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1 2 APRESENTAÇÃO 5 AULA 1: RELAÇÕES DE TRABALHO 7 INTRODUÇÃO 7 CONTEÚDO 8 A RELAÇÃO DE TRABALHO E A EVOLUÇÃO NA SOCIEDADE 8 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 9 TRABALHO FORMAL E INFORMAL 11 CONTRATO FORMAL E INFORMAL 11 INOVAÇÃO NA RELAÇÃO DE TRABALHO 12 HIERARQUIA ORGANIZACIONAL E A COMPETIÇÃO NA RELAÇÃO DE TRABALHO 13 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT 15 FATORES IMPORTANTES NA RELAÇÃO DE TRABALHO 16 PRINCÍPIO PROTETOR DO SALÁRIO 17 CONTRATO DE TRABALHO 18 TIPOS DE TRABALHADORES 20 ADOLESCENTES E A RELAÇÃO DE TRABALHO 23 EMPREGADO DOMÉSTICO E A REALIDADE BRASILEIRA 24 ATIVIDADE PROPOSTA 27 APRENDA MAIS 27 REFERÊNCIAS 27 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 28 AULA 2: VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS 33 INTRODUÇÃO 33 CONTEÚDO 34 HISTÓRIA 34 REQUISITOS LEGAIS A CARACTERIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE EMPREGO 37 DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES E CONTRATOS DENTRO DA SOCIEDADE 40 OUTRAS RELAÇÕES DE TRABALHO INTERESSANTES 48 ATIVIDADE PROPOSTA 50 3 REFERÊNCIAS 50 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 51 AULA 3: TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL 57 INTRODUÇÃO 57 CONTEÚDO 58 CONCEITO DE TERCEIRIZAÇÃO 58 CLASSIFICAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO 63 JURISPRUDÊNCIA 64 LEGISLAÇÃO 64 FINALIDADES DA TERCEIRIZAÇÃO 66 FINALIDADES DA TERCEIRIZAÇÃO 68 ESTÁGIO DE TRABALHO 69 DIREITOS DOS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS 71 ATIVIDADE PROPOSTA 73 REFERÊNCIAS 74 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 74 AULA 4: CRÉDITOS TRABALHISTAS 81 INTRODUÇÃO 81 CONTEÚDO 82 NEGOCIAÇÃO 82 BASES DE NEGOCIAÇÃO 82 CONCEITOS DE NEGOCIAÇÃO 84 HABILIDADES NA NEGOCIAÇÃO 85 CUSTO DO TRABALHADOR 87 CONFLITOS NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS 89 ATIVIDADE PROPOSTA 91 REFERÊNCIAS 91 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 92 CHAVES DE RESPOSTA 96 AULA 1 96 ATIVIDADE PROPOSTA 96 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 96 4 AULA 2 98 ATIVIDADE PROPOSTA 98 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 98 AULA 3 100 ATIVIDADE PROPOSTA 100 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 100 AULA 4 102 ATIVIDADE PROPOSTA 102 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 102 CONTEUDISTA 105 5 Atualmente, vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, no qual o consumo é crescente e os clientes são mais exigentes. Não há disponibilidade de tempo nem tolerância a erros. Diante desse contexto, as empresas modernas são obrigadas a formar diferenciais em relação à concorrência, a fim de alavancar seus negócios. Por isso, produzem em larga escala e reduzem os custos, mas buscam a customização para dar destaque a seus produtos. Uma forma de sustentar esse processo de crescimento está na gestão adequada dos negócios empresariais, ou seja, na implementação da Supply Chain Management (SCM) ou cadeia de suprimentos. Essa rede permite a integração das ações entre diversas áreas da organização, agregando a esse ambiente dois atores de extrema importância: clientes e fornecedores. Através deste estudo, você conhecerá os conceitos que circundam essa cadeia, a fim de que possa entender os principais processos operacionais das empresas. 6 Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 1. Analisar a gestão da cadeia de suprimentos; 2. Praticar o processo de tomada de decisões empresariais e a construção de estratégias a partir de conhecimentos logísticos; 3. Definir os fatores-chave da cadeia de suprimentos; 4. Apontar a Tecnologia da Informação (TI) como elemento indispensável a essa rede de negócios; 5. Identificar os principais obstáculos dessa cadeia e como podemos superá-los, gerenciando-a com sucesso. 7 Introdução Nesta aula iremos analisar como a influência do comportamento ético, a comunicação verbal profissional e as normas jurídicas do Direito do Trabalho atuam no processo de gestão de pessoas. Serão abordadas as diferenças entre os conceitos de emprego formal, informal e ilegal, assim como as questões da globalização na economia do Estado e no mercado empresarial. Objetivos 1. Apresentar a relação de trabalho no Brasil e sua interação com as normas jurídicas constitucionais e trabalhistas vigentes; 2. Analisar criticamente os diferentes tipos de atividades e contratos de trabalho formal e informal dentro da sociedade. 8 Conteúdo A relação de trabalho e a evolução na sociedade A relação de trabalho hoje em dia tem uma influência muito importante no meio empresarial, principalmente porque é na formação de uma equipe de colaboradores que está o sucesso de uma marca. Na relação de trabalho devem-se desenvolver habilidades para que se possam resolver problemas sem um guia. O colaborador tem de desenvolver, de forma positiva, as atividades de pensar, falar e escrever com clareza para o seu entendimento e compreensão nas tarefas que tem de fazer. Na atual relação de trabalho, o mercado exige o pensar independentemente, o julgar com discernimento e o conhecimento de causa e dos diferentes modelos de pensamento (quantitativo, histórico, científico e estético). Encontrar soluções para questões difíceis que desafiam pressupostos e informações irrelevantes. Discutir ideias com foco no pensar indutivo. Ter habilidade de solucionar problemas heuristicamente. Ao exercer uma atividade é fundamental: Ter conhecimento profundo e se reciclar constante quanto ao campo específico que atua. Discernir quando a verdade e o engano forem fonte de informação para tomadas de decisões. Perceber conexões entre a sua cultura e as ideias e culturas de outras sociedades. 9 Ter rapport (empatia), interagir com as pessoas encorajando-as ao criar um clima de confiança e respeito, sem perder o profissionalismo esperado pelos superiores e demais membros participantes da atividade trabalhista que está sendo exercida. Estabelecer, manter e melhorar relacionamentos no meio de trabalho tornando esses relacionamentos duradouros e principalmente capacidade para transformá-las em hábitos. Outro ponto importante na relação de trabalho é o planejamento, identificando os objetivos a serem atingidos e se preparando para as possíveis mudanças durante o curso do processo, ao usar contingências para solucionar o mais rápido possível os processos, incluindo causa e efeito, restrições e loops de feedback. Relacionamento interpessoal Um bom relacionamento interpessoal é um dos fatores de sucesso para a carreira de qualquer pessoa na sociedade atual. Porque não adianta ser um profissional competente se não possuir habilidade para criar harmonia no ambiente de trabalho. Esses fatores são constantemente analisados, inclusive, para promoções ou demissões de um colaborador. Assim, a competência técnica não é a única habilidade que o colaborador deve possuir, mas também deve ter e criar relacionamentos para alcançar as chances de sucesso. Os gestores constantemente analisam as diversas causas para a dificuldade de relacionamento entre os colaboradores: Rabugice; Antipatia; Arrogância; Timidez. 10 No entanto, um dos fatores que poucos identificam e é extremamente importante no comportamento de um colaborador é o despreparo. As pessoas que não sabem cuidar das relações na sociabilidade e no comportamento não têm competências relacionadas à inteligência emocional, que é muito valorizada nas atividades trabalhistas. Atenção É importante: Ter respeito com os colegas, principalmente desenvolver a empatia; Manter contato com as demais pessoas do ambiente de trabalho e com os parceirosque desenvolvem o mesmo projeto no ambiente de trabalho; Aprender a ouvir, mesmo que não concorde com a ideia exposta; Ser educado com todos os colaboradores independentemente do grau hierárquico existente no ambiente de trabalho, mesmo com as pessoas que você não conhece, pois elas poderão ser parceiras em potencial para o seu projeto de trabalho; Enxergar os pontos positivos das pessoas, mas cuidado elogiar não é bajular; Saber mudar de opinião, não ser teimoso, aceitar que outras pessoas possam mostrar argumentos concretos e críveis; Desenvolver a capacidade de ter paciência e conduzir uma conversa, mostrando seus argumentos com exemplos práticos e concretos; Estar à disposição para ajudar e evitar se esquivar dos problemas, mesmo quando o problema não é de sua área de trabalho, já que uma visão de fora pode ajudar a solucionar o problema, mas sem interferência ostensiva. 