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ANALISTA DE JUDICIÁRIO DE TRIBUNAIS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
1 
REGRAMENTO GERAL DOS REGIMES 
PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
O Regime Próprio de Previdência Social - 
RPPS é o regime de previdência, 
estabelecido no âmbito da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
que assegura, por lei, aos servidores titulares 
de cargos efetivos, pelo menos, os benefícios 
de aposentadoria e pensão por morte 
previstos no art. 40 da Constituição Federal. 
Artigo 2º, da Portaria MPS 402/2008. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos 
efetivos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, incluídas suas 
autarquias e fundações, é assegurado regime 
de previdência de caráter contributivo e 
solidário, mediante contribuição do respectivo 
ente público, dos servidores ativos e inativos 
e dos pensionistas, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o 
disposto neste artigo. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
LEI 10887/2004 - Art. 4o A contribuição social 
do servidor público ativo de qualquer dos 
Poderes da União, incluídas suas autarquias 
e fundações, para a manutenção do 
respectivo regime próprio de previdência 
social, será de 11% (onze por cento), 
incidentes sobre: (Redação dada pela Lei nº 
12.618, de 2012) 
I - a totalidade da base de contribuição, em se 
tratando de servidor que tiver ingressado no 
serviço público até a data da publicação do 
ato de instituição do regime de previdência 
complementar para os servidores públicos 
federais titulares de cargo efetivo e não tiver 
optado por aderir a ele; (Incluído pela Lei nº 
12.618, de 2012) 
II - a parcela da base de contribuição que não 
exceder ao limite máximo estabelecido para 
os benefícios do regime geral de previdência 
social, em se tratando de servidor: (Incluído 
pela Lei nº 12.618, de 2012) 
a) que tiver ingressado no serviço 
público até a data a que se refere o inciso I e 
tenha optado por aderir ao regime de 
previdência complementar ali referido; ou 
(Incluído pela Lei nº 12.618, de 2012) 
b) que tiver ingressado no serviço público a 
partir da data a que se refere o inciso I, 
independentemente de adesão ao regime de 
previdência complementar ali referido. 
(Incluído pela Lei nº 12.618, de 2012) 
§ 1o Entende-se como base de contribuição o 
vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei, os adicionais de caráter 
individual ou quaisquer outras vantagens, 
excluídas: 
I - as diárias para viagens; 
II - a ajuda de custo em razão de mudança de 
sede; 
III - a indenização de transporte; 
IV - o salário-família; 
V - o auxílio-alimentação; 
VI - o auxílio-creche; 
VII - as parcelas remuneratórias pagas em 
decorrência de local de trabalho; 
VIII - a parcela percebida em decorrência do 
exercício de cargo em comissão ou de função 
comissionada ou gratificada; (Redação dada 
pela Medida Provisória nº 556, de 2011) 
(Produção de efeito) 
IX - o abono de permanência de que tratam o 
§ 19 do art. 40 da Constituição, o § 5º do art. 
2º e o § 1º do art. 3º da Emenda 
Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 
2003; (Redação dada pela Medida Provisória 
nº 556, de 2011) (Produção de efeito) 
X - o adicional de férias; (Incluído pela Medida 
Provisória nº 556, de 2011) (Produção de 
efeito) 
XI - o adicional noturno; (Incluído pela Medida 
Provisória nº 556, de 2011) (Produção de 
efeito) 
XII - o adicional por serviço extraordinário; 
(Incluído pela Medida Provisória nº 556, de 
2011) (Produção de efeito) 
XIII - a parcela paga a título de assistência à 
saúde suplementar; (Incluído pela Medida 
Provisória nº 556, de 2011) (Produção de 
efeito) 
XIV - a parcela paga a título de assistência 
pré-escolar; e (Incluído pela Medida 
Provisória nº 556, de 2011) (Produção de 
efeito) 
XV - a parcela paga a servidor público 
indicado para integrar conselho ou órgão 
deliberativo, na condição de representante do 
governo, de órgão ou de entidade da 
Administração Pública do qual é servidor. 
 
