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DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS Direito Constitucional I

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Direito Constitucional
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Direitos Individuais
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)”
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DIREITO À VIDA
ART. 5º, caput:
É o maior de todos os direitos, até porque sem ele os demais perdem seu significado. Abrange diversos desdobramentos, dentre os quais:
a)	o direito à existência;
b)	o direito à dignidade da pessoa humana;
c)	o direito à integridade;
d)	o direito à privacidade
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DIREITO À VIDA
Direito à vida: existência
O direito à existência “Consiste no direito de estar vivo, de lutar pelo viver, de defender a própria vida, de permanecer vivo” (José Afonso da Silva).
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Direito à vida: existência
STF:
“III - A PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO DIREITO À VIDA E OS DIREITOS INFRACONSTITUCIONAIS DO EMBRIÃO PRÉ-IMPLANTO. O Magno Texto Federal não dispõe sobre o início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. Não faz de todo e qualquer estádio da vida humana um autonomizado bem jurídico, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque nativiva (teoria "natalista", em contraposição às teorias "concepcionista" ou da "personalidade condicional"). 
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Direito à vida: existência
STF:
E quando se reporta a "direitos da pessoa humana" e até dos "direitos e garantias individuais" como cláusula pétrea está falando de direitos e garantias do indivíduo-pessoa, que se faz destinatário dos direitos fundamentais "à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade", entre outros direitos e garantias igualmente distinguidos com o timbre da fundamentalidade (como direito à saúde e ao planejamento familiar). 
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Direito à vida: existência
STF:
Mutismo constitucional hermeneuticamente significante de transpasse de poder normativo para a legislação ordinária. A potencialidade de algo para se tornar pessoa humana já é meritória o bastante para acobertá-la,infraconstitucionalmente, contra tentativas levianas ou frívolas de obstar sua natural continuidade fisiológica. Mas as três realidades não se confundem: o embrião é o embrião, o feto é o feto e a pessoa humana é a pessoa humana. Donde não existir pessoa humana embrionária, mas embrião de pessoa humana. 
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Direito à vida: existência
STF:
O embrião referido na Lei de Biossegurança ("in vitro" apenas) não é uma vida a caminho de outra vida virginalmente nova, porquanto lhe faltam possibilidades de ganhar as primeiras terminações nervosas, sem as quais o ser humano não tem factibilidade como projeto de vida autônoma e irrepetível. O Direito infraconstitucional protege por modo variado cada etapa do desenvolvimento biológico do ser humano. 
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Direito à vida: existência
STF:
Os momentos da vida humana anteriores ao nascimento devem ser objeto de proteção pelo direito comum. O embrião pré-implanto é um bem a ser protegido, mas não uma pessoa no sentido biográfico a que se refere a Constituição.
IV - AS PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO NÃO CARACTERIZAM ABORTO. (...)” (ADI 3510, Relator:  Min. Ayres Britto, Tribunal Pleno, julgado em 29/05/2008)
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Direito à vida: existência
O termo final do direito à vida, na sua projeção de existência, é a morte, que pode ser:
Natural; ou
Provocada.
Considera-se morte a ausência de atividade cerebral (morte encefálica), não a ausência de batimento cardíaco: convenção humana.
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Direito à vida: existência
Em princípio toda morte provocada é ofensiva ao direito à vida, mas há exceções admitidas pelo direito, como a legítima defesa e o estado de necessidade.
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Direito à vida: existência
Pena de morte:
	
Art. 5°, XLVII – “não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;”
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Direito à vida: existência
Pena de morte:
Fora da hipótese de guerra declarada é vedada, e é cláusula pétrea (art. 60, § 4°, IV).
A PEC 01/88, de 06-10-88, de autoria do Dep. Amaral Neto, previa a pena de morte. Foi inadmitida pela CCJ da Câmara em 04-12-1997, à unanimidade.
