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* Profa. Renata Lacerda Prata Rocha HANSENÍASE Fonte: www.natalvoluntarios.org.br/tempo/tempo9 Centro Universitário UNA Saúde Coletiva II DOENÇA BACTERIANA * Nomenclatura Parestesisas: sensações anormais, não-dolorosas (formigamento e dormência). Anestesia: abolição da sensibilidade em todos os seus modos. Hipoanestesia: é a diminuição da sensibilidade. Analgesia: perda da sensibilidade dolorosa. Hiperestesia: exagero da sensibilidade. Estímulos leves provocam sensação dolorosa intensa. Paralisia: perda da motilidade voluntária por interrupção funcional ou orgânica em qualquer ponto da via motora. Paresia: a motilidade não está totalmente abolida, mas diminuída. Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência de sulcos, limites imprecisos. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, às vezes com edema e vasodilatação. * Lesões Elementares caracterizadas por modificações de cor da pele sem relevo ou espessamento Mancha ou Mácula Hipocrômicas - Acrômicas ou Hipercrômicas * Lesões Elementares Sólidas Pápulas Elevação de pequeno tamanho (até 0,5 cm), superficiais, bem delimitadas. Tubérculos Elevação de diâmetro maior que 0,5 cm, situados na derme, sendo moles ou firmes. Ex.: hanseníase, neoplasia Nódulos (de peq.tamanho) Nodosidade (mais volumosos) Formações sólidas localizados na hipoderme, mais perceptível pela palpação. Possuem limites em geral imprecisos, são firmes ou moles, podem ser isolados ou agrupados e dolorosos ou não. Ex.: furúnculo. * * Doença crônica, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Características: Evolução lenta, insidiosa; Sinais e sintomas dermatoneurológicos; Grande potencial incapacitante; Infecto - contagiosa; Conceito * Aspectos Epidemiológicos Brasil: Alta endemicidade → considerado pela OMS problema de saúde pública no Brasil. Estigma. O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. Afeta globalmente cerca de 550.000 indivíduos por ano. O Brasil, com 40.000 hansenianos, é o segundo país do mundo em número de doentes, só superado pela Índia. Pode tb ser uma zoonose: tatu e macacos infectados. * Aspectos Epidemiológicos O principal indicador epidemiológico do controle da hanseníase é o coeficiente de detecção, que expressa a relação entre os casos novos e a população em geral. * * * Série Histórica Hanseníase – 1980-2003 Fonte: www.saude.gov.br,2006. Gráf1 14515 17133 16994 18798 18854 19303 18497 19728 26615 27844 28765 30874 33396 34251 33190 36263 40505 45125 42444 42389 41305 44609 47506 49026 Casos Aids AIDS* 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 1 0 10 39 134 550 1,145 2,713 4,506 6,366 9,052 12,042 15,186 17,014 18,642 21,000 23,586 26,185 28,318 25,909 26,245 25,611 30,843 33,904 30,886 Óbitos 1 1 1 1 5 155 385 963 2,056 3,274 5,383 7,367 9,020 11,469 13,391 15,156 15,017 12,078 10,770 10,521 10,730 10,948 11,055 11,283 10,895 * aids: casos notificados no Sinan e registrados no Siscel até 30/06/2005. óbitos: dados preliminares de 2004. Fonte: aids: MS/SVS/PN-DST/AIDS. óbitos: MS/SVS/SIM. Aids 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Botulismo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 1 0 5 7 1 5 8 27 Óbitos 0 0 0 2 0 4 1 7 Botulismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Nº de casos Colera 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 2,103 37,572 60,340 51,324 4,954 1,017 3,044 2,745 4,759 733 7 0 0 21 5 Óbitos 33 462 670 542 96 26 54 39 93 20 0 0 0 0 0 Colera 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Coqueluche(Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 45,749 42,247 54,766 26,298 19,222 22,119 25,477 16,898 8,868 13,810 15,329 7,252 5,155 5,388 4,098 3,798 1,245 1,789 1,337 1,369 1,245 888 782 1,014 1,254 1,018 Coqueluche(Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Coqueluche(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Óbitos 394 339 391 166 122 140 145 133 43 97 105 307 41 35 48 42 18 18 23 24 27 12 7 26 12 3 Coqueluche(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Dengue (Casos) Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos 0 0 11,000 0 0 0 46,309 88,412 1,900 5,367 39,391 104,404 1,823 7,389 57,152 137,075 184,104 249,203 505,027 183,087 228,125 464,314 813,104 403,642 123875 241796 Dengue (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Dengue(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Óbitos ... ... ... ... ... ... ... .... 0 0 8 0 0 0 11 2 1 9 10 3 5 29 150 38 8 43 Dengue(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Difteria 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 4,646 3,848 3,297 3,345 2,914 2,023 1,580 1,284 987 801 640 495 276 252 245 171 181 134 81 56 58 32 54 50 18 18 Óbitos 518 476 448 413 358 251 165 143 93 67 64 18 19 23 20 18 19 13 13 6 5 5 6 6 2 4 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Doença Meningocócica 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos 1,575 1,229 1,226 1,388 1,353 1,482 1,840 2,337 3,045 4,039 4,976 4,855 4,928 5,931 6,368 7,195 7,321 6,325 6,061 5,235 5,019 4,228 3,872 3,363 3,739 2,983 Óbitos ... ... ... 