 
 
 
 
 
 
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ANALISTA DE JUDICIÁRIO DE TRIBUNAIS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
2 
(Incluído pela Medida Provisória nº 556, de 
2011) (Produção de efeito) 
XVI - o auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 
12.688, de 2012) 
XVII - a Gratificação por Encargo de Curso ou 
Concurso, de que trata o art. 76-A da Lei no 
8.112, de 11 de dezembro de 1990; (Incluído 
pela Lei nº 12.688, de 2012) 
XVIII - a Gratificação Temporária das 
Unidades dos Sistemas Estruturadores da 
Administração Pública Federal (GSISTE), 
instituída pela Lei no 11.356, de 19 de outubro 
de 2006; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 
2012) 
XIX - a Gratificação de Raio X 
§ 2o O servidor ocupante de cargo efetivo 
poderá optar pela inclusão, na base de 
cálculo da contribuição, de parcelas 
remuneratórias percebidas em decorrência de 
local de trabalho e do exercício de cargo em 
comissão ou de função comissionada ou 
gratificada, de Gratificação de Raio X e 
daquelas recebidas a título de adicional 
noturno ou de adicional por serviço 
extraordinário, para efeito de cálculo do 
benefício a ser concedido com fundamento no 
art. 40 da Constituição Federal e no art. 2o da 
Emenda Constitucional no 41, de 19 de 
dezembro de 2003, respeitada, em qualquer 
hipótese, a limitação estabelecida no § 2o do 
art. 40 da Constituição Federal. (Redação 
dada pela Lei nº 12.688, de 2012) 
 
LEI 10887/2004 - Art. 8o A contribuição da 
União, de suas autarquias e fundações para o 
custeio do regime de previdência, de que trata 
o art. 40 da Constituição Federal, será o 
dobro da contribuição do servidor ativo, 
devendo o produto de sua arrecadação ser 
contabilizado em conta específica 
 
A alíquota da contribuição previdenciária dos 
servidores estaduais, distritais e municipais 
não poderá ser inferior à dos federais, que 
atualmente é fixada em 11% da sua 
remuneração total, na forma do artigo 4º, da 
Lei 10.887/2004. 
 
Inclusive, o Supremo Tribunal Federal 
confirmou a validade do artigo 4º, da Lei 
10.887/04, no julgamento da ADI 3.138, de 
14/09/2011. 
“Agravo regimental no recurso extraordinário. 
Previdenciário. Servidor público. Contribuição 
previdenciária. Alíquota progressiva. 
Impossibilidade. Precedentes. 1. Esta Corte já 
decidiu que a instituição de alíquotas 
progressivas para a contribuição 
previdenciária dos servidores públicos ofende 
o princípio da vedação à utilização de 
qualquer tributo com efeito de confisco (art. 
150, inciso IV, da Constituição Federal). 2. 
Agravo regimental não provido” (STF, RE 
346197 AgR, de 16/10/2012). 
 
CF/1998, art. 40 
 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de 
previdência de que trata este artigo serão 
aposentados, calculados os seus proventos a 
partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º 
e 17: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
I - por invalidez permanente, sendo os 
proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, exceto se decorrente de 
acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável, na 
forma da lei; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
STF, Informativo 755 - Aposentadoria por 
invalidez com proventos integrais: doença 
incurável e rol taxativo. A concessão de 
aposentadoria por invalidez com proventos 
integrais exige que a doença incapacitante 
esteja prevista em rol taxativo da legislação 
de regência. Com base nessa orientação, o 
Plenário deu provimento a recurso 
extraordinário para reformar acórdão que 
deferira à recorrida aposentadoria com 
proventos integrais por invalidezdecorrente 
de doença grave e incurável, embora a 
enfermidade da qual portadora não estivesse 
incluída em lei, tendo em conta que norma 
não poderia alcançar todas as hipóteses 
consideradas pela medicina como graves, 
contagiosas e incuráveis. Discutia-se a 
possibilidade de concessão de aposentadoria 
por invalidez com proventos integrais nos 
casos em que a moléstia incurável não 
estivesse especificada em lei. 
 
