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FACULADADE PITÁGORAS DE TEIXEIRA DE FREITAS – BA ALUNA: MIQUÉIAS SOUZA ARAÚJO VILAS BÔAS DIREITO, 6º PERÍODO – MATUTINO QUESTÕES DE PENAL – CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL (Arts 213 ao 234 – B) 1) Bráulio, rapaz de 18 anos, conhece Paula em um show de rock, em uma casa noturna. Os dois, após conversarem um pouco, resolvem dirigir-se a um motel e ali, de forma consentida, o jovem mantém relações sexuais com Paula. Após, Bráulio descobre que a moça, na verdade, tinha apenas 13 anos e que somente conseguira entrar no show mediante apresentação de carteira de identidade falsa. A partir da situação narrada, assinale a afirmativa correta. a) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável doloso. b) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável culposo. c) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de tipo essencial. d) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de proibição direto. JUSTIFICATIVA: o sujeito ativo não sabia que estava praticando ato sexual com alguém menor de 14 anos, ou seja, errou sobre o fato. Então é qualificado como um erro de tipo essencial, e por isso a conduta é atípica, não configura crime. 2) Filolau, querendo estuprar Filomena, deu início à execução do crime de estupro, empregando grave ameaça à vítima. Ocorre que ao se preparar para o coito vagínico, que era sua única intenção, não conseguiu manter seu pênis ereto em virtude de falha fisiológica alheia à sua vontade. Por conta disso, desistiu de prosseguir na execução do crime e abandonou o local. Nesse caso, é correto afirmar que a) trata-se de caso de desistência voluntária, razão pela qual Filolau não responderá pelo crime de estupro. b) Filolau consumou o estupro c) a conduta de Filolau é atípica. d) Filolau deve responder por tentativa de estupro. JUSTIFICATIVA: O estupro está previsto no artigo 213 do código penal, e sua execução se inicia pelo emprego de violência ou grave ameaça com o objetivo de praticar o ato sexual. Portanto, nesse caso, houve tentativa, pois ocorreu circunstâncias alheias a vontade do agente, é claro a pretensão do agento o estupro. 3) Durante o festival de balonismo, na cidade de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-se até a Boate Cristal para festejar a sua classificação no evento. No recinto, conheceu o transformista Maitê, 21 anos, convidando-o para acompanhá-lo na comemoração. Enquanto conversavam, Afonso disfarçadamente colocou uma substância na bebida de Maitê, que o levou a perder os sentidos. Na sequência, conduziu o transformista desmaiado, sem poder oferecer resistência, até seu carro, onde praticou com ele sexo anal. No dia seguinte, Maitê registrou o fato delituoso contra Afonso na Delegacia de Polícia e adotou as medidas necessárias para responsabilizá-lo. No presente caso, o crime praticado pelo agente é o de _______e a ação penal correspondente é ________. a) estupro de vulnerável – pública incondicionada b) estupro – pública incondicionada c) violação sexual mediante fraude – pública condicionada à representação d) estupro – pública condicionada à representação e) violação sexual mediante fraude – privada JUSTIFICATIVA: Essa questão hoje seria anulada, pois há controvérsias neste assunto, o STJ adota posição de ação pública condicionada a representação nesse tipo de situação. Porém, a alternativa que mais está correta é a letra “a”, estupro de vulnerável, mesmo assim a pessoa embriagada continua sendo objeto de estupro de vulnerável, a diferença estabelecida pelo STJ cinge-se à modalidade de Ação Penal, que não mais será pública incondicionada, em face da temporalidade da vulnerabilidade. 4) Madame Pink, recém-casada, procura o médico ginecologista para realizar exames preventivos de rotina. Antes de iniciar o exame, o médico pede que a paciente se dispa. Logo após ela se deitar na maca ginecológica, acaricia sua vagina e nela introduz seu dedo. Nesse caso, o médico responderá por a) estupro de vulnerável b) estupro c) assédio sexual d) violação sexual mediante fraude JUSTIFICATIVA: Disposto no art. 215, cp. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima; O fato dele ser um ginecologista foi o meio que impediu a livre manifestação de vontade da vítima, ficando evidenciado sua real intenção de se utilizar da profissão para satisfazer seu desejo sexual. 