11 Trabalho formal e informal No Direito do Trabalho encontramos diferenças na relação de trabalho quando tratamos da questão do trabalho formal, em razão dos benefícios constantes na CLT e, principalmente, por ter a carteira profissional assinada, que é a garantia do cumprimento do contrato de trabalho nos termos em que foi acordado. No trabalho informal não existe vínculo com a empresa ou benefícios recebidos, e casos de contratos firmados quase sempre são questionados pelas partes. Um dos fatores que incentiva o trabalho informal é o excesso de tributos sobre a relação de emprego. É muito procurado pelos empresários como redução de custos na folha de pagamento. Entre os problemas apresentados no trabalho informal estão a não existência de: Férias; 13º salário; Hora extra remunerada; FGTS; Licença-maternidade; Licença-paternidade; Seguro-desemprego, entre outros encargos sociais e trabalhistas. Contrato formal e informal O termo trabalho nos leva ao conceito de remuneração, a atividade advém de um pagamento pela execução de um serviço, desde que não seja pactuado a criatividade. 12 A compreensão dos contratos atípicos depende antes de tudo da compreensão legislativa de cada país, região, setor ou categoria profissional. O contrato chamado ilegal, na verdade, é o trabalho escravo, em que não existe nenhuma documentação comprobatória da relação de emprego. Os juristas entendem, e deve ser considerado como justo, que não existem contratos formais ou informais, apenas os contratos legais ou ilegais. No Brasil adota-se o contrato informal não como justo, mas aceitável a menos que se trate de crime, quando ocorre venda de produtos ilegais ou a utilização da mão de obra fora das normas jurídicas nacionais e internacionais que protegem o trabalhador. A legislação brasileira definiu o que é um bom contrato de trabalho, mas não procedeu quando o contrato é inaceitável. Inovação na relação de trabalho Atualmente o profissional tem de ser inovador e definir um novo modus operandi na aplicação do conhecimento em relação ao trabalho. As empresas e profissionais de instituições, incluindo os técnicos, ainda tem uma formação de replicar o conhecimento, que muitas vezes já se encontra desatualizado para os padrões vividos, o que torna a relação de trabalho torturante, pois cria-se uma alienação. Os colaboradores devem mostrar o problema e buscar uma solução, caso contrário tem-se uma relação desgastada em que a falta de participação desestimula a produção e, consequentemente, o investimento do negócio. 13 Para ser inovador na relação de trabalho é preciso saber lidar com situações problemas, e com a utilização do método TAPPS (thinking aloud pair 1problem solving) consegue-se extrair o máximo de um colaborador. Hierarquia organizacional e a competição na relação de trabalho Todo colaborador é competitivo, hoje em dia não existe mais lugar para os acomodados que serão nocauteados para os níveis mais baixos da organização empresarial e só serão lembrados se não houver outra opção. Atualmente, na sociedade, não existe mais o notório saber, a evolução está tão acelerada que quando se divulga uma descoberta ou produto outros já evoluíram ou estão criando e produzindo métodos de aperfeiçoamento e melhoria para colocar o mesmo produto na praça a preço competitivo e melhor. Assim é o jogo empresarial. Nos negócios e nas profissões temos de desenhar os fluxos de atividades, nos quais iremos treinar, rascunhar, aperfeiçoar e evoluir a relação de trabalho para validar e sustentar as atividades dentro das normas legislativas trabalhistas. O filme “Quero matar meu chefe” conta a história de três amigos que sofrem nas mãos de seus chefes e resolvem pôr em ação um plano de vingança. É possível observar que as pessoas não trabalham com o conhecimento pronto, e sim, constroem esse conhecimento por meio da relação do trabalho no seu dia a dia. A estabilidade no emprego e a mobilidade vertical já se encontram reduzidas ao mais baixo nível dentro do permitido pela economia. O que torna hoje 1 TAPPS – Thinking aloud pair problem solving Consiste na apresentação de questões, na avaliação de suas respostas e nas sugestões ou críticas às respostas. 14 essencial na relação de trabalho é a criatividade que deve ser aprendida, treinada e praticada. Outro ponto que devemos analisar na relação de trabalho é o processo de globalização em que os capitais se internalizaram e a dependência econômica que tornou-se frágil, principalmente a brasileira. Os investimentos em pesquisa tecnológica não acompanham a dos países considerados de primeiro mundo, como os Estados Unidos da América e alguns da Europa, deixando países como Brasil dependente desse mercado. O avanço tecnológico também traz sérias consequências para o homem e, de modo especial, para o trabalhador, que muitas vezes perde o emprego para as máquinas. O empregado especializado que só conhece parte do processo produtivo está cada vez mais obsoleto, hoje em dia ele tem de interagir com todas as fases produtivas. O sentido natural do homem é trabalhar, foi por meio do trabalho que o homem desenvolveu a sociedade nas esferas cultural, sociológica e tecnológica. Por intermédio da busca do homem por alimento e com a sobrevivência de sua espécie veio a transformação que temos nos dias atuais. A relação de trabalho abrange os vínculos jurídicos e a relação de emprego é a pactuação da prestação de trabalho, sendo considerada a modalidade de trabalho contratado pelo trabalhador. A relação de trabalho e a relação de emprego são modalidades jurídicas da vida social inerentes ao Direito, tanto na área formal como na informalidade. 15 A relação de emprego tem natureza contratual exatamente porque é proveniente do contrato de trabalho e deve ter por base as práticas e leis, procurando, quando for o caso, utilizar padrões de trabalho internacional relevantes. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT Após termos discutido a relação de trabalho esperado entre colaborador e empregador partiremos, agora, para o entendimento da CLT. Na relação de trabalho, as normas jurídicas serão as da CLT e da legislação complementar competente à atividade laboral. Deve-se considerar que o trabalho contratado será: Realizado por pessoa física; Desenvolvido com pessoalidade (sempre a mesma pessoa física); Com não eventualidade (haverá continuidade daprestação do serviço); Com onerosidade (receberá pelo trabalho realizado); Com subordinação (atenderá, dentro do contratado, as expectativas do empregador quanto à feitura do serviço contratado). A legislação brasileira também assinala que na falta de disposição nas leis trabalhistas ou na lei especial que rege a relação de trabalho, aplica-se o Código Civil – CC, conforme o artigo 593: A prestação de serviços que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas disposições deste Capítulo. O legislador, dessa forma, protege, entre outros ramos de atividade laborativa, os seguintes ramos: Do contrato de empreitada (art. 610 a 626 do código civil); 16 Do transporte autônomo (lei 7.290/74); Dos empregados que trabalham em plataformas de petróleo (lei 5.811/72); De serviços no exterior (lei 7.064/82); Do estágio (lei 11.788/ 2008). Fica demonstrado que essas atividades têm caráter pessoal, diário, oneroso, subordinado e têm fins econômicos e objetivos sociais. Atenção Outro ponto que temos de abordar na relação de trabalho é a interpretação da norma trabalhista, que deverá ser sempre mais favorável ao trabalhador. Deve-se analisar e qualificar os pontos mais importantes para que não pairem dúvidas quanto à aplicação da lei tanto para o empregador quanto para o trabalhador. Os créditos trabalhistas estão em primeiro lugar quando ocorre uma execução de sentença cível. Todavia, alguns doutrinadores sustentam a tese de que as normas devem ser comparadas como um todo. Fatores importantes na relação de trabalho Na relação de trabalho os fatores mais importantes são: O dissídio coletivo que cria, modifica ou extingue normas e condições de trabalho, e que geram direitos e obrigações entre as partes envolvidas na atividade laboral (art. 114, § 2º, Constituição Federal – CF); 17 A convenção coletiva na qual temos a intervenção do sindicato da categoria profissional tanto patronal quanto dos trabalhadores (art. 611 da CLT). Eles têm profunda influência na economia e no orçamento patronal, uma vez que toda e qualquer alteração é determinante para as expectativas de crescimento ou redução de custos; O gestor que tem de ter uma visão qualitativa e quantitativa quanto à gerência de contratos de trabalho dos princípios do Direito do Trabalho, mas principalmente quanto às garantias constitucionais aderentes ao trabalhador. Deve-se, também observar quando se trata da Lei 7.064/82, recepcionada pela Constituição Federal, que trata do trabalhador que é transferido para o exterior ao qual se aplica o princípio da lex loci 2executiones . Princípio protetor do salário O princípio protetor do salário gera uma série de circunstâncias no qual muitas vezes são travadas soluções no Poder Judiciário, como a questão da irredutibilidade salarial (art. 7º, VI da CF), que é direito adquirido dos trabalhadores, sobre o qual não se pode discutir. No entanto, a legislação prevê que, salvo disposição em contrato, as convenções e acordos coletivos podem gerar redução salarial em casos de força maior, lembrando que as convenções e acordos coletivos têm força de lei. 2 Lex loci executiones A justiça brasileira tem competência para julgar, usando a lei da execução de serviços e não aplicar a lei da nacionalidade ou a lei do contrato. 