O Tribunal aduziu que o art. 40, § 1º, I, da CF 
assegura aos servidores públicos abrangidos 
 
 
 
 
 
 
 
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ANALISTA DE JUDICIÁRIO DE TRIBUNAIS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
3 
pelo regime de previdência nele estabelecido 
o direito à aposentadoria por invalidez com 
proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição. Registrou, no entanto, que esse 
benefício seria devido com proventos 
integrais quando a invalidez fosse decorrente 
de acidente em serviço, moléstia profissional 
ou doença grave, contagiosa ou incurável, “na 
forma da lei”. Asseverou, desse modo, 
pertencer ao domínio normativo ordinário a 
definição das doenças e moléstias que 
ensejariam aposentadoria por invalidez com 
proventos integrais, cujo rol, segundo a 
jurisprudência do STF, teria natureza taxativa. 
RE 656860/MT, rel. Min. Teori Zavascki, 
21.8.2014. (RE-656860) 
 
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. 
SERVIDOR PÚBLICO: APOSENTADORIA 
INVALIDEZ. MOLÉSTIA GRAVE: 
ESPECIFICAÇÃO EM LEI. C.F., art. 40, I. I. - 
Os proventos serão integrais quando o 
servidor for aposentado por invalidez 
permanente decorrente de moléstia 
profissional ou doença grave, contagiosa ou 
incurável, especificadas em lei. Se não 
houver essa especificação, os proventos 
serão proporcionais: C.F., art. 40, I. II. - R.E. 
conhecido e provido” (RE 175.980, de 
09.03.1998). 
 
Vale ressaltar que os notários e registradores 
não são titulares de cargo público efetivo, 
razão pela qual não serão aposentados 
compulsoriamente aos 70 anos de idade, 
conforme pacificado pela Suprema Corte: 
 
2. Os serviços de registros públicos, 
cartorários e notariais são exercidos em 
caráter privado por delegação do Poder 
Público --- serviço público não-privativo. 3. Os 
notários e os registradores exercem atividade 
estatal, entretanto não são titulares de cargo 
público efetivo, tampouco ocupam cargo 
público. Não são servidores públicos, não 
lhes alcançando a compulsoriedade imposta 
pelo mencionado artigo 40 da CB/88 --- 
aposentadoria compulsória aos setenta anos 
de idade. 4. Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada procedente” 
(ADI 2.602, de 24.11.2005). 
 
“STJ, INFORMATIVO 523- Não é aplicável a 
regra da aposentadoria compulsória por idade 
na hipótese de servidor público que ocupe 
exclusivamente cargo em comissão. Com 
efeito, a regra prevista no art. 40, § 1º, II, da 
CF, cujo teor prevê a aposentadoria 
compulsória do septuagenário, destina-se a 
disciplinar o regime jurídico dos servidores 
efetivos, não se aplicando aos servidores em 
geral. Assim, ao que ocupa exclusivamente 
cargo em comissão, aplica-se, conforme 
determina o § 13 do art. 40 da CF, o regime 
geral de previdência social, no qual não é 
prevista a aposentadoria compulsória por 
idade. RMS 36.950-RO, Rel. Min. Castro 
Meira, DJe 26/4/2013”. 
 
Ademais, as entidades políticas não possuem 
margem legiferante para alterar o limite de 
idade da aposentadoria compulsória para 
além dos 70 anos de idade, como o fez o 
Estado do Piauí (elevou a idade para 75 
anos), o que sói ocorrer com uma reforma na 
Constituição Federal de 1988, sendo este o 
correto posicionamento do STF no julgamento 
da ADI 4696 MC/DF, rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, 1º.12.2011. 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de 
idade, com proventos proporcionais ao tempo 
de contribuição; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
III - voluntariamente, desde que cumprido 
tempo mínimo de dez anos de efetivo 
exercício no serviço público e cinco anos no 
cargo efetivo em que se dará a 
aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de 
contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco 
anos de idade e trinta de contribuição, se 
mulher; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
b) sessenta e cinco anos de idade, se 
homem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
Vale registrar que, de acordo com o STF, “a 
CF não exige que os cinco anos de efetivo 
exercício no cargo em que se dará a 
aposentadoria sejam ininterruptos.” (RE 
 
 
 
 
 
 
 
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ANALISTA DE JUDICIÁRIO DE TRIBUNAIS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
4 
591.467-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgamento em 10-4-2012, Segunda Turma, 
DJE de 25-4-2012), podendo, destarte, ser 
descontínuo. 
 
