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Teoria geral do Estado

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO
DIREITO
TEORIA GERAL DO ESTADO
VERIFICAÇÃO DE TESTE - VT
VERIFICAÇÃO DE TESTE INDIVIDUAL - VTI
	
Orientador: ELDER LUNARDI 
GOIANIA/GO
OUTUBRO, 2017
INTRODUÇÃO
O trabalho tem como objetivo elucidar os fatos dos quais são geridas e preordenadas por leis. Por mais que seja escrita e do, explicada é importante entender os princípios agregados as normas que objetivam garantir os direitos individuais e coletivos trazendo uma margem de precisão em sua aplicação para gerar segurança jurídica da sociedade e do Estado. Sendo assim, a exposição deste relatório, será de grande valia para uma possível compreensão do ordenamento de algumas leis em questão. Será abordado alguns artigos selecionados aos temas expostos no sumário.
A importância do Direito é trazer ordem, certeza, paz, segurança e justiça, que são, pois, finalidades do Direito, não se podendo confundir com o próprio Direito, já que não se pode confundir o objeto com a sua finalidade, então através de alguns artigos será possível entender toda esta importância, como já citado, não só para o Estado, mas também para a sociedade.
Todo e qualquer artigo exposto aqui é de inteira confiança, para o melhor atendimento do leitor, algumas ideias e opiniões apresentadas dos alunos envolvidos também estarão presentes no decorrer do trabalho, foi usado várias referências para pesquisas assim agregando conhecimento aos interessados.
 
DEMOCRACIA X POLÍTICA
Dos Princípios Fundamentais;
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - A soberania;
II - A cidadania;
III - A dignidade da pessoa humana;
IV - Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - O pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
O art. 1º utiliza a palavra República com intuito de remeter ao passado, trata-se de uma forma de governo Democrático, ou seja, um sistema de governo presidencialista. Quanto ao Estado democrático de direito, essa noção está ligada a realização dos direitos fundamentais. Quando o artigo diz a soberania, está definindo um poder político supremo, quando diz cidadania, alega de forma direta a participação da sociedade na política incluindo, nos negócios do Estado, acrescenta também a dignidade da pessoa humana, passa a tratar o indivíduo como ponto central do sistema, acrescentando mais os valores sociais do trabalho , tem como objetivo impedir a concessão de privilégios econômicos condenáveis, tratando também da livre iniciativa que está ligada ao liberalismo econômico, dando liberdade a empresa e ao contrato assim sendo de grande importância a ordem econômica e para complementar o pluralismo político, que trata de toda a diversidade existente, onde suas liberdades devem ser respeitadas, esse pluralismo, trata de todas as pluralidades, tanto como religiosas, políticas, sociais, de ideais, culturais entre outros.
Dos Direitos Políticos
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - Plebiscito;
II - Referendo;
III - Iniciativa popular.
    § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - Obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - Facultativos para:
       a)  os analfabetos;
       b)  os maiores de setenta anos;
       c)  os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
    § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
    § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - A nacionalidade brasileira;
II - O pleno exercício dos direitos políticos;
III - O alistamento eleitoral;
IV - O domicílio eleitoral na circunscrição;
V - A filiação partidária;
VI - A idade mínima de:
       a)  trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
       b)  trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
       c)  vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
        d)  dezoito anos para Vereador.
    § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
    § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
    § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
    § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parente consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
    § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
    § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
    § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
    § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Pode-se dizer que os direitos políticos são possivelmente os mais importantes dos direitos do Estado Democrático. Trata-se diretamente da participação do cidadão na política, considerado uma conquista para a atual sociedade, pois o Estado sempre foi governado por alguém, mas isso não significava que todos podiam votar, depois de muitas lutas que conquistou este direito. Vale ressaltar que essa participação é regulada através deste direito, que regulam esta participação. O Brasil passou por momentos graves nos quais a população teve seus Direitos Políticos violados. Na Primeira República, apenas uma pequena parte da população tinha direito ao voto, porém as eleições eram fraudadas e os eleitores eram repetidamente ameaçados e forçados na escolha de seus votos. A década de 1930 permitiu uma ampliação do número de eleitores no Brasil, expandindo o direito ao voto à grande parte da população. Só que em 1937 Getúlio Vargas iniciou uma ditadura e suspendeu as eleições até 1945. Desta data até 1964, o Brasil viveu um período democrático, no qual a população pode votar, participar politicamente, se organizar em partidos e movimentos sociais, mas com o Golpe Militar, mais uma vez os brasileiros tiveram seus Direitos Políticos afetados. Por mais de 20 anos, a população brasileira ficou alheia ao processo de decisão do Presidente do país, o que só voltou a ser assegurado com a Constituição de 1988. Todos os direitos políticos estão protegidos pela Constituição Federal, que foi citado acima, garantido a maior segurança aos brasileiros, que muito lutou para esta conquista. Normas infraconstitucionais também dispõem sobre direitos políticos e seus diversos camposde incidência e limites. Mas o núcleo dos direitos políticos pode ser concebido, sem dúvida, como o direito de votar e ser votado, aquele que pressupõe o direito-dever de alistamento eleitoral e está previsto expressamente no preceito constitucional.