18 A impenhorabilidade do salário que protege contra terceiros (art. 649, IV do Código de Processo Civil – CPC), salvo para pensão alimentícia (art. 649, §2º, do Código de Processo Civil), que é considerado meio de sobrevivência do ser humano. Veja a seguir algumas ressalvas: O empregado não pode se privar mesmo voluntariamente das vantagens concedidas pelo Direito do Trabalho. Exemplo: O empregado não pode renunciar ao 13º salário, porque é um direito assegurado por lei. Contrato de trabalho O empregado poderá celebrar acordos, (transigir) direitos em juízo, todavia não é possível renunciar após o término do contrato de trabalho. Na relação de trabalho o gestor deve observar as condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa que vigora no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos, tanto que não é permitido estipular duração de convenção ou acordo superior a dois anos (art. 614, § 3º da CLT). O vínculo empregatício na relação de trabalho é o contrato, tanto na questão formal quanto informal, não podendo o empregado ser substituído sem o consentimento do empregador. Um dos pontos questionáveis nos tribunais brasileiros é a situação dos religiosos que solicitam vínculo de emprego com a instituição religiosa. A maioria das decisões dos tribunais é pelo indeferimento, por não reconhecerem o vínculo, uma vez que a atividade religiosa é caritativa e mantida como ajuda de custo, não como salário. 19 Quanto à subordinação, o gestor tem de atentar para o fato de que o empregado deverá conhecer os procedimentos e as normas do local onde trabalha. Veja a seguir alguns destes procedimentos: As ordens do empregador têm de estar dentro do combinado em contrato e não podem infringir a moral e os bons costumes, caracterizando os assédios moral e sexual. O empregador tem o poder de controle porque, tecnicamente, ele conhece os meios de produção e os empregados são subordinados. O empregado não é subordinado economicamente, uma vez que ele pode ter várias fontes de renda, desde que uma não interfira na atividade da outra e mantenha o sigilo profissional. Ele é subordinado juridicamente. Na relação de trabalho, quando se tratar de trabalho formal, é imprescindível a Carteira de Trabalho e Previdência Social, CTPS, de acordo com o art. 14 da CLT, que é documento obrigatório de identificação do trabalhador, no qual faz prova de fato e de direito da relação existente, nas áreas trabalhista e previdenciária. No entanto, o empregado não registrado, fazendo prova da relação de trabalho, é considerado contratado pelo empregador. Quanto ao local da prestação de serviços a CLT, em seu art. 6º, expressa que é irrelevante o local onde a atividade é exercida, o importante é haver a relação de emprego entre as partes. É vedado exigir, no ato da contratação, experiência prévia superior a seis meses no mesmo tipo de atividade. Empregadores e gestores têm de saber: Definir as necessidades dos trabalhadores Desenvolver Remunerar Atrair Contratar Reter 20 Reconhecer o empenho Motivar Avaliar desempenho Como demitir É importante reconhecer que o trabalhador é: Propulsor que move as empresas ou atividades profissionais; Pessoa responsável pela criação e manutenção da cultura empresarial e a representativa que terá perante aos sindicatos e órgãos públicos. Uma das queixas que encontramos no mercado é a falta de trabalhadores líderes. Entretanto, não há como haver trabalhadores líderes sem treinamento. Na relação de trabalho, o mais importante além do conhecimento do contrato e das atividades que serão exercidas, é o envolvimento e a atitude que os empregadores e empregados deverão ter perante a organização. Baseado num fato verídico, o filme “Um Sonho Possível” conta a história de um jovem que cresceu em lares adotivos e vê sua vida mudar ao conhecer uma família que aposta no seu potencial, dando-lhe um lar, escola e a oportunidade de jogar no time de futebol. É possívelobservar neste filme temas como superação, motivação e desenvolvimento. Além disso, atenta que existem muitos talentos escondidos na empresa, esperando apenas de um chance para fazer a diferença. Tipos de trabalhadores Dentro da realidade do mundo do trabalho temos os trabalhadores formais e os informais que atuam de forma decisiva para o desenvolvimento da sociedade. Veja a seguir as mais importantes: 21 Trabalhador autônomo sem subordinação, com autonomia Pessoa física que trabalha por conta própria; O empregador não pode exigir desse trabalhador cumprimento de horário de trabalho, não sendo regido pelo poder disciplinar; Não possui exclusividade; O contrato com esse trabalhador poderá ser escrito ou verbal. Podemos destacar o perfil desse profissional como de empreitada de lavor, o mandato, o contrato de agenciamento e distribuição, o contrato de comissão e corretagem e o contrato de transporte. A parceria agrícola e a representação comercial são regidas por leis especiais. Exemplo: Um advogado ou um marceneiro, contratados sem os elementos que configuram uma relação de trabalho, serão considerados trabalhadores autônomos. Trabalhador avulso Aquele que, por intermédio de uma categoria profissional, presta serviços sem vínculo empregatício a diversas empresas ou organizações. Caracteriza-se esse tipo de trabalhador pela intermediação obrigatória do sindicato, no caso do trabalhador portuário o agenciador é o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). Chama a atenção que esse trabalhador tem os mesmos direitos do trabalhador com vinculo efetivo (art. 7º, XXXIV, CF). Trabalhador eventual Presta serviços de natureza urbana ou rural, ocasionais ou transitórios, a um ou mais tomadores de serviços, mesmo que de forma subordinada, mas por pequeno período de tempo, sendo sua atividade normalmente não integrante 22 das atividades regulares das empresas ou organizações. Assemelha-se ao trabalhador avulso em questão de contratação. Exemplo: Chapa. É comum encontrá-los às margens das principais rodovias do país, principalmente nos postos de combustíveis onde os caminhoneiros param para abastecimento ou descanso, oferecendo seus serviços que, além do descarregamento, inclui levar o caminhoneiro até o destino da carga, uma vez que as cidades são imensas e os endereços de difícil localização. Trabalhador temporário Regido pela Lei 6.019/74, tem uma relação de trabalho tripolar: empresa cliente (tomadora), empresa de trabalho temporário (tomador) e empregado temporário. A fiscalização do trabalho é rígida quanto à apresentação do contrato firmado entre as partes e o empregado, assim como à comprovação do recolhimento das contribuições previdenciárias. Nesse tipo de situação temos dois contratos: Entre a empresa cliente (tomador) e a empresa tomadora; Entre a empresa tomadora e o empregado temporário. O contrato de trabalho deve ser escrito, sendo uma exceção à regra da consensualidade do contrato, que deverá ter o prazo de três meses. É permitida uma prorrogação, que somente ocorrerá com a autorização do Ministério do Trabalho e Emprego. Quanto à responsabilidade em caso de falência o art. 16 da Lei 6.019/ 74, diz que a empresa tomadora é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, pela remuneração e indenização previstas em Lei, é o que chamamos de responsabilidade subsidiária. 23 Empregado rural ou prédio rústico Regido pela Lei 5.889/73, é aquele que presta serviços não eventuais a empregador rural. O empregador rural é a pessoa física ou jurídica que explora atividade agroeconômica, ou seja, não transforma as características de um produto, mantendo este em estágio natural. Exemplo: Corte de cana é trabalho rural, transformá-la em etanol configura trabalho urbano. Com a Lei 11.718/2008 o trabalhador rural tem à sua disposição o contrato por pequeno prazo. Essa relação de trabalho somente pode ser contratada com empregador pessoa física. Nesse caso, as pessoas jurídicas como empresas, cooperativas e associações não serão contempladas. O contrato tem a duração de dois meses dentro do período de um ano (pode ser descontínuo, mas no somatório não poderá ultrapassar dois meses), com carteira assinada ou a possibilidade de contrato escrito, desde que autorizado pelo sindicato local da categoria profissional. Deve recolher FGTS e INSS e tem direito a salários equivalentes aos dos empregados efetivos. Adolescentes e a relação de trabalho No Brasil a pessoa física a partir dos dezesseis anos pode trabalhar. No entanto, existem algumas restrições quanto ao tipo de atividade a ser exercida. Veja a seguir quais são essas restrições: Somente é permitido trabalhar a partir dos 18 anos (art. 404 da CLT) quando o ambiente de algumas atividades de trabalho não é considerada insalubre, perigoso ou exercida a noite. 