Mesmo no caso de guerra externa a previsão de pena morte tem que obedecer à proporcionalidade
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Direito à vida: dignidade
O direito à dignidade: não basta existir, a vida há que ser digna.
O direito à dignidade da pessoa humana é hoje considerado o fundamento do próprio direito.
A dignidade é um princípio e um valor fundamental.
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Direito à vida: dignidade
CF/88:
	Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
	(...) 
	III - a dignidade da pessoa humana;
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Direito à vida: 
Dignidade x Existência
Eutanásia
Significado do termo “eutanásia”: “morte bela”, “morte suave”, “morte tranqüila”, “morte sem dor”, “morte sem padecimento”.
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Direito à vida: 
dignidade x existência
Eutanásia
A eutanásia não é admitida no nosso ordenamento, diante da alegação de irrenunciabilidade do direito à vida.
“Não parece caracterizar eutanásia a consumação da morte pelo desligamento de aparelhos que, artificialmente, mantenham vivo o paciente, já clinicamente morto. Pois, em verdade, vida já não existiria mais, senão vegetação mecânica” (José Afonso da Silva)
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Direito à vida: 
dignidade x existência
Eutanásia
Mesmo com o consentimento do paciente a prática da eutanásia pode levar à responsabilização penal do médico.
Código Penal:
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: [...]
	
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Direito à vida: 
dignidade x existência
Eutanásia
A vedação à eutanásia ofende a dignidade humana?
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Direito à vida: 
dignidade x existência
Aborto
O aborto deve ser tratado como crime ou como questão de saúde pública?
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Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
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Direito à vida: integridade
O direito à integridade abrange:
Integridade física
Integridade moral
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Há uma preocupação constitucional especial em relação à integridade física e moral do preso:
a) ninguém será submetido a tortura ou a tratamento desumano ou degradante (5°, III);
b) a lei considerará a tortura crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, e por ela responderão os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-la, se omitirem (5°, XLIII); 
c) não haverá penas cruéis (5°, XLVII, e); 
d) é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral (5°, XLIX); 
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e) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada (5°, LXII); 
f) o preso será informado dos seus direitos, dentre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado (5°, LXIII); 
g) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial (5°, LXIV); 
h) a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária (5°, LXV); 
i) ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança (5°, LXVI).
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Direito à vida: integridade moral
A integridade moral também é protegida constitucionalmente:
Art. 5°, V – “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”
Art. 5°, X – “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
Art. 5°, XLIX – “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;”
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Direito à vida: privacidade
Art. 5°, X – “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
Súmula 403 STJ:
“Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais”
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Assim, o direito à privacidade compreende:
Intimidade
Vida privada
Honra
Imagem
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Direito à vida: privacidade
Art. 5°, XI - “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”;
Art. 5°, XII - “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. 
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Direito à vida: privacidade
Sigilo de dados inclui os dados:
Telefônico
bancários
Fiscais 
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SIGILO X CPI
Direito à vida: privacidade
“O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que incide sobre os dados/registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações telefônicas) - ainda que representem projeções específicas do direito à intimidade, fundado no art. 5º, X, da Carta Política - não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às Comissões Parlamentares de Inquérito, eis que o ato que lhes decreta a quebra traduz natural derivação dos poderes de investigação que foram conferidos, pela própria Constituição da República, aos órgãos de investigação parlamentar.” (STF, MS-23452/RJ)
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Direito à vida: privacidade
“SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal.
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Direito à vida: privacidade
SIGILO DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na relação jurídico-tributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte.” (RE 389808, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 15/12/2010)
OBS: 5x4!!!
OBS.: Mudou
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Princípio da Isonomia (art. 5º, caput e inciso I)
Destinatário: Legislador;
Elementos da Isonomia (Celso Antônio Bandeira de Mello):
a) Fator adotado como critério discriminatório;
b) Correlação lógica entre o fator discriminatório e o tratamento jurídico em face da desigualdade apontada;
c) Afinidade entre a correlação apontada no item anterior e os valores protegidos pelo nosso ordenamento constitucional;
Exemplo: exigência de altura mínima de 1,60m para o concurso de agente policial (constitucional) e para escrivão de polícia (inconstitucional).