5) Marco Antônio, caminhoneiro, é preso em flagrante praticando ato libidinoso com P., menor de quinze anos, em uma casa de prostituição mantida pela tia deste, Suzana, também conhecida como D. Suzinha, cafetina da região. O fato de P. ser menor de idade é conhecido de Marco Antônio, habitué do local e cliente costumeiro do rapaz. Na hipótese: a) Suzana praticou o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração de vulnerável, enquanto que a conduta de Marco Antônio é atípica, por ser P. maior de quatorze anos e consentir no ato, mesmo mediante paga. b) Marco Antônio praticou o crime de estupro de vulnerável, e Suzana o de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração de vulnerável. c) praticaram ambos o crime de estupro de vulnerável. d) praticaram ambos o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração de vulnerável. e) nenhum deles praticou crime, uma vez que P. já está corrompido e é maior de quatorze anos. JUSTIFICATIVA: A partir do texto da questão, percebe-se que nenhum dos dois praticou os expostos no art. 218-b do CP, “submeter, induzir ou atrair, porém, cometeram crimes dos quais a lei equipara à conduta típica de favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual. Não afastando o fato de que Marco Antônio sabia que a vítima era menor de idade, ou seja, não existe dúvida acerca da consciência do agente em praticar o ato delituoso. 6) Considere a seguinte situação hipotética. Márcio, penalmente responsável, durante a prática de ato sexual mediante violência e grave ameaça, atingiu a vítima de modo fatal, provocando-lhe a morte. Nessa situação hipotética, Márcio responderá por estupro qualificado pelo resultado morte, afastando-se o concurso dos crimes de estupro e homicídio. Certo Errado JUSTIFICATIVA: Conforme o artigo 213, CP, que diz: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação da pela Lein° 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação da da pela Lein° 12.015, de 2009) (...) § 2o Se da conduta resulta morte: (Inclufdo pe/a Lein° 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta ) anos (Inclufdo pe/a Lein° 12.015, de 2009) Márcio teve o praeterdolo, pois teve dolo inicial ao estuprar a vítima, só que durante o estupro veio o resultado culposo. O resultado do crime adveio com a culpa do autor, por isso Márcio responderá pelo delito de estupro com resultado morte. 7) Considere a seguinte situação hipotética. Determinado cidadão, penalmente responsável, estabeleceu em determinada cidade, e com evidente intuito lucrativo, uma casa destinada a encontros libidinosos e outras formas de exploração sexual, facilitando, com isso, a prostituição. Na data de inauguração da casa, a polícia, em ação conjunta com fiscais do município, interditaram o estabelecimento, impedindo, de pronto, o seu funcionamento. Nessa situação hipotética, a conduta do cidadão caracterizaa figura tentada do crime anteriormente definido como casa de prostituição, nos moldes do atual art. 229 do Código Penal. Certo Errado JUSTIFICATIVA: Não existe a modalidade de tentativa em crimes habituais e para que seja considerada típica a conduta de casa de prostituição, deve haver habitualidade. A questão diz que a polícia impediu o seu funcionamento no dia da inauguração. Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - RECLUSÃO, de 2 a 5 anos, e multa. 8. José, rapaz de 23 anos, acredita ter poderes espirituais excepcionais, sendo certo que todos conhecem esse seu dom, já que ele o anuncia amplamente. Ocorre que José está apaixonado por Maria, jovem de 14 anos, mas não é correspondido. Objetivando manter relações sexuais com Maria e conhecendo o misticismo de sua vítima, José a faz acreditar que ela sofre de um mal espiritual, o qual só pode ser sanado por meio de um ritual mágico de cura e purificação, que consiste em manter relações sexuais com alguém espiritualmente capacitado a retirar o malefício. José diz para Maria que, se fosse para livrá-la daquilo, aceitaria de bom grado colaborar no ritual de cura e purificação. Maria, muito assustada com a notícia, aceita e mantém, de forma consentida, relação sexual com José, o qual fica muito satisfeito por ter conseguido enganá-la e, ainda, satisfazer seu intento, embora tenha ficado um pouco frustrado por ter descoberto que Maria não era mais virgem. Com base na situação descrita, assinale a alternativa que indica o crime que José praticou. A) Corrupção de menores (Art. 218, do CP). B) Violência sexual mediante fraude (Art. 215, do CP). C) Estupro qualificado (Art. 213, § 1º, parte final, do CP). D) Estupro de vulnerável (Art. 217-A, do CP). JUSTIFICATIVA: Crime perfeitamente tipificado no artigo 215 do CP. Violação sexual mediante fraude Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. A fraude foi o meio pelo qual o agente utilizou para conseguir o ato sexual, e não houve violência, ele a iludiu usando meios ardilosos para alcançar seu objetivo, tirando o poder de escolha da vítima, devido a sua frustração com o que havia escutado e queria resolver aceitando o pedido. 