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AULA 4 CONTINUAÇÃO

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DIR. ADM. II – AULA 4 - CONTINUAÇÃO	23/08/17
Prof. Estefânia - Aluno: Leandro Oliveira		Pág. de 
4 - LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA
É o ato administrativo através do qual o poder público impõe restrição na propriedade do particular em prol da coletividade. A administração pública pode impor restrições positivas, permissivas.
São determinações de caráter geral por meio das quais o poder público impõe a proprietários indeterminados obrigações de fazer, não fazer ou de tolerar, para fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função social.
	Natureza: ato legislativo ou administrativo normativo de caráter geral. Neste caso temos restrições de caráter geral, não há restrição individualizada; sendo assim, em regra não há indenização.
	Fundamentos: 
	Atendimento da função social;
	Prevalência do interesse público. A adm. Pública precisa restringir sua propriedade para atender a coletividade.
	Indenização: em regra não há, salvo se houver dano.
	Direito de preempção (art. 25 a 27, Lei 10.257/01)
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
§ 1.º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a 5 (cinco) anos, renovável a partir de 1 (um) ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
§ 2.º O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1.º, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
IX - (Vetado.)
•• O texto vetado dizia:
“IX – outras finalidades de interesse social ou de utilidade pública, definidas no plano diretor”.
Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1.º do art. 25 desta Lei deverá enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo.
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
§ 1.º À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade.
§ 2.º O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3.º Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada.
§ 4.º Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.
§ 5.º A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de pleno direito.
§ 6.º Ocorrida a hipótese prevista no § 5.º, o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
	Direito de preferência do Município na alienação onerosa (lei delimita áreas); no caso do particular efetuar a venda de sua propriedade deverá notificar o poder público que deseja vender seu imóvel para que ele exerça seu direito de preferência. Caso o particular não notifique o poder público, aquela venda par o particular será nula.
5 – TOMBAMENTO
É a declaração editada pelo poder público acerca do valor histórico, artístico, paisagístico, arqueológico, turístico, cultural ou científico de bem móvel ou imóvel, com a finalidade de preservá-lo imodificável.
	Natureza: Ato administrativo de competência do executivo.
	Obs.: A CF também pode instituir o tombamento. Ex.: art. 216, §5º CF/88;
§ 5.º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
	Obs.: segundo o STF, a lei não pode instituir o tombamento. Somente 
	Função social: proteção ao patrimônio cultural, histórico, artístico e etc.
	Fonte normativa: Art. 216, §1º CF - DL 25/37 (Federal);
§ 1.º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
	Pode ser:
	De ofício → Sobre bens públicos;
	Voluntário → Sobre bens particulares com o pedido ou anuência do proprietário;
	Compulsório → Sobre bens particulares e imposto coativamente após processo administrativo (art. 9º, DL 25/37);
→ O particular pode provar não ser o caso de tombamento.
PROCEDIMENTO PARA TOMBAMENTO
	Parecer do órgão técnico (Iphan);
	Notificação do proprietário;
	Conselho consultivo do ente federado 
	decide, podendo homologar ou não
	Provisório
	Definitivo
	Com processo instaurado após notificação
	Com a inscrição do bem no livro tombo após homologação
	
	
	Individual
	Geral
	Sobre determinado bem
	Sobre uma região, bairro ou cidade
	Cancelamento (destombamento)
Artigo 19, DL 25/37
É possível cancelar o ato de inscrição de ofício quando desaparece o fundamento para a restrição da propriedade, ou ainda, a pedido do proprietário, que não tenha recursos para manter as características do bem, e o poder público, após notificado, não realiza as reformas.
	Indenização: em regra não há;
	Direito de preferência (art. 889, VIII, NCPC)
Art. 889. Serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência:
VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado.
	Segundo artigo 22 do DL 25/37, em caso de venda de bem tombado o proprietário deverá notificar o Município, Estado e União. Contudo, devido a matéria ser disciplinada pelo novo CPC, artigo acima, entende a melhor doutrina que somente deve ocorrer a notificação em caso de alienação judicial; não havendo necessidade, assim, de notificação nas alienações extrajudiciais.

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