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Princípio da Legalidade (art. 5º, inciso II)
Estado de direito.
Princípio da reserva legal.
Criação e aumento de tributo.
Atos do poder público.
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Liberdade de Pensamento (art. 5º, incisos IV e V)
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Liberdade Religiosa (art. 5º, incisos VI, VII e VIII)
a) Liberdade de consciência e de crença;
b) Liberdade de culto: imunidade fiscal (art. 150, VI, b);
c) Liberdade de organização religiosa: é proibido ao Estado brasileiro estabelecer, subvencionar ou embaraçar o exercício dos cultos religiosos.
Escusa de consciência (5º, VIII).
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Direito Constitucional de Reunião (art. 5º, inciso XVI)
Independente de autorização;
Comunicação prévia;
Restrição ao direito de reunião: Estado de Defesa (CF, art. 136, § 1º, I, a) e Estado de Sítio (CF, art. 139, IV).
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Direito de Associação (art. 5º, incisos XVII a XXI)
Liberdade de criação vedada a de caráter paramilitar;
Dissolução das associações: Decisão judicial: 
 atividade suspensa ou compulsoriamente dissolvidas.
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Direito de Propriedade (art. 5º, incisos XXII, XXIII e XXIV)
Função social: é uma concepção social de propriedade privada, reforçada pela existência de um conjunto de obrigações para com os interesses da coletividade, visando também a finalidade ou utilidade social que cada categoria de bens objeto de domínio deve cumprir.
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Desapropriação:
a) Com prévia e justa indenização em dinheiro (art. 5º, XXIV) fundamento na necessidade ou utilidade pública;
b) Com indenização em títulos especiais da dívida pública resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas: desapropriação em nome da política urbana (art. 182, § 4º, III) e desapropriação para fins de reforma agrária (art. 184, 185 e 186) 
 fundamento no interesse social.
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Direito de Requisição (art. 5º, inciso XXV)
Pressupostos:
a) Perigo público iminente;
b) Decretação pela autoridade competente;
c) Finalidade de uso;
d) Indenização posterior no caso de prejuízo.
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Apreciação de Ameaça ou Lesão a Direito pelo Poder Judiciário (art. 5º, inciso XXXV)
Jurisdição condicionada ou instância administrativa de curso forçado 	 art. 217, § 1º.
Reclamação STF;
Benefícios Previdenciários
Habeas Data
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Princípio do Juiz Natural (art. 5º, incisos XXXVII e LIII)
Imparcialidade.
Tribunal ou Juízo de Exceção.
Justiças Especializadas e Juízo de Exceção.
Prerrogativa de foro.
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Extradição (art. 5º, LI e LII)
Conceito: É o ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo, acusado de um delito ou já condenado como criminoso, à justiça do outro, que o reclama e que é competente para julgá-lo e puni-lo. (Hildebrando Accioly).
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Hipóteses constitucionais para a extradição:
1) O brasileiro nato nunca será extraditado.
2) O brasileiro naturalizado somente será extraditado em dois casos: 
a) Por crime comum, praticado antes da naturalização;
b) Quando da participação comprovada em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, independentemente do momento do fato, ou seja, não importa se foi antes ou depois da naturalização.
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3) O português equiparado, nos termos do § 1º do art. 12 da CF, tem todos os direitos do brasileiro naturalizado, assim, poderá ser extraditado nas hipóteses descritas no item 2. Porém, em virtude de tratado bilateral assinado com Portugal, convertido no Decreto Legislativo 7.391/72 pelo Congresso Nacional, somente poderá ser extraditado para Portugal.
4) O estrangeiro poderá, em regra, ser extraditado, havendo vedação apenas nos crimes políticos ou de opinião.