297 345 342 406 498 672 796 996 914 964 1,248 1,269 1,415 1,387 1,315 1,161 1,008 941 850 731 676 755 617 Doença Meningocócica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Febre Amarela 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 25 22 24 6 22 7 9 16 26 9 2 15 12 83 19 4 15 3 34 76 85 41 15 64 5 3 Óbitos 22 21 21 6 17 6 7 15 14 3 1 8 8 19 6 2 13 3 15 28 40 22 6 23 3 3 Febre Amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Febre Tifóide(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Óbitos 91 100 111 75 81 81 81 71 67 71 48 39 30 24 21 21 24 16 6 14 11 9 10 10 8 3 Fonte:SIM Febre Tifóide(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Febre Tifóide (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 4,696 3,967 3,825 3,886 4,689 4,348 3,663 3,371 3,350 3,106 1,990 2,262 1,825 2,033 2,067 2,380 1,358 996 523 757 886 705 851 873 575 397 Febre Tifóide (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Hantavirus 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 3 0 1 3 0 11 29 55 79 74 84 163 167 Óbitos 2 0 1 3 0 8 15 19 32 34 40 61 57 Hantavirus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Hanseniase 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 14,515 17,133 16,994 18,798 18,854 19,303 18,497 19,728 26,615 27,844 28,765 30,874 33,396 34,251 33,190 36,263 40,505 45,125 42,444 42,389 41,305 44,609 47,506 49,026 49,366 38,410 Hanseniase Casos Hepatite A 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 639 1,229 915 672 1,649 8,210 16,661 20,671 14,252 14,614 20,300 18,318 Hepatite A 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Hepatite B 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 1,275 1,423 1,672 2,028 1,831 4,204 7,537 7,111 8,805 12,204 13,441 9,523 Hepatite B 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Hepatite C 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 130 266 1,217 3,130 3,157 4,848 6,839 5,134 7,660 9,699 12,759 7,998 Hepatite C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Leptospirose 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 1,852 1,924 1,594 3,077 2,508 2,409 3,014 2,094 1,728 2,893 4,293 5,579 3,298 3,449 2,433 3,487 3,638 2,620 2,952 3,033 2,698 Óbitos 265 235 330 404 278 290 301 289 215 325 313 368 280 439 310 351 430 320 349 385 301 Leptospirose 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Leishmaniose Tegumentar 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos 4,560 5,153 5,890 5,038 6,161 13,654 15,545 26,253 25,153 21,129 24,753 28,450 24,668 27,454 35,103 35,748 30,030 31,303 21,801 32,439 33,720 37,713 34,156 31,379 28,712 24,291 * Dados preliminares. Leishmaniose Tegumentar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Leishmaniose Visceral 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos 164 359 1,120 1,124 2,224 2,489 1,794 1,035 816 1,869 1,944 1,510 1,870 2,570 3,426 3,885 3,246 2,570 1,977 3,624 4,858 3,646 3,102 3,178 3,366 3,220 Óbitos 35 40 65 90 124 78 90 53 53 88 100 71 74 122 109 129 130 95 138 224 151 214 185 202 251 223 * Os óbitos nos anos 2002 e 2003 foram corrigidos de acordo com a metodologia de captura e recaptura * Dados preliminares. Leishmaniose Visceral 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Malária (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 169,871 197,149 221,939 297,687 378,257 399,462 443,627 508,864 559,535 577,520 560,396 541,927 572,993 483,367 555,135 564,570 444,049 405,051 471,894 637,474 615,247 389,775 349,965 405,017 464,336 596,444 Malária (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Malária(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Óbitos 511 511 578 815 897 943 1,053 1,150 1,168 1,014 927 743 557 485 436 355 224 147 170 203 242 142 92 89 Malária(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Meningite por haemophilus 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos ... ... ... 697 848 813 742 971 1,190 1,405 1,568 1,508 1,564 1,496 1,638 2,005 1,826 1,780 1,979 1,616 606 408 232 170 163 101 Óbitos ... ... ... 138 180 158 148 167 212 262 281 239 284 272 309 345 307 342 301 233 92 79 42 28 29 19 Meningite por haemophilus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Paralisia Flácida Aguda 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos 517 538 419 453 432 369 437 528 678 637 654 642 601 Paralisia Flácida Aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Poliomielite 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 1,290 122 69 45 130 329 612 196 106 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos 164 12 19 10 15 15 33 23 19 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Poliomielite 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Peste (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 97 59 151 82 37 71 76 45 25 26 18 10 25 14 18 9 5 16 4 6 2 0 0 0 0 1 Peste(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Óbitos 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 Peste(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Raiva Humana 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 173 139 127 103 88 53 39 57 36 58 73 70 60 50 22 31 25 25 29 26 26 21 10 17 30 44 Raiva Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Rubéola (Casos) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 32,825 6,794 14,502 15,413 5,867 1,480 563 445 321 Fonte:BNS até 2003, SINAN-2004-2005 Rubéola (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Rubéola(Obitos) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Óbitos 3 3 2 0 1 ... ... ... ... Rubéola(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Sarampo (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 98,633 61,281 39,370 58,257 80,879 75,993 129,942 66,059 26,179 22,853 61,435 42,532 7,934 2,396 1,262 972 791 53,664 2,781 908 36 1 1 2 0 6 Sarampo (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Sarampo(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Óbitos 3,236 2,335 1,670 1,769 2,344 1,165 1,633 794 400 265 478 212 29 18 7 7 7 61 1 2 0 0 0 0 0 0 Sarampo(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Síndrome da Rubéola Congênita 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 17 25 38 80 101 39 16 16 2 Óbitos ... 