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Teoria Geral do Processo-Incompetência e temas - Rev-0

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REV-00 29/04/2014 
Aluno: Abel Martins. 
Matéria: Teoria do processo. 
Professor: Sued. 
Faculdade: FTC. 
Data: 29/04/14 segunda unidade. 
Livro Base: Lições de Direito Processual Civil / Alexandre Freitas Câmara / 24ª Edição. 
Assuntos: Incompetência/Causas de Modificação de Competência/Declaração de 
Incompetência/ Conflito de Competência 
Incompetência absoluta e relativa 
Incompetência Relativa – Tem-se um juízo com incompetência relativa quando, são feridos, os 
critérios de fixação da competência com base territorial e no valor. Estes critérios tem fim de 
proteger precipuamente interesses particulares. Admitindo-se, assim, prorrogação da 
competência. São chamados critérios relativos. (Prorrogar a competência é tornar competente 
um juízo originariamente incompetente). Prorrogar = ampliar. 
Incompetência Absoluta – Critérios de fixação de competência criados em razão do interesse 
público. São eles: natureza da causa e o critério funcional. São chamados critérios absolutos de 
fixação de competência. Não permite em nenhuma hipótese a prorrogação de competência. 
 
Exceção: 
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da 
coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o 
litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação 
de terras e nunciação de obra nova. (Embora este critério seja territorial, é de ser 
considerado critério absoluto). 
Prorrogação de Competência – Fenômeno pelo qual um juízo incompetente para determinado 
processo se torna, por incidência de alguma das causas de modificação da competência, 
competente para processar e julgar aquela causa. 
 
Causas de Modificação de Competência 
São quatro as causas de modificação de competência: conexão, continência, vontade e inércia. 
Conexão: 
 
 Art. 103 (CPC). Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a 
causa de pedir. 
 A conexão se da entre demandas e não entre ações. Sendo conexas duas ou mais demandas, e 
tendo sido elas ajuizadas perante juízos diversos, poderão ser reunidas para julgamento 
conjunto pelo juízo prevento. 
 
REV-00 29/04/2014 
 
Juízo Prevento: 
 - Juízos com mesma competência territorial – prevento é o juízo onde se proferiu o 
primeiro despacho liminar positivo. 
 - Juízo com competência territorial diferente – provento será aquele que onde se 
realizou a primeira citação válida. 
Obs. A reunião de processos em que haja conexão de demandas não é sempre obrigatória. 
Como regra geral, parece-nos que o juiz pode reunir tais processos, mas a reunião se torna 
obrigatória quando houver risco de decisões contraditórias. 
 
 
Continência: 
Art. 104 (CPC) Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quando 
às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. 
Exemplo: João ajuíza uma ação contra Maria. O autor pretende que seja declarada a existência 
de uma dívida do réu, no valor de dez mil reais, decorrente de um contrato de mútuo 
celebrado entre as partes. Pendente o processo, João ajuíza outra demanda em face de Maria 
(mesmas partes), tendo por base aquele mesmo contrato de mútuo (mesma causa de pedir) , 
pleiteando agora a condenação do réu ao pagamento daquela quantia (pedidos diferentes, 
sendo certo que o pedido condenatório contém o de declaração da existência da dívida). Há, 
entre essas duas demandas, continência. 
As consequências são as mesmas da conexão. 
 
Vontade das Partes: 
Por via contratual, pode-se eleger o foro que será competente para os processos de que sejam 
partes. O chamado foro de eleição. 
Obs1. Lembrar que existe exceção ao foro de eleição. Estes, quando encontrados em contratos 
de adesão, são cláusulas de eleição de foro abusiva e devem ser consideradas absolutamente 
nulas. 
Obs2. Apenas se permite eleição de FORO e não de Juízo. Assim, pode-se eleger o foro do Rio 
de Janeiro, mas não podem eleger o juízo da primeira Vara Cível daquela comarca (ou 
qualquer outra comarca). 
 
 
 
REV-00 29/04/2014 
 
Inércia: 
O réu tem o prazo da contestação para oferecer exceção de incompetência. Decorrido o prazo 
da resposta do réu sem que tenha sido oferecida a exceção de incompetência, ter-se-á 
prorrogada a competência. Então, o juízo que era originariamente incompetente, passa a ser 
competente. 
 
Declaração de Incompetência 
 
Incompetência absoluta – O juiz deve declarar sua incompetência de ofício. Mas caso não seja 
feito, as partes podem provocar, por meio de uma petição, a qualquer tempo e grau de 
jurisdição. 
Obs1. 
Art. 113 §1. Não sendo, porém, deduzida no momento da contestação, ou na primeira 
oportunidade em que lhe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas 
custas. (ainda que, afinal, saia vencedora). 
Declarada sua incompetência absoluta, os autos devem ser remetidos para o juízo 
competente. Além disso, serão tidos por nulos (nulidade absoluta) os atos decisórios 
praticados pelo juízo absolutamente incompetente. 
Incompetência relativa – Dependem de provocação das partes, não podendo ser declarados de 
ofício pelo juiz. Faz-se através do oferecimento de exceção de incompetência. No caso de 
cláusula de eleição nula, em contratos de adesão, o juiz pode declarar incompetência de ofício. 
Depois de declarada a incompetência, o juiz remeterá os autos ao foro do domicílio do réu. 
Obs1. A declaração de ofício só pode se dar no despacho inicial. Caso se determine a citação 
do demandado e não oferecendo a exceção declinatória de foro estará prorrogada a 
competência. 
Obs2. A apresentação da exceção de incompetência poderá ser realizada no foro do domicílio 
do demandado. 
Declarada a incompetência relativa, os autos deverão ser encaminhados para o juízo 
competente. Todos os atos praticados pelo juízo relativamente incompetente serão todos 
válidos. Por óbvio que serão todos os atos anteriores à arguição de incompetência. 
 
 
 
REV-00 29/04/2014 
Conflito de Competência 
Ocorre quando dois ou mais juízos têm duvida sobre a competência para conhecer da causa. 
Competência Positiva – Quando dois ou mais juízos se consideram competentes para conhecer 
da mesma causa. 
Competência Negativa – Quando dois ou mais juízos se consideram incompetentes para 
conhecer da mesma causa. 
Obs1. Quando surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos também é 
considerado um conflito, que pode ser positivo ou negativo. 
Segundo Alexandre Câmara, a natureza jurídica do conflito é um mero incidente processual. 
Resolve-se com o que chamamos de suscitar um conflito de competência, em que um tribunal 
decidirá quem é o juízo verdadeiramente competente. 
Quem pode suscitar conflito de competência e como deve ser realizada? 
As partes – por petição e o ministério público deve ser ouvido pelo tribunal. 
O Juízo – por ofício e o ministério público deve ser ouvido pelo tribunal. 
O Ministério Público – por petição, se tornando parte no processo. 
Obs2. A norma contida no art.117(CPC) veda o uso simultâneo do pedido de exceção de 
incompetência e de conflito de competência. 
Conflito entre dois juízos do mesmo Estado 
ou dois juízos estaduais de uma mesma 
comarca 
Tribunal de justiça do Estado 
 
Juízos submetidos a tribunais diversos(Juízo 
estadual e um Federal, por exemplo) 
Superior Tribunal de Justiça 
STJ (tribunal superior) X Qualquer outro 
tribunal 
Supremo Tribunal Federal 
 
Obs3. O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à prova do conflito.

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