Súmula 421 do STF: “Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”.
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Provas Ilícitas (art. 5º, LVI)
Provas ilegais: gênero: provas ilícitas e provas ilegítimas.
Provas ilícitas são aquelas colhidas em detrimento ao direito material. Por exemplo: provas obtidas com violação do domicílio.
Provas ilegítimas: são aquelas obtidas com desrespeito ao direito processual. Por exemplo: utilização no Plenário do júri de prova juntada nos três dias que antecedem o julgamento.
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Eficácia das provas ilícitas.
Princípio da proporcionalidade relação meio-fim o meio deve se adequado, necessário e proporcional para se chegar ao fim desejado.
Provas derivadas da provas ilícitas doutrina dos “frutos da árvore envenenada”.
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Identificação Criminal (art. 5º, LVIII)
Trata-se de norma constitucional de eficácia contida e aplicabilidade imediata.
Regulamentada pela Lei nº. 12.037/09
Exceções previstas
em lei: Por exemplo: Lei nº 9.034, de 3-5-1995 (Lei de combate ao crime organizado) 
 art. 5º “A identificação criminal de pessoas envolvidas com a ação praticada por organizações criminosas será realizada independentemente da identificação civil”.
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Enunciação dos Direitos do Preso (art. 5º, LXII, LXIII, LXIV e LXV)
Direitos do preso: 1) Permanecer calado; 2) Assistência da família e do advogado; 3) Motivos de sua prisão; 4) Identificação das autoridades ou agentes da autoridade policial que estão efetuando sua prisão; 5) Comunicação da prisão à autoridade judicial competente.
Direito ao silêncio: Complemento aos princípios do devido processo legal e da ampla defesa: direito ao silêncio puro e de prestar declarações falsas ou inverídicas (inexistência do crime de perjúrio)
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5ª Emenda norte-americana: “(...) ninguém poderá ser obrigado em qualquer processo criminal a servir de testemunha contra si mesmo (...)”.
Surgimento da garantia ao silêncio do acusado 
 caso Miranda v. Arizona (1966).
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Rol Exemplificativo do art. 5º da CF (art. 5º, § 2º)
STF ADIn nº 939-7/DF Considerou cláusula pétrea o princípio da anterioridade tributária (art. 150, III, b, da CF).
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Direitos fundamentais e tratados internacionais 
 O § 2º do art. 5º da CF estabelece que os direitos e as garantias expressos no texto constitucional não excluem outros decorrentes dos tratados de que seja parte a República Federativa do Brasil.
EC nº 45/04: A EC nº 45/04 estabeleceu que os tratados internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
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Eficácia dos Direitos Humanos Fundamentais: Em defesa da maior eficácia dos Direitos Humanos Fundamentais, a EC nº 45/04 consagrou a submissão do Brasil à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão, bem como, no âmbito interno, previu, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, a possibilidade do Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal (CF, art. 109, § 5º).
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Direitos Sociais
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Direitos Sociais
Direitos sociais são inseridos no âmbito dos direitos e garantias fundamentais ao lado dos direitos individuais e coletivos, da nacionalidade e dos direitos políticos. (Título II, Capítulo II, CF/88).
Direitos individuais – garantias da personalidade
Direitos Sociais- asseguram aos indivíduos os benefícios e serviços instituídos pelo Estado.
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Direitos Sociais
Art. 6º da Const. Federal :
“São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança , a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.”
 Segundo José Afonso da Silva, [...] “os direitos sociais disciplinam situações subjetivas pessoais ou grupais de caráter concreto”[...]
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ORDEM SOCIAL
Art. 193, CF:
		“A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.”
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A Geração de Direitos
 A segunda geração de direitos foi formulada em decorrência da lutas dos trabalhadores durante os séculos XIX e XX
Direitos Sociais , em decorrência da expansão do capitalismo industrial contra as péssimas condições de trabalho.
