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ARTIGO DE SOCIOLOGIA VIDA E OBRA DE KARL MARX

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KARL MARX: A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Airton Santos Barros[1: Acadêmico do curso de licenciatura em geografia da Universidade Estadual do Maranhão, e-mail: Airton.barrros10@gmail.com, fone: (99) 99187-9490]
Claudeones de Assunção Oliveira[2: Acadêmico do curso de licenciatura em geografia da Universidade Estadual do Maranhão, e-mail: c_oliverjl@hotmail.com, fone: (99)99124-1478.]
Fernando Resplendes de Sousa[3: Acadêmico do curso de licenciatura em geografia da Universidade Estadual do Maranhão, e-mail: nandopradd@hotmail.com]
Antônio Souza Alves[4: Professor Dr. E-mail as_alves@hotmail.com]
RESUMO
O presente trabalho faz uma análise acerca das críticas de Karl Marx sobre a divisão social do trabalho. Tece uma reflexão sobre algumas teorias desse autor que muito contribuiu para a sociologia e para o comunismo real. Aborda a idéia da sistematização da divisão social do trabalho pregada por Marx, fazendo uma comparação com o atual momento da história. Faz uma explanação acerca da divisão social do trabalho, que segundo Marx é desta que advém à exploração da mão de obra, ou seja, a alienação do trabalhador. Assim contribuindo com a divisão das relações sociais entre os homens e dividindo a sociedade em duas classes. Tece considerações acerca dos donos dos meios de produção, além de caracterizá-los, pois, são eles os detentores do poder e deles dependem os assalariados para seu vinculo empregatício e para sua própria subsistência. Trata da hegemonia pregada por Marx, que analiticamente pode se definir como supremacia, influência, ou preponderância de algo ou alguém sobre outrem. Aborda ainda, o termo alienação e faz considerações da definição segundo Marx, uma vez que, para ele o trabalhador alienado produz, mas não reconhece seu produto final e tampouco sabe seu destino. Mostra com sutileza a questão da mais-valia que, segundo Marx, é tudo aquilo que o trabalhador produz e não lhe é pago. Por fim, Alude a luta de classes como o “remédio” de todos os males da humanidade. Uma vez que, segundo Marx, a luta de classes levaria o proletariado ao poder, e assim, o estado caminhava para o primeiro estágio do utópico comunismo, que era o socialismo. Tal estágio, daria base para a comunhão, e consequentemente a harmonia reinava entre os seres da terra.
PALAVRAS CHAVES:
Divisão social; mais valia, luta de classes.
SUMMARY
This work is an analysis of the criticism of Karl Marx on the social division of labor. Reflects on some theories of this author who greatly contributed to the sociology and the real communism. It addresses the idea of ​​systematization of social division of labor preached by Marx, making a comparison with the current moment in history. Is an explanation about the social division of labor that Marx is this that comes to the exploitation of labor, ie, the alienation of the worker. Thus contributing to the division of social relations between men and dividing society into two classes. Weaves considerations about the owners of the means of production, and characterize them, because they are the power holders and their employees depend for their employment relationship and for their own subsistence. This hegemony preached by Marx, which analytically can be defined as supremacy, influence, or preponderance of something or someone on another. Addresses also the term alienation and makes Marx definition of considerations, since for him the alienated worker produces, but does not recognize the final product nor know their fate. Show with finesse the issue of added value, according to Marx, it is all that the worker produces and shall be payable. Finally, alludes to the class struggle as the "medicine" of all the evils of mankind. Since, according to Marx, the class struggle would lead the proletariat to power, and thus the state walked to the first stage of utopian communism that was socialism. This stage would give basis for communion, and consequently the harmony reigned between beings on earth.
KEYWORDS:
Social division; added value, class struggle.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como principal objetivo a análise acerca das críticas de Karl Marx em relação à divisão social do trabalho. Analisando algumas teorias desse autor que muito contribuiu para a sociologia e, sobretudo para o comunismo real. A idéia e/ou sistematização da divisão social do trabalho pregada por Marx é de suma importância para entender o contexto histórico e o atual momento trabalhista. 
