativo será sempre igual ao Passivo + Patrimônio Líquido, pois a empresa somente poderá aplicar aquilo que tem origem. Se há origem (fonte) de R$ 15.000,00 (Obrigações + Patrimônio Líquido), haverá uma aplicação de R$ 15.000,00 no Ativo.
		Obs.: Obrigações é o mesmo que PASSIVO ou PASSIVO EXIGÍVEL. Isso porque o Passivo representa as obrigações, as dívidas que a empresa tem para com terceiros, cujo vencimento é líquido e certo, que deve ser paga nos respectivos vencimentos, daí ser exigível ... logo; Passivo Exigível ou somente Passivo.
2.10 - CAPITAIS PRÓPRIOS E ALHEIOS
	Capitais Próprios: acham-se representados pelo Patrimônio Líquido, ou seja: o Capital nominal + Reservas + Lucros.
	Capitais Alheios: São os Capitais de Terceiros, representados pelas Obrigações, pelo Passivo ou Passivo Exigível.
2.11 - CAPITAIS CIRCULANTES E NÃO CIRCULANTES
	Os Capitais Circulantes estão representados no Patrimônio da empresa pelos estoques de mercadorias, matérias-primas, produtos, etc. que são adquiridos por um determinado valor e revendidos por um valor maior, cuja diferença é denominada lucro.
	Capitais não-circulantes são os bens adquiridos pela empresa (exemplo: móveis e utensílios, veículos, maquinários, instalações, etc.) que não possuem objetivo de venda. São os bens necessários para que a empresa alcance sua finalidade.
2.12 - CONTAS CONTÁBEIS
	CONTA é o nome técnico contábil dado aos elementos: patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) e de resultado (despesas/custos e receitas), utilizados para atingir o objeto da contabilidade, ou seja, o controle do patrimônio.
 
	Desta forma, podemos concluir que as contas contábeis são divididas em dois grupos:
1 – Contas Patrimoniais: são utilizadas para registrar Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido. Dividindo-se em Contas do ativo e Contas do Passivo. Tais contas somente fazem parte do B.P. – Balanço Patrimonial.
2 – Contas de Resultado: são utilizadas para registrar as Despesas e as Receitas, através das quais a contabilidade apura o Resultado do Exercício (lucro/prejuízo/nulo). Tais contas somente fazem parte da D.R.E. – Demonstração do Resultado do Exercício.
	Despesas: Caracterizam-se pelo consumo de bens e pela utilização de serviços com a finalidade de otimizar as receitas. Exemplo: Despesas com: água, luz, telefone, Material de Limpeza, Salários, Propaganda e Publicidade, etc.
	Receitas: Decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços. Exemplo: Venda de Mercadorias, Produtos, Imobilizado, Receita de Serviços Prestados, etc.
NATUREZA DAS CONTAS CONTÁBEIS.
	As contas contábeis possuem NATUREZA:
DEVEDORA (Débito) : Todas as contas Patrimoniais do lado Ativo e as Despesas são de natureza DEVEDORA, sendo, portanto lançadas a débito. Porém existem as exceções, ou seja, existem contas patrimoniais ativas redutoras, as quais possuem natureza credora. Dentre elas destacam-se: Duplicatas Descontadas, Provisão para Devedores Duvidosos, Depreciações/Amortizações/Exaustão Acumulada.
CREDORA (Crédito) : Todas as contas Patrimoniais do lado Passivo e as Receitas são de natureza CREDORA, sendo, pois lançadas a crédito. Porém existem exceções, ou seja, existem contas patrimoniais passivas redutoras, as quais possuem natureza devedora. Dentre elas destacam-se: Capital a Integralizar e Prejuízos Acumulados.
ATENÇÃO: Na contabilidade a expressão DEVEDORA e CREDORA, não significa que a conta deva ou tenha crédito com alguém. São apenas convenções contábeis.
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3 - DINÂMICA PATRIMONIAL
3.1 – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
	Balanço Patrimonial: A Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404/76 (ou Lei das S/As), com as alterações introduzidas pela Lei 11.638/2007estabelece que as contas contábeis ATIVAS e PASSIVAS sejam agrupadas de modo a apresentar a seguinte estrutura no Balanço Patrimonial:
BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	
	PASSIVO
	ATIVO CIRCULANTE
 Disponível
 Créditos
 Estoques
 Despesas Antecipadas (do exercício
Seguinte)
ATIVO NÃO CIRCULANTE
 Créditos
 Investimentos
 Imobilizado
 Intangível
	