AUTODERMINAÇÃO
Art. 4°- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I- Independência nacional;
II- Prevalência dos direitos humanos;
III- Autodeterminação dos povos;
IV- Não-intervenção;
V- Igualdade entre os Estados;
VI- Defesa da paz;
VII- Solução pacífica dos conflitos;
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX- Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X- Concessão de asilo político.
Parágrafo único - A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Se o Brasil é soberano e respeita a soberania e a independência nacional dos outros Estados, é natural que respeite e que zele pela autodeterminação dos povos. É por isso que em muitos conflitos internacionais e discussões na Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil se abstêm de determinadas votações, pois em sua maioria, a resolução ou ato de que vier a ser aprovado, pode, de uma certa forma, desrespeitar a autodeterminação dos povos. Devido a isso, em vista dos princípios que regem as relações internacionais, o Brasil decide se omitir para não ferir estes dispositivos constitucionais e suas relações exteriores. Este princípio garante o direito de um Estado de se autogovernar, fazendo escolhas e tomando decisões sem que ocorra intervenção externa ou influências de outros países, com o propósito de se estabelecer relações amistosas entre as nações e que se fortaleça a paz mundial. De acordo com a Carta das Nações Unidas, o propósito deste princípio é desenvolver relações amigáveis entre os Estados, com base no respeito da autodeterminação dos povos.
COMOSPOLITISMO
Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
A palavra cosmopolita provém de um termo grego que, em português, significa 
“Cidadão do mundo”. Trata-se de um adjetivo que permite descrever tudo aquilo que é comum aos países. Dito de um indivíduo, um ser cosmopolita é aquele para quem todos os cantos do planeta são a sua pátria. Os primeiros a terem usado o termo cosmopolita foram os filósofos estoicos, os quais se declaravam abertamente cidadãos do mundo. O artigo tem força jurídica, ele não é norma programática, você pode promover uma ação plenamente só com o artigo. Ninguém discute a eficácia dos direitos sociais, o motivo de discussão é com relação à concretização, que não cabe ao judiciário (ele tutela os direitos sociais), sim ao executivo. É o mínimo de existência material, o mínimo que alguém vive com dignidade. O Estado tem que dar seus pulos. Essa teoria é para contrapor a reserva existencial. Uma vedação do retrocesso.
NACIONALISMO X NACIONALIDADO
São brasileiros:
I - Natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - Naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994).
O artigo em assunto, explicita alguns parâmetros que determina as possibilidades de pessoa ser considerado nato ou naturalizado. Em nossa breve pesquisa vamos esclarecer os principais aspectos determinantes para cada caso. Pois bem, o artigo 12, inciso 1, traz três casos quais o cidadão poderá ser considerado brasileiro nato. A alineá (a) diz: os nascidos na república federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país. Exposto isso, a constituição entende que, mesmo o nascido em nosso território, somente será considerado brasileiro nato se seus pais forem brasileiros nascidos ou naturalizados no Brasil e mesmo se forem estrangeiros, porém não podem estar a serviço de seu país. O segundo caso é trazido pela alineá (b) do inciso primeiro do artigo 12, que diz: os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da república federativa do Brasil; assim podemos dizer que a mesma regra para determinada nos casos nascidos no território brasileiro, também se aplica no estrangeiro, porém somente valido para pais brasileiros, podendo ser natos ou naturalizados. O terceiro caso vem evidente na alineá três do art.12 da constituição, que diz: os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na república federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maior idade, pela nacionalidade brasileira. Bom, esse fragmento quis dizer que, mesmo nos casos em que os pais brasileiros tenham tido filho (s) no estrangeiro, poderá se tornar brasileiro se for registrado em repartição competente para a mesma. Sendo assim entendemos que o Brasil considera duas formas de nacionalidade. Há duas formas para adquirir a naturalização ou a nacionalidade, ou seja, para a atribuição da nacionalidade originária, que é aquela que se alcança pelo nascimento, podem-se apontar dois sistemas