Marx teve e/ou tem grande importância nas lutas de classes voltadas à melhoria das condições de trabalho. Crítico ferrenho da exploração por parte da burguesia, Marx defendia a tomada do poder da produção pelos camponeses e conseguintemente a transformação do sistema em comunismo, que antes passaria por um estagio meio, o socialismo. 
Marx acreditava que o comunismo era a solução de todos os males da humanidade, e a única forma de se ter o comunismo era através das revoluções. Afirmava ainda que não bastava entender a situação, tinha que haver compreensão e ação. É de Marx a frase: “O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções.” Com isso, Marx sustentava que não bastava ter boas intenções, bom entendimento, precisava ação. Ação esta que segundo Marx levaria desalienação daqueles que mais padeciam com o perverso meio capitalista.
Quando Marx diz que a alienação é resultado das condições materiais de vida e somente a transformação do processo de vida real, por meio da ação política, poderia extingui-la, ele está dizendo também que uma ação dos próprios alienados se faz necessária para a reversão de tal situação. Para isso, era preciso, segundo Marx, a clara relação das delimitações sociais de produção, que para Marx São as que se estabelecem entre os homens na esfera econômica, quando trabalham. 
Por acreditar no poder revolucionário das classes, Marx as definia como uma divisão efetiva da sociedade, e não meramente metodológica, e, portanto deveriam lutar contra o poderio da classe antagônica que os manipulavam e os tornavam alienados.
A crítica de Marx acerca da exploração do trabalho era sobre tudo pelas condições a que o proletariado era submetido. Marx também defendia a extinção da carga horária de trabalho que só beneficiava os donos dos meios de produção e não rendia lucro algum ao proletário. A esse excesso de trabalho, Marx denominou de mais valia. Que segundo ele, é a acepção da exploração da mão de obra assalariada, em que o capitalista recolhe o excedente da produção do trabalhador como lucro.
Em outras palavras, a mais valia é tudo que é produzido pelo trabalhador e não lhe surte retorno. Ou seja, seu trabalho não foi pago na totalidade. Nesse sentido, a mais valia é fruto das relações capitalistas. E se baseia na relação entre trabalho assalariado e capital, mais especificamente na produção do capital por meio da expropriação do valor do trabalho do proletário pelos donos dos meios de produção.
Então, Marx via a divisão social do trabalho como um mal social que acarretava em inúmeros fatores que desabonavam a dignidade humana. A idéia do comunismo tinha implícita a intenção de extinguir a exploração do trabalhador, igualar as condições sociais caminhando para uma sociedade justa e igualitária. 
2. KARL MARX: A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Para Karl Marx no processo da formação das cidades, houve uma divisão entre o trabalho rural e urbano. Os meios de produção tiveram desenvolvimento notável e seus excedentes deram lugar a uma divisão entre os administradores e os executores do trabalho, que são os proletários. Então com essa visão Marx considerava a divisão social do trabalho na sociedade como geradora de divisão entre classes.
Karl Marx apresenta uma visão negativa em relação à divisão do trabalho, pois desta advém à exploração da mão de obra, ou seja, a alienação do trabalhador. Assim contribuindo com a divisão das relações sociais entre os homens e dividindo a sociedade em duas classes.
A divisão social do trabalho expressa modos de segmentaçãoda sociedade, ou seja, desigualdades sociais mais abrangentes como a que decorre da separação entre trabalho manual e intelectual, ou entre “o trabalho industrial e comercial e o trabalho agrícola; e, como conseqüência, a separação entre a cidade e o campo e a oposição dos seus interesses”.25 A partir dessas grandes divisões, ocorreram historicamente outras como, por exemplo, entre os grupos que assumiram as ocupações religiosas, políticas, administrativas, de controle e repressão, financeiras etc. A cada um desses grupos cabem tanto tarefas distintas quanto porções maiores ou menores do produto social, já que eles ocupam posições desiguais relativamente ao controle e propriedade dos meios de produção. Assim, o tipo de divisão social do trabalho corresponde à estrutura de classes da sociedade. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO, 2003, P.33).
Com a divisão social do trabalho, os conflitos de classe
entre os capitalistas e os operários aparecem a partir do momento em que estes percebem que trabalham muito e estão cada vez mais miseráveis. Assim vários tipos de confrontos entre as classes ocorreram ao longo do desenvolvimento do capitalismo.