24 A jornada de trabalho para adolescentes é de oito horas, somente o aprendiz 3 é quem tem jornada reduzida. Entretanto o menor não pode fazer hora extra, salvo em casos de força maior (art. 413, II da CLT). Os menores não podem trabalhar em locais como teatro e circos, salvo autorização do juiz da infância e juventude. Se autorizado, esse trabalho deverá ser sustento do trabalhador e de sua família, e não poderá prejudicar a formação do menor. Outro ponto a ser mencionado é o trabalho penoso que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) proíbe expressamente, mesmo que a Constituição Federal não preveja. No caso de compensação só poderá haver duas horas no máximo, não podendo extrapolar as 44 horas semanais. O trabalhador menor, segundo o art. 414 da CLT, pode trabalhar para mais de uma empresa por contratos simultâneos. No entanto, as horas somadas nos contratos diferentes não poderão ultrapassar oito horas diárias. Empregado doméstico e a realidade brasileira As primeiras leis que definiram o conceito de empregado doméstico vieram das Ordenações do Reino. Posteriormente o Código de Postura Municipal de São Paulo de 1886, em seu art. 263, autorizava a contratação para os serviços domésticos de pessoa de condição livre. 3 Aprendiz É o maior de 14 anos e menor de 24 anos (art. 428 da CLT). A idade limite não se aplica aos trabalhadores especiais (deficientes). 25 Contudo, foi o Código Civil Brasileiro de 1916 que incluiu a locação de serviços, autorizando a inclusão do trabalho doméstico (art. 1.216 e segs. do CC). A profissão foi regulamentada com o Decreto 16.107/23 e, finalmente, a Lei 5.859/72 e o Decreto 71.885/73 passaram a regulamentar a atividade e os direitos dos domésticos. A Constituição Federal de 1988 estendeu alguns dos direitos concedidos aos rurais e urbanos, que culminaram na Lei 10.208/2001, e incluíram, ainda que de forma facultativa, o FGTS e o seguro-desemprego. O trabalhador doméstico pode exercer as seguintes funções, entre outras: Faxineira; Cozinheira; Motorista; Piloto de avião; Médico; Professor; Acompanhante; Garçom do iate particular; Segurança particular; Caseiro; Enfermeira. O importante é que o prestador de serviço trabalhe para uma pessoa física, que não explore a mão de obra do empregado com intuito de lucro, mesmo que os serviços não ocorram em âmbito residencial. Portanto, podemos considerar como: Domésticos O piloto de aviãoparticular do executivo; O médico que atende todos os dias, durante meses, na casa de um paciente, para acompanhar o tratamento; O marinheiro do barco particular. Não-domésticos Os empregados em atividades assistenciais, beneficentes; 26 A pessoa que tem a carteira de trabalho assinada por pessoa jurídica da qual o patrão é sócio. Diante dos conceitos estudados, os empregados domésticos alcançaram os mesmos direitos do trabalhador formal. Nos dias atuais o mercado de trabalho está em profunda transformação em face da forte volatilidade e do aumento da competitividade, por isso devemos fazer uma profunda reflexão sobre o processo legislativo e as garantias dos direitos fundamentais nas relações de Estado, Direito e Sociedade. Outro ponto importante é o atual papel dos sindicatos nas negociações trabalhistas em razão da mão de obra excedente, o que provoca maior flexibilização e compromete o comportamento político do país e a tributação gerada. A sociedade brasileira não dispõe de uma mentalidade cívica e de uma cultura política democrática para a aplicação de um novo modelo, com soluções rápidas, que encerre o velho modelo do direito individualista e que leve para a sociedade a conscientização de seus direitos e deveres, para que esta possa exigir a aplicação das regras e princípios constitucionais, conforme previstos na Constituição Federal. A garantia de direitos trabalhistas com o conjunto de valores humanos civilizatórios consagra o maior patrimônio da humanidade. O Direito do Trabalho, assim como a relação de trabalho, deve ser regido sem a interferência do Estado, que somente deveria atuar para dirimir conflitos quando solicitado pelas partes contratantes e pelos sindicatos. 27 O princípio constitucional da proteção do trabalhador em seu art. 7º da CF, deve ser o limitador da flexibilização, coibindo os abusos e o desvio da finalidade da relação de trabalho. Atividade proposta Assista ao vídeo motivacional a seguir sobre a importância do homem na sociedade e a sua relação com o trabalho. Em seguida, analise a importância do homem no ambiente de trabalho, assim como a sua função na sociedade de acordo com as suas competências e habilidades. Aprenda Mais Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, leia os seguintes artigos: A vez dos sem-mesa, da Stiefel à Unilever; Hora de pensar fora da caixa para ter sucesso no trabalho. Referências DELGADO, M. G. Curso de Direito do Trabalho. 6 ed. São Paulo: LTR, 2007. SÜSSEKIND, A. Da Relação de Trabalho. Fonte: LTr 74-03/263-2010. 28 Exercícios de fixação Questão 1 A relação de trabalho hoje em dia tem uma influência muito importante no meio empresarial: a) Principalmente porque é na formação de uma equipe de colaboradores que está o sucesso de uma marca. b) A formação de uma equipe de colaboradores não é garantia de sucesso da marca. c) O sucesso de uma marca não influencia a equipe de colaboradores. d) A relação de trabalho de uma equipe não é comprometida com a marca. e) Hoje em dia não existe mais relação de trabalho com o conceito de influência no mercado empresarial. Questão 2 O colaborador tem de desenvolver, no meio da atividade que exerce, de forma positiva: a) O pensar, falar e escrever com clareza para o seu entendimento e compreensão nas tarefas que tem de fazer. b) A desigualdade e os conflitos entre os colaboradores como forma de competição. c) Somente a compreensão nas tarefas que tem de fazer. d) Não precisar ter entendimento e compreensão nas tarefas. e) Precisa apenas ser crítico. 29 Questão 3 Ter um bom relacionamento é um dos fatores de sucesso para a carreira profissional e a vida social de qualquer pessoa na sociedade atual por que: a) Porque não adianta ser um profissional competente e não possuir habilidade para criar harmonia no ambiente de trabalho. b) Não existe harmonia no ambiente de trabalho. c) Um profissional competente não precisa ser social nas relações com os demais membros da equipe. d) Um dos fatores de sucesso é a desarmonia no ambiente de trabalho. e) Não se cria harmonia e nem se precisa de habilidade no ambiente de trabalho. Questão 4 Os colaboradores devem mostrar e compartilhar o problema em busca de uma solução, caso contrário: a) Tem-se uma relação desgastada em que a falta de participação desestimula a produção e, consequentemente, o investimento do negócio. b) Tem-se uma relação produtiva em que a falta de participação desestimula a produção e, consequentemente, o investimento do negócio. c) Os colaboradores não precisam mostrar o problema nem compartilhar com a equipe, pois isso irá abalar as relações de trabalho. d) No mundo empresarial os problemas devem ser compartilhados somente com os gestores e diretores. e) Em uma relação de trabalho não existe relação desgastada. 30 Questão 5 Para ser inovador na relação de trabalho é preciso: a) Lidar com situações problemas, a utilização do método TAPPS (thinking aloud pair problem solving) consegue-se extrair o máximo de um colaborador. b) O método TAPPS não é o mais adequado para esse tipo de situação, pois compromete a relação de trabalho. c) Na relação de trabalho, o trabalhador deve apenas cumprir o que foi determinado pelo seu superior sem questionamentos quanto à solução do problema apresentado. d) No método TAPPS a solução dos problemas está concentrada nas decisões do trabalhador que responde pela área. e) Para ser inovador na relação de trabalho, o trabalhador deve apenas se concentrar nas tarefas para as quais foi contratado, não tendo o direito de experimentar novas ideias. Questão 6 O conceito de informalidade pelas ciências sociais e econômicas brasileiras quer dizer: a) Que o trabalhador possui carteira assinada e garantias constitucionais e trabalhistas perante a legislação brasileira. b) Que no Brasil não há previsão de atividade informal na legislação. c) Que somente se encontra informalidade nas atividades ilegalizadas. d) No Brasil, o trabalho informal deve ser entendido como aceitável desde que não se trate de contrato ilícito. e) Não existe esse conceito. 31 Questão 7 O trabalho informal é um meio de: a) Gerar um retorno extra para a empresa, mas injusto, pois compromete a relação de trabalho. b) Considera-se justo o contrato informal, pois existe a garantia constitucional e trabalhista em seu cumprimento perante as partes. c) Não gera um retorno extra para a empresa, pois impacta na folha de pagamento. d) De proteção social que visa o não reconhecimento pelo INSS da qualificação de segurado para fins de benefícios. e) Contrato lícito trabalhista no qual o empregador não está sonegando tributos para o estado. Questão 8 O contrato ilegal é: a) Permitido pelas leis brasileiras e internacionais. b) Deve ser coibido pelas autoridades, pois se trata de trabalho escravo, no qual o trabalhador não tem seus direitos assegurados. c) Deve ser permitido como forma de redução de custos para o mercado empresarial. d) É considerado contrato perfeito, em face de que as partes concordaram em assumir o risco. e) Aceito como existência de relação de emprego. 