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Parasita da Doenca Malária

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Malária 
Prof. Dr. Franco Dani C. Pereira
Classificação
Eucoccidiida
Plasmodiidae
ApicomplexaFilo
Ordem
Família
Gênero 
Espécies
Plasmodium
Plasmodium vivax
Plasmodium falciparum
Plasmodium malariae
Plasmodium ovale
O que é Malária? 
 Malária é uma doença infecciosa causada por 
parasitas protozoários do gênero Plasmodium.
 Conhecida por outros nomes como: Paludismo, 
febre palustre, maleita, sezão, febre terçã, febre 
quartã.
Hipócrates: 
era pré-cristã
Sec XIX: Vapores nocivos dos Pântanos 
tiberianos – “Mal aria” = Mau ar = Malária 
Charles Louis
Alphonse
Laveran (1880)
Ronald Ross 
(1897) 
Agente etiológico 
Há quase 100 espécies de plasmódios: 
22 parasitam macacos e 50 aves e répteis.
Transmitida por mosquitos do gênero Anopheles
conhecido como mosquito prego ou carapanã.
Vetor fêmea do mosquito Anopheles 
Distribuição global da malária
500 milhões de casos clínicos 
40% vivem sobre área de risco
1,7 a 2 milhões de mortes/ano
Malária questão prioritária no
mundo e em particular a 
África 
Distribuição da malária no Brasil
 99,5% dos casos de malária no 
Brasil ocorrem na Amazônia Legal
(Acre, Amapá, Amazonas, Pará, 
Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato 
Grosso e Maranhão).
Temperaturas elevadas e altos índices de 
chuva 
Diferentes espécies de Plasmodium, seus 
hospedeiros e localização geográfica
Espécie Hospedeiro Natural Localização geográfica
P. falciparum Homem Regiões Tropicais
P. vivax Homem Regiões Tropicais e Sub-tropicais
P. malariae Homem/Chimpanzé Regiões Tropicais e Sub-tropicais
P. ovale Homem Trópicos da África e Ásia
P. reichenowi Chimpanzé África Central
P. cynomolgi Macacos do Velho Mundo Sudeste Asiático
P. fieldi Macacos do Velho Mundo Malásia
P. inui Macacos do Velho Mundo Índia e Sudeste Asiático
P. knowlesi Macacos do Velho Mundo Malásia
P. simiovale Macacos do Velho Mundo Sri Lanka
P. gonderi Macacos do Velho Mundo África Central
P. yoelii Roedores África Central
P. berghei Roedores África Central
P. gallinaceum Galinha Ásia
 Plasmodium falciparum
 Plasmodium vivax
 Plasmodium malariae
 Plasmodium ovale
Doença mais 
freqüente e 
mais grave
Doença menos 
freqüente e 
menos grave
 Plasmodium vivax
 Plasmodium falciparum
 Plasmodium malariae
No Brasil
Quatro espécies infectam o homem:
Ciclo 
biológico
Plasmodium
Esporozoítos infectantes
Esquizontes teciduais
Merozoítos
Trofozoítos pré-
eritrocíticos 
(hepatócito)
Trofozoítos jovens
Trofozoítos maduros
Esquizontes
Merozoítos
Gametócitos
Microgametas (8)
Macrogameta
Oocisto
Esporozoítos infectantes
Pré-eritrocítico 
(homem)
Estudem!!
O ciclo biológico do plasmódio no 
interior do homem
O ciclo do plasmódio no interior do 
mosquito Anopheles
BIOLOGIA DO PARASITA
No hospedeiro 
vertebrado:
 Esporozoíta
 Trofozoíta
 Esquizonte
 Merozoíta
 Gametócitos
Microgametócito
Macrogametócito
No vetor:
• Microgameta/
macrogameta
• Zigoto *
• Oocineto *
• Oocisto *
• Esporozoíta
• Formas evolutivas
* Estágios diplóides
BIOLOGIA DO PARASITA
Formas infectivas:
esporozoítas
Formas hepáticas se
desenvolvem nas células do
fígado
OOCINETO (MÓVEL)
Células epiteliais do
estômago do mosquito
ESPOROZOÍTA (MÓVEL)
 Glândula salivar do
Mosquito
 hepatócitos
MEROZOÍTA (IMÓVEL)
Eritrócitos/reticulócitos
Formas evolutivas com capacidade de 
Invadir células hospedeiras 
O esporozoíta e o esquizonte
Após atravessar vários hepatócitos, o esporozoíta pára em um, 
se desenvolve e replica dentro de um vacúolo parasitóforo bem 
delineado.
O parasita sofre então um processo conhecido como 
esquizogonia (o núcleo divide-se sem divisão da membrana), 
dando origem a uma estrutura conhecida como esquizonte (ou 
criptozoíta). 
Hipnozoítas de P. vivax e P.ovale.
Formas dormentes que são 
responsáveis por relapsos da doença 
meses ou anos depois. 