7 13 15 17 8 9 ... Síndrome da Rubéola Congênita 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Tétano Acidental 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 2,226 2,150 2,198 2,036 2,078 1,852 1,852 1,720 1,517 1,460 1,312 1,282 1,043 970 1,025 889 679 683 628 584 637 501 479 391 Óbitos 713 684 723 654 678 614 604 559 461 468 441 400 397 369 343 301 260 233 225 170 213 161 189 133 Tétano Acidental 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Tétano Neonatal 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Casos 584 706 621 559 507 413 395 392 295 272 234 215 171 131 93 101 74 66 41 34 33 15 14 10 Óbitos 470 489 339 323 272 254 219 202 141 124 123 124 111 93 54 54 18 50 27 27 24 10 8 8 Tétano Neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Tuberculose 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005* Casos 72,608 86,411 87,822 86,617 88,366 84,310 83,731 81,826 82,395 80,375 74,570 84,990 85,955 75,453 75,759 91,013 85,860 83,309 82,931 84,337 75,925 78,984 82,727 82,821 80,515 49814 Óbitos 7,013 6,394 5,637 5,423 5,589 5,140 5,192 5,124 5,305 5,346 2,547 5,342 5,379 5,753 5,998 5,977 5,708 5,881 6,422 6,236 4,812 4,780 5,044 5,091 4528 1990 * Dados retirados em 07/03/2006 Tuberculose 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos MBD00080492.xls Gráf2 97 59 151 82 37 71 76 45 25 26 18 10 25 14 18 9 5 16 4 6 2 0 0 0 0 1 Casos Aids 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 1 1 16 52 157 613 1,244 2,875 4,636 6,488 9,592 12,401 15,719 17,954 19,735 22,842 25,920 27,950 30,206 27,101 27,197 25,506 22,285 9,756 Óbitos 1 0 10 1 5 155 385 963 2,056 3,274 5,383 7,367 9,020 11,469 13,391 15,156 15,017 12,078 10,767 10,521 10,728 10,874 11,047 ... Aids 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Colera 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 2,103 37,572 60,340 51,324 4,954 1,017 3,044 2,745 4,759 733 7 0 0 Óbitos 33 462 670 542 96 26 54 39 93 20 0 0 0 Colera 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Coqueluche(Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 45,749 42,247 54,766 26,298 19,222 22,119 25,477 16,898 8,868 13,810 15,329 7,252 5,155 5,388 4,098 3,798 1,245 1,789 1,337 1,369 1,245 888 782 1,014 1,160 Coqueluche(Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Coqueluche(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Óbitos 394 339 391 166 122 140 145 133 43 97 105 307 41 35 48 42 18 18 23 24 27 12 7 26 31 Coqueluche(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Dengue (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 0 0 11,000 0 0 0 46,309 88,407 1,570 5,367 39,322 104,398 1,658 7,388 56,584 137,308 183,762 249,239 528,388 209,668 239,870 428,117 794,219 341,776 Dengue (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Dengue(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Óbitos ... ... ... ... ... ... 6 4 0 0 8 0 0 0 11 2 1 9 10 3 5 29 150 38 Dengue(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Difteria 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 4,646 3,848 3,297 3,345 2,914 2,023 1,580 1,284 987 801 640 495 276 252 245 171 181 134 81 56 58 32 54 50 16 Óbitos 518 476 448 413 358 251 165 143 93 67 64 18 19 23 20 18 19 13 13 6 5 5 6 6 2 Difteria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Doença Meningocócica 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 1,575 1,229 1,226 1,388 1,353 1,482 1,840 2,337 3,045 4,039 4,976 4,855 4,928 5,931 6,368 7,195 7,321 6,325 6,061 5,235 5,019 4,228 3,872 3,340 3,603 Óbitos ... ... ... 297 345 342 406 498 672 796 996 914 964 1,248 1,269 1,415 1,387 1,315 1,161 1,008 941 850 731 676 729 Doença Meningocócica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Febre Amarela 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 25 22 24 6 22 7 9 16 26 9 2 15 12 83 19 4 15 3 34 76 85 41 15 64 Óbitos 22 21 21 6 17 6 7 15 14 3 1 8 8 19 6 2 13 3 15 28 40 22 6 23 Febre Amarela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Febre Tifóide (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 4,696 3,967 3,825 3,886 4,689 4,348 3,663 3,371 3,350 3,106 1,990 2,262 1,825 2,033 2,067 2,380 1,358 996 523 757 861 705 357 383 Febre Tifóide (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Febre Tifóide(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Óbitos ... 100 111 75 81 81 81 71 67 71 48 39 30 24 21 21 24 16 6 14 11 9 10 ... Febre Tifóide(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Hantavirus 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 3 0 1 3 0 11 28 56 77 75 81 Óbitos 2 0 1 3 0 8 14 19 33 31 40 Hantavirus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Hanseniase 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 14,515 17,133 16,994 18,798 18,854 19,265 18,476 19,685 26,578 27,837 28,482 30,094 34,451 32,988 32,785 35,922 39,928 44,939 42,055 41,236 41,062 46,265 47,026 42,241 Hanseniase 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Hepatite A 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 639 1,229 915 672 1,649 8,210 16,661 20,671 12,907 8,308 Hepatite A 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Hepatite B 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 1,275 1,423 1,672 2,028 1,831 4,204 7,537 7,111 6,239 6,352 Hepatite B 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Hepatite C 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 130 266 1,217 3,130 3,157 4,848 6,839 5,134 5,223 4,641 Hepatite C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Leptospirose 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 1,852 1,924 1,594 3,077 2,508 2,409 3,014 2,094 1,728 2,893 4,293 5,579 3,298 3,449 2,433 3,487 3,479 2,291 2,042 Óbitos 265 235 330 404 278 290 301 289 215 325 313 368 280 439 310 351 411 295 245 Leptospirose 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Leishmaniose Tegumentar 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 4,560 5,153 5,890 5,038 6,161 13,654 15,545 26,253 25,153 21,129 24,753 28,450 24,668 27,454 35,103 35,748 30,030 31,303 21,801 32,439 33,720 37,713 34,156 26,185 Leishmaniose Tegumentar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Leishmaniose Visceral 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 164 359 1,120 1,124 2,224 2,489 1,794 1,035 