9) . Analise os fragmentos a seguir: I. João constrange Maria, por meios violentos, a ter com ele relação sexual. Em virtude da violência empregada para a consumação do ato, Maria sofre lesões corporais de natureza grave que a levam a óbito. II. Joaquim constrange Benedita, por meio de grave ameaça, a ter com ele relação sexual. Após o coito Benedita falece em decorrência de ataque cardíaco, pois padecia, desde criança, de cardiopatia grave, condição desconhecida por Joaquim. A partir das situações apresentadas nos fragmentos I e II, os delitos cometidos são, respectivamente, A) estupro qualificado pelo resultado morte e estupro qualificado pelo resultado morte. B) estupro em concurso com lesão corporal seguida de morte e estupro simples. C) estupro qualificado pelo resultado morte e estupro em concurso com homicídio preterdoloso. D) estupro qualificado pelo resultado morte e estupro simples. JUSTIFICATIVA: No primeiro item, o crime será de estupro qualificado pelo resultado morte, pois a vítima, em decorrência da violência que lhe ocorreu, chegou a óbito. Na segunda situação, o sujeito ativo do delito, não estava ciente da doença que a vítima apresentava, a intenção dele era apenas praticar o ato sexual e não a matar, devido a isso, o agente responderá somente pelo estupro simples. 10) O crime de estupro de vulnerável (art. 217-Ado CP): A) exige que a vítima seja mulher. B) pressupõe violência ou grave ameaça corno meios executórios. C) é uma hipótese de lenocínio. D) é subsidiário ao estupro (art. 213 do CP). E) pode ser praticado mediante conjunção carnal ou ato libidinoso diverso. JUSTIFICATIVA: Conforme o artigo 217-A: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. A vítima deste crime pode ser tanto homem como mulher. 11) Assinale a alternativa que corretamente apresenta uma hipótese de estupro, na forma consumada ou tentada (art. 213 do CP). A) Aproveitar-se do pouco espaço para locomoção em um coletivo lotado para beliscar as nádegas de uma mulher, que, desconhecendo a autoria do fato, fica impedida de agir contra o autor. B) Valer-se de violência contra pessoa portadora de deficiência mental, possuidora de discernimento para o exercício da sexualidade, para com ela praticar ato libidinoso diverso da conjunção carnal. C) Propor a um adolescente de quinze anos, por aplicativo de mensagens instantâneas, um encontro sexual para a prática de coito anal, sendo a proposta prontamente refutada pelo adolescente. D) Manter relações sexuais, mediante remuneração, com adolescente de quatorze anos completos, o qual esteja submetido à prostituição. E) Manipular, sob a roupa, a genitália de pessoa completamente bêbada, que esteja desacordada em virtude da severa ingestão de álcool. JUSTIFICATIVA: Para se constituir o crime de estupro é preciso o verbo “constranger”, ou seja, por meio de coação alguém a algo. A vítima perde a liberdade de escolha e se vê obrigada a se submeter a ato sexual contra a sua vontade. Nesse caso o deficiente mental tinha discernimento na sexualidade, só que foi coagido mediante violência para praticar ato libidinoso. 12) Alaor, consciente sobre todas as circunstâncias do caso concreto, mediante grave ameaça, obrigou Brenda, criança de 12 anos de idade, a masturbá-lo. Alaor praticou crime de: A) corrupção de menores. B) constrangimento ilegal. C) ameaça. D) estupro de vulnerável. E) estupro. JUSTIFICATIVA: Não é necessário que aconteça a conjunção carnal para que haja o crime de estupro. Sendo assim, se houve o ato libidinoso e a grave ameaça já está configurado o crime de estupro. E por Alaor ter praticado o crime contra Brenda de 12 anos de idade, configura crime de estupro de vulnerável de acordo o art. 217 - A, caput: "Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos..." Mesmo que a menor consentisse, estaria configurado o crime de estupro de vulnerável. 13) Analisando o caso concreto, é correto afirmar que: A) Demétrio cometeu crime de rufianismo (art. 230, CP); Romildo cometeu crime equiparado ao favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 2⁰, I, CP); Gastão também cometeu crime equiparado ao favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218- B, § 2⁰, ll, CP). B) Demétrio cometeu o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 1⁰, CP); Romildo cometeu crime equiparado ao favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 2⁰, I, CP); Gastão também cometeu crime equiparado ao favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 2⁰, II, CP). C) Demétrio cometeu o crime defavorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218- B, § 1⁰, CP); Romildo cometeu crime equiparado ao favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 2⁰, I, CP); Gastão não cometeu crime. D) Demétrio cometeu o crime de rufianismo (art. 230 do CP); Romildo cometeu crime equiparado ao favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 2⁰, I, CP); Gastão não cometeu crime. E) Demétrio cometeu o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, § 1⁰, CP); Romildo cometeu crime de estupro de vulnerável (art. 217- A, CP); Gastão não cometeu crime. JUSTIFICATIVA: Demétrio cometeu o crime de favorecimento da prostituição previsto no art. 218-B § 1⁰, CP, que é o dolo com a intenção de submeter, induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone, nesse caso ele submeteu a