2.1 DONOS DO MEIO DE PRODUÇÃO
 Ao longo da história verificamos os principais acontecimentos que precipitou a existência dos meios de produção que já existiu ao longo da humanidade. Isso foi resultado da dominação “do homem sobre o homem", que iniciou na antiguidade, devido nas descobertas de ferramentas capaz de produzir individualmente o acumulo de riquezas e dominar os demais grupos sociais. Para isso, foi necessário criar mecanismos capazes dominar essas demais classes sociais originando-se a divisão e as desigualdades sociais.
Segundo Marx, na visão materialista dialetica, verifica-se nas primeiras épocas da história, uma completa divisão da sociedade em classes distintas, uma escala graduada em condições sociais. 
Na Roma antiga encontramos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Media senhores, vassalos, mestres, companheiros, servos; e, em quase que em cada uma destas classes, novas divisões hierárquicas. Essas divisões foram concebidas graça a existência do Estado que fomentou como o instrumento mais poderoso das classes dominantes em defesa dos seus interesses e subjugar as demais classes, tornando donos dos meios de produção tanto político como econômico.
 A sociedade burguesa moderna, ao qual Marx critica veementemente, nasceu nos anseios na Baixa Idade Media, como servos livres, independentes dos controles políticos e econômicos dos senhores feudais. Com essa independência conseguiram acumular mais e mais riquezas a base dos dinheiros a empréstimos, que originaram os grandes banqueiros e empresários. 
Para isso, a burguesa desenvolveu desses acúmulos a partir das grandes navegações com os mercados da Índia e da China, a colonização e da descoberta da América, o comercio colonial e das relações de trocas impulsionando até então desconhecidas o comercio e a indústria e assim adquirindo novas relações de produção capaz de modificar as estruturas sociais criando barreiras ao proletariado e a independência de produção.
Assim, a burguesia introduzia novas formas de produção capaz de adquirir grandes produções de mercadorias e de capital. Isso foi efetivado graças à introdução do comercio, da indústria, das maquinas a vapor, da navegação mundial e do transporte ferroviário, tornando-se nessa fase da historia como verdadeiros donos de produção.
Karl Marx critica sobre a questão da mais valia como um instrumento de desvalorização ao trabalho do proletariado. Esse instrumento foi capaz de colocar o proletariado a margem dos lucros obtidos pela burguesia isso serve como meio de controle social.
2.2 ALIENAÇÃO: Condição do operário.
Para Marx o trabalho é a essência da vida humana, na medida em que sevai construindo o mundo objetivo em que o homem vive, mundo esse qual apresenta ao individuo uma convivência social. Com isso ele, faz uma reflexão acerca da divisão do trabalho.
Tal reflexão se volta ao problema do trabalho alienado. Pela alienação do trabalho, o indivíduo perde a sua liberdade perante a natureza e a sociedade. No ato de alienação há segundo Marx, três aspectos. O primeiro é a relação do trabalhador com o produto do trabalho como um objeto estranho, que o domina. Nesse tipo de relação com o mundo sensorial, os objetos produzidos lhe são estranhos e hostis. O segundo é a relação do trabalho com o ato de produção, isto é, do trabalhador com sua própria atividade, enquanto algo estranho e não pertencente a ele mesmo. Nesse caso, é uma atividade que envolve sofrimento em função da posição de passividade do indivíduo trabalhador, da sua impotência diante de um processo voltado contra si.
Dito de outra maneira, o trabalhador e suas propriedades humanas só existem para o capital. Se ele não tem trabalho, não tem salário, não tem existência. Só existe quando se relaciona com o capital e, como este lhe é estranho, a vida do trabalhador é também estranha para ele próprio. Diz Marx que o malandro, o sem-vergonha, o mendigo, o faminto, o miserável, o delinqüente não existem para a economia política, são fantasmas fora de seu reino, já que ela somente leva em conta as necessidades do trabalhador cujo atendimento permite manter vivo a ele e a categoria dos trabalhadores. O salário serve para conservar o trabalhador como qualquer outro instrumento produtivo. Esta é uma visão estreita do que são as necessidades humanas que contemplam também a beleza, a paixão, o espírito e a sociedade mesma, os demais seres humanos. Mas enquanto existir a propriedade privada dos meios de produção, as necessidades dos homens resumem-se ao dinheiro, e as novas necessidades criadas servirão para obrigá-los a maiores sacrifícios e dependência. (OLIVEIRA;QUINTANEIRO,2003,P.50-51).