32 Questão 9 No contrato formal a relação de trabalho existe a partir de que fato: a)Anotação na carteira de trabalho e Previdência Social – CTPS e assinatura de contrato por prazo, de acordo com as legislações trabalhista e previdenciária. b) Não há necessidade de anotação na carteira de trabalho e Previdência Social, assim como a não anotação no livro de empregados. c) O trabalhador deve assumir os riscos das atividades ilegais do empregador. d) Não há necessidade de o trabalhador ser registrado na Previdência Social. e) O empregador se exime de qualquer risco ou acidente que o trabalhador venha a ter no ambiente de trabalho no exercício de sua atividade. Questão 10 A relação de emprego em caso de trabalhador eventual é considerada: a) Um contrato ilegal já que o trabalhador eventual não possui estabilidade na relação de trabalho. b) Legal, desde que fique caracterizada a relação de emprego, em que haja substituição de um empregado regular e o contrato regulado segundo os critérios da legislação brasileira. c) Informal, pois se trata de um contrato temporário. d) Uma relação informal por ser tratar de prestação de serviço por trabalhador individual. e) Não existe relação de trabalho nos casos de trabalhador eventual por falta dos princípios que rege a legislação trabalhista. 33 Introdução Nesta aula analisaremos e relacionaremos os vínculos empregatícios e seus elementos configuradores na relação de trabalho. Serão abordados os custos que comprometem a folha de pagamento, assim como a situação dos trabalhadores e suas atividades laborais não previstas na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Objetivo Compreender a atual relação de trabalho e seus vínculos, e como os custos trabalhistas comprometem a folha de pagamento do empregador. 34 Conteúdo História No século XIX a.C. a Babilônia, era uma cidade Estado acadiana, na antiga Mesopotâmia, localizada no atual Estado do Iraque. O povo babilônico, que era considerado muito avançado para o seu tempo, teve um rei chamado • As Leis de Hamurabi foram as primeiras a versar sobre as condições de prestação de serviço livre e o pagamento na forma de salário, além da forma de arrendamento do trabalho. • No Direito Romano nos séculos VII e VI a.C. que surgiu a terminologia de arrendamento da coisa (locatio conductio rei), que basearam a relação de emprego. • Criado o Conseils de Prud'hommes com vistas a conciliar conflitos de interesse ocorridos do descumprimento de acordos relativos a questões de trabalho em geral, originando o Poder Judiciário específico de causas trabalhistas. • No Brasil foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio pelo então presidente Getúlio Vargas. • Criação da Organização Internacional do Trabalho e reconhecimento de Direitos sociais e trabalhistas por diversos países integrantes da Liga das Nações em 1920, atual ONU. • Direitos sociais e do trabalhador advindos da Constituição mexicana são recepcionados pelo Tratado de Versalhes. 35 Hamurabi que determinou, pela primeira vez na história, a codificação das leis, utilizando a escrita cuneiforme. A escrita das leis em tábuas de barro cozido proporcionou seu conhecimento até os dias atuais e, entre muitas normas legislativas, foi a primeira a mencionar as condições de prestação de serviço livre e o pagamento na forma de salário, além da forma de arrendamento do trabalho. Contudo, foi no Direito Romano nos séculos VII e VI a.C. que surgiu a terminologia de arrendamento da coisa (locatio conductio rei), que basearam a relação de emprego: Locatio conductio operis; Locatio conductio operarum. No decorrer do tempo, foi se aperfeiçoando essa relação, que gerava conflitos pelo não cumprimento do acordado e os primeiros registros encontramos nos Conseils de Prud'hommes — literalmente, conselhos de homens prudentes —, da época napoleônica (1806), que originou o Poder Judiciário com a finalidade de apreciar causas trabalhistas, em que as partes eram chamadas à conciliação. As normas legais trabalhistas atualmente consideradas se originaram na Constituição mexicana de 1917, que incluía 30 artigos ligados aos direitos sociais e ao trabalhador, sendo recepcionada no Tratado de Versalhes, de 1919, como de grande avanço para os direitos do trabalhador, quando foi criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A partir daquele momento, os países que integravam a Liga das Nações e, posteriormente, a ONU, abriram espaços em suas constituições para artigos que criavam normas de relação e direitos básicos ao trabalhador. 36 No Brasil, o termo relação de trabalho, segundo fontes históricas, foi descrito em 1830, pela primeira vez, quando se regularizou o contrato sob prestação de serviços para brasileiros e estrangeiros. A situação perdurou até o final do século XIX, com a entrada em vigor do Decreto nº 1.313, de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1917, a entrada em vigor do Código Civil de 1916, veio a regulamentar a prestação de serviços de trabalhadores, e o Departamento Nacional do Trabalho (DNT), criado em 1917, foi o primeiro órgão de fiscalização e normativo relacionado aos trabalhadores. Naquela época, os assuntos trabalhistas eram tratados pelo Ministério da Agricultura. Somente em 26 de novembro de 1930, sob a chefia do então Presidente Getúlio Vargas, foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, cujo primeiro titular foi o Ministro Lindolfo Collor, que denominava o “Ministério da Revolução”. Atenção A denominação Justiça do Trabalho surgiu na Constituição de 1934, todavia não foi concretizada sua criação, que só ocorreu pelo Decreto Lei nº 1.237 de 1 de maio de 1939. A partir daquele momento, todas as constituições brasileiras passaram a normatizar e determinar a criação de leis, decretos e atos normativos relacionados à regular os direitos e deveres dos trabalhadores, tendo a Justiça do Trabalho como poder de dirimir conflitos trabalhistas. 37 Requisitos legais a caracterização da relação de emprego Hoje a relação de emprego e trabalho é regulamentada pelos artigos 2º e 3º da CLT, que estabelecem os requisitos necessários para concretizar essa relação laboral que são: Pessoalidade O contrato tem de ser pessoal em relação ao empregado, levando-se em consideração que a pessoa foi escolhida por suas qualificações pessoais e técnicas, com grau de confiança para exercer aquela atividade e perante o empregador. O empregado não pode ser substituído por outra pessoa física a seu critério, sendo esse direito facultado ao empregador, que colocará um substituto. A pessoalidade ou caráter intuitu personae significa que o contrato de trabalho é intransmissível. Exemplo: Um advogado é contratado por uma empresa para atuar no departamento jurídico. No dia da audiência telefona para um colega não contratado pela empresa, para substitui-lo. A audiência é para ser realizada com a presença do advogado contratado pela empresa e não um terceiro estranho à relação de trabalho. Caso haja a necessidade de substituição, quem tem direito de indicar o advogado substituto é a empresa (empregador). O caráter pessoal da relação de emprego é a escolha da pessoa do empregado, e não do serviço. A pessoalidade pode ser comprovada pela intenção expressa das partes, ou seja, pelo contrato ou pela repetição de mão de obra no tempo por uma pessoa. E também não é exclusividade da relação de emprego. Pode ser encontrada nas relações da sociedade, principalmente nas de pessoas tais como:representação comercial, contrato de mandato etc. 38 Por isso, se descreve que o contrato é tácito, pois obriga o empregador fiscalizar o trabalho do empregado. Subordinação ou dependência hierárquica É critério diferenciador entre o contrato de emprego e os demais contratos de trabalho como o de autônomo, representação, mandato, entre outros. O poder de comando do empregador é fator determinante para caracterizar a subordinação em que o empregado tem o dever de obediência, podendo o empregador determinar tarefas e fiscalizar a execução do serviço contratado. A subordinação está relacionada quanto à questão profissional em que poderá ser mais ou menos intensa. Mesmo quando o serviço é feito externamente, poderá o empregador fiscalizar por telefone, rádio, internet ou outros meios permitidos por lei e que não gerem constrangimento ao empregado (art. 6º § único, da CLT). Onerosidade Significa vantagens recíprocas. Não existe contrato gratuito, a onerosidade é o pagamento de salário em pecúnia ou em utilidade. Exemplo: Um empregado que executa um serviço em troca de comida e casa, o faz de forma onerosa. Seu salário é pago sob a forma de utilidade. Mesmo assim, segundo determinação do art. 82, § único, da CLT, o empregador deverá pagar um mínimo em dinheiro. Questão polêmica quando se trata de religiosos, a doutrina classifica os religiosos de qualquer religião como autônomos ou equiparados a estes, com base no art. 11 da Lei 8.213/91, Lei da Previdência Social Brasileira, salvo condição institucional diferente do intuito caritativo que se irá reger o vínculo empregatício. 