adolescente a prostituição. Quanto a Romildo, visto que ele manteve relação sexual, em contexto de prostituição, com adolescente, então ele praticou o crime equiparado ao delito de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável previsto no inciso I do §2o do art. 218-B do CP. 14) Maura e Sílvio, que foram casados por dez anos, se separaram há um ano e compartilham a guarda de filho menor. Sílvio buscava o filho na escola e o levava para a casa que era do casal, agora habitada somente pela mãe e pela criança, que fica aos cuidados da babá. A convivência entre ambos era pacífica até que ele soube de novo relacionamento de Maura. Sentindo-se ainda apaixonado por Maura, ele elaborou um plano para tentar reconquistá-la. Em uma ocasião, ao levar o filho para casa como fazia cotidianamente, Sílvio, sem que ninguém percebesse, pegou a chave da casa e fez dela uma cópia. Em determinado dia, ele comprou um anel e flores, preparou um jantar e, à noite, entrou na casa para surpreender a ex-esposa — nem Maura nem a criança estavam presentes. Maura havia deixado a criança com a avó e saíra com o namorado. Ao chegar à casa, bastante embriagada, Maura dormiu sem perceber que Sílvio estava na residência. Sílvio tentou acordá-la, mas, não tendo conseguido, despiu-a, tocou-lhe as partes íntimas e tentou praticar conjunção carnal com ela. Como Maura permanecia desacordada, Sílvio foi embora sem consumar o último ato. Nessa situação hipotética, Sílvio A) cometeu o crime de tentativa de estupro. B) não cometeu crime algum porque já foi casado com Maura e tinha franco acesso à casa. C) não cometeu crime de estupro, porque não houve violência ou grave ameaça. D) cometeu crime contra a dignidade sexual, pois Maura, na situação em que se encontrava, não poderia oferecer resistência. E) cometeu apenas o crime de invasão de domicílio. JUSTIFICATIVA: A vulnerabilidade da vítima está na sua embriaguez, porém, possuía capacidade civis normais de entendimento nos demais, o STJ entende por vulnerabilidade ocasional, logo se caracteriza o crime de estupro. E Maura, por conta da bebida, não tinha capacidade suficiente para resistir ou reagir, e Sílvio se aproveitou disso, consequentemente ele cometeu o crime de estupro de vulnerável. 15) Durante dois meses, Mário, 45 anos, e Joana, 14 anos, mantiveram relações sexuais em razão de relacionamento amoroso. Apesar do consentimento de ambas as partes, ao tomar conhecimento da situação, o pai de Joana, revoltado, comparece à Delegacia e narra o ocorrido para a autoridade policial, esclarecendo que o casal se conhecera no dia do aniversário de 14 anos de sua filha. Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Mário A) é atípica, em razão do consentimento da ofendida. B) configura crime de estupro de vulnerável. C) é típica, mas não é antijurídica, funcionando o consentimento da ofendida como causa supralegal de exclusão da ilicitude. D) configura crime de corrupção de menores. JUSTIFICATIVA: O Art. 217-A. expressa que, Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos, a lei deixa claro que seria crime se fosse menor de 14, e se Joana consentiu em praticar o ato sexual com Mário não há que se falar em crime de estupro, visto que ela conheceu ele no dia em que e completou 14, idade esta que a lei considera com maturidade suficiente para tal ato. Portanto, a situação vista na questão é de clara atipicidade. 16. Valtemir praticou conjunção carnal com sua enteada Flaviana, que possui 12 anos de idade. Assim, Valtemir deve responder pelo crime de: a) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (artigo 218- Ado CP) b) submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual (artigo 244-A da Lei nº 8.069/1990). c) estupro de vulnerável (artigo 217-Ado CP). d) corrupção de menores (Lei nº 2.252/1954). e) assédio sexual (artigo 216-Ado CP). JUSTIFICATIVA: Valtemir praticou o crime de estupro de vulnerável que está previsto no Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. E até mesmo com o consentimento da vítima, o crime estaria configurado. 17. Maria, a pedido de sua prima Joana, por concupiscência desta, convenceu sua vizinha Pauliana, de 12 anos de idade, a assistir Joana e seu namorado Paulo em intimidades sexuais. Assim, pode-se concluir que Maria obrou para o delito de: A) submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. B) aliciar criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso. C) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. D) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente. E) corrupção de menores. JUSTIFICATIVA: Na leitura do Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem, então conclui-se que o crime praticado foi o de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, crime este que foi praticado por todos os agentes, Maria porque induziu, Joana e Paulo porque praticaram o ato na presença da criança. 