816 1,869 1,944 1,510 1,870 2,570 3,426 3,885 3,246 2,570 1,977 3,624 4,858 3,646 3,102 2,286 Óbitos 35 40 65 90 124 78 90 53 53 88 100 71 74 122 109 129 130 95 138 224 151 214 226 203 Leishmaniose Visceral 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Malária (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 169,871 197,149 221,939 297,687 378,257 399,462 443,627 508,864 559,535 577,520 560,396 541,927 572,993 483,367 555,135 564,570 444,049 405,051 471,894 637,474 615,247 389,775 349,965 405,017 Malária (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Malária(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Óbitos 511 511 578 815 897 943 1,053 1,150 1,168 1,014 927 743 557 485 436 355 224 147 170 203 242 142 92 89 Malária(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Meningite por haemophilus 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos ... ... ... 697 848 813 742 971 1,190 1,405 1,568 1,508 1,564 1,496 1,638 2,005 1,826 1,780 1,979 1,616 606 408 232 169 154 Óbitos ... ... ... 138 180 158 148 167 212 262 281 239 284 272 309 345 307 342 301 233 92 79 42 28 30 Meningite por haemophilus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Paralisia Flácida Aguda 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 517 538 419 453 432 369 437 528 678 637 654 639 Paralisia Flácida Aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Peste (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 (até ago) Casos 97 59 151 82 37 71 76 45 25 26 18 10 25 14 18 9 5 16 4 6 2 0 0 0 0 1 Peste (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Peste(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Óbitos 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 Peste(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Poliomielite 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 1,290 122 69 45 130 329 612 196 106 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos 164 12 19 10 15 15 33 23 19 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Poliomielite 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Raiva Humana 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 173 139 127 103 88 53 39 57 36 58 73 70 60 50 22 31 25 25 29 26 26 21 10 17 Raiva Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Rubéola (Casos) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 32,825 6,794 14,502 15,413 5,867 1,480 443 395 Rubéola (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Rubéola(Obitos) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Óbitos 3 3 2 0 1 ... ... Rubéola(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Sarampo (Casos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 98,633 61,281 39,370 58,257 80,879 75,993 129,942 66,059 26,179 22,853 61,435 42,532 7,934 2,396 1,262 972 791 53,664 2,781 908 36 1 1 2 0 Sarampo (Casos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Sarampo(Obitos) 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Óbitos 3,236 2,335 1,670 1,769 2,344 1,165 1,633 794 400 265 478 212 29 18 7 7 7 61 1 2 0 0 0 0 0 Sarampo(Obitos) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Óbitos Síndrome da Rubéola Congênita 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 17 25 38 80 101 38 13 17 Óbitos ... 7 13 17 17 ... ... ... Síndrome da Rubéola Congênita 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Tétano Acidental 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 2,226 2,150 2,198 2,036 2,078 1,852 1,852 1,720 1,517 1,460 1,312 1,282 1,043 970 1,025 889 679 683 628 611 594 509 428 Óbitos 713 684 723 654 678 614 604 559 461 468 441 400 397 369 343 301 260 233 225 168 202 161 165 Tétano Acidental 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Tétano Neonatal 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Casos 584 706 621 559 507 413 395 392 295 272 234 215 171 131 93 101 74 66 41 34 33 15 14 Óbitos 470 489 339 323 272 254 219 202 141 124 123 124 111 93 54 54 18 50 27 27 24 10 8 Tétano Neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos Tuberculose 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Casos 72,608 86,411 87,822 86,617 88,366 84,310 83,731 81,826 82,395 80,375 74,570 84,990 85,955 75,453 75,759 91,013 85,860 83,309 82,931 84,337 81,862 81,182 77,836 36,082 Óbitos 7,013 6,394 5,637 5,423 5,589 5,140 5,192 5,124 5,305 5,346 2,547 5,342 5,379 5,753 5,998 5,977 5,708 5,881 6,422 6,236 5,528 0 0 0 Tuberculose 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Casos Óbitos * * Agente Etiológico Mycobacterium leprae ou Bacilo de Hansen Parasita intracelular obrigatório (princ. Células de Schwann e Macrófagos); Afinidade por células cutâneas e dos nervos periféricos; Alta Infectividade: capacidade de infectar muitas pessoas. Baixa Patogenicidade: poucos indivíduos adoecem; Poder imunogênico: alto potencial incapacitante; Relativa Resistência: Viável até 36 horas no meio ambiente. Cresce melhor em temperaturas baixas: áreas frias do corpo. * Transmissão Principal porta de entrada: vias aéreas superiores Provavelmente não ocorre a infecção transplacentária; Contaminação através do contato cutâneo, de lesões hansênicas, com a pele íntegra ou lesionada : muito contestada. Pode também transmitir por transfusão sanguínea.