Podemos tomar como exemplo de alienação dentro das relações de trabalho na visão de Marx, uma linha de produção, onde o trabalhador não se reconhece no produto final e tampouco sabe seu destino. Os possuidores do poder é que se apropriam do produto final e eles deverão utilizar para seus fins lucrativos, afinal, são eles, os principais beneficiados com os meios da produção.
2.3 MAIS-VALIA.
A mais-valia é uma teoria formulada por Karl Marx. Nela, Marx define como a como a exploração capitalista se dava sobre os operários. Esta teoria é um poderoso instrumento ideológico na luta do proletariado contra os exploradores e, que revela e ensina a classe operária e todos os trabalhadores a enxergarem as verdadeiras causas das manipulações e opressões impostas sobre eles.
Havia duas modalidades de mais valia. Uma absoluta e uma relativa. A mais-valia era reconhecida pelo pensamento econômico marxista era a absoluta. Paralelo a esse tipo de exploração, ocorria a “mais-valia relativa”, instalada pelo processo de modernização tecnológico do ambiente fabril. Nesse caso, o trabalhador adequava o exercício de suas funções ao uso de um novo maquinário capaz de produzir mais riquezas em um período de tempo cada vez menor.
Nesse caso, o trabalhador recebia o mesmo salário para desempenhar uma função análoga, ou, em alguns casos, ainda mais simples. Graças à nova máquina ou técnica de produção utilizada, o dono da empresa necessitava de um número de dias ainda menor para cobrir o custo com o salário do trabalhador. Assim, ficava sendo necessários, por exemplo, apenas cinco dias trabalhados para que ele pudesse pagar pelo mesmo salário mensal que devia ao seu empregado.
 Mais-valia é, portanto, outro conceito muito importante para se compreender a organização dos modos de produção capitalista e suas formas de apropriação do trabalho. Esse termo, que é utilizado para referir-se à diferença existente entre o valor da mercadoria produzida, a soma do valor de seus meios de produção e o valor do trabalho, que se apresenta como a base de lucro no sistema capitalista.
No entanto, este não é um conceito tão simples de se entender de imediato. Pois, o próprio Marx, aos poucos, percebeu que muitosdestes valores não eram grandezas concretas e absolutas, mas sim passiveis de muitas variações indo de uma sociedade para a outra.
2.4 HEGEMONIA.
Segundo o dicionário Aurélio, A Palavra hegemonia significa supremacia, influência preponderante exercida por cidade, povo, país etc. sobre outros. (FERREIRA, Aurélio, 1988.)
Para Marx, Hegemonia significa autoridade, soberana; liderança, predominância ou superioridade. Essa visão de Marx acerca da hegemonia explica o emprego desse termo em seu discurso, uma vez que, Marx defendia uma sociedade igualitária, e nesse caso, não existiria supremacia e/ou preponderância. 
Karl Marx, afirmava que a classe dominante usava sua hegemonia social para impor sua ideologia e paradigma à classe dos proletariados. Para esse filósofo, a classe dominante, ou hegemônica, aquela que detém o poder sobre os meios de produção e até mesmo sobre aqueles que detêm a força de trabalho, se auto-outorgava sob o fundamento da propriedade ou posse dos meios de produção e geração de riqueza.
Por isso, Marx combatia a ideologia hegemônica, uma vez que, havendo dominação, haverá submissão e consequentemente haverá alienação, e Marx pregava o fim da alienação, com a luta de classes e a tomada do poder pelos proletários.
Já GRAMISCI, entendia hegemonia de forma diversa de Marx. Visto que, segundo Gramsci, hegemonia não é sinônimo de poder dominador, pois uma classe social não pode se sobre por ideologicamente sobre outra esfera da sociedade sem recorrer às famosas alianças e articulações e sem o consentimento, mesmo que seja um tanto inconsciente, da massa por ela liderada. (GRAMSCI, A. 1978). 