legislativos: jus soli e jus sanguinis. No sistema do “jus soli”, a nacionalidade originária é obtida em virtude do território onde o indivíduo tenha nascido. Logo, não importa a nacionalidade dos pais. Essesistema tem uma grande aplicação devido a imigração. O “jus sanguinis” é o direito de sangue em que a pessoa, cujos pais sejam nacionais portugueses nascidos em Portugal, é considerado português desde que o seu nascimento seja inscrito numa conservatória do registo civil antes de atingir a maioridade. Se os pais forem nacionais portugueses nascidos no estrangeiro, o indivíduo, para ser reconhecido como português, deve provar que um dos pais era cidadão português à data do seu nascimento, (apenas se ele obteve sua nacionalidade por meio de naturalização) e que o vínculo paterno ou materno foi estabelecido na menoridade e declarar que quer ser português através da inscrição do seu nascimento na conservatória dos registros centrais de Lisboa. Se o requerente for menor de idade, a prova e o trâmite ficam a cargo de quem possua o poder paternal. A lei de nacionalidade, permite que o indivíduo conserve sua nacionalidade estrangeira original, passando a deter dupla nacionalidade. Os requisitos básicos para adquirir a naturalização são: a residência por um determinado período de tempo (no caso de Portugal, a pessoa só terá direito a adquirir a nacionalidade ou a naturalização, após 6 (seis) anos consecutivos morando no país) ou a ligação à comunidade nacional do país cuja nacionalidade pretende-se obter. Esta ligação comprova-se também pelo casamento com pessoas que sejam titulares da nacionalidade que se pleiteia. Quando fala se na necessidade de ter 6 (seis) anos consecutivos morando em Portugal para passar a ter esse direito, quer dizer que não poderá ficar mais de seis meses fora do país. E, mais importante, é ter esse período de residência de forma legalizada. Além da atribuição da nacionalidade originária, uma outra forma de ser cidadão português é adquirir, por naturalização, que é a nacionalidade derivada, cujas regras estão estabelecidas no artigo 12 da lei da nacionalidade.
 SOBERANIA
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - A soberania;
 II - A cidadania;
 III - A dignidade da pessoa humana;
 IV - Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - O pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
O art. 1 da Constituição da República impõe a soberania como um dos fundamentos do nosso país e consequentemente do Estado Democrático de Direito em que ele se constitui ao passo em que o art. 5 dispõe acerca da soberania popular. Assim o art. 170 ao preceituar a soberania nacional como um dos princípios da ordem econômica obviamente fará com que esta nova roupagem da soberania tenha efeitos nesta seara. Tratar-se- á então da soberania nacional econômica O Professor Titular de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, JOSÉ ALFREDO DE OLIVEIRA BARACHO, ensina de forma sucinta, mas elegante: “Soberania econômica é a atribuição de determinar seu sistema econômico e de dispor de seus recursos naturais” acerca do assunto, leciona de forma ímpar: “Se formos ao rigor dos conceitos, teremos que concluir que, a partir da Constituição de 1988, a ordem econômica brasileira, ainda de natureza periférica, terá de empreender a ruptura de sua dependência em relação aos centros capitalistas desenvolvidos. Essa é uma tarefa que a Constituinte, em última análise, confiou a burguesia nacional, na medida em que constitucionalizou uma ordem econômica de base capitalista. Vale dizer, o constituinte de 1988 não rompeu com o sistema capitalista, mas quis que se formasse um capitalismo nacional autônomo, isto é, não dependente. Com isso, a Constituição criou as condições jurídicas fundamentais para a adoção do desenvolvimento autocentrado, nacional e popular, que, não sendo sinônimo de isolamento ou autarquização econômica, possibilita marchar para um sistema econômico desenvolvido, em que a burguesia local e seu Estado tenham o domínio da produção, do mercado e a capacidade de competir no mercado mundial, dos recursos naturais e, enfim, da tecnologia”. Neste momento do estudo, faz-se necessária uma análise superficial acerca da atual situação política econômica mundial, bem como da sua evolução histórica, iniciando pera época dominada pelos Estados Liberais, passando pelo Estado Social, até os dias atuais.
INDIGENA
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé.
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.