“EMENTA: Agravo regimental em agravo de 
instrumento. 2. Promoção retroativa. 3. 
Jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal 
Federal. 4. Promoção por acesso do servidor 
constitui forma de provimento derivado e não 
implica ascensão a cargo diferente daquele 
em que o servidor já estava efetivado. 5. 
Inaplicável o prazo de cinco anos de efetivo 
exercício no cargo para o cálculo dos 
proventos de aposentadoria (art. 40, § 1º, III, 
da Constituição Federal). 6. Agravo 
regimental a que se nega provimento” (AI 
768.536 AgR, de 16.11.2010). 
 
De acordo com o artigo 5º, da Lei 9.717/98, 
“os regimes próprios de previdência social 
dos servidores públicos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
dos militares dos Estados e do Distrito 
Federal não poderão conceder benefícios 
distintos dos previstos no Regime Geral de 
Previdência Social, de que trata a Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991, salvo 
disposição em contrário da Constituição 
Federal”. 
 
“EMENTA: CONSTITUCIONAL. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. 
APOSENTADORIA. ESTÁGIO 
PROBATÓRIO. I. - Constituindo o estágio 
probatório complemento do processo seletivo, 
etapa final deste, não pode o servidor, no 
curso do mesmo, aposentar-se, 
voluntariamente. II. - Precedentes do STF: 
MS 22.947/BA, Min. Octavio Gallotti, Plenário, 
11.11.98; MS 22.933/DF, Min. Octavio 
Gallotti, Plenário, 26.6.98; MS 23.577/DF, 
Min. Carlos Velloso, Plenário, 15.5.2002; MS 
24.543/DF, Min. Carlos Velloso, Plenário, 
21.8.2003. III. - Mandado de Segurança 
indeferido (STF, MS 24.744, de 19.05.2004)”. 
 
De acordo com o STF, “a redução de 
proventos de aposentadoria, quando 
concedida em desacordo com a lei, não 
ofende o princípio da irredutibilidade de 
vencimentos. Precedentes.” (MS 25.552, Rel. 
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 7-4-2008, 
Plenário, DJE de 30-5-2008.) 
 
“A jurisprudência desta Corte é uníssona no 
sentido de que não há violação a dispositivos 
constitucionais no teor da norma impugnada, 
art. 43, § 7º, da Lei Orgânica do Município de 
Vitória, que determinou um acréscimo de 20% 
aos proventos dos servidores municipais no 
momento de sua inativação.” (AI 454.448-
AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8-
9- 2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.) 
Vide: RE 554.477-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 
julgamento em 10-6- 2008, Segunda Turma, 
DJE de 27-6-2008. 
 
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as 
pensões, por ocasião de sua concessão, não 
poderão exceder a remuneração do 
respectivo servidor, no cargo efetivo em que 
se deu a aposentadoria ou que serviu de 
referência para a concessão da pensão. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 15/12/98) 
 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de 
aposentadoria, por ocasião da sua 
concessão,serão consideradas as 
remunerações utilizadas como base para as 
contribuições do servidor aos regimes de 
previdência de que tratam este artigo e o art. 
201, na forma da lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
LEI 10887/2004 - Art. 1o No cálculo dos 
proventos de aposentadoria dos servidores 
titulares de cargo efetivo de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, incluídas suas 
autarquias e fundações, previsto no § 3o do 
art. 40 da Constituição Federal e no art. 2o da 
Emenda Constitucional no 41, de 19 de 
dezembro de 2003, será considerada a média 
aritmética simples das maiores 
remunerações, utilizadas como base para as 
contribuições do servidor aos regimes de 
previdência a que esteve vinculado, 
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de 
todo o período contributivo desde a 
competência julho de 1994 ou desde a do 
início da contribuição, se posterior àquela 
competência 
 
 
 
 
 
 
 