Nature Reviews Microbiology (2006): 4-849
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale
8 12-16 6 9
Duração da esquizogonia pré-eritrocítica
(dias)
• O esquizonte então dá origem a 
inúmeros merozoítas
A etapa final envolve a liberação dos 
merozoítas na corrente sanguínea. Os 
merozoítas de Plasmodium são liberados na 
corrente sanguínea pela formação de vesículas 
cheias de merozoítas (merossomos), que 
“brotam” do hepatócito para o lúmen do 
sinusóide. 
Nature Reviews Microbiology (2006): 4-849
O esquizonte e os merozoítas
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale
10.000 2.000 40.000 15.000
Número de merozoítas por esquizonte 
tecidual
Ciclo eritrocítico
Morfologia
merozoíta
Moléculas da superfície da 
hemácia servem de receptores 
para ligantes presentes no 
merozoíta.
esquizonte
Esquizogonia: forma de reprodução 
assexuada em que ocorrem múltiplas 
mitoses, dando origem a uma células 
multinucleada. Uma vez que o núcleo e as 
organelas se replicaram, ocorre citocinese, 
dando origem aos merozoítas.
Plasmodium falciparum Plasmodium vivax
Trofozoita jovem
Trofozoita
maduro
Esquizonte
Gametócitos
MORFOLOGIA
Formas sanguíneas dentro das hemácias
Morfologia
Micro e magrogametócitos
 Depois da digestão do repasto sangüineo, o micro e macro gametócitos rapidamente
amadurecem.
 O microgametócito rapidamente sofre divisão nuclear múltipla para dar origem a 8 
gametas.
 Exflagelação.
Morfologia
Zigoto e oocineto
ME de um oocineto de P. gallinaceum. Um oocineto (O) penetrando a 
membrana peritrófica (PT). (Toril et al, J. Protozool. 39(4) (1992), pp.449)
Dois oocistos na parede externa do estômago do 
mosquito. Estem contém esporozoitas de P. 
gallinacium.
Imagem: Guggehheim R."Malaria", Topics in Inernational Health,(1998) 
The WellcomeTrust, CABI Publishing, CAB International)
Anopheles gambiae e oocistos (em azul) de
Plasmodium na parede externa do estômago do 
mosquito.
(MOSQUITO ENGINEERING: Building a Disease-Fighting 
Mosquito. Martin Enserink/Science 2000 290: 440-441. (in News 
Focus)
Desenvolvimento no mosquito: oocisto
Oocisto se 
rompendo Esporozoítos
Transmissão
• Pelo vetor fêmea do mosquito 
Anopheles (saliva)
• Fontes:
• pessoas doentes ou assintomáticos que 
albergam formas sexuadas do parasito
• Primatas não humanos (reservatório 
Plasmodium malariae)
Transmissão
• Transfusão sanguínea (não frequente)
• Acidentes de laboratório 
• Compartilhamento de seringas 
contaminadas
• Congênita – raramente descrita 
Não é observado ciclo exo-eritrocítico.
 Sintomas mais comuns
 Febre
Anemia
Esplenomegalia
(baço aumentado)
Causada pela hemozoína (pigmento 
malárico) que é uma substância pirogênica.
Causada pela destruição das hemácias 
parasitadas ou das hemácias sadias por 
hemólise mediada por anticorpos.
Causada pela resposta imunológica do 
paciente à infecção.
 Febre
Anemia
Esplenomegalia
Manifestações clínicas
Acesso Malárico
Calafrio
Calor
Suor
 Forte sensação de frio
 Tremores incontroláveis
 Náusea e vômito
 Duração: 1-2 horas
 Calor intenso
 Dor de cabeça
 Náusea e vômito
 Temperatura Alta (39-41°C)
 Duração: 2-8 horas
 Sudorese intensa
 Prostração e sono
 Duração: 3 horas
Fonte: CTLT
48 horas 72 horas 36-48 horas 48 horas
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale
Terçã malignaTerçã benigna Quartã Terçã leve
Complicações Clínicas da Malária
 P. falciparum
 Malária cerebral
 Anemia grave
 Edema pulmonar agudo
 Insuficiência renal
 Icterícia acentuada
 Hipertermia
 Vômitos
 Gravidez
 Morte materna
 Mortedo feto
 Baixo peso ao nascer
 Anemia
 P. vivax
 Ruptura de baço
 Anemia
 Alterações renais
e pulmonares
 P. malariae
 Imunocomplexos
 Glomerulonefrite
Somente o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pela patogenia:
1) Destruição das hemácias (anóxia dos tecidos)
• Parasitadas: destruídas no baço. 
• Sadias – adsorvem metabólitos na membrana e são fagocitadas pelos 
macrófagos. 
2) Alterações (“Knobs”) na membrana das hemácias parasitadas 
com P. falciparum ocasionando seu seqüestro na rede capilar 
durante o desenvolvimento dos esquizontes.