39 Habitualidade ou não eventalidade Chama-se atenção que eventual não é casual, o vocábulo não eventual é relacionado àquele empregado que desenvolve o serviço de forma permanente para aquele empreendimento. Risco do negócio do empregador Quem corre o risco do negócio é o empregador que do ato do empregado desfruta a atividade empresarial. O art. 2º da CLT é claro quanto ao assunto, eximindo o empregado dessa responsabilidade, já que alguns empregadores, visando alcançar metas em vendas, adotam a prática de forçar as vendas, repassando parte do risco do negócio para seus empregados. Dessa forma, muitos empregados vêm pagando a conta nos casos de insucesso, na forma de perda de benefícios e comissões, ficando evidente a existência de abuso do poderio econômico e social de quem emprega. As únicas exceções possíveis estão previsto no art. 462, § 1º, da CLT em que o desconto do salário só irá ocorrer no caso de dolo (intenção de praticar o ato) do empregado. Quando as irregularidades nas cláusulas do contrato de trabalho forem culpa do empregador, a CLT possibilita a rescisão indireta do contrato de trabalho. Atenção A ausência de um desses requisitos irá descaracterizar o trabalhador como empregado. 40 Diferentes tipos de atividades e contratos dentro da sociedade Trabalhador eventual A teoria do evento se caracteriza quanto ao tipo de serviço para o qual o trabalhador é contratado. O evento poderá ser incerto, casual, fortuito ou de curta duração para a empresa. Nesse caso o empregado é contratado apenas para um determinado evento transitório, de curta duração em relação à atividade empresarial, para obra certa ou serviço certo. Profissionais Liberais Esse trabalhador se caracteriza pelo exercício habitual de sua profissão e esse tipo de profissão engloba autônomos ou empregados. Eles têm liberdade para exercer sua profissão. Em geral, são profissionais intelectuais com nível superior ou técnico. Podem constituir empresa individual com registro em cartório de registro civil de pessoas jurídicas ou ser contratados como prestadores de serviços na qualidade de empregados para pessoas jurídicas. Exemplo: Médicos, dentistas, jornalistas, arquitetos, advogados etc. Uma das vantagens em ser profissional liberal é poder atuar no mercado sem depender das vagas disponíveis nas empresas. Mesmo tendo de cumprir prazos com os clientes, podem estipular seus horários e locais de atendimento. A tributação, porém, é o único ponto de desvantagem, pois como não são empregados nem empregadores, os tributos incidem totalmente sobre o profissional e os honorários não são quantias fixas de ganho mensal, variam de um mês para o outro. 41 A Lei 7.316/85 não estabelece que os profissionais liberais sejam empregados conforme os arts. 2º e 3º da CLT, equiparando apenas na atuação dos sindicatos da categoria. Autônomo Esse empregado explora seu ofício ou profissão com habitualidade e conta e risco próprio. Tem o conceito temporal, quer dizer, a atividade é exercida com repetição. Ele executa seus serviços para diversos tomadores (clientela diversa) não gera o contrato de trabalho, pois não há o elemento subordinação. Corre o risco do negócio e não tem vínculo de relação de emprego. A diferença entre o autônomo e o empregado é que o autônomo assume o risco de sua atividade. Exemplo: Profissionais liberais, representantes comerciais, empreiteiros, meeiros (agricultor que trabalha em terras que pertencem a outra pessoa e reparte com o dono da terra o resultado da produção), parceiro etc. Na locação de serviços há autonomia em sua prestação, não existe subordinação, diferente do contrato de trabalho em que a subordinação é elemento essencial. A empreitada distingue-se da locação de serviços pelo fato de se contratar um resultado enquanto na locação de serviços existe a prestação. Na empreitada, o contrato é regido de forma que uma das partes vem a fazer ou manda fazer certa obra, mediante pagamento fixo ou proporcional ao acordado. A empreitada é um contrato de resultado, ou seja, a construção de uma casa, um muro, pintura de um cômodo ou sala comercial etc. 42 Adventícios Serviços de necessidade permanente, de forma intermitente para a empresa, em que o empregado executa seus serviços, no dia, na semana, no mês ou no ano. Exemplo: Empregados que trabalham em bilheterias de casas de espetáculos, garçons que trabalham somente aos sábados e domingos. O empregado que é contratado para trabalhar durante o período de festas do final de ano, durante a safra, em substituição a um empregado que se encontra em férias ou afastado devido a benefício previsto na Legislação Previdenciária. Trabalhador temporário É o contratado sob a Lei 6.019/74 e pelo Decreto nº 73.841/74, por empresa prestadora de mão de obra para executar seus serviços para um tomador, sem que isso caracterize vínculo de emprego com a empresa cliente. Em casos em que a empresa prestadora de serviços decrete falência, a empresa cliente ou tomadora responde solidariamente. O contrato deverá sempre ser escrito e com duração máxima de três meses, salvo autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, desde que não exceda seis meses. Trabalhador doméstico Atualmente seus direitos são regidos pela Lei 11.324/2006, tendo esse trabalhador os mesmo direitos trabalhistas e previdenciários regidos na CLT. Exemplos de empregados domésticos, entre outros: empregadas, mordomo, motorista, governanta, babá, jardineiro, copeira, arrumador, cuidador de idoso e cuidador em saúde. 43 Trabalhador de confiança Detêm poderes delegados pelo empregador, executam e comandam as atividades perante credores, devedores, clientes, repartições públicas, por meio de mandato outorgado ou não pelo empregador.Tem limitações de direitos trabalhistas, podendo ser transferidos de forma unilateral para localidade diversa da constante no contrato (art. 469, § 1º da CLT). Podem ser rebaixados ao cargo efetivo sem que isto inflija à lei, sendo observada apenas a Súmula nº 372, I, do TST. Quanto aos empregados eleitos por meio de uma assembleia geral ao cargo de diretor de uma sociedade anônima, o conselho a posteriori da delegação não tem poder de representação da sociedade, pois é exclusivo da diretoria delegada. Trabalhador do peso Tem a finalidade de reabilitação e reintegrá-lo à sociedade e ao mercado de trabalho, como garantia a dignidade do ser humano. O que impede a relação de emprego e a expressa determinação de seu afastamento pela legislação trabalhista. O trabalhador preso não está sujeito ao regime da CLT, não tendo direitos constantes naquele dispositivo legislativo. Para trabalhar fora do estabelecimento prisional é necessário que o presidiário tenha cumprido 1/6 da pena, obtenha autorização da direção do estabelecimento, aptidão e principalmente bom comportamento. A legislação prevê ainda que não serão admitidos mais do que 10% de presos empregados em um mesmo estabelecimento. 44 Trabalhador avulso não portuário A palavra avulso deriva do latim avulsus, que significa separar, destacar, desligar. O trabalhador avulso é aquele sindicalizado ou não, que presta serviço de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria (excluindo da faixa portuária) ou do órgão gestor de mão de obra (dentro da faixa portuária). Está respaldo pelo art. 9º, VI, do Decreto 3.048/99 e nos termos da Lei 8.630/93. O trabalhador avulso não portuário pode trabalhar para diversos tomadores, sem vínculo de emprego, o que o diferencia do avulso portuário é a intermediação por meio do sindicato. Alguns são regidos pela Lei 12.023/2009. Os não portuários podem executar outras atividades, como o prático de barra, a guarda portuária, etc. Todavia neste caso devem ser contratados como autônomos ou empregados pela administração portuária. Com relação a contratação de vigilante este é regido pela Lei 7.102/83, deve ser efetuada através de empresa especializada em vigilância (terceirizados). Trabalhador avulso portuário É regido pela Lei 8.630/93 e tem OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) como seu intermediador. Presta serviço a tomadores e armadores, é esporádico e não pessoal, em face do tempo de estadia dos navios nos portos. Existe diferença entre o trabalhador portuário e o marítimo. O empregado marítimo exerce sua profissão a bordo de uma embarcação, com vínculo de emprego com a empresa armadora – Lei de segurança do tráfego aquaviário (art. 7º da Lei 9.537/97). 