(?) * Contato direto com a pessoa doente não tratada (Inter-humana); * Trato respiratório (Principal) * Transmissão Formas contagiantes VIRCHOWIANA E DIMORFA Homem : Reservatório Natural do Bacilo e Fonte de Infecção; Período de incubação: de dois a sete anos (longo). Menos freqüente na infância (devido ao longo período de incubação) Os bacilos podem ser eliminados tb no leite materno, esperma, suor, saliva, secreções nasais e lesões ulceradas da mucosa nasal e/ou pele. Pode haver portador são (ausência de manifestações clínicas, mas presença do bacilo). * Transmissão Período de transmissibilidade: enquanto tiver infecção ativa nos Multibacilares Grupo contagiante: eliminam cerca de 10 milhões de bacilos (carga ↑) Pessoa doente inicia o tratamento deixa de ser transmissora da doença; Suscetibilidade e imunidade: Interações entre: fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do próprio M. leprae. * Patogenia O bacilo possui duas vias principais de disseminação: Células de Schwann (células que envolvem os axônios dos nervos periféricos) : via sistema nervoso periférico (áreas neurais e/ou cutâneas proximais); Corrente Sanguínea ou linfática: disseminação, penetração nos gânglios linfáticos, atingiria a pele e via corrente sanguínea, alcançaria o sistema nervoso periférico. * Patogenia Contato com o M. leprae Multiplicação do bacilo nos macrófagos e invasão de células endoteliais de vasos sanguíneos e linfáticos. Linfonodos e sistema reticuloendotelial. Fagocitose, metabolização e processamento dos bacilos. Produção de fragmentos que são apresentados aos linfócitos. Ativação e Proliferação de linfócitos Liberação de citocinas Ativação de Macrófagos Resposta Imune ao M.Leprae * * Destruição ou multiplicação do bacilo dentro dos macrófagos * Resposta Imunológica A defesa é efetuada pela resposta imunológica celular, capaz de fagocitar e destruir os bacilos, mediada por citocinas. FN: “Fator N” (Rotberg, 1937) → resistência natural ao bacilo de Hansen, que confere capacidade ao indíviduo de reagir ao bacilo. Em média, 80% das pessoas nasce com FN. Essas pessoas ou abortam a infecção ou desenvolvem as formas não contagiantes da doença, pois o FN possui capacidade de reagir ao bacilo, viável ou não, em graus variados. Esta imunidade por maturidade celular induzida pelo M.leprae pode ser desenvolvida com a idade. Ela será expressa pelo Teste de Mitsuda. * Teste de Mitsuda Inoculação intradérmica de 0,1 de lepromina (suspensão de M.leprae mortos pelo calor). Faz-se a leitura após 21-30 dias quando desenvolve-se a chamada reação tardia. Obs.: A leitura precoce de Fernandes após 48 a 72 h não tem valor e não mais se utiliza. Nodulação > ou = a 5 mm → POSITIVA (resistência: intensa resposta celular tipo Th1) Nodulação < que 5 mm → NEGATIVA (ausência de resposta celular e intensa resposta humoral tipo Th2) Não possui valor diagnóstico, apenas prognóstico. * Teste de Mitsuda Representa desenvolvimento de imunidade constitucional por maturidade celular induzida pelo M.leprae, pelo BCG, por outras micobactérias ou outros fatores. Avalia a imunidade mediada por células. Quem possui essa imunidade, ou eliminará a infecção e/ou encaminhará para as formas não contagiantes da moléstia (dependendo do grau de reposta imunológica). Os pacientes que apresentam Mitsuda negativo temporariamente e desenvolver a doença, podem ter essa negatividade revertida após tratamento. * Teste de Mitsuda Mitsuda Positivo: resistência ao Bacilo de Hansen Região Médio-distal do braço esquerdo * Resposta Imunológica 1) FN expresso → aborta a infecção. 2) Com FN, mas temporariamente negativa ao Teste de Mitsuda: a. Carga bacilar com poucos bacilos: ficará um período de incubação → infecção subclínica: Pode evoluir para a CURA ESPONTÂNEA b. Carga bacilar com mais bacilos: desenvolverá um PAUCIBACILAR. TUBERCULÓIDES: Reposta imune celular intensa. c. Carga bacilar muito ALTA: desenvolverá um DIMORFO: imunologicamente instável. 3) Não tem FN → ausência de imunidade celular específica: MULTIBACILARES / VIRCHOWIANOS. * Resposta Imunológica Na Hanseníase Tuberculóide, a exacerbação da imunidade celular e a produção de citocinas pró-inflamatórias (IL-1 e TNF-alfa) impedem a proliferação bacilar, mas pode se tornar lesiva ao organismo, causando lesões cutâneas e neurais, pela ausência de fatores reguladores. Na Hanseníase Virchowiana, a produção dos antígenos PGL-1 e LAM pelo bacilo, no interior do macrófago, favorece o escape do mesmo à oxidação intramacrofágica, pois estes possuem função supressora da atividade do macrófago e favorecem a sua disseminação e manifestação da doença. * Forma I Indeterminada (forma inicial) Forma T Tuberculóide Classificação das Formas Clínicas de Hanseníase Forma D Dimorfa Forma V Virchowiana * Classificação Operacional Para Fins De Tratamento Quimioterápico Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele. Multibacilares (MB): Casos com mais de 5 lesões de pele. Baseado no nº de lesões Paucibacilares: Abrigam um pequeno número de bacilos no organismo (baixa carga bacilar), insuficiente para infectar outras pessoas. Multibacilares: Não apresentam resistência ao bacilo, que se multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior, podendo infectar outras pessoas. Constituem fonte de infecção e de manutenção da cadeia epidemiológica da doença. * Índice Bacteriológico Avalia-se o índice bacteriológico (IB) através do exame da densidade de bacilos vivos e mortos nos esfregaços de linfa de lesões cutâneas corados pelo método de Ziehl-Neelsen. (3+): muitos bacilos (2+): número moderado ( + ): poucos ( 0 ): nenhum bacilo Este estudo definirá pacientes paucibacilares ou multibacilares. * Escala algorítma de Ridley: mais completa * Classificação Baseada na Baciloscopia Paucibacilares: Baciloscopia Negativa Indeterminada Tuberculóide Dimorfa → M pode ser -/+ Virchowiana → M sempre - Multibacilares: Baciloscopia Positiva Baciloscopia positiva indica hanseníase multibacilar, independentemente do número de lesões. Mitsuda Positivo Mitsuda Negativo * * Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde - Guia de Bolso, 2005. * Lesões dematológicas Sinais e Sintomas dermatológicos: - Manchas pigmentares ou discrômicas; - Placa; - Infiltração; - Nódulo. * Hanseníase Indeterminada Mácula Hipocrômica e/ou eritematosa. Pode ter limites precisos ou não. Alteração de sensibilidade, e/ou alopecia. Teste Mitsuda Positivo/ Negativo. Indivíduos com resposta imune não definida. Tendência é evoluir para uma das formas, mas