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Introdução à citopatologia

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INTRODUÇÃO À CITOPATOLOGIA
CURSO DE BIOMEDICINA -2013.1
Profa. Catarina Neves
Departamento de Patologia – CCS-UFPE
O EXAME CITOLÓGICO
Profa. Catarina Neves
Depto. de Patologia CCS-UFPE
DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO
Efusões, esputo e raspados de tecidos – 1ª.metade do Séc. IX.
Citologia esfoliativa – George Papanicolaou *– Séc.XX
Citologia aspirativa (agulha e seringa)**.
A CITOLOGIA ESFOLIATIVA
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
CITOLOGIA ESFOLIATIVA
ESPONTÂNEA – URINA, ESCARRO
ARTIFICIAL – RASPADO DA ECTOCÉRVIX, ESCOVADO BRÔNQUICO
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS:
 PAPANICOLAOU (1883-1962)
NASCEU EM KYMI, GRÉCIA
FACULDADE DE MEDICINA EM 1904
CIRURGIÃO ASSISTENTE ATÉ 1906 (MILITAR)
Em 1910 - MUNICH- PhD EM ZOOLOGIA
SERVIU COMO MÉDICO MILITAR NA GUERRA CONTRA A TURQUIA
1914: PROF. ASSISTENTE UNIV CORNELL, NEW YORK
1928: NOVO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER
1943: DIAGNÓSTICO DE CÂNCER UTERINO PELO ESFREGAÇO VAGINAL
1948: O EPITÉLIO DOS ÓRGÃOS REPRODUTIVOS DA MULHER
1054: ATLAS DE CITOLOGIA ESFOLIATIVA
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
MARCOS HISTÓRICOS
1650-1700: 
HOOKE = livro “Micrographia” (descrições e ilustrações microscópicas); introduziu o termo “célula”
MALPIGHI = fundador da anatomia microscópica e da histologia
SWAMMERDAM = o primeiro a observar e descrever as hemácias
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Entre 1650 e 1700, cientistas como Malpighi, Hooke (publicou Micrographia, contendo as primeiras ilustrações sobre a morfologia celular, a palavra célula foi introduzida por Hooke), Swammerdam (descreveu células vermelhas do sangue) e Grew estiveram entre os primeiros a estudar e a descrever a morfologia das células individuais usando microscópios rudimentares. O anatomista e patologista Morgagni estudou e reportou a relação entre os achados anormais e sintomas de pacientes em mais de 700 casos pós=mortem, no períodp compreendodo entre 1700 e 1800. Manufaturamento têxtil
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
MARCOS HISTÓRICOS
SÉCULO XIX
DESENVOLVIMENTO DOS CORANTES SINTÉTICOS (ANILINAS)
JOHANNES MÜLLER (1838)- células malignas em “imprints” de tumores
LIONEL S. BEALE (1850) – espécimes de escarro, urina, líquido peritoneal, “imprints” de lesões
PAGET (1853) – células malignas em aspirado de mama
AVANÇOS TÉCNICOS DA HISTOPATOLOGIA
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durante o século XIX, estimulou o desenvolvimento de corantes sintéticos (anilinas), que foram rapidamente aplicados ao estiudo celular. A primeira metade do seculo 20, foi marcada pela introdução de microscópios eletrônicos, análise celular automatizada, computadores, técnicas de biologia molecular emergentes ao longo de suas aplicações mais recentes ao diagnóstico celular. 
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
SÉCULO XX
STEWART: 1926: Punção aspirativa com agulha fina