O futuro dos índios no Brasil dependerá de várias opções estratégicas, tanto do Estado brasileiro e da comunidade internacional quanto das diferentes etnias. Trata-se de parceria. As populações indígenas têm direito a seus territórios por motivos históricos, que foram reconhecidos no Brasil ao longo dos séculos. Mas estes direitos não devem ser pensados como um óbice para o resto do Brasil: ao contrário, são um pré-requisito da preservação de uma riqueza ainda inestimada, mas crucial, a biodiversidade e os conhecimentos das populações tradicionais sobre as espécies naturais. O que se deve procurar, no interesse de todos, é dar as condições para que esta riqueza não se perca: é por isso irracional querer abrir todas as áreas da Amazônia à exploração indiscriminada. Fazem-se assim convergir os direitos dos índios com os interesses da sociedade brasileira como um todo. O princípio dos direitos indígenas às suas terras, embora sistematicamente desrespeitado, está na lei desde pelo menos a Carta Regia de 30 de julho 1609. O Alvará de 1° de abril de 1680 afirma que os índios são "primários e naturais senhores" de suas terras, e que nenhum outro título, nem sequer a concessão de sesmarias, poderá valer nas terras indígenas.E verdade que as terras interessavam, na Colônia, muito menos que o trabalho indígena. Mas até quando se inverte o foco desse interesse, em meados do século XIX, e que menos do que escravos, se querem títulos sobre terras, ainda assim se respeita o princípio. Para burlá-lo, inaugura-se um expediente utilizado até hoje: nega-se sua identidade aos índios. E se não há índios, tampouco há direitos. Quanto ao direito constitucional, desde a Constituição de 1934, é respeitada a posse indígena inalienável das suas terras. Diga-se em sua honra, foi na bancada amazonense que teve origem a emenda que consagrou esses direitos em 1934 (Carneiro da Cunha, 1987:84 e ss). Todas as Constituições subsequentes mantiveram e desenvolveram esses direitos, e a Constituição de 1988 deu-lhes sua expressão mais detalhada. Sem entrar em muitos detalhes, salientarei alguns dados fundamentais para o que aqui nos interessa. Os índios têm direitos constitucionais, consignados em um capítulo próprio e em artigos esparsos da Constituição Federal de 1988. A Constituição trata sobretudo de terras indígenas, de direitos sobre recursos naturais, de foros de litígio e de capacidade processual. Pela Constituição, as terras indígenas são de propriedade da União e de posse inalienável dos índios. A Constituição não trata da tutela, que é um dispositivo enxertado no Código Civil de 1916. Digo enxertado porque não constava do projeto original de Clóvis Bevilacqua e foi acrescentado para garantir, por analogia com um instituto já existente, proteção especial aos índios. Eles foram assim enquadrados na categoria de relativamente capazes que engloba os menores entre 16 e 21 anos, os pródigos e, até 1962, quando se as retirou do artigo, as mulheres casadas! Trata-se, como se vê pelas outras categorias de relativamente capazes, de defender os índios nas suas transações negociais, tentando impedir que sejam lesados. Na legislação ordinária destaca-se o chamado Estatuto do índio (Lei 6001 de 19.12.73), que regula no detalhe os direitos indígenas. Dadas as novas formulações da Constituição de 1988, faz-se necessária uma revisão desse Estatuto, e tramitam atualmente no Congresso várias propostas de lei nesse sentido. Há por fim convenções internacionais ratificadas pelo Brasil que dizem respeito aos índios e das quais a principal seria a Convenção 107 da OIT. Em 1989, a OIT aprovou a revisão da Convenção 107, dando origem à Convenção 169. Está tramitando no Congresso Nacional a proposta de ratificação dessa forma revisada. Saliento aqui que somente uma Convenção Internacional ratificada pelo país tem valor legal. Falou-se muito da ameaça que a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, atualmente em consideração na Subcomissão para a Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias, da Comissão de Direitos Humanos da ONU, faria pesar sobre a soberania brasileira. Sem entrar ainda na análise do conteúdo, quero só fazer notar que uma Declaração não tem qualquer poder de implementação, nem sequer nos foros internacionais.
MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserve para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II - Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017).