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ANALISTA DE JUDICIÁRIO DE TRIBUNAIS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
5 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e 
critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de 
que trata este artigo, ressalvados, nos termos 
definidos em leis complementares, os casos 
de servidores: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005) 
I portadores de deficiência; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
II que exerçam atividades de risco; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
III cujas atividades sejam exercidas sob 
condições especiais que prejudiquem a saúde 
ou a integridade física. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005) 
 
“STF, MI 758, de 01.07.2008. MANDADO DE 
INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto 
no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição 
Federal, conceder-se-á mandado de injunção 
quando necessário ao exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
 
Há ação mandamental e não simplesmente 
declaratória de omissão. A carga de 
declaração não é objeto da impetração, mas 
premissa da ordem a ser formalizada. 
MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - 
BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, 
a decisão possui eficácia considerada a 
relação jurídica nele revelada. 
 
APOSENTADORIA - TRABALHO EM 
CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À 
SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE 
LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a 
disciplina específica da aposentadoria 
especial do servidor, impõe-se a adoção, via 
pronunciamento judicial, daquela própria aos 
trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da 
Lei nº 8.213/91.” 
 
“MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDOR 
PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. 
DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À 
APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, 
§ 4º, I). INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE 
DIREITO EM DECORRÊNCIA DE 
INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E 
LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS 
ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL. 
CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO 
CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O 
RECONHECIMENTO DO DIREITO 
SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO. 
 
DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO 
CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E 
DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA 
CONSTITUIÇÃO ESCRITA. A INÉRCIA DO 
PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO 
REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL 
AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA 
CONSTITUIÇÃO. OMISSÕES NORMATIVAS 
INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA 
GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR 
O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES 
OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA 
DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO. 
 
A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE 
OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM 
GESTO DE FIDELIDADE À SUPREMACIA 
HIERÁRQUICO- -NORMATIVA DA 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A 
VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE 
INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE DOS 
PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO 
NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO 
À ANALOGIA) COMO FORMA DE 
SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA AGENDI 
VEL DELIBERANDI”. PRECEDENTES DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
MANDADO DE INJUNÇÃO CONHECIDO E 
DEFERIDO” (mandado de injunção 1.967, de 
24/05/2011, Rel. Min. Celso de Mello). 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 33 
 
APLICAM-SE AO SERVIDOR PÚBLICO, NO 
QUE COUBER, AS REGRAS DO REGIME 
GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SOBRE 
APOSENTADORIA ESPECIAL DE QUE 
TRATA O ARTIGO 40, § 4º, INCISO III DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ATÉ A EDIÇÃO 
DE LEI COMPLEMENTAR ESPECÍFICA. 
 
“Aposentadoria especial de servidor público 
distrital. Art. 40, § 4º, III, da CR. (...) A 
competência concorrente para legislar sobre 
previdência social não afasta a necessidade 
de tratamento uniforme das exceções às 
regras de aposentadoria dos servidores 
 
 
 
 
 
 
 
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públicos. Necessidade de atuação normativa 
da União para a edição de norma 
regulamentadora de caráter nacional.” (MI 
1.832-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 
julgamento em 24-3-2011, Plenário, DJE de 
18-5-2011.) 
 
“O art. 40, § 4º, da CR não dispõe sobre o 
suposto direito à revisão do ato de 
aposentadoria, tampouco exige a sua 
regulamentação. (...) Os ministros deste 
Supremo Tribunal têm negado seguimento a 
mandados de injunção impetrados por 
servidor público inativo com o propósito de 
obter a revisão de suas aposentadorias, por 
faltar a essas impetrações a demonstração da 
inviabilidade do exercício de direito 
constitucional, em razão da inexistência da 
norma que lhe dê eficácia plena” (MI 3.319-
AgR-segundo, voto do Rel. Min. Cármen 
Lúcia, julgamento em 7-12-2011, Plenário, 
DJE de 6-2- 2012.) 
 
Outrossim, “o mandado de injunção não é a 
ação jurídica adequada para assegurar a 
contagem e a averbação do tempo de serviço 
trabalhado em condições especiais nos 
assentamentos funcionais de servidor 
público.” (MI 3.881-AgR, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, julgamento em 20-10-2011, Plenário, 
DJE de 21-11-2011.) 
 
