Buscar

Frenologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Frenologia (cranioscopia)
Frenologia é o estudo da estrutura do crânio de modo a determinar o carácter da pessoas e a sua capacidade mental. Esta pseudociencia baseia-se na falsa assunção de que as faculdades mentais estão localizadas em "orgãos" cerebrais na superficie deste que podem ser detectados por inspecção visual do crânio. O fisico vienense Franz-Joseph Gall (1758-1828) afirmou existirem 26 "orgãos" na superficie do cérebro que afectam o contorno do crânio, incluindo um "orgão da morte" presente em assassinos. Gall era advogado do principio "use-o ou deixe-o". Os orgãos do cérebro que eram usados tornavam-se maiores e os não usados encolhiam, fazendo o crânio subir ou descer com o desenvolvimento do orgão. Estes altos e baixos reflectiam, de acordo com Gall, àreas especificas do cérebro que determinam as funções emocionais e intelectuais de uma pessoa. Gall chamou a este estudo "cranioscopia." Outros como Johann Kaspar Spurzheim (1776-1832) que espalhou a palavra na America e George Combe (1788-1858) que fundou a Edinburgh Phrenological Society, prosseguiram com ainda mais divisões e designações do cérebro e do crânio, como o "espirito metafisico" e "wit." Em 1815, Thomas Foster chamou ao trabalho de Gall e Spurzheim "frenologia" (phrenos é o termo grego para mente) e o nome pegou.
Os frenologistas avançaram a noção de que o cérebro humano é o lugar do carácter, percepção, emoção, intelecto, etc, e as diferentes partes do cérebro são responsáveis por diferentes funções mentais. Nisto estavam correctos. Contudo, como nesse tempo apenas era possivel o estudo do cérebro de mortos, os frenologistas apenas podiam associar as diferentes estruturas dos orgãos que suponham funções mentais que por sua vez eram associadas ao contorno do crânio. Pouco era feito para estudar o cérebro das pessoas com problemas neurológicos conhecidos, que podia ter ajudado no processo de localização das partes do cérebro responsável por especifico funcionamento neurológico. Em vez disso, a localização das faculdades mentais era seleccionada arbitrariamente. Os primeiros trabalhos de Gall foi com criminosos e doentes, o os seus "orgãos" refletem esse interesse. Spurzheim livrou-se de coisas como o "orgão do roubo" e o "orgão da morte", e mapeou o cérebro com áreas como "benevolencia" e "auto-estima."
Apesar da frenologia ter sido desacreditada e não tendo qualquer mérito cientifico, ainda tem defensores. Permaneceu popular, especialmente nos Estados Unidos, ao longo do século 19 e deu origem a outras caracterologias pseudocientificas como a craniometria e a antropometria. A frenologia foi defendida por Ralph Waldo Emerson, Horace Mann e a Boston Medical Society quando Spurzheim chegou em 1832 para The American Tour. Fowler Brothers e Samuel Wells publicaram American Phrenological Journal and Life Illustratedque durou de 1838 a 1911. Em Edinburgh, o jornal de Combe, Phrenological Journal, foi publicado entre 1823 e 1847. Outra indicação da popularidade da frenologia no século 19 é que o livro de Combe, The Constitution of Man vendeu mais de 300.000 cópias entre 1828 e 1868.
A frenologia originou a invenção do psicografo por Lavery and White, uma máquina que podia fazer uma leitura frenológica completa e imprimir o resultado. Afirma-se que esta máquina deu aos seus donos cerca de $200,000 na Exposição Mundial de Chicago em 1934. As leituras frenologicas não são diferentes das astrológicas e muitos que as fizeram, como Charlotte Brontë, ficaram satisfeitas com o resultado.
Links
Museum of Questionable Medical Devices
Modern Phrenology de "Phrenology, the History of Brain Localization" por Renato M.E. Sabbatini, PhD
Brain and Mind magazine electrónico de neurociencia: Mapeando o Cérebro (Renato M.E. Sabbatini, PhD)
Skrabanek , Petr & James McCormick Follies And Fallacies In Medicine (Buffalo, N.Y. : Prometheus Books, 1990).
Gardner, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science (New York: Dover Publications, Inc., 1957), ch. 24, "From bumps to handwriting."

Outros materiais