A necessidade de proteção ambiental nem sempre foi tratada no Brasil da forma que deveria ser e foi longa a jornada percorrida até o alcance do entendimento de que a proteção ambiental é e sempre será necessária como uma forma de proteção do homem, sendo este atualmente o centro das atenções quanto a esse assunto. Referida proteção foi se amadurecendo com o passar dos anos, e evidentemente as discussões mundiais sobre o assunto ajudaram muito para que isso ocorresse. Deve-se, porém, ser ressaltado que nessa pesquisa não se tratou da visão mundial de proteção ambiental, tratando-se tão somente da evolução legislativa ocorrida no Brasil. A constituição tratou diretamente do tema Ambiente e em alguns de seus artigos encontra-se esse preceito de forma explícita “A existência do artigo 225 e de uma série de normas esparsas no texto constitucional voltadas para proteção ambiental permite afirmar que o direito ambiental é um Direito essencialmente constitucional”. A Carta magna buscou estabelecer uma harmonia entre os diferentes dispositivos voltados para a defesa do Meio Ambiente. A norma constitucional ambiental é parte integrante de um complexo mais amplo e podemos dizer, sem risco de errar, que ela faz a interseção entre as normas de natureza econômica e aquelas destinadas à proteção dos direitos individuais. Assim vários são os artigos dedicados a tratar do meio ambiente, sejam vinculados direta ou indiretamente. Entretanto, muito embora existam todos esses artigos que se relacionam com o Meio Ambiente, o artigo central na Constituição Federal de 1988 é o artigo 225, e é nele que está caracterizado e concretizado a interseção entre a ordem econômica e os direitos individuais. Art. 225.Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentese futuras gerações. Uma grande inovação trazida nesse artigo, que difere do conceito trazido na lei do Meio Ambiente (Lei 6938 de 31 de agosto de 1981), é que a Constituição Federal inseriu o conteúdo humano e social nesse conceito, deixando de considerar o meio ambiente do ponto de vista puramente biológico. A proteção ambiental encontra no dispositivo em comentário (artigo 225) seu núcleo normativo. Está envolvido pelo contexto da ordem social – o que tem relevante importância para a natureza da matéria, pois, com isso, a Constituição concebe o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito social do homem. Desta forma atualmente é preciso considerar que a proteção ambiental existe para proteção do ser humano, sendo este o centro principal das atenções quanto a esse tema. Para isso há que se considerar a necessidade de alcance de um desenvolvimento sustentável que venha alicerçado em três patamares essenciais que são: o ambiental o econômico e o social. O que o direito visa a proteger a qualidade do meio ambiente, em função da qualidade de vida. Pode-se dizer que há dois objetos de tutela, no caso: um imediato – que é a qualidade do meio ambiente – e outro – mediato que é a saúde, o bem-estar e a segurança da população, que se vem sintetizando na expressão ‘qualidade de vida’. A Constituição Federal tratou da matéria do meio ambiente, tendo, além de vários outros artigos pertinentes ao tema, um exclusivo para esse tratamento que é o artigo 225. A grande inovação nesse artigo foi justamente a inserção no seu contexto do conteúdo humano e social da proteção ambiental, deixando de considerar o meio ambiente simplesmente como biológico.
FORMA DE ESTADO
Art. 1 - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito.
Requisitos/Características:
Unicidade de nacionalidade
Repartição de competências
Repartição de Rendas
Esfera de Competência Tributária que lhe garanta renda própria (P. Ex: IPI, ICMS, ISS)
Poder de Auto-organização Estadual, cabendo-lhe propor
Constituições Estaduais vinculadas à Constituição Federal
União indissolúvel.
Representação Senatorial (representação no senado)
Órgão de Cúpula (no Brasil, o STF)
Intervenção Federal
Formas de Estado, Sistema, Forma e Regime de governo, são fundamentais para a existência de um Estado propriamente dito. É tudo isto, em geral, assunto constitucional, logo definido na constituição, por se tratar de elementos não únicos. Clique para ver os elementos do estado) para que possa se denominar um pedaço de terra, um Estado.
1.2 - COMPOSTOS:
Confederação: É uma espécie de tratado em que os Estados unem-se visando um empreendimento comum e benéfico a ambos que, neste aspecto, confunde-se com a Federação. No entanto, é disponível a cada um, tanto sua autonomia quanto sua soberania, além de prever a possibilidade de secessão (separação do Estados), sendo estes últimos as características diferenciadoras entre Confederação e Federação.
 FORMA DE GOVERNO
Conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade, bem como as relações entre os detentores do poder e demais membros da sociedade.
- Monarquia
O cargo de chefe é vitalício, hereditário e sem responsabilidade. Assim, todo o poder político está concentrado nas mãos de uma só pessoa, que o exerce através de si ou de delegações. Ou seja, é um Estado dirigido, comandado, administrado por uma só pessoa conforme sua arbitrariedade, independendo da vontade da população de querê-lo ou não como monarca.
– República
Nesta forma de governo, o povo tem o direito (as vezes o dever), de escolher seus governantes, participando da administração de forma direta ou indireta, dependendo do sistema de governo. Os governantes, escolhidos pelo povo administram o Estado visando o bem comum.
 SISTEMA DE GOVERNO 
No Sistema de Governo relaciona-se com o modo como interagem o Poder Executivo e o Poder Legislativo nas funções governamentais.