45 O avulso pode ser registrado ou cadastrado, segundo o Decreto nº 1.596/95. Os trabalhadores registrados têm prioridade na distribuição do trabalho, enquanto os cadastrados somente são convocados quando o efetivo de registrados estiver esgotado e insuficiente para atender à demanda do serviço. Os cadastrados são considerados a reserva dos registrados. Mesmo presentes no local de trabalho, a remuneração dessa categoria só ocorrerá se prestar o serviço de fato (art. 6, § único, da Lei 9.719/98). A Justiça do Trabalho é competente para julgar e executar a legislação que rege esses trabalhadores. Os direitos dos trabalhadores avulsos estão previstos na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional mencionada. Trabalhador cooperado É aquele que adere a uma cooperativa, não é considerado empregado, de acordo com o art. 442 da CLT. A Lei 12.690/12. Divide as cooperativas de trabalho em cooperativas de serviço ou de produção. O objetivo da cooperativa é desenvolver a solidariedade e ajuda mútua entre os cooperativados e arregimentar projetos e serviços sem intuito de lucro. O cooperado é considerado trabalhador autônomo, sua relação com a cooperativa e os tomadores ocorre de forma espontânea, eventual e sem subordinação. Os artigos 5º e 18 da Lei 12.690/12 proibiram as cooperativas de terceirizarem empregados ou de fraudarem direitos trabalhistas. Exemplo: Taxistas, que se reúnem e criam uma cooperativa para intermediar chamadas para transportar passageiros. 46 A renda mensal dos trabalhadores cooperados não poderá ser menor que o salário mínimo vigente no país, nem menor se houver piso da categoria profissional. A carga horária deverá ser de oito horas diárias, não ultrapassando as quarenta e quatro semanais. Os associados, em caso de plantão ou escalas, deverão ser compensados, assim como ter repouso semanal remunerado e férias anuais. Fica assegurado o seguro para acidente de trabalho e o adicional noturno e para as atividades insalubres ou perigosas. As cooperativas que fraudarem as leis trabalhistas e previdenciárias serão consideradas responsáveis, sendo aplicadas sanções penais, cíveis e administrativas, com a dissolução do grupo. A fiscalização das atividades fica a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego. Por meio da Relação Anual de Informações das Cooperativas de Trabalho (RAICT), as cooperativas deverão informar ao governo federal, uma vez por ano, dados estatísticos e de informação sobre a atuação e a participação dos sócios. O Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop) visa apoiar a produção, o plano de desenvolvimento, o fortalecimento financeiro, a qualificação de recursos humanos e comercialização dos projetos das cooperativas, que contam com linhas de crédito com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do orçamento da União. Trabalhador estrangeiro Qualquer estrangeiro pode exercer relação de trabalho no Brasil, todavia deverá ter autorização por meio de visto temporário ou permanente (art. 13 a 16 da Lei 6.815/90), ou de acordo com a determinação dada pelo Conselho Nacional de Imigração. 47 Nesse caso, deve ter também autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, com exceção para os casos de trabalho voluntário ou situações emergenciais. Alguns critérios também devem ser analisados quanto à contratação de estrangeiros conforme prevê o art. 352 da CLT: Os serviços públicos em concessão ou que exerçam atividades industriais ou comerciais só podem contratar até 2/3 de estrangeiros; Devem manter a proporcionalidade entre os salários; O estrangeiro deve comprovar que tem experiência profissional ligada ao contrato que terá no Brasil; O empregador deverá solicitar a autorização expressa ao ministério do trabalho e do emprego na coordenação geral de imigração; Caso a empresa deseje o cancelamento da autorização no caso de extinção do trabalho, deverá proceder da mesma forma que da solicitação de autorização; Tem que ter CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), salvo quando for atuar em fronteira, portador de visto de cortesia, oficial ou diplomático em favor do estado estrangeiro, também no caso de serviçal para trabalhar particularmente ao portador de visto de cortesia, oficial ou diplomático. Nesses casos não se aplica a lei trabalhista brasileira. Índio Trabalhador Os índios só podem ser empregados quando integrados ou em vias de integração à sociedade nacional. Trabalhadores intelectuais São aqueles que executam atividades na área cultural, cientifica ou artística. Nessa categoria incluímos os advogados, médicos, artistas entre outros, e não 48descaracteriza o vínculo empregatício ou contratual, pois está no desenvolvimento de uma atividade de uma pessoa em favor de outrem. Outras relações de trabalho interessantes Diferenças entre vendedor empregado e representante comercial O vendedor empregado não corre o risco do negócio, e sempre tem a garantia do mínimo quando as comissões forem inferiores a este. Já o representante, que não recebe nada, pois é considerado autônomo e corre os riscos do negócio. Atenção O vendedor pracista não tem autonomia diante da subordinação decorrente de seu contrato de trabalho e o representante comercial não tem subordinação, podendo desempenhar seu trabalho na escolha e visitação da clientela. Material complementar Leia os textos: Custo do funcionário Riqueza e emprego: o elo desfeito Suíça é o país que melhor desenvolve sua mão de obra Relação de trabalho entre cônjuge ou companheiros A relação de trabalho entre marido e mulher ou companheiros está no fato de o patrimônio do empregador responder pelas obrigações resultantes do 49 contrato de trabalho. Se um deles for sócio da empresa, sendo analisado o regime de bens do casal na época, deve ser afastada a relação de emprego, quando a subordinação jurídica não está evidenciada. Relação de emprego entre pai e filho e entre parentes Não existe qualquer impedimento na relação empregatícia entre parentes, desde que sejam cumpridas as determinações legislativas em vigor na época, para se evitar qualquer tipo de interpretação no sentido de colaboração entre os parentes (art. 818 da CLT). Os custos de uma relação de trabalho na folha de pagamento. O capital humano é o principal diferencial competitivo das atividades empresariais e organizações bem sucedidas. A área de Gestão de Recursos Humanos funciona como mediadora e responsável por este capital humano. O custo de todos os gastos existentes no processo de produção de uma atividade começa desde o espaço físico onde se estabelece a empresa ou organização até os gastos com o pessoal desde a contratação passando pelo treinamento e/ou capacitação até a rescisão. A informação obtida pelo relatório da análise dos custos pode mostrar as necessidades de crescimento ou redução. O fator humano é primordial, mesmo com toda tecnologia para aumentar os ganhos de produtividade. Segundo Drucker (2002, p.160), a produtividade é o resultado composto das produtividades de todos os três ‘fatores de produção’: capital, recursos naturais e recursos humanos. Os custos de uma relação de trabalho na folha de pagamento. Um empregado chega a ter um custo mensal de 80% a mais do valor do seu salário para o empregador. Valor que pode variar de acordo com o sindicato de classe, regime de apuração da empresa e ramo de atividade. 50 No entanto, o que eleva o custo de se ter um empregado é a alta carga tributária, o que leva muitos empregadores a adotar os contratos de prestação de serviços com seus empregados. As vantagens de se ter um empregado são as garantias do cumprimento do contrato por ambas as partes e a fiscalização que recai nesse tipo de prestação de serviço. As desvantagens são os aumentos de remuneração dependentes da disponibilidade da empresa ou de acordo com sindicatos e governo. Descontos que não são utilizados direta ou indiretamente pelo trabalhador como o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), salário família com valores muito baixos. O alto custo operacional. Atividade proposta Assista ao vídeo e discuta a importância de o gestor desenvolver habilidades no processo de elaboração. Em seguida, analise a importância do homem no ambiente de trabalho, assim como a sua função na sociedade de acordo com as suas competências e habilidades. Referências BARROS, A. M. Curso de direito do trabalho. 6 ed. rev. e atual. São Paulo: LTr, 2010. CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. São Paulo: Atlas, 2003. DRUCKER, P. Fator humano e desempenho: o melhor de Peter Drucker sobre Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 51 ______. Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro. São Paulo: Makron Books, 1996. ______. Gestão de pessoas. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Exercícios de fixação Questão 1 O contrato tem de ser pessoal em relação ao empregado, levando-se em consideração que: a) A pessoa foi escolhida por suas qualificações pessoais e técnicas e o grau de confiança para exercer aquela atividade e perante o empregador. b) A pessoa foi escolhida simplesmente porque aparentava confiança ao empregador. c) Somente as qualificações técnicas foram essenciais para exercer a atividade. d) A pessoalidade significa que o empregado pode escolher qualquer pessoa de sua confiança que esteja apta a exercer o seu trabalho. e) Hoje em dia não existe mais pessoalidade. 