pode permanecer como Indeterminada ou curar-se espontaneamente. * Indeterminada: lesão única ou multiplicidade de lesões hipocrômicas, de limites imprecisos e com diminuição ou abolição de sensibilidade. * Hanseníase Tuberculóide Placa única ou pouco numerosas, papulosas. Distribuídas assimetricamente. Limites precisos, delimitadas. Eritematosas. Uniformemente infiltradas. Anestésicas. Comprometimento nervoso precoce → alteração de sensibilidade. Teste Mitsuda Positivo. Possuem resistência à disseminação dos bacilos. * Placa de limites precisos, com bordas micropapulosos e centro ligeiramente atrófico, toda ela com distúrbio de sensibilidade. Tuberculóide: lesões eritematosas ou em placas com limites precisos, diminuição de sensibilidade e com acometimento neurológico. Nervos superficiais e profundos: espessamento → necroses caseosas: tumorações únicas ou múltiplas ao longo dos nervos, cujo conteúdo, liquefazendo-se, pode extravasar através de fístulas para a pele. * * Hanseníase Virchowiana Pólo de baixa resistência → cronicidade de sua evolução. Baixa resposta celular e predomínio da resposta humoral. Inicialmente, máculas hipocrômicas, de limites imprecisos. Insidiosa e progressivamente se tornam difusamente eritematosas e infiltradas. Infiltração difusa (“fácies leonina”) Depois, surgem lesões sólidas: papulosas, nodulares, placas isoladas, agrupadas e/ou confluentes (toda a pele). Pode haver comprometimento visceral (proliferação linfo-hematogênica). Polimorfas (grande variação das formas clínicas das lesões) Madarose (perda de cílios e sombrancelhas) Mitsuda: Negativo * Virchowiana: infiltração difusa, nódulos disseminados, multiplicidade de lesões eritemato-acastanhadas, acometimento neurológico, áreas extensas de anestesia * Hanseníase Dimorfa (DD,DV,DT) Características tanto do pólo tuberculóide como do virchowiano. Máculas ou pápulas eritematosas, róseo-violáceas e/ou pigmentadas, Relevo variável, infiltradas, Contornos internos bem definidos e externos mal delimitados (lesões pré-fovelares e fovelares): clareamento central. Edematosas, brilhantes. Podem ser poucas, assimétricas ou numerosas e simétricas. Comprometimento dos nervos, é menos intenso que nos tuberculóides, porém em maior número e mais simétrico. Instável imunologicamente. Mitsuda: Negativo ou fracamente positivo. * Hanseníase Dimorfa Tuberculóide : Placas eritêmato hipocrômico, limites bem definidos, com sensibilidade alterada. Dimorfo: lesões características das formas tuberculóide e virchowiana, com lesões eritemato-acastanhadas, em placas com acometimento neurológico. * * * Lesões Neurais Exclusivamente no sistema nervoso periférico. Alterações de Sensibilidade: térmica → hiperestesia → hipoestesia → anestesia → perda progressiva da sensibilidade dolorosa e tátil. Normalmente, sinais neurais antecedem os sinais cutâneos. Troncos nervosos edemaciados, dolorosos à palpação. Alterações nos nervos: podendo até levar a perda da função. As lesões dos troncos determina alterações sensitivas e motoras (paresias ou paralisias). Neuropatias autonômicas, sensitivas e motoras. * Lesões Neurais As manifestações neurológicas são comuns a todas as formas clínicas. Hanseníase indeterminada: não há comprometimento de troncos nervosos, não ocorrendo problemas motores. Não deixa seqüelas. Hanseníase tuberculóide: comprometimento dos nervos é mais precoce, assimétrico e intensamente agressivo. Hanseníase Virchowiana: comprometimento simétrico, e tardio. Nervos rígidos e consistência fibrótica → graves seqüelas. * Neurites: processo inflamatório dos nervos periféricos → Lesões Os processos inflamatórios podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos nervos, como pela resposta do organismo à presença do bacilo, ou por ambos, provocando lesões neurais; Dor e espessamento dos nervos periféricos; Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés; Perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores. Sua cronicidade podem levar à diminuição da capacidade funcional, com perda da força muscular, paralisias nas áreas de inervação e, mais tardiamente, a deformidades físicas. Patogenia das Neurites * Os principais nervos acometidos na hanseníase A sensibilidade normal depende da integridade dos troncos nervosos e das finas terminações nervosas que se encontram sob a pele. * Mão em garra (ulnar e mediano). Fonte: atlasdermatologico.com.br * Definição de Caso Pessoa que apresenta um ou mais dos critérios clínicos e laboratoriais listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento quimioterápico específico: lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de alteração de sensibilidade; e baciloscopia positiva para bacilo de Hansen. * Diagnóstico Clínico Anamnese; Exame físico; Avaliação dermatológica; Avaliação neurológica; Diagnóstico dos estados reacionais; Diagnóstico diferencial; Classificação do grau de incapacidade física. * Consulta de Enfermagem Histórico de enfermagem (inclui a entrevista e o exame físico): Dados de identificação (idade, ocupação –detalhada-,estado civil, etc) Aspectos do ambiente (características do domicílio, número de quartos, condições de higiene), Queixas (detalhadamente), Antecedentes pessoais e familiares (histórico de patologias, hospitalizações), Hábitos de vida, Aspectos sócio econômicos e rede de apoio, Conhecimentos sobre a hanseníase, reações frente ao diagnóstico, Aspectos do tratamento atual (adesão, dificuldades), Exame físico geral e específico para avaliação do tegumento e grau de incapacidades dos olhos, mãos e pés. * Anamnese Sinais e sintomas da doença e possíveis vínculos epidemiológicos. alterações na pele - manchas, placas, infiltrações,nódulos, e há quanto tempo eles apareceram; possíveis alterações de sensibilidade em alguma área do corpo; presença de dores nos nervos, ou fraqueza nas mãos e nos pés e se usou algum medicamento para tais