18. Nos crimes contra a dignidade sexual, tratando-se da vítima menor de 14 anos, ou enferma ou deficiente mental sem o necessário discernimento para o ato, a situação em que o proxeneta e o cliente que pratica a conjunção carnal enquadram-se no delito de estupro de vulnerável; enquanto o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local responderão, tão somente, pelo crime de favorecimento à prostituição, na modalidade de conduta equiparada. Já, quando a vítima explorada sexualmente for menor de 18 e maior de 14 anos, o cliente que pratica a conjunção carnal responderá pelo crime de favorecimento à prostituição. A) Certo B) errado JUSTIFICATIVA: O Gerente e o proprietário responderão pelo crime de favorecimento à prostituição, na modalidade de conduta equiparada, responde conforme o art. 218- B "submeter, induzir ou atrair a prostituição ou outra forma de exploração sexual pessoa menor de 18 anos, ou seja, quem exerce as funções proprietário, gerente, responsável, e tem menores de 18 anos se prostituindo ou outra forma de exploração respondem pelo 218-B.19. No dia em que completaria 15 (quinze) anos de idade, a bela garota resolveu se entregar ao namorado de 19 (dezenove) anos de idade. Para tanto, resolveram que o local seria o quarto da moça, uma vez que seu pai daria uma grande festa e aproveitariam o grande movimento para praticarem o ato sexual. Por volta das 23 horas, percebendo que todos estavam entretidos com a festa, o jovem casal subiu disfarçadamente para o andar superior da residência, dirigindo-se até o cômodo escolhido. A moça e o rapaz, de livre e espontânea vontade, após a prática de atos libidinosos diversos, quando estavam para consumar a conjunção carnal, foram flagrados pelo genitor da debutante. Diante desse quadro, o pai enfurecido, encerrou imediatamente a festa, mandando retirar todos os convidados do ambiente e acionou uma viatura policial para registro dos fatos. O policial, após ouvir o caso relatado pelo pai da menor, registrou a ocorrência. Marque a alternativa CORRETA que descreve a conduta sexual praticada pelo rapaz em relação à sua namorada. A) Crime de estupro de vulnerável, pois somente após os 15 anos de idade completos, é que menores tem livre e espontânea vontade para praticarem conjunção carnal ou atos libidinosos diversos da conjunção carnal. B) Conduta atípica, haja vista que pessoas maiores de 14 anos de idade, de livre e espontânea vontade, podem praticar conjunção carnal ou atos libidinosos diversos da conjunção carnal. C) Crime de atentado violento ao pudor consumado e tentativa de estupro de vulnerável, pois somente após os 15 anos de idade completos, é que menores tem livre e espontânea vontade para praticarem conjunção carnal ou atos libidinosos diversos da conjunção carnal. D) Crime de atentado violento ao pudor consumado e tentativa de estupro de vulnerável, pois a garota era menor de 18 anos de idade, não possuindo capacidade de livre e espontânea vontade praticar conjunção carnal ou atos libidinosos diversos da conjunção carnal. JUSTIFICATIVA: A conduta é atípica porque conforme o Art. 217-A. (Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos), portando só é crime de estupro de vulnerável se for menor de 14 anos, com 15 anos não há que se falar em crime, pessoas maiores de 14 anos de idade, com seu consentimento, podem praticar conjunção carnal e outros atos libidinosos. 20. Acerca dos crimes contra a dignidade sexual, com a nova redação dada pela Lei nº 12.015, de 7 de agosto de 2009, assinale a alternativa incorreta. a) Nos crimes contra a dignidade sexual, não mais haverá ação penal privada. b) A ação será pública incondicionada se a vítima for menor de dezoito anos de idade, se estiver em situação de vulnerabilidade ou se ocorrer o resultado morte ou lesão corporal grave ou gravíssima. c) Configura crime de estupro constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. d) O crime de assédio sexual caracteriza-se quando o agente, prevalecendo-se de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função, constrange alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual. e) Se alguém der sonífero à vítima para, aproveitando-se do seu sono, manter com ela relação sexual, ele pratica o crime de estupro com violência presumida. JUSTIFICATIVA: O uso do sonífero na pessoa, é um meio de tirar a resistência da vítima para praticar o crime de estupro, se aproveitando do seu sono. Sem dúvida o agente irá praticar o crime de estupro com violência presumida, por ter tirado a possibilidade da vítima de se defender. 