De acordo com o STF, “a autoridade 
administrativa responsável pelo exame do 
pedido de aposentadoria é competente para 
aferir, no caso concreto, o preenchimento de 
todos os requisitos para a aposentação 
previstos no ordenamento jurídico vigente” 
(MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 
Pleno). Isso significa, portanto, que não cabe 
indicar, nesta sede injuncional, como 
reiteradamente acentuado por esta Suprema 
Corte_ 
 
(MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - 
MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 
1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.), a 
especificação dos exatos critérios fáticos e 
jurídicos que deverão ser observados na 
análise dos pedidos concretos de 
aposentadoria especial, tarefa que caberá, 
exclusivamente, à autoridade administrativa 
competente ao se valer do que previsto no 
art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas 
de aposentação dos servidores públicos” (MI 
1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE)”. 
 
Conforme decidido pelo STF no julgamento 
do MI 5647 / DF, Relator(a): Min. TEORI 
ZAVASCK, de 10/06/2013, “para apuração do 
interesse de agir, será adotada a conjugação 
dessas duas concepções, da seguinte forma: 
o impetrante deve comprovar inicialmente o 
requerimento administrativo da aposentadoria 
especial, mas, nos processos já instruídos, 
presume-se a resistência quando há 
impugnação ao mérito ou omissão quanto à 
ausência de interesse por parte dos 
impetrados”. 
 
“Não tem procedência injuncional o 
reconhecimento da contagem diferenciada e 
da averbação do tempo de serviço prestado 
pelo Impetrante em condições insalubres por 
exorbitar da expressa disposição 
constitucional” (MI 2.140, de 06/03/2013). 
 
No âmbito da Administração Pública federal, o 
Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão (MPOG), através da sua Secretaria de 
Gestão Pública, publicou a OrientaçãoNormativa 16, de 23 de dezembro de 2013, 
que estabelece orientações aos órgãos e 
entidades integrantes do Sistema de Pessoal 
Civil da Administração Federal – SIPEC 
quanto aos procedimentos necessários à 
análise dos processos de aposentadoria 
especial com fundamento no art. 57 da Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991, dos servidores 
públicos federais amparados por decisão 
judicial em mandado de injunção julgado pelo 
Supremo Tribunal Federal. 
 
O que chama a atenção neste ato 
regulamentar é o seu artigo 4º, ao estatuir 
que “os proventos de aposentadoria especial 
dos servidores públicos da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais, 
concedidos com amparo em decisão judicial 
em mandado de injunção, serão reajustados 
na mesma data e índice em que se der o 
reajuste dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS), observando-se 
igual critério de revisão às pensões derivadas 
dos proventos de que trata este artigo, não 
lhes sendo assegurada a aplicação das 
 
 
 
 
 
 
 
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regras constitucionais de transição acerca de 
reajustamento paritário em face da 
modificação da remuneração dos servidores 
em atividade”. 
 
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de 
contribuição serão reduzidos em cinco anos, 
em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o 
professor que comprove exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
São consideradas funções de magistério as 
exercidas por professores e especialistas em 
educação no desempenho de atividades 
educativas, quando exercidas em 
estabelecimento de educação básica em seus 
diversos níveis e modalidades, incluídas, 
além do exercício da docência, as de direção 
de unidade escolar e as de coordenação e 
assessoramento pedagógico, nos termos do 
artigo 1º, da Lei 11.301/06, norma validada 
pelo STF por intermédio da ADI 3.772, de 
29.10.2008, desde que exercidas em 
estabelecimentos de ensino básico, por 
professores de carreira, excluídos os 
especialistas em educação. 
 
Logo, para as atividades de direção de 
unidade escolar, coordenação e 
assessoramento pedagógico não tem mais 
aplicabilidade a Súmula 726, do STF: 
 
“Súmula 726- Para efeito de aposentadoria 
especial de professores, não se computa o 
tempo de serviço prestado fora da sala de 
aula”. 
 