52 Questão 2 O poder de comando do empregador é fator determinante para caracterizar: a) A subordinação em que o empregado tem o dever de obediência, podendo o empregador determinar tarefas e fiscalizar a execução do serviço contratado. b) Que o empregado não deve subordinação ao empregador nem a seus prepostos. c) Que o empregador não tem poder de comando na relação de trabalho. d) A insubordinação do empregado. e) O conflito de relação entre empregador e empregado. Questão 3 A exclusividade na relação de trabalho: a) Não permite que o empregado trabalhe em outra atividade laboral. b) Permite que o empregador exija sigilo no contrato de trabalho, por meio de clausula especial. c) A exclusividade é apenas quanto à questão tecnológica. d) É apenas para os empregados intelectuais. e) Permite que o empregado possa trabalhar para os dois empregadores ao mesmo tempo. 53 Questão 4 Quando as irregularidades nas cláusulas do contrato de trabalho forem por culpa do empregador, segundo a CLT: a) Possibilita a rescisão indireta por parte do empregado. b) Não existe constrangimento moral em casos de ofensas verbais. c) A falta de segurança no trabalho não enseja a rescisão indireta. d) Não ensejam a rescisão direta. e) É motivo para ajuizar ação de indenização por parte do empregador. Questão 5 O descumprimento de ordens efetuadas pelo gerente para o seu subordinado, constitui justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador por: a) Ato de indisciplina. b) Ato de improbidade. c) Ato de desídia. d) Ato de insubordinação. e) Ato de conduta disciplinar. 54 Questão 6 O trabalho autônomo: a) É vedado para os serviços de consultoria e de contabilidade, por expressa vedação legal. b) Realiza-se, em regra, necessariamente com subordinação, porém, sem os demais requisitos da relação de emprego. c) Não pode ser pactuado com cláusula rígida de pessoalidade. d) Realiza-se, em regra, necessariamente com pessoalidade, porém, sem os demais requisitos da relação de emprego. e) Pode ser contratado sem infungibilidade quanto ao prestador. Questão 7 Analise as assertivas a seguir: I. Na hipótese de o trabalhador portuário avulso ser contratado por prazo indeterminado, por operador portuário, seu registro junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra será cancelado; II. Os trabalhadores avulsos poderão se reunir em cooperativa, para atuar comooperador portuário e terão cancelados os seus registros; III. Compete tanto ao operador portuário quanto ao Órgão Gestor de Mão de Obra a fiscalização da presença dos trabalhadores portuários avulsos efetivamente escalados, nos locais de trabalho. Assinale a alternativa CORRETA: a) Somente as hipóteses I e II estão corretas. b) Somente as hipóteses II e III estão corretas. c) Somente as hipóteses I e III estão corretas. d) Somente a hipótese II está correta. e) Somente a hipótese III está correta. 55 Questão 8 O custo de todos os gastos existente no processo de produção de uma atividade: a) Começa desde o espaço físico onde se estabelece a empresa ou organização até os gastos com o pessoal desde a contratação passando pelo treinamento e/ou capacitação até a rescisão. b) Estabelece apenas o processo de produção. c) Começa com a contratação de pessoal. d) É considerado somente o espaço físico. e) Começa com o treinamento sem gasto com pessoal. Questão 9 Sobre o trabalho rural, analisadas as seguintes proposições, assinale a alternativa correta: a) O empregador rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. b) O enquadramento do empregado rural não depende da caracterização do empregador rural. c) O trabalhador rural será a pessoa jurídica que presta serviços a empresas de agronegócios. d) Não há necessidade de o trabalhador rural ser registrado na previdência social. e) O empregador se exime de qualquer risco ou acidente que o trabalhador rural venha a ter no ambiente de trabalho no exercício de sua atividade. 56 Questão 10 A relação de emprego em caso de trabalhador estrangeiro é considerada: a) Um contrato legal já que o trabalhador estrangeiro sem visto temporário não possuir estabilidade na relação de trabalho. b) Legal desde que fique caracterizada a relação de emprego, em que haja o visto temporário ou permanente para trabalhar no Brasil. c) Informal, pois se trata de um contrato temporário. d) Uma relação informal por ser tratar de prestação de serviço por trabalhador individual. e) Não existe relação de trabalho nos casos de trabalhador estrangeiro por falta dos princípios que rege a legislação trabalhista acerca da proporcionalidade de contratação. 57 Introdução Você sabe o que é terceirização ou outsourcing? É quando uma empresa contrata outra para desenvolver, ampliar, modificar, entre outros atributos certa área, para que a empresa contratante possa se concentrar em outros projetos ou atividades para aumentar sua produtividade. Nesta aula, iremos debater a questão da aplicação terceirização no país e suas consequências nas relações de trabalho. Objetivo Compreender a terceirização de mão de obra, ou outsourcing, no Brasil, analisando suas vantagens e desvantagens e a responsabilidade das partes contratantes. 58 Conteúdo Conceito de terceirização A terceirização, ou outsourcing, é considerada, hoje, uma das formas de se obter mão de obra, com o objetivo de reduzir os custos de uma empresa, mantendo o mesmo padrão ou aumentando o lucro de suas atividades. As empresas e organizações, com o aumento da competitividade, passaram a ver nesses recursos melhores oportunidades de negócios. A terceirização também é conhecida como: Desverticalização; Exteriorização; Subcontração; Filialização; Reconcentração; Focalização; Colocação de mão de obra; Intermediação de mão de obra; Contratação de mão de obra; Contratação de serviço. O termo outsourcing significa out – fora e– fonte, ou seja, uma fonte que está no exterior. Essa terminologia está relacionada à contratação de serviços que oferecem maior visibilidade dos custos e colocam mais recursos humanos e tecnológicos à disposição das empresas contratantes. A terceirização é uma espécie de empreitada, na qual uma empresa tomadora celebra com outra pessoa jurídica ou física, um contrato pelo qual a empresa terceirizada se encarrega da produção de um serviço, que a própria empresa contratante ou tomadora deveria executar para um cliente. 59 O conceito de terceirização é a relação trilateral formada entre o trabalhador, o intermediador de mão de obra e o contratante principal da mão de obra. A empresa prestadora de mão de obra disponibiliza trabalhadores qualificados em áreas de atividades empresariais necessitadas por seus clientes tomadores. Essa empresa intermediadora entre o tomador e os trabalhadores é o liame empregatício que se estabelece como a colocadora de mão de obra no mercado. Ressaltamos que a subcontratação de empregados contraria a finalidade do direito, e a relação bilateral é a regra de todos os contratos, e a terceirização deve ser interpretada de forma restrita. A terceirização foi uma das formas que os empresários buscaram para amenizar seus gastos na folha de pagamento, e a partir da década de 1990 a locação de serviços ou terceirização tem sido mais utilizada no mundo empresarial. A legislação brasileira não proíbe nem regula os procedimentos para a terceirização, na qual encontramos, muitas vezes, práticas de abuso do direito. 60 O correto seria os governos reduzirem a tributação principalmente sobre os salários, aliviando a carga tributária sobre as empresas e organizações. Diante dos fatos que vêm ocorrendo na sociedade com o alto índice de desemprego e subemprego, o Poder Judiciário não teve como impedir essa nova tendência de mercado, como pode ser observado com o cancelamento da Súmula nº 256 do Tribunal Superior do Trabalho – TST e a edição da Súmula nº 331 do TST. O entendimento da matéria é que os empregados terceirizados ou subcontratados são verdadeiramente empregados das empresas contratantes da mão de obra (tomadora), e as empresas intermediadoras, por meio de contratos simulados, formalizam o vínculo de empregatício (Art. 9º da CLT). No entanto, esse mesmo processo pode apresentar alguns riscos não previstos nos orçamentos das empresas, principalmente na área trabalhista. 61 Em contratos de 4offshore outsourcing , empresa contratante deverá observar o regime de trabalho e a legislação pátria para que não ocorram corrupção e trabalho escravo. Essa intermediação fere vários princípios como: Da proteção ao empregado; Do tratamento isonômico; Enquadramento sindical; Um único empregador; Enquadramento legal. Na situação de terceirizados o trabalhador tem seus direitos diferenciados e inferiores aos demais empregados do tomador de serviços. O Ministério do Trabalho e do Emprego vem tentando coibir essa prática de abuso e fraude nos contratos de trabalho, por meio das Instruções nº 3/97. 4 Offshore outsourcing 62 A própria Constituição Federal por meio do art. 61 determina que todos os cargos e empregos públicos sejam criados por Lei e os servidores admitidos por meio de concursos públicos. Entretanto, as atividades relacionadas à conservação, limpeza, entre outros, não podem ser criadas por Lei, então o Estado, suas autarquias e fundações têm de se utilizar do Dec. Lei nº. 200/67 para manter essas funções essenciais. A relação de trabalho, influenciada
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