21. Analise as assertivas abaixo: I. A prática de atos libidinosos sem o consentimento da vítima de quinze anos de idade configura estupro qualificado. II. Após a Lei nº 12.015/09, a regra geral para as ações penais em crimes contra a liberdade sexual passou a ser a de ação pública incondicionada. III. A prática de conjunção carnal com menor de quatorze anos em situação de exploração sexual configura crime de favorecimento à prostituição de vulnerável. IV. Para a tipificação do crime de lenocínio, exige-se que a conduta seja dirigida a pessoa determinada. Está correto SOMENTE o que se afirma em A) II. B) III. C) IV. D) I e IV. E) II e III. JUSTIFICATIVA: A afirmativa I está correta, pois, o Art. 213, §1º da CP, qualifica o crime, pois altera o lime da pena base. § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. A afirmativa IV está correta, pois, o Art. 227, § 1º, elenca as vítimas protegidas pelo mesmo dispositivo, sendo configurado um crime de sujeito passivo próprio no qual o limite da pena base é aumentado. § 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda: Pena - reclusão, de dois a cinco anos. 22. Em relação ao tipo penal previsto no artigo 229 do Código Penal (Casa de Prostituição) é correto afirmar: a) Foi revogado, com base no princípio da adequação social, pela Lei 12.015/2009. b) Não se exige o intuito de lucro como elemento subjetivo do tipo. c) A prostituta que exerce habitualmente tal atividade na sua casa realiza a conduta típica. d) Os locais destinados a encontros libidinosos de namorados, como os motéis, podem, em princípio, ser considerados casas de prostituição. JUSTIFICATIVA: O caput do art. 229 do código penal deixa bem claro que, não é necessário o intuito de obter lucro no que se refere ao crime de exploração sexual. Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente. 23. Em relação ao tipo penal previsto no artigo 216-A do Código Penal (Assédio Sexual), com as alterações da Lei 12.015/09, é incorreto afirmar: a) Revogou tacitamente a contravenção da importunação ofensiva ao pudor. b) A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos. c) Não configura o delito entre professor e aluno ou religioso e fiel. d) A consumação ocorre quando o assediador realiza o ato de assédio. 24. Túlio praticou ato libidinoso, ao tocar os seios de Cida, e, nesse momento, decidiu estuprá-la. Túlio acabou, então, consumando ambas as condutas contra a mesma vítima e no mesmo contexto. Nessa situação hipotética, Túlio deverá responder. A) Pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em concurso formal. B) Pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em concurso material. C) Pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em continuidade delitiva. D) Por crime único de estupro. E) Por crime único de atentado violento ao pudor. JUSTIFICATIVA: Conforme exposto no art. 213 do CP, o ato libidinoso já está incluso no crime de estupro, ou seja, mesmo se ele não tivesse forçado a relação sexual, ele teria cometido o crime de estupro pelo mero ato libidinoso. 25. Marque C (Certo) ou E (Errado): a) (c) Por incidência do princípio da continuidade normativo-típica, é correto afirmar que, no âmbito dos delitos contra a dignidade sexual, as condutas anteriormente definidas como crime de ato libidinoso continuam a ser punidas pelo direito penal brasileiro, com a ressalvade que, segundo a atual legislação, a denominação adequada para tal conduta é a de crime de estupro. b) (e) O agente que, mediante violência, constranger mulher adulta à prática de conjunção carnal e ato libidinoso consistente em sexo oral responderá por dois delitos, em continuidade delitiva. c) (c) Considere a seguinte situação hipotética. João, penalmente responsável, mediante ameaça de arma de fogo, constrangeu José, de dezoito anos de idade, a se despir em sua frente, de modo a satisfazer a sua lascívia. Uma vez satisfeito, João liberou José e evadiu-se do local. Nessa situação hipotética, a conduta de João caracteriza o tipo penal do estupro em sua forma consumado. d) (c) O delito de estupro consiste em modalidade especial de constrangimento ilegal, sendo prevista a possibilidade de o delito ser praticado por mulher contra homem. Nos casos em que o crime de estupro não seja presenciado por nenhuma testemunha nem documentado por outro meio, deve o julgador, a partir da chamada síndrome da mulher de Potifar, ter a sensibilidade para apurar a veracidade dos fatos relatados pela vítima mulher. JUSTIFICATIVA: A primeira alternativa está correta, pois não houve qualquer revogação da lei quanto aos atos libidinosos, continua sendo punida no art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinosos. Antiga redação do 214: Atentado violento ao pudor: A segunda alternativa está completamente errada, pois o art. 213 incorporou o 214. Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, ou seja, o artigo 214 foi revogado, e não existe mais dois crimes em diferentes em qualificado em dois dispositivos. A terceira alternativa está certa, pois o ato que João cometeu contra José é o chamado ato libidinoso, que também está previsto no crime de estupro art 213 CP. O STF e o STJ entendem que não é necessário o contato físico, portanto ele cometeu o estupro. A quarta alternativa está certa, porque o constrangimento ilegal é a modalidade de estupro se praticado mulher contra homem como está previsto no Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. E quando não há testemunha, e nenhum meio de prova, o juiz deve analisar a verdade dos fatos. 