	PASSIVO CIRCULANTE
 Obrigações
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
 Obrigações
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social
 Reservas de Lucros
 Lucros ou Prejuízos Acumulados (as sociedades anônimas não têm esta conta)
	O Balanço Patrimonial é uma demonstração elaborada, no mínimo uma vez ao ano, em 31 de dezembro. Nesta demonstração, através das contas, vão acumulados os valores obtidos pelo resumo da escrituração contábil.
	As contas do ATIVO são classificadas pelo grau de liquidez, ou seja, pela capacidade da conta em transformar-se em dinheiro (moeda corrente). As contas com maior grau de liquidez são classificadas em primeiro e assim por diante.
	O Ativo é dividido em dois grupos:
ATIVO CIRCULANTE: aqui se classificam as contas que poderão transformar-se em dinheiro nos próximos 12 meses (ou 365 dias) seguintes à data de elaboração do Balanço Patrimonial.
ATIVO NÃO-CIRCULANTE: são classificados os créditos cuja previsão de recebimento é maior do que 12 meses (ou 365 dias) da data de elaboração da demonstração. Também são classificados os bens e direitos que não tem objetivo de troca, mas sim de uso nas atividades da organização.
	O ATIVO NÃO-CIRCULANTE é dividido em:
INVESTIMENTOS: bens e direitos adquiridos que não serão utilizados para atingir o objetivo principal da entidade.
IMOBILIZADO: bens e direitos adquiridos que serão utilizados para atingir o objetivo principal da entidade.
INTANGÍVEL: Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física. Como exemplos de intangíveis, os direitos de exploração de serviços públicos medianteconcessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido. Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente. Deve ser ressaltado que, para as companhias abertas, a existência desse subgrupo “Intangível” já se encontra regulada pela Deliberação CVM nº 488/05. 
	As contas do PASSSIVO são classificadas pelo grau de exigibilidade. Dessa forma, as contas que vencem primeiro, são posicionadas mais para cima no Balanço Patrimonial.
	É dividido em três grupos:
PASSIVO CIRCULANTE: neste grupo vão as obrigações que vencem nos próximos 12 meses (ou 365 dias) da data de elaboração da demonstração.
PASSIVO NÃO-EXIGÍVEL: aqui classificam-se as contas cujo vencimento ocorrerá após os 12 meses (ou 365 dias) seguintes à data de elaboração da demonstração.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: são as contas que pertencem aos sócios da entidade (p.e.: Capital Social, Reservas, Lucros e/ou Prejuízos Acumulados – esta conta não pode ser utilizada pelas S/As). É chamado de Patrimônio Líquido, porque se utilizássemos todo o Ativo (bens e direitos) e pagássemos todas as dívidas (obrigações), sobraria o Patrimônio Líquido.
3.2 - EFEITOS DOS FATOS PERMUTATIVOS, MODIFICATIVOS E MISTOS NO PATRIMÔNIO.
	Os fatos permutativos são aqueles que provocam mudanças entre contas ou só do Ativo ou só do Passivo. Não alteram o total (do Ativo ou do Passivo).
	Os fatos modificativos são aqueles que provocam mudanças entre contas do Ativo e do Passivo. Alteram o total (do Ativo e do Passivo).
	Os fatos mistos são aqueles que provocam mudanças entre contas de um mesmo grupo (Ativo ou Passivo) e, ao mesmo tempo, em contas entre o Ativo e o Passivo.
3.3 NOÇÕES DE PARTIDAS DOBRADAS
	A escrituração contábil baseia-se na premissa de que toda e qualquer movimentação, ou seja, qualquer fato que provoca mudança no Patrimônio da entidade e que possa ser mensurado, deve ser escriturado. Esta escrituração é feita considerando-se que cada fato modifica o saldo de, no mínimo, duas contas.
	Um lançamento contábil tem cinco elementos fundamentais e indispensáveis:
a data em que ocorreu o fato contábil, gerador do lançamento;
uma ou mais contas devedoras;
uma ou mais contas credoras;
histórico, que é um relato do que se refere o lançamento e
valor do lançamento.
	Segue abaixo um exemplo de lançamento contábil:
		Londrina, 31 de março de 2003.
		D – Caixa
		C – Vendas de Mercadorias
		Valor de vendas de mercadorias nesta data conforme Nota Fiscal 022.
									R$ 10.000,00
�
3.4 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
	A Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404/76, estabelece que as contas contábeis representativas de RECEITAS e DESPESAS/CUSTOS sejam agrupadas de modo a apresentar a seguinte estrutura na Demonstração do Resultado do Exercício (valores em R$ 1.000,00):
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
	
	
	 RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	
	
		Vendas (Produtos, Mercadorias e/ou Serviços)
	
	2.000
	( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
	
	
		IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
	-600
	
		DEVOLUÇÕES DE VENDAS
	-50
	-650
	( = )RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
	
	1.350
	( - ) CUSTO DAS VENDAS
	
	
		Custo dos Produtos/Mercadorias Vendidas e dos Serviços Prestados
	
	-845
	( = )LUCRO BRUTO
	
	505
	( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
	
	
		Despesas com Vendas
	-70
	
		Despesas Administrativas
	-55
	-125
	( = ) LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
	
	380
	( - ) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
	
	
		Despesas Financeiras
	-12
	
		( - ) Receitas Financeiras
	2
	-10
	( = )LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL LÍQUIDO
	
	370
	( +/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
	
	-20
	( = )LUCRO/PREJUÍZO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
	
	350
		( - ) Provisão para I.R.P.J. e da Contribuição Social
	
	-72
	( = )LUCRO/PREJUÍZO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
	
	278
	( - ) PARTICIPAÇÕES NO RESULTADO
	
	-35
	( = )LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	
	243
LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO POR AÇÃO
NÚMERO DE AÇÕES
	Esta demonstração visa mostrar qual o resultado econômico (não levando-se em consideração os efetivos recebimentos de vendas e os pagamentos de compras e despesas) da entidade no período a que ela refere-se. Assim como o Balanço Patrimonial, também deve ser elaborada, no mínimo uma vez ao ano em 31 de dezembro.
	Partindo da Receita Operacional Bruta (a totalidade das vendas), desta são deduzidas as contas de tributos, custos e despesas até alcançar-se o resultado do período, que pode ser lucro ou prejuízo.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Resoluções do CFC

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