AUREL BABES – BUCARESTE, 1927: DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DO COLO UTERINO POR ESFREGAÇOS
PAPANICOLAOU-E.UA. 1928. Citologia cérvico-vaginal
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SÉCULO XX
A aceitação da citologia diagnóstica como uma dsiciplna atual e válida da medicina é grandemente devida qo trabaho de Papanicoloau (1883-1962), considerado o pai da citologia moderna. Na década de 20 Papanicoloau, começou a publicar artigos sobre a citologia na avaliação hormonal e em 1928 sugeriu que o método era de valor no diagnóstico de cancer de colo uterino. Independente e um pouco antes no mesmo ano, Babes publicou material sobre o mesmo assunto. Reconhecimento da citologia como método diagnóstico valioso ocorreu depois da monografia de Papanicoloau e Traut (Diagnóstico de cancer uterino pelo esfregaço vaginal em 1943) e Papanicoloau e col em 1948 (O EPITELIO DOS ORGÃO REPRODUTIVOS DA MULHER). Desde então, o numero de publicações sobre as tecnicas citológicas tem se multiplicado e a sua aplicação a varios sistemas corporais.Nos EUA e em vária partes do mundo. O metodo citologico é agora bem reconhecido e aceito. 
Ppanicoloau também publicou o ATLAS DE CITOLOGIA ESFOLIATIVA em 1954 com um suplemento em 1956. O autor teve uma produção de mais de 150 publicações e foi alvo de muitas honras. Citodiagnóstico é atualmente aplicado a virtualmente qualquer sitio corporal. A tecnica de aplicar uma amostra celular a uma lamina de vidro e coloração da amostra atraves de varia modificações do metodo de coloração desenvolvvido por Ppanicolaou, é algumas vezes referido como metodo Pap.Esta tecnica assim como escovados endoscopicos, biopsia por aspiração com agulha fina e outros metodos e colheita combinados com tecnicas de imagem sofisticadas como ressonancia magnetica e tomografia computadorizada têm colocado a pratica da citologia clínica na linha de frente da medicina preventiva e diagnostica. 
Em 1757 Dolland produziu o primeiro vidro acromatico, eliminando para os futuros microscopistas as aberrações de objetos colocados sob lentes cromáticas. 
1839: Schwann aplicou a teoria celular de Schleiden (tese de derivação dos tecidos das plantas de células) aos tecidos animais. Assim Schleiden e Schwann estabeleceram a TEORIA CELULAR como um conceito biológico. 
1858: Virchow aplicou a teoria celular à patologia e foi reconhecido como o fundador da patologia celular. No mesmo ano em sua teoria da linhagem celular Virchow postulou que as células presentes vêm de células préexistentes, em uma linhagem continua de descendencia assim relacionando citologia à embriologia, hereditariedade e evolução.
HISTÓRIA DA CITOLOGIA CLINICA
1845: Lebert estuda celulas malignas em efusoes. 
1860: Beale examina cels malignas em escarro.
1864: Sanders descreve celulas malignas em urina.
1947: Ayre documenta que a espatula de madeira na colheita direta do material do colo mostrando a sua eficiencia na leitura em relação ao esfregaço vaginal.
La Presse Médicale, Wednesday, April 11, 1928 (36: 451-454, 1928)
Gynecologic Clinic of Bucharest 
(Professor C. Daniel) 
DIAGNOSIS OF CANCER OF THE UTERINE CERVIX BY SMEARS 
AUREL BABES
SÉCULO XIX
 