26. Nos crimes contra a liberdade sexual, NÃO constitui causa de aumento da pena a circunstância de a) Resultar gravidez. b) O agente ser casado. c) O agente ser empregador da vítima. d) O crime ser cometido com concurso de duas ou mais pessoas. e) O agente transmitir doença sexualmente transmissível de que sabe ser portador. JUSTIFICATIVA: Previsto no Art. 226. A pena é aumentada: (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005). Devido ao dispositivo não enunciar a condição de casado do agente, não é causa de aumento de pena. 27. Recentemente, o legislador pátrio alterou o enfoque dado aos chamados Crimes Contra os Costumes, passando a denominá-los de Crimes Contra a Dignidade Sexual, através da edição da Lei Ordinária nº. 12.015/2009. A respeito do assunto, assinale a única alternativa CORRETA. I) A conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, configura o delito de estupro. II) O tipo penal denominado “estupro de vulnerável” exige como condição do sujeito passivo do delito a idade inferior a 14 anos de idade ou ser possuidor de enfermidade ou doença mental capaz de reduzir sua capacidade de discernimento para a prática do ato, ou ainda, por qualquer outra causa, não possa oferecer resistência. III) Pratica o delito de corrupção de menores (artigo 218 do Código Penal) o agente que induz alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem. IV) O delito de estupro previsto no artigo 213 do Código Penal, com a nova redação dada pela Lei nº. 12.015/2009 é de ação penal pública incondicionada, independentemente da condição pessoal da ofendida. A) Somente as proposições I e III são verdadeiras. B) Somente a proposição IV é falsa. C) Somente as proposições I e II são verdadeiras. D) Todas as proposições são falsas. E) Todas as proposições são verdadeiras. JUSTIFICATIVA: Conforme art. 225 do CP, ou seja, a ação penal é, em regra, pública condicionada à representação, sendo a ação penal pública incondicionada apenas quando a vítima for menor de 18 anos ou pessoa vulnerável segunda a nova redação dada pela Lei nº. 12.015/2009. Portanto, proposição IV é falsa. 28. Em 7 de fevereiro de 2010, Ana, utilizando-se do emprego de grave ameaça, constrange seu amigo Lucas, bem-sucedido advogado, a com ela praticar ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Em 7 de agosto de 2010, Lucas comparece à delegacia policial para noticiar o crime, tendo sido instaurado inquérito a fim de apurar as circunstâncias do delito. A esse respeito, é correto afirmar que o promotor de justiça A) deverá oferecer denúncia contra Ana pela prática do crime de atentado violento ao pudor, haja vista que, por se tratar de crime hediondo, a ação penal é pública incondicionada. B) nada poderá fazer, haja vista que os crimes sexuais, que atingem bens jurídicos personalíssimos da vítima, só são persequíveis mediante queixa-crime. C) deverá pedir o arquivamento do inquérito por ausência de condição de procedibilidade para a instauração de processo criminal, haja vista que a ação penal é pública condicionada à representação, não tendo a vítima se manifestado dentro do prazo legalmente previsto para tanto. D) deverá oferecer denúncia contra Ana pela prática do crime de estupro, haja vista que, com a alteração do Código Penal, passou-se a admitir que pessoa do sexo masculino seja vítima de tal delito, sendo a ação penal pública incondicionada. JUSTIFICATIVA: Nesse caso não há mais crime devido a decorrência do prazo decadencial. De acordo o Art. 103 – (Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia), ou seja, o prazo para a vítima se manifestar é de 6 meses, ocorre que, apesar de dizer respeito ao direito de ação, esse prazo tem natureza penal, uma vez que extingue a punibilidade do agente, sendo assim, conta- se incluindo o dia do início e excluindo-se o dia do final. Logo, o prazo venceu dia 06 de agosto de 2010. 29. Sobre o conceito de vulnerável, nos crimes contra a dignidade sexual, marque a alternativa correta: a) ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso contra pessoa com idade igual ou menor de 14 anos se enquadra no conceito de prática de crime sexual contra vulnerável; b) considera-se vulnerável, nos termos do Código Penal, pessoa menor de 14 anos, ou que, por enfermidade ou deficiênciamental, não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer resistência; c) considera-se vulnerável, nos crimes contra a dignidade sexual, pessoa com idade igual ou inferior a 14 anos e desde que por enfermidade ou deficiência mental não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer resistência; d) praticar ato libidinoso ou ter conjunção carnal com pessoa menor de 14 anos não é crime, desde que haja o