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
ADMINISTRATIVO. CONTAGEM 
PROPORCIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO 
EXERCIDO NO MAGISTÉRIO PARA FINS 
DE APOSENTADORIA COMUM. 
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL 
IMPROVIDO. I – Consoante a jurisprudência 
do STF, é vedada a contagem proporcional 
de tempo de serviço no magistério para fins 
de aposentadoria comum. II – Agravo 
regimental improvido” (RE 486.155 AgR, de 
01.02.2011). 
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias 
decorrentes dos cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, é vedada a percepção de 
mais de uma aposentadoria à conta do 
regime de previdência previsto neste artigo. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 15/12/98) 
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do 
benefício de pensão por morte, que será 
igual: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
I - ao valor da totalidade dos proventos do 
servidor falecido, até o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 
201, acrescido de setenta por cento da 
parcela excedente a este limite, caso 
aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
II - ao valor da totalidade da remuneração do 
servidor no cargo efetivo em que se deu o 
falecimento, até o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201, 
acrescido de setenta por cento da parcela 
excedente a este limite, caso em atividade na 
data do óbito. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
Ressalte-se que esta nova regra apenas foi 
aplicável aos óbitos ocorridos a partir de 
21.06.2004, data da vigência da Lei 
10.887/2004, que regulamentou a previsão 
constitucional, em aplicação ao Princípio do 
Tempus Regit Actum, conforme ressalvado no 
artigo 2º, da referida norma. 
 
"A regência da pensão faz-se considerada a 
legislação em vigor na data do falecimento do 
servidor, descabendo emprestar a texto de lei 
ou da Constituição eficácia retroativa, no que 
prevista a percepção pela totalidade dos 
vencimentos." (RE 273.570, Rel. Min. Marco 
Aurélio, julgamento em 14-2-2006, DJ de 5-5-
2006.) 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos 
benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios 
estabelecidos em lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
LEI 10887/2004: Art. 15. Os proventos de 
aposentadoria e as pensões de que tratam os 
 
 
 
 
 
 
 
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arts. 1o e 2o desta Lei serão reajustados, a 
partir de janeiro de 2008, na mesma data e 
índice em que se der o reajuste dos 
benefícios do regime geral de previdência 
social, ressalvados os beneficiados pela 
garantia de paridade de revisão de proventos 
de aposentadoria e pensões de acordo com a 
legislação vigente. 
 
Contudo, no dia 28 de setembro de 2011, no 
julgamento da ADI 4.582, a Suprema Corte 
decidiu cautelarmente que o artigo 15, da Lei 
10.887/2004, não se aplica aos estados, ao 
Distrito Federal e aos municípios, mas apenas 
à União, conferindo-lhe interpretação de 
acordo com a Constituição de 1988. 
 
. 2. SERVIDOR PÚBLICO. Funcionário 
aposentado. Proventos. Reajuste ou 
reajustamento anual. Exercício de 2005. 
Índice. Falta de definição pelo TCU. Adoção 
do índice aplicado aos benefícios do RGPS. 
Direito líquido e certo ao reajuste. MS 
concedido para assegurá-lo. 
STF, MS 25.871, de 11.02.2008 
 
§ 9º - O tempo de contribuição federal, 
estadual ou municipal será contado para 
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço 
correspondente para efeito de disponibilidade. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 15/12/98) 
 
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer 
forma de contagem de tempo de contribuição 
fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 15/12/98) 
 
“De acordo com a orientação firmada neste 
Tribunal, o servidor que completou o tempo 
de serviço para usufruir da licença-prêmio em 
momento anterior à vigência da EC 20/1998, 
e não o fez, tem direito a computar em dobro 
o tempo correspondente à licença para fins de 
aposentadoria.” (AI 725.444-AgR, Rel. Min. 
Joaquim Barbosa, julgamento em 7-2-2012, 
Segunda Turma, DJE de 23-2-2012.) 
 