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A Geração de Direitos
Direitos sociais se efetivaram pela instituição da social democracia e do Estado de Bem Estar Social , no bojo da primeira grande crise do capitalismo.
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A Geração de Direitos
Direitos sociais: prevalece o princípio da equidade, em função do qual o Estado promove a discriminação legal , segundo suas condições sociais.
Tratamento privilegiado a certos grupos sociais.
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FUNDAMENTALIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS
Posição topográfica na Constituição – Título II, Capítulo II; Havia discussão quanto à necessidade de previsão orçamentária e que por serem Direitos que exigiam prestação não seriam fundamentais.
Há o reconhecimento de que exitem Direitos Sociais espalhados pela Constituição dotados de igual fundamentalidade: Art. 5º, § 2º : Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
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APLICABILIDADE DIREITOS SOCIAIS
“Art. 5º, § 1º: As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”.
Direitos Sociais têm eficácia plena e aplicabilidade imediata:
“[...] a todas as normas de direitos fundamentais há de se outorgar a máxima eficácia e efetividade possível, no âmbito de um processo em que se deve levar em conta a necessária otimização do conjunto de princípios (e direitos) fundamentais, sempre à luz do caso concreto. Em outras palavras, também as normas de direitos sociais (inclusive de cunho prestacional) devem, em princípio, ser consideradas como dotadas de plena eficácia e, portanto, direta aplicabilidade, o que não significa (e nem o poderia) que sua eficácia e efetividade deverão ser iguais.[...]
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DIREITOS SOCIAIS - TIPOLOGIA
Direitos sociais também possuem aspecto negativo, de proteção da esfera de liberdade do cidadão:
Direito à moradia: bloquear negativamente ações do Estado: vedação da penhora;
A CF/88 incluiu em seu rol de direitos sociais, típicos direitos de caráter negativo (defensivo), como dão conta, entre outros, os exemplos do Direito de Greve, da Liberdade de Associação Sindical, das Proibições de Discriminação entre os Trabalhadores (direitos especiais de igualdade).
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DIREITOS SOCIAIS DO TRABALHADOR
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II -seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;(...)”
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V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
 VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
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XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente
aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
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XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
 XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
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XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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Salário Mínimo:
O pagamento do salário mínimo é obrigatório a todo empregador que mantém funcionários com carga horária de 44 horas semanais e contrato formal de trabalho. Caso a carga horária seja superior, a empresa deverá pagar hora extra ao trabalhador.
Deve ser capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência Social.
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Dispensa Sem Justa Causa:
É o rompimento do contrato de trabalho pelo empregador, sem que o empregado tenha cometido falta grave;
Ao receber o aviso prévio, o empregado pode optar por redução da jornada em 2 horas diárias ou redução de 7 dias no período do aviso;
O empregado dispensado tem direito ao aviso prévio trabalhado ou indenizado, saldo de salário, férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário proporcional, multa de 40% pela dispensa injusta (sobre os depósitos do FGTS).
Pode ainda sacar o FGTS e requerer o benefício do seguro desemprego.
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AVISO PRÉVIO
Conceito: O aviso prévio é um direito assegurado pela Constituição Federal/1988 (art. 79, XXI), o qual prevê o direito dos trabalhadores urbanos e rurais a receberem um aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da Lei.
Prazo: no mínimo 30 e no máximo 90 dias, dependendo do tempo de serviço do empregado na empresa.
Obs.: A contagem do prazo inicia-se a partir do dia seguinte ao da comunicação.
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A Lei nº 12.506/2011 determinou que o prazo do aviso prévio dos empregados que contem com até 1 ano de serviço na mesma empresa será de 30 dias. A este aviso prévio serão acrescidos 3 dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias.
Ao receber o aviso prévio, o empregado pode optar por redução da jornada em 2 horas diárias ou redução de 7 dias no período do aviso
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FGTS:
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço dá ao trabalhador proteção financeira em situações de dificuldade, como a demissão sem justa causa ou a ocorrência de doenças graves.