São Sistemas de Governo (SIGO): Presidencialista ou Parlamentarista: SIGO o
Presidente.
O Presidencialismo caracteriza-se como o sistema de governo oficial adotado pela República Federativa do Brasil desde a promulgação da Constituição de 1891, oficializado na CF/88 e confirmado por plebiscito em 1993. No decorrer da história Republicana Brasileira, essa espécie de sistema de governo foi predominante houve interrupção somente pelo período de 1961 e 1963 em que a República transitou por um período parlamentarista, no mandato de João Goulart (entre 1961 e 1963). Devemos mencionar que tendo a volta ao sistema presidencialista de governo foi o resultado do referendo realizado em 6 de janeiro de 1963, que decidiu pelo retorno desse sistema de governo. Houve a experiência parlamentarista no Brasil entre 1961 e 1963 ocorreu durante a vigência da Constituição Federal de 1946, exceto esse momento, desde a constituição de 1891, que instituiu a República como Forma de Governo, nenhuma outra constituição assumiu outro Sistema de Governo.
O sistema de governo adotado pela CF/88, mantido pelo plebiscito previsto no art. 2º. do ADCT, é o presidencialista, influenciado, historicamente, pela experiência norte-americana. Acrescenta-se que o sistema de governo é a forma pela qual se dá a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo.
A Constituição Federal de 1988 adotou o sistema de governo presidencialista, atribuindo cumulativamente a chefia de Estado e a chefia de Governo ao Presidente da República, bem como a chefia da Administração Pública.
A chefia de Estado tem por objetivo a função de representação do Estado
Federal (República Federativa do Brasil) na comunidade internacional e da unidade do Estado, em nível interno.
A chefia de governo refere-se ao comando da máquina estatal e à fixação das
Metas e princípios políticos que irão ser imprimidos ao Poder Público. No âmbito estadual e do Distrito Federal, será exercido pelo Governador e no âmbito Municipal, pelos Prefeitos.
O Poder Executivo tem como função principal a realização da função administrativa, ou seja, aprimorar, em nível infralegal, os comandos normativos.
 REGIME DE GOVERNO
1 – Democracia
Regime democrático pode ser entendido como aquele em que o poder é emanado do povo, um regime que proporciona voz e ação à população através na criação de leis, fiscalização (remédios constitucionais), escolha dos representantes, direta ou indiretamente e etc.
2 - Autocrático
Trata-se de um governo autoritário, de poder absoluto, que governa conforme sua arbitrariedade todos os níveis governamentais. Neste sistema, antagônico em relação à democracia, a gestão é exercida através do soberano ou de delegações arbitrárias feitas pelo mesmo.
 PARLAMENTANISMO X PRESIDENCIALISMO
Parlamentarismo
Caracterizado por ter todo o poder concentrado no Parlamento, que é, de fato, o único poder, e ainda caso o governo executivo discordar do Parlamento, a maioria dos deputados dissolve esse governo. A Justiça não se opõe ao Parlamento, até porque, em um sistema parlamentarista puro, a Constituição não é rígida: se uma lei for considerada inconstitucional, o Parlamento pode altera a Constituição. No Reino Unido, o exemplo mais puro de parlamentarismo, não há sequer uma Constituição escrita. As principais funções parlamentares são exercidas em sua plenitude por uma casa legislativa que se pode chamar, por exemplo, de Câmara dos Deputados, Parlamento, Câmara dos Comuns (Reino Unido) ou Assembleia Nacional (França). Mas em geral, são muito raros os sistemas parlamentaristas puros, que se subsistiram, sobretudo, nas Monarquias (Reino Unido, Suécia, Holanda, etc.). No Brasil, as formas de parlamentarismo sempre foram totalmente impuras, enquanto Monarquia, tínhamos um regime parlamentarista, mas o imperador dispunha do “Poder Moderador”, o que lhe permitia até nomear primeiros-ministros que não dispusessem do apoio da maioria parlamentar.Segundo ARAÚJO (1999:234) “as seguintes características do parlamentarismo são:
a) divisão orgânica de poderes;
b) repartição de funções de chefia de Estado e de governo;
c) interdependência entre o Executivo e Legislativo, em especial porque o gabinete espelha a maioria parlamentar;
d) gabinete dirigido por um Primeiro Ministro, a quem são atribuídas as funções inerentes à chefia de governo;
e) queda do gabinete por voto de desconfiança do Parlamento;
f) dissolução do Parlamento, com a convocação de eleições gerais, por injunção da chefia de Estado”.