problemas e qual o resultado. Devem ser registradas cuidadosamente no prontuário todas as informações. Detalhada a ocupação da pessoa e suas atividades diárias. * Exame Físico Inspeção dos olhos (sinais e sintomas decorrentes da presença do bacilo e do comprometimento dos nervos que inervam os olhos) → secreção, vermelhidão (hiperemia), ausência de sobrancelhas (madarose), cílios invertidos (triquíase), e desabamento da pálpebra inferior (lagoftalmo), ou opacidade da córnea. Nariz (presença do bacilo e o comprometimento da mucosa e da cartilagem do nariz) → condições da pele, da mucosa (cor, umidade) e do septo nasal, bem como se há perfuração do septo nasal. Membros superiores e inferiores → diminuição da força, dormência, ressecamento, calosidades, fissuras, ferimentos, cicatrizes, atrofias musculares. * * Palpação dos troncos nervosos O nervo deve ser palpado com as polpas digitais do segundo e terceiro dedos, deslizando-os sobre a superfície óssea, acompanhando o trajeto do nervo, no sentido de cima para baixo. * Avaliação da Força Muscular * Lesão do Nervo Ulnar * Pesquisa de Sensibilidade * Pesquisa de Sensibilidade Explicar ao paciente o exame: compreensão e colaboração. Demonstrar a técnica, primeiramente, com os olhos do paciente abertos e em pele sã. Ocluir, então, o campo de visão do paciente. Selecionar aleatoriamente, a seqüência de pontos a serem testados. Tocar a pele deixando tempo suficiente para o paciente responder. Repetir o teste para confirmar os resultados em cada ponto. * Pesquisa de Sensibilidade Térmica : utiliza-se dois tubos de vidro, com água fria e e no outro água aquecida (cuidado com a temperatura). Devem ser tocadas a pele sã e a área suspeita com a extremidade dos tubos frio e quente, alternadamente, solicitando-se à pessoa que identifique as sensações de frio e de calor (quente). As respostas como menos frio, ou menos quente devem também ser valorizadas nessa pesquisa. Tátil: utiliza-se uma mecha fina de algodão seco. Dolorosa ou protetora: utiliza –se a ponta de uma caneta esferográfica. Essa pesquisa é a mais importante para prevenir incapacidades, pois detecta-se precocemente diminuição ou ausência de sensilidade protetora do paciente. * * Alterações Autonômicas * Antes de iniciar o teste, retire os monofilamentos do tubo e encaixe-os cuidadosamente no furo lateral do cabo. Disponha-os em ordem crescente do mais fino para o mais grosso; Segure o cabo do instrumento de modo que o filamento de nylon fique perpendicular à superfície da pele, a uma distância de aproximadamente dois cm. A pressão na pele deve ser feita até obter a curvatura do filamento sem permitir que o mesmo deslize sobre a pele; O teste começa com o monofilamento mais fino - 0,05g (verde). Se o paciente não sente o monofilamento, utilize o 0,2g (azul) e assim sucessivamente; Aplique os filamentos de 0,05g (verde) e 0,2 (azul) com três toques seguidos sobre a pele testada; nos demais monofilamentos, teste somente com um toque; Repita o teste, em caso de dúvida; Aplique o teste nos pontos específicos correspondentes aos nervos da mão e do pé. Técnica de avaliação da sensibilidade com estesiômetro * Conjunto de monofilamentos de Semmes-Weinstein * * Diagnóstico laboratorial Baciloscopia: Exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae, diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas ou de outros locais, como: lóbulos auriculares e/ou cotovelos, e nas lesões. Critérios de confirmação de recidiva; A baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico da hanseníase; Não se deve esperar o resultado para iniciar o tratamento do paciente. Histopatológico. * Tratamento Ambulatorial; Poliquimioterapia (PQT) → Indicada pelo Ministério da Saúde e padronizada pela OMS - 1982; A primeira dose de rifampicina é capaz de matar as cepas viáveis do bacilo de Hansen em até 99,99% da carga bacilar de um indivíduo. Logo no início do tratamento a transmissão da doença é interrompida. PQT Rifampicina Dapsona Clofazimina * Tratamento A associação evita a resistência; Esquema-padrão; Ajuste das doses para crianças; Esquemas alternativos: Intolerância a um dos medicamentos; A alta por cura é dada após administração do número de doses preconizadas pelo esquema terapêutico. Prazos estabelecidos: Paucibacilares:de 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 9 meses. Multibacilares: de 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 18 meses. * Tratamento A assistência regular ao paciente com hanseníase paucibacilar na unidade de saúde ou no domicílio é essencial para completar o tratamento em 6 meses. Se, houver a interrupção da medicação ela poderá ser retomada em até 3 meses, com vistas a completar o tratamento no prazo de até 9 meses. Para o multibacilar se houver interrupção da medicação está indicado o prazo de 6 meses para dar continuidade ao tratamento e para que o mesmo possa ser completado em até 18 meses. * Esquema Paucibacilar (PB) Tratamento mensal e supervisionado: 1º dia: 600mg (2 cápsulas de 300mg) e 100mg (1comp).