Saque do FGTS:Demissão sem justa causa;Término de contrato por prazo determinado; Aposentadoria; Câncer ou HIV; Aquisição de moradia.
O funcionamento do sistema de FGTS começa com a abertura de uma conta na Caixa no nome do trabalhador, quando o empregador efetua o primeiro depósito, equivalente a 8% do salário pago ao empregado, acrescido de juros e atualização monetária. Esse percentual valerá também para os próximos depósitos, que deverão ser realizados no início de cada mês.
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Seguro Desemprego:
Criado em 1986, este benefício garante uma assistência financeira temporária ao trabalhador demitido sem justa causa.
Pode ser concedido durante 3 meses, no mínimo, e 5 meses no máximo, a depender do tempo de serviço na empresa.
É proibido receber seguro desemprego depois de já estar empregado.
6 a 11 meses: 3 parcelas
12 a 23 meses: 4 parcelas
24 a 36 meses: 5 parcelas
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Cálculo do Seguro Desemprego:
Faixas de Salário Médio x Valor da Parcela:	
Até R$ 1.222,77	Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)	
De R$ 1.222,78 até R$ 2.038,15	O que exceder a 1.222,77 multiplica-se por 0.5 (50%) e soma-se a 978,22.	
Acima de R$ 2.038,15	O valor da parcela será de R$ 1.385,91 invariavelmente.	
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Jornada de
Trabalho
Sua duração não poderá ultrapassar 8 horas diárias, ou 44 horas semanais.
Domingos e feriados são dias de repouso. O empregador pode conceder folga noutro dia da semana para compensar o trabalho no dia de repouso.
Intervalos: de 1 a 2h para jornadas de 8h diárias; mínimo de 15min para jornadas de 6h diárias.
Todas as horas excedentes a jornada de trabalho deverão ser pagas como extra (mínimo de 50% da hora trabalhada); salvo se, sob acordo, essas horas sejam compensadas com folgas.
Se o trabalho é realizado à noite, o empregador deve pagar o adicional noturno (mínimo de 20% do salário)
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13º Salário
Instituído no Brasil em 1962, o 13º é um salário extra oferecido ao trabalhador no final de cada ano, calculado com base na remuneração integral.
Se o empregado não trabalhou durante todos os meses do ano, recebe 13º salário proporcional.
O pagamento é feito em duas parcelas
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Férias
Período de 30 dias para descanso e lazer a que tem direito o empregado a cada 12 meses de trabalho.
Além da remuneração normal, o trabalhador recebe um adicional no valor de um terço de seu salário.
Se o trabalhador tiver interesse, pode tirar somente dois terços do tempo de descanso e receber da empresa o valor proporcional em dinheiro relativo ao terço restante. Isso é chamado abono pecuniário. 
Se no momento da rescisão não houver sido completado um período de 12 meses, o empregado tem direito de receber o valor proporcional aos meses trabalhados.
Quem define quando será o período de férias é o empregador, mas nada impede que ele e o trabalhador cheguem a um acordo em relação a melhor data.
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Licença
Maternidade
Licença
Paternidade
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Salário Família:
É o benefício que a Previdência Social oferece a todo o trabalhador ou aposentado por invalidez, que tenham filhos de até 13 anos de idade ou inválido de qualquer idade, e recebe salário não superior a R$ 1.089,72.
O empregado deve entregar ao empregador cópia da certidão de nascimento dos filhos.
O empregador deduz o valor do salário-família das contribuições previdenciárias que recolhe à Previdência Social. 
Qual o valor? R$ 37,18/filho – trabalhador ganha até R$ 725,02; R$ 26,20/filho – trabalhador ganha entre R$ 725,02 e R$ 1.089,72.