Assim, se a burguesia, por exemplo, quer se impor às classes populares, não o poderá fazer, a não ser em uma etapa inicial de um novo regime político, ou excepcionalmente em Estados terroristas ou sob intensa ditadura. Na tentativa de estabelecer um papel de liderança sobre as camadas oprimidas, a classe que se candidata à hegemonia necessita abrir mão de algumas de suas conveniências, para obter o poder desejado.
Dessa forma, Hegemonia deve ser entendida não sob um aspecto benéfico, mas como uma justificativa, como uma ferramenta para as classes dominantes se manterem no poder, e ela é imposta às classes proletárias por meio das relações de trabalho.
2.5 LUTA DE CLASSES.
De acordo com o pensamento de Karl Max, a luta de classes é uma expressão que designa a oposição, verificada na história, entre as diferentes classes da sociedade. É, uma luta econômica, antagônica social e conflito que se fez presente na história da humanidade. Surgem então posições opostas que criam uma luta que atingiu a esfera da vida econômica e social.
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes de luta (MARXS; ENGELS, 1848,p.7).
Para Marx a divisão social do trabalho, promove uma alienação que pode destruir as relações entre os homens, e também gerar uma exploração de quem possui o poder, e de quem é desprovido dele. 
Com o termo: luta de classes, Marx apresenta um confronto entre duas classes distintas, a burguesia, que é a classe social, do regime capitalista, que abrange todos os grupos ou indivíduos cujos interesses se identificam com os dos possuidores de capital e modo de produção capitalista, e o proletariado, que é a classe social mais baixa que se formou dentro das sociedades industrializadas e que produzia todos os bens econômicos para a sociedade, sendo explorada, sem receber o capital compatível com o resultado de seu trabalho.
Com proveniência da divisão social as tensões entre as classes exploradas, servos, camponeses sem terra e escravos, e as classes dos senhores, foram constantes ao longo da história e assumiram com frequência o caráter de indignações.
Com a formação do capitalismo, intensificou-se a luta de classes, caracterizada por uma constante oposição entre os interesses antagônicos dos trabalhadores assalariados e dos capitalistas que intensamente os exploravam e exerciam seu poder e autoridade sobre a classe proletária.
É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista. (CABRAL, 2016).
Para concluir-se a grande batalha dos proletariados contra os burgueses em busca de igualdade e melhores condições de vida, é apenas por meio de uma revolução, que livraria toda a classe proletária da submissão capitalista e opressora.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a teoria defendida por Karl Marx, tinha a finalidade de estudar e compreender a sociedade, suas varias formas de relações, a relação do homem com o trabalho, bem como a busca de revolução e transformação da vida social.
Percebemos neste artigo que Karl Marx afirma que o novo estado de divisão do trabalho é determinante nas relações dos indivíduos entre si com referência a material, instrumento e produto do trabalho. É só com o trabalho industrial, no modo de produção especificamente capitalista, que se dá de fato a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual.
Observamos que o contexto do tema abordado se dá na Visão de Max, um conflito histórico entre burguesia e proletariado, gerado á partir da divisão social do trabalho. A classe proletária era o principal gerador da produção, pois através da sua força de trabalho, que era gerada o enriquecimento dos burgueses. Enquanto Os proletários vendiam sua mão de obra por valor muito baixo, os donos do poder através da mais-valia mantinham cada vez mais alienação e exploração sobre eles.
REFERÊNCIAS
CABRAL, João Francisco Pereira. "As classes sociais no pensamento de Karl Marx"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/as-classes-sociais-no-pensamento-karl-marx.htm>. Acesso em 14 de junho de 2016.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p.
GRAMSCI, A. 1978a.Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O manifesto do partido comunista. Editado por Ridendo Castigat Moraes. [S.l. s.n.] [1999?].
SOUSA, Rainer Gonçalves. Teoria da mais valia. In: mundo da educação. Disponível em:<HTTP:// http://www.estudoadministracao.com.br/ler/16-11-2014-como-fazer-citacoes-internet/>.Acesso em :20 de jun.2016.
QUINTANEIRO, Tânia; OLIVEIRA, M.G.M.Karl Marx. In: Um toque de clássicos. 2. Minas Gerais: UFMG, 2003.p.25-59.

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