→ Supervisionados Tratamento diário e não supervisionado (2º ao 28º dia): 100mg (1comp.) TODOS OS DIAS. Duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses. (ideal: 6 meses) Rifampicina Dapsona Dapsona Rifampicina * Tratamento mensal e supervisionado 1º dia: 600mg (2 cáps. De 300mg) + 300mg (3 cáps. de 100mg) e 100mg (1comp) Tratamento diário e não supervisionado (2º ao 28º dia): 50mg (1 cápsula) TODOS OS DIAS e 100mg (1comp.) TODOS OS DIAS. Duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de Critério de alta: 12 doses supervisionadas até 18 meses. Esquema Multibacilar (MB) Rifampicina Clofazimina Dapsona Clofazimina Dapsona Rifampicina * Esquema Multibacilar (MB) Esquema Paucibacilar (PB) Tratamento Hanseníase * Orientações Quanto ao tratamento Efeitos colaterais da cutâneos: rubor de face e pescoço, prurido e rash cutâneo generalizado. gastrointestinais: diminuição do apetite e náuseas. síndrome pseudogripal: febre, calafrios, astenia, mialgias, cefaléia. hepáticos: mal-estar, perda do apetite, às vezes, icterícia. Rifampicina * Orientações Quanto ao tratamento Efeitos colaterais da - cutâneos: ressecamento da pele, alteração na coloração da pele e suor. Pele escura: a cor pode se acentuar, pele claras: coloração avermelhada ou tom acinzentado, devido à impregnação e ao ressecamento. - gastrointestinais: diminuição da peristalse e dor abdominal, (depósito de cristais de clofazimina nas submucosas e linfonodos intestinais →inflamação da porção terminal do intestino delgado). Clofazimina * Orientações Quanto ao tratamento Efeitos colaterais da - cutâneos: dermatite esfoliativa ou eritrodermia (eritema+descamação); - hepáticos: icterícias, náuseas e vômitos; - outros efeitos colaterais raros podem ocorrer, tais como insônia e neuropatia motora periférica. Dapsona * Recidiva Causas: Resistência Medicamentosa Persistência do M.leprae: achado de bacilos íntegros. Tratamento PQT inadequado ou incorreto. Repetir o tratamento integralmente; Paucibacilares difícil distinguir a recidiva da reação reversa; Nos multibacilares a recidiva pode manifestar-se como uma exacerbação clínica das lesões existentes e com aparecimento de lesões novas. É o caso que completa com êxito o tratamento PQT, e que após curado venha eventualmente desenvolver novos sinais e sintomas da doença. * MB - Pacientes com típicas lesões virchovianas ou dimorfas, lesões reacionais após 3 anos de alta por cura ou que continuam com reações após o 5º ano de alta. Confirmação baciloscópica deve considerar bacilos integros e globais. Manifestações Clínicas na Recidiva PB - Dor em nervo não afetado anteriormente, novas alterações de sensibilidade, lesões nervosas e/ou exarcebações de lesões anteriores que não respondam a corticoterapia. * Estados Reacionais Causas: Espontâneas; Desencadeadas por vários fatores, como: infecções, estresse mental ou físico, gravidez, drogas, entre outros. São intercorrências agudas que podem ocorrer na hanseníase (em qualquer fase) por manifestação do sistema imunológico do paciente, cuja manifestação clínica decorre da interação do bacilo ou restos bacilares e o sistema imunológico do hospedeiro. (hiperatividade imunológica) Reação Tipo I – Reação Reversa → Celular Reação Tipo II - Eritema Nodoso → Humoral * Estados Reacionais ou Reações Hansênicas Freqüência em pacientes tuberculóide e dimorfa. Pode apresentar novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor. Caracteriza-se por eritema e edema das lesões e/ou espessamento de nervos com dor à palpação dos mesmos (neurite). A neurite pode evoluir sem dor (neurite silenciosa). Tratamento: Prednisona Reação Tipo I – Reação Reversa Ocorre por mudança rápida de imunidade celular. É de hipersensibilidade (alérgica) * Os pacientes com hanseníase virchowiana são os mais acometidos. Caracteriza-se por nódulos eritematosos, dolorosos, em qualquer parte do corpo. Pode evoluir com neurite. Acompanhado de febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia. Geralmente as lesões antigas permanecem sem alteração. Tratamento: Talidomida – Proibido mulheres em idade fértil. Reação Tipo II – Eritema Nodoso Desencadeada pelo depósito de imunocomplexos (antígeno, anticorpo e complemento) extravasculares, nos tecidos comprometidos pelos infiltrados específicos da hanseníase multibacilar. Estados Reacionais ou Reações Hansênicas * * * Episódios Reacionais: interrupção da evolução crônica da hanseníase * * * Prevenção e Tratamento de Incapacidades Físicas Todos os casos de hanseníase deverão ser avaliados quanto ao grau de incapacidade no momento do diagnóstico e, no mínimo, uma vez por ano, inclusive na alta por cura; Diagnóstico precoce do comprometimento neural; A cura da infecção pelo M. Leprae com a presença de deformidades diagnóstico tardio e/ou tratamento inadequado. * Classificação do Grau de Incapacidade Física do Doente Grau 0 - quando não há incapacidade (não há compromentimento neural nos olhos, nas mãos e nos pés); Grau 1 - Quando há incapacidades (diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, nas mãos ou nos pés); Grau 2 – Quando há incapacidade e deformidades (nos olhos: lagoftalmo e/ou ectrópico, triquíase, opacidade corneana, acuidade visual menor que 0,1 ou quando o paciente não conta dedos a 6m de distância; nas mãos e nos pés: lesões tróficas e/ou traumática, garras, reabsorção óssea, “mão ou pé caídos” ou contratura do tornozelo). * * * Vigilância Epidemiológica Objetivo do programa de controle da hanseníase e a morbidade da doença; Diagnóstico precoce interrompe a cadeia de transmissão e incapacidades físicas; Exame dermatoneurológico de todas as pessoas que convivem no domicílio com o caso novo de hanseníase Descobrir a fonte de infecção Conhecer outros casos oriundos dessa mesma fonte Notificação Compulsória e Investigação Obrigatória * Não se trata de vacina especifica para a hanseníase; Aplicação de duas doses de vacina; A aplicação da 1ª dose da vacina está condicionada à realização do exame dermatoneurológico. BCG - ID a todos os contatos intradomiciliares dos casos novos de hanseníase; Via intradérmica (0,1 ml), no braço direito, na altura da inserção inferior do músculo deltóide. A 2ª. Dose, local próximo à 1ª. 2º dose 6 meses após a 1º dose; Quando existe a cicatriz por BCG - ID ? Considerar como 1ª. Dose. * Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. 816 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. HINRICHSEN, S.L. DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias. Ed.Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005. 1098p. VERONESI, Ricardo; FOCACCIA, Roberto. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu, 2004. 1 v. 962p.
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