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Piso Salarial:
LC n. 103/2000, 
Art. 22, parágrafo único, da CF/88:
Autorizou os Estados e o DF a instituir, mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, o piso salarial de que trata o art. 7.º, V, da Constituição Federal, para os empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Há decisão do STF no sentido de que, se já houver lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, não terá o Estado competência para tratar do assunto, nem mesmo no sentido de se estabelecer um piso regional maior.
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DIREITO DE GREVE
Nos termos do art. 9.º, é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, sendo que os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei (cf. Lei n. 7.783/89).
Na medida em que ainda não foi disciplinado o direito de greve dos servidores públicos (art. 37, VII), o STF, no MI 712, determinou a aplicação da lei da iniciativa privada (a citada Lei n. 7.783/89) até que a matéria seja regulamentada
pelo Congresso Nacional.
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DIREITO DE GREVE
O STF entendeu que alguns serviços públicos, em razão de sua essencialidade para a sociedade, deverão ser prestados em sua totalidade, como é, no caso, o serviço de segurança pública, determinando, por analogia, a aplicação da vedação para os militares e, assim, proibindo o seu exercício pelas polícias civis (cf. Rcl 6.568, Rel. Min. Eros Grau, j. 20.05.2009, Plenário, DJE de 25.09.2009).
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DIREITO À SAÚDE
A positivação constitucional do direito fundamental à saúde, juntamente com diversos outros direitos fundamentais sociais, é uma característica marcante da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, ligando-a ao constitucionalismo democrático-social do período posterior à II Guerra
Constituição: Art. 196-200
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ESSENCIALIDADE DO DIREITO À SAÚDE
A essencialidade ao direito à saúde legitima a atuação do MP e do Poder Judiciário nas hipóteses em que os órgãos estatais deixem de respeitá-lo, frustrando-lhe, de modo arbitrário, a efetividade, “seja por intolerável omissão, seja por qualquer outra inaceitável modalidade de comportamento governamental desviante” (STF, RE 267.612, Rel. Min. Celso de Mello, Dj de 23/08/2000)
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Responsabilidade dos Entes Federeados
O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por omissão, em censurável comportamento inconstitucional.O direito público subjetivo à saúde traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público (federal, estadual ou municipal).
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Diretrizes das Ações e Serviços Públicos de Saúde
Art. 198, I a III
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
Participação da comunidade.
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PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO
Assistência à saúde é livre à iniciativa privada (art. 199):
Planos e seguros privados de assistência à saúde, regidos pela lei 9.656/98.
Entidades sem fins lucrativos e as filantrópicas podem associar-se ao SUS, por meio de contrato de direito público ou convênio (art. 199, § 1º).
Proibida a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos, face à moralidade administrativa.
Vedada participação de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país, salvo nos casos previstos em Lei.
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SUS
Rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços de saúde;
Financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes (art. 198, § 1º);
Entes devem aplicar recursos mínimos para manter o SUS (art. 198, § 2º, I-III)
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SUS - ATRIBUIÇÕES
Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
Executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
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Direito à Saúde e Políticas Públicas
STF
O estudo do direito à saúde no Brasil leva à concluir que os problemas de eficácia social desse direito fundamental devem-se muito mais a questões ligadas à implementação e manutenção das políticas públicas de saúde já existentes - o que implica também a composição dos orçamentos dos entes da federação - do que à falta de legislação específica. Em outros termos, o problema não é de inexistência, mas de execução (administrativa) das políticas públicas pelos entes federados. 
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DIREITO À EDUCAÇÃO
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
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DIREITO À EDUCAÇÃO
Acesso ao conhecimento básico e capacitações;
A educação gratuita é considerada dever do Estado no ensino fundamental e obrigatório: 4-17 anos (art. 208, I);
STF: creche e pré-escola são obrigação do Estado (art. 208, IV);
Ensino médio gratuito: progressiva universalização (art. 208, II);
Níveis mais elevados: capacidade e méritos próprios (art. 208, V). E as quotas?