Sir Julius Vogel (1843)
Henri Lebert (1845)
Donaldson (1853
Lionel S. Beale (1850)
Lambl (1850)
Donaldson (1853)
 
Avanços técnicos da histopatologia
 
AUREL BABES – Bucharest, 1927: Diagnóstico do câncer do colo uterino por esfregaços
 
GEORGE PAPANICOLAOU
1928: Novo diagnóstico de câncer 
1941: Diagnóstico de câncer uterino pelo esfregaço vaginal
1654: Atlas de citologia esfoliativa
 
AYRE
 
MARCOS HISTÓRICOS
James Paget (1853) – primeiro a usar amostras aspiradas de tumores da mama para exame microscópico.
Greig e Gray (1904) – identificaram tripanossomas vivos em pacientes com a doença do sono.
Hirschfeld (1912)– identificou um linfoma de pele.
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
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Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
IMPACTO DO ESCRUTÍNIO CITOLÓGICO CÉRVICO-VAGINAL
MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO NOS E.U.A
1930: 27/100.000 MULHERES
1980: 8/100.000 MULHERES
AINDA É O PRINCIPAL CÂNCER EM MULHERES NO MUNDO E A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO E DO TERCEIRO MUNDO
MESMO NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS HÁ UMA TENDÊNCIA DE AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE CÂNCER CERVICAL
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IMPACTO DO ESCRUTÍNIO CITOLÓGICO CÉRVICO-VAGINAL
 
E.U.A. – mortalidade por câncer de colo uterino
1930: 27/100.000 mulheres
1980: 8/100.000 mulheres
 
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
QUAIS AS RAZÕES PARA O EXAME DE PAPANICOLAOU NÃO TER ERRADICADO O CÂNCER DE COLO NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS?
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
FATORES RELACIONADOS:
FALHA NA REALIZAÇÃO DO TESTE A INTERVALOS ÓTIMOS
FALHA NA OBTENÇÃO DE AMOSTRAS CITOLÓGICAS ADEQUADAS
FALHA NA PREPARAÇÃO DOS ESFREGAÇOS
FALHA NA INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA PELOS CITOTÉCNICOS/CITOPATOLOGISTAS
A PUNÇÃO ASPIRATIVA
SELEÇÃO DO PACIENTE
Paciente com massa palpável – PAAF convencional.
Lesões profundas – PAAF guiada por USG ou por TC.
Explicar o procedimento.
Relatar os possíveis efeitos colaterais*
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
Punção por capilaridade
ALVOS DA ASPIRAÇÃO
.Mama – lesões palpáveis
 lesões impalpáveis – equipamento especial 		 (estereotaxia).
.Linfinodos palpáveis – limitação na classificação dos linfomas.
.Pele e partes moles, próstata – limitação na classificação dos sarcomas.
.Pulmão, pleura,mediastino, órgãos abdominais (fígado, pâncreas, baço, rins, adrenais, espaço retroperitoneal), ossos – TC
.Olho – TC.
.Sistema Nervoso Central – TC e estereotaxia.
O DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO
CARACTERIZAR A AMOSTRA COMO SATISFATÓRIA (ADEQUADA PARA ANÁLISE CITOLÓGICA)
AVALIAR OS TIPOS CELULARES PRESENTES :
Características nucleares –tamanho, forma, número,padrão da cromatina,contorno, mitoses (típicas ou atípicas) e os nucléolos.
Características citoplasmáticas – coloração, textura, presença de pigmentos, vacúolos etc.
Padrão arquitetural – monocamada, lençois, esféricos(bolas), sinciciais, papilares, em rosetas etc
O MATERIAL DE FUNDO (BACKGROUND) :
 mucoide, hemorrágico, necrótico, inflamatório, purulento.
O DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO
1 – COMO EXAMINAR O MATERIAL CITOLÓGICO?
Visão geral: usar o menor aumento impressão geral do material
material é rico em células :
Tipo da população celular
Fundo do esfregaço
Avaliação dos detalhes celullares - usar o maior aumento x40 (raramente x100).
O DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO
2 – Questões que devem ser respondidas?
o aspirado é de uma lesão reativa inflamatória ou é um tumor?
se é de tumor: é benigno ou maligno ?
se é tumor: qual o tipo ?
se é tumor maligno: qual o grau e a diferenciação ?
se é tumor maligno: é primário ou secundário ?
se é tumor secundário: onde localiza-se o primário ?
FUNÇÃO DO PATOLOGISTA
Ter a habilidade de transformar os padrões citológicos em padrões histológicos de valor diagnóstico.
Prof. Daisy Lima Dep. Patologia, CCS, UFPE
Esfregaços mal preparados
Esfregaços preparados adequadamente
OBRIGADA
OBRIGADA!!!
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