Alvos da agressão: 
cérebro, coração, rim, 
fígado e intestino –
malária grave
Patogenia da Malária 
Célula endotelial
PfEI
Patogenia - Malária
Mecanismo de 
escape do 
parasito 
evitando sua 
destruição no 
baço.
Caráter de 
identificação da 
espécie do 
Plasmodium
Plasmodium falciparum – Citoaderência
Diagnóstico Laboratorial
(BRASIL, 2011; DIAS, 2007)
 1º Exames microscópicos
Baseia-se na observação microscópica dos 
parasitos nas amostras do sangue do paciente 
colhidas por punção e corada pelo método de 
Walker ou Giemsa. 
 2º Testes rápidos imunocromatográficos 
Baseia-se na detecção dos antígenos do parasito 
por meio de anticorpos monoclonais. 
Nota: 
No Brasil os Testes Rápidos Imunocromatográficos são reservados para 
localidades nas quais o diagnóstico microscópico é dificultado pela distância 
geográfica ou incapacidade local do serviço de saúde. 
Gota Espessa
Exames macroscópicos 
Plasmodium vivax
Microgametócito Macrogametócito
EsquizonteTrofozoítos maduroTrofozoíto jovem
Granulações de Shüffner
Plasmodium malariae
Trofozoíto jovem Trofozoítos maduro
Macrogametócito
Esquizonte
Plasmodium falciparum
Trofozoítos jovem Microgametócito
Macrogametócito
Malária: diferenças entre as espécies
P.falciparum P.vivax P.malariae P.ovale
Aspecto das 
hemácias
não aumentam de 
tamanho
Aumentam de 
tamanho
Aumentam de 
tamanho
Ficam deformadas 
com margem 
denteada
Estágios no 
sangue periférico
Apenas trofozoítos 
jovens e gametócitos
Trofozoítos, 
esquizontes e 
gametócitos
Trofozoítos, 
esquizontes e 
gametócitos
Trofozoítos, 
esquizontes e 
gametócitos
Hipnozoítos 
hepáticos Não apresenta Sim Não Sim
Doença 
microvascular 
(malária cerebral)
Sim Não Não Não
Resistência aos 
antimaláricos Muito freqüente Rara Rara Rara
malária grave
QBC ®
Corante de acridina= laranja 
DNA e RNA
Exames Imunocromatográficos – Testes 
rápidos 
ParaSight F ®
Somente para 
P.falciparum
Testes Rápidos- Imunocromatográficos
OpitMAL®
Isoforma
específica para P. 
falciparum e 
outra ocorre nas 
4 espécies
Exames Imunocromatográficos – Testes 
rápidos 
Comparação entre a Gota espessa e os Testes rápidos imunocromatográficos
Método Exame microscópico da gota espessa Teste imunocromatográfico
Técnica Observação microscópica dos parasitos 
no sangue tomado por punção e 
corado mediante método de Walker
Detecção dos antígenos do parasito no 
sangue por meio de anticorpos 
monoclonais
Sensibilidade Permite a detecção de parasitos ainda 
em concentrações baixas no sangue. 
(< 100 parasitos por µl) Permite a 
diferenciação das espécies de 
Plasmodium e do estágio de evolução 
dos parasitos circulantes.
Sensibilidade superior a 90% para P. 
Falciparum, para densidades maiores 
que 100 parasitos por µl. Não 
distinguem P. Vivax, P. Ovale e P. 
Malariae.
Detecção do nível de parasitemia Permite calcular a densidade de 
parasitemia em relação ao número de 
campos microscópicos examinados.
Não medem o nível de parasitemia.
Durabilidade das mostras Mantem a qualidade por tempo 
prolongado após ser armazenado.
Sua qualidade pode diminuir quando 
armazenado por tempo prolongado.
Custo Baixo custo. Elevado custo.
Tempo necessário Uma hora entre a coleta da mostra e o 
fornecimento dos resultados
15-20 minutos. Permite diagnóstico 
rápido.
Determinantes da eficácia -Qualidade dos reagentes.
-Pessoal treinado e experiente na 
leitura das lâminas.
-Constante supervisão.
Dispensa o uso do microscópio.
-É de fácil execução e interpretação 
dos resultados.
ESQUEMA RECOMENDADO PARA A AMAZÔNIA LEGAL
• Plasmodium vivax e as 
demais
– Cloroquina 25 mg/kg 
de em 3 dias 
(sangue)
+
– Primaquina 0,50 
mg/kg/dia em 7 dias 
(fígado)
• Plasmodium falciparum
– Quinina 30 mg/kg/dia 
em 4 dias
+
– Doxiciclina 3,3 
mg/kg/dia em 5 dias
ou
– Mefloquina em dose 
única.
Esquemas de antimaláricos preconizados 
pelo 
Ministério da Saúde no Brasil

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