consentimento e desde que não se trate de pessoa que por enfermidade ou deficiência mental não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, bem como por qualquer outra causa não possa oferecer resistência. e) nenhuma das anteriores. JUSTIFICATIVA: Está disposto igualmente o Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 30) Configura estupro de vulnerável a(o): A) prática de sexo anal consentido com adolescente de 14 anos de idade que esteja submetido à prostituição. B) constrangimento, mediante violência, de pessoa portadora de enfermidade mental à prática de conjunção carnal, ainda que a vítima tenha o necessário discernimento para a prática do ato sexual. C) manutenção de relações sexuais com pessoa desacordada em virtude de severa embriaguez, ainda que a vítima, depois de concluída a conduta e ao recuperar sua consciência, passe a consentir para com o ato libidinoso, D) indução de menor de 14 anos a presenciar a prática de atos libidinosos, a fim de satisfazer a lascívia de outrem. E) assédio, no ambiente de trabalho cie adolescente aprendiz, que conte com 16 anos de idade, visando a obter favorecimento de natureza sexual. JUSTIFICATIVA: Embriaguez tira a capacidade da vítima de reagir ao ato sexual/libidinoso. Conforme nos explana o art. Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 31) TICIO é enfermeiro de uma maternidade, durante a madrugada verificando que uma paciente de 19 anos de idade estava dormindo sob efeito de anestésicos praticou conjunção carnal com a mesma. Marque a alternativa CORRETA. A) Praticou o crime de estupro. B) Praticou o crime de estupro e de violência sexual mediante fraude. C) Praticou o crime de estupro de vulnerável que também é considerado hediondo. D) Praticou o crime de estupro que também é considerado hediondo. E) Caso seja condenado por crime hediondo terá direito a progressão após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) se for reincidente. JUSTIFICATIVA: A vítima estava sob efeito de anestésicos, e por isso dificultou a sua manifestação, por isso o crime praticado por Ticio foi o de estupro de vulnerável. Crime previsto no Art. 217-A, § 1º - Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 32) Segundo o Código Penal, para caracterizar o crime de violência sexual mediante fraude, previsto em seu art. 215, o sujeito passivo pode ser tanto o homem quanto a mulher; não se exige que a vítima seja honesta, sob o ponto de vista da moral sexual, muito menos se admite questionamento sobre a sua idade. A) Certo B) Errado JUSTIFICATIVA: A assertiva está correta pois não há atenção para a idade da vítima sim, porque se a violência sexual mediante fraude ocorrer com uma menor de 14 anos, não vai configurar esse tipo penal e sim o estupro de vulnerável. 33) Laura e Tiago são casados há seis anos, mas estão separados, de fato, há três meses, embora mantenham contato por conta de um filho, ainda criança, que possuem em comum. Certo dia, aproveitando-se da sua franca entrada na residência em que Laura mora com a criança, Tiago conseguiu subtrair a chave de um dos portões da casa, fez uma cópia dessa chave e devolveu o exemplar original ao seu lugar, sem que Laura disso tivesse conhecimento. Tempos depois, em dia em que Laura estava ausente de casa e o filho deles estava na casa da avó materna, Tiago entrou na casa da ex-esposa e ficou aguardando-a, com a intenção de surpreendê-la e reconquistá-la. Próximo à meia-noite desse mesmo dia, Laura chegou e, por estar bastante embriagada, adormeceu muito rapidamente, sem dar a Tiago a atenção de que ele acreditava ser merecedor. Este ficou enfurecido e enciumado e tentou, sem sucesso, acordá-la. Não tendo alcançado seu objetivo, Tiago resolveu manter, e efetivamente manteve, relação sexual com Laura, que então já estava praticamente desacordada. Nessa situação hipotética, conforme os dispositivos pertinentes aos crimes contra a dignidade sexual insertos na Lei Maria da Penha e no Código Penal, A) para que o crime de estupro se configure, é preciso que tenha ocorrido conjunção carnal na relação sexual. B) Tiago não poderá ser acusado de crime de estupro porque Laura ainda é sua esposa. C) Tiago não poderá ser acusado de crime de estupro porque não usou de grave ameaça ou violência contra Laura. D) Tiago poderá ser acusado de crime de estupro de vulnerável. E) Tiago praticou o crime de assédio sexual, pois qualquer indivíduo pode ser sujeito ativo desse crime, independentemente de ostentar condição especial em relação à vítima. JUSTIFICATIVA: Tiago comete o crime de estupro de vulnerável previsto no Artigo 217-A, parágrafo 1º, do Código Penal, que descreve a consumação deste crime também nas hipóteses de o agente praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. E Tiago consumou o delito da conjunção carnal mesmo com a ex esposa desacordada, deixando impossibilitada de se defender.
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