Há que se acrescentar, também, que neste sistema o Banco Central é autônomo; a burocracia é profissionalizada; e a política monetária e cambial deve ser estável.
Presidencialismo 
O presidencialismo, por sua vez, produz um gabinete, personificado no presidente, com prazo definido, nesse regime, há três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, exercidos, respectivamente, pelo presidente da República, pelo Parlamento (no caso do Brasil, o Congresso Nacional) e pelo Supremo Tribunal ou Corte Suprema. Toda a concepção do presidencialismo baseia-se na harmonia desses três poderes, sendo que nenhum pode impor-se ao outro ou tentar superar os demais, e para manter esse equilíbrio, há um sistema de freios e contrapesos pelo qual um poder controla o outro e cada um depende dos outros dois. Em um regime presidencialista, o Legislativo pode ser exercido apenas pela Câmara dos Deputados (sistema unicameral) ou por duas casas, a Câmara e o Senado (sistema bicameral). Segundo ARAÚJO (1999:235) “as seguintes características básicas do presidencialismo são:
a) a chefia de governo e a chefia de Estado ficam concentradas nas mãos de uma única pessoa: o Presidente da República;
b) o Presidente é eleito para mandato determinado, não respondendo, ordinariamente, perante o Poder Legislativo;
c) o Presidente da República possui ampla liberdade para a formação de seu ministério;
d) o Parlamento, de igual forma, não pode ser dissolvido por convocação de eleições gerais pelo Executivo;
e) só é compatível com a República, sendo inviável em uma monarquia”.
 CONCLUSÃO
Através deste foi possível concluí que a Constituição Brasileira Constituição (ou Carta Magna), é o conjunto de normas (regras e princípios) supremos do ordenamento jurídico de um país. A Constituição limita o poder, organiza o Estado e define direitos e garantias fundamentais. O objetivo básico da Constituição Federal é de normatizar todas as atividades sociais de uma Nação, instituindo assim um estado Democrático. Podendo ter a sua ação direta nos objetivos, ou então, indiretamente, servindo de base para as Constituições Estaduais e Municipais. Estas últimas não podem contrariar os princípios básicos da Constituição Federal, mas, sim comungarem com ela. A constituição e o retrato da sociedade. Faz-se necessário que esta sofra alterações, as emendas constitucionais é a forma mais segura para tais alterações, pois se deixasse estas a cargo de interpretação, seria uma tarefa muito subjetiva o que faria com que não tivesse segurança jurídica. Os artigos tratados no trabalho são alguns exemplos expostos aqui para entendermos melhor de uma forma mais resumida, alguns que são bastante relevantes para nossa sociedade, o ideal seria se todos tivessem interesses no conhecimento, mas os estudiosos de Direito estão sempre atualizados para ajudar aqueles que necessitam de um respaldo ou até mesmo de uma orientação.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
BENATTI, José Heder. O meio ambiente e os bens materiais. In: O direito e o desenvolvimento sustentável: curso de direito ambiental, Org. Aurélio Virgílio Veiga e Carlos Teodoro Hugueny Irigaray. São Paulo: Peirópolis, 2005.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
CARLI, Vilma Maria. A obrigação legal de preservar o meio ambiente. Campinas: ME Editor, 2004.
HESSE, Konrad. A FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO. Porto Alegre: SERGIO ANTONIO FABRIS EDITOR, 1991.
JUNIOR, Cezar Saldanha Souza. CONSTITUIÇÕES DO BRASIL. Porto Alegre: SAGRA LUZZATTO, 2002.
LASSALLE, Ferdinand. A ESSÊNCIA DA CONSTUIÇÃO. 2. ed., Rio de Janeiro: LIBER JURIS, 1998.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo G. G.; COELHO, Inocêncio M.. CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1. ed., São Paulo: SARAIVA, 2007.
LOFFREDO, Lília de Castro Monteiro. A evolução político-constitucional no Brasil. Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2335, 22 nov. 2009. Disponível em. Acesso em: 01 out. 2017.
MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. O constitucionalismo norte-americano e sua contribuição para a compreensão contemporânea da Constituição. Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n° 452, 2 out. 2017.