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DIREITO À EDUCAÇÃO
Responsabilidade dos entes;
Município e Distrito Federal: programas de educação infantil e ensino fundamental com cooperação da União;
Estados: ensino fundamental e médio (art. 211, § 3º);
União: organizar ensino âmbito Federal.
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DIREITO À EDUCAÇÃO
Financiamento:
18% da receita dos impostos arrecadados pela União;
25% dos impostos arrecadados pelos Estados, Municípios e DF.
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DIREITO À EDUCAÇÃO 
Autonomia (art. 207);
Autonomia univesitária: não se confunde com soberania ou independência; didático-científica; administrativa; gestão financeira e patrimonial.
Autonomia para desempenhar o oferecimento do ensino.
Art. 209: autorização e avaliação do ensino privado: não é discricionária. Ex.: Lei 12.244/10.
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DIREITO À MORADIA
Previsto de modo expresso pela EC 26/2000
Tinha proteção desde a promulgação da Constituição de 1988:
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;(...)”
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DIREITO À MORADIA
Direito à Moradia deriva dos seguintes direitos individuais:
“dignidade da pessoa humana (art. 1.º, III)”
“direito à intimidade e à privacidade (art. 5.º, X)”
“ser a casa asilo inviolável (art. 5.º, XI)”
Lei 8009/90 – Impenhorabilidade Bem de Família: decorrência do art. 6º, CF/88. 
Exceções à Impenhorabilidade: fiador contrato de aluguel e dívidas relacionadas ao imóvel.
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DIREITO AO LAZER
Relação com Direito Urbanístico – locais públicos para a diversão;
“Sua natureza social decorre do fato de que constituem prestações estatais que interferem com as condições de trabalho e com a qualidade de vida, donde sua relação com o direito ao meio ambiente sadio e equilibrado”.
“Lazer é entrega à ociosidade repousante. Recreação é entrega ao divertimento, ao esporte, ao brinquedo. Ambos se destinam a refazer as forças depois da labuta diária e semanal. Ambos requerem lugares apropriados”.
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DIREITO AO LAZER
O parágrafo 3º do art. 217, que trata do “Direito ao desporto” faz menção expressa ao Direito ao Lazer: lazer como forma de promoção social.
“Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:
(...)
§ 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.
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DIREITO À SEGURANÇA PÚBLICA
A previsão de Direito à Segurança do art. 6º (direito social) é diversa do caput do art. 5º (direito individual).
No art. 5º, tem-se a ideia de garantia individual;
No art. 6º, c/c art. 144, aproxima-se do conceito de segurança pública: “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio(...)” 
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Previdência Social (art. 201 CF)
 Depende de contribuição 
 Caráter contributivo e de filiação obrigatória; 
 Preservação do equilíbrio financeiro e atuarial;
A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
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Benefícios Previdenciários
A CF assegura os seguintes benefícios:
Auxílio por doença;
Invalidez;
Morte e idade avançada – art. 201, I;
Auxílio-maternidade – inciso II;
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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Seguro-desemprego – inciso III;
Salário família e auxílio reclusão – dependentes dos segurados – inciso IV;
Pensão por Morte do segurado – inciso V;
Aposentadoria – art. 7º, XXIV e § 7º, 201.
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Auxílio Doença x Aposentadoria por Invalidez;
Auxílio para incapacidade laborativa temporária;
Aposentadoria – incapacidade definitiva.
Auxílio-Acidente: segurado recuperado para o trabalho, de lesão sofrida, permaneça com sequelas que importam na redução da capacidade produtiva no trabalho. 
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
APOSENTADORIA ( 201, § 7º)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. 
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
APOSENTADORIA ESPECIAL (ART. 201, § 1º)
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 
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DIREITO DE NACIONALIDADE
NACIONALIDADE:
“Nacionalidade pode ser definida como o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que esse indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado e, por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações.”
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