VERIFICAÇÃO DE TESTE INDIVIDUAL – VTI
O CONTRADITÓRIO NO ORDENAMENTO JURÍDICO
O contraditório é um princípio que começou a ter uma nova visão por parte do processo civil a partir do início do estudo da nova realidade processual. Antigamente, o contraditório era garantido de maneira frágil, impedindo que o réu se utilizasse de todos os meios legais para provar a sua inocência, permitindo apenas que se chegasse ao seu conhecimento o litígio, limitando quanto a sua participação ativa no processo. Com a nova visão constitucional do princípio do contraditório, não basta a parte tomar conhecimento da lide, faz-se necessário que se lhe ofereçam instrumentos para que possa influenciar na decisão final do magistrado. Assim, o presente trabalho aborda de forma mais detida o princípio do contraditório no processo civil, mas não deixa de abordar esse princípio no processo penal e no direito internacional privado.
O princípio do contraditório está inserido na Constituição Federal de 1988, mais precisamente no art. 5º, LV. “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; ” Trata-se de uma cláusula pétrea, ou seja, não pode sofrer alterações. Tal cláusula possui o seguinte teor: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Entretanto, o contraditório não precisa ser necessariamente prévio, como ocorre quando o magistrado defere a liminar inaudita altera parte, quando há risco iminente de prejuízo irreparável para o autor da ação. Nestes casos, se fosse concedido ao réu o direito de defender-se de imediato, acarretaria em prejuízo irreparável ao autor, como, por exemplo, em uma situação que o pai de uma criança pretende fugir do país com ela, e a mãe necessita de uma decisão urgente para busca e apreensão dessa criança. Desta forma, como há o risco iminente de dano irreparável, não há ofensa ao princípio do contraditório.
Embora os princípios processuais possam admitir exceções, o do contraditório é absoluto, e deve sempre ser observado, sob pena de nulidade do processo. A ele se submetem tanto as partes como o próprio juiz, que haverá de respeita-lo mesmo naquelas hipóteses em que procede a exame e deliberação de oficio acerca de certas questões que envolvem matéria de ordem pública.
Decorrem três consequências básicas desse princípio:
A sentença só afeta as pessoas que foram parte no processo, ou seus sucessores;
b) Só há relação processual completa após regular citação do demandado.
c) toda decisão só é proferida depois de ouvidas ambas as partes.
O princípio do contraditório reclama, outrossim, que se dê oportunidade a parte não só de falar sobre as alegações do outro litigante, como também de fazer a prova contraria. A não ser assim, cair-se-ia no vazio. E, por isso, nega-se o princípio e comete-se cerceamento de defesa quando se assegura a audiência da parte adversária, mas não se lhe faculta a contraprova. Importante frisar que o Projeto do Novo Código de Processo Civil (Projeto de Lei 166/2010) que tramita no Congresso Nacional, já traz em seu bojo uma nova concepção do princípio do contraditório, deixando claro a necessidadeda participação ativa das partes no processo. Um estudo sobre alguns dispositivos do atual Código de Processo Civil e do Projeto de lei nº 166/2010, demonstra a imprescindibilidade do magistrado trazer ao conhecimento das partes todos os fatos que, porventura, forem suscitados em sentença. O princípio do contraditório é amplo e deve ser observado não apenas no processo civil, mas também no processo penal e direito internacional privado. Sendo assim, o presente trabalho abordará esse princípio, tentando demonstrar as peculiaridades que ele apresenta em cada disciplina relacionada.
O projeto de lei n° 166/2010 demonstra a tendência do direito processual em preservar ao máximo o direito ao contraditório com todos os recursos a ele inerentes. O princípio do contraditório deve ser observado com ainda mais força no processo penal, pois o que está em jogo é a liberdade de locomoção e, assim sendo, mesmo que o acusado não se manifeste quando da acusação, não pode ele ser julgado sem que tenha um defensor para lhe proporcionar todo o exercício que a ampla defesa e o contraditório asseguram. Na arbitragem internacional, o princípio do contraditório é observado de maneira semelhante ao processo civil, e sua aplicação depende do que estabelece a lei processual do país onde se convencionou dirimir os possíveis conflitos. Seja no processo civil, ou processo penal, ou direito internacional privado, o princípio do contraditório deve ser observado e, no presente relato a intenção foi expor a teoria de aplicação desse princípio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Tutela Cautelar e Tutela Antecipada: tutelas sumárias e de urgência. São Paulo: Malheiros, 2003.
BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. São Paulo: Saraiva, 2007.
DEL’OLMO. Curso de Direto Internacional Privado. Rio de janeiro: Forense,2011.
DIDIER, Jr. Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. Salvador: JusPodivm, 2008.
NERY, Jr. Nelson. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo: RT, 2001.
NUNES, Dierle José Coelho. O princípio do contraditório. Boletim Técnico da Escola Superior de Advocacia da OAB/MG v.1., série participativa, p. 39-55. Belo Horizonte, jan-jun/2004.

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