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à 
soma total dos proventos de inatividade, 
inclusive quando decorrentes da acumulação 
de cargos ou empregos públicos, bem como 
de outras atividades sujeitas a contribuição 
para o regime geral de previdência social, e 
ao montante resultante da adição de 
proventos de inatividade com remuneração de 
cargo acumulável na forma desta 
Constituição, cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração, e de 
cargo eletivo. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime 
de previdência dos servidores públicos 
titulares de cargo efetivo observará, no que 
couber, os requisitos e critérios fixados para o 
regime geral de previdência social. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 
15/12/98) 
 
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente,de cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração bem como de 
outro cargo temporário ou de emprego 
público, aplica-se o regime geral de 
previdência social. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios, desde que instituam regime 
de previdência complementar para os seus 
respectivos servidores titulares de cargo 
efetivo, poderão fixar, para o valor das 
aposentadorias e pensões a serem 
concedidas pelo regime de que trata este 
artigo, o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
§ 15. O regime de previdência complementar 
de que trata o § 14 será instituído por lei de 
iniciativa do respectivo Poder Executivo, 
observado o disposto no art. 202 e seus 
parágrafos, no que couber, por intermédio de 
entidades fechadas de previdência 
complementar, de natureza pública, que 
oferecerão aos respectivos participantes 
planos de benefícios somente na modalidade 
de contribuição definida. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
§ 16 - Somente mediante sua prévia e 
expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 
poderá ser aplicado ao servidor que tiver 
ingressado no serviço público até a data da 
 
 
 
 
 
 
 
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publicação do ato de instituição do 
correspondente regime de previdência 
complementar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
UNIÃO – LEI 12.618/2012 
 
§ 17. Todos os valores de remuneração 
considerados para o cálculo do benefício 
previsto no § 3° serão devidamente 
atualizados, na forma da lei. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos 
de aposentadorias e pensões concedidas 
pelo regime de que trata este artigo que 
superem o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201, com percentual 
igual ao estabelecido para os servidores 
titulares de cargos efetivos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
LEI 10.887/2004 - Art. 5o Os aposentados e 
os pensionistas de qualquer dos Poderes da 
União, incluídas suas autarquias e fundações, 
contribuirão com 11% (onze por cento), 
incidentes sobre o valor da parcela dos 
proventos de aposentadorias e pensões 
concedidas de acordo com os critérios 
estabelecidos no art. 40 da Constituição 
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda 
Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 
2003, que supere o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime 
geral de previdência social 
 
ADI 3.105, de 18.08.2004 - 
Inconstitucionalidade. Seguridade social. 
Servidor público. Vencimentos. Proventos de 
aposentadoria e pensões. Sujeição à 
incidência de contribuição previdenciária. 
Ofensa a direito adquirido no ato de 
aposentadoria. Não ocorrência. Contribuição 
social. Exigência patrimonial de natureza 
tributária. Inexistência de norma de imunidade 
tributária absoluta. 
 ... 
 
São inconstitucionais as expressões 
"cinqüenta por cento do" e "sessenta por 
cento do", constantes do § único, incisos I e 
II, do art. 4º da Emenda Constitucional nº 41, 
de 19 de dezembro de 2003, e tal pronúncia 
restabelece o caráter geral da regra do art. 
40, § 18, da Constituição da República, com a 
redação dada por essa mesma Emenda” 
 
Vale ressaltar que as leis estaduais ou 
municipais que instituíram a contribuição dos 
inativos e pensionistas após a Emenda 
20/1998 e antes do advento da Emenda 
41/2003 são inválidas, pois inexiste 
constitucionalidade superveniente no sistema 
jurídico brasileiro, conforme declarado pelo 
STF no julgamento da ADI 2.158, em 
15.09.2010. 
 
Contudo, no período anterior ao advento da 
Emenda 20/1998, o STF chancelou a referida 
cobrança, pois apenas com o advento da 
Emenda 20 exsurgiu a vedação de cobrança 
que foi extinta com a Emenda 41: 
 
É constitucional a cobrança, anterior ao 
advento da EC 20/1998, de contribuição 
previdenciária sobre os proventos de inativos 
e pensionistas, conforme jurisprudência 
firmada neste Supremo Tribunal Federal, 
restringindo-se a devolução das parcelas 
indevidamente descontadas ao período 
posterior ao da referida emenda. Essa 
orientação aplica-se até o advento da 
Emenda Constitucional 41/2003, cujo art. 4º 
foi declarado constitucional por esta Corte, no 
julgamento das ADIs 3105 e 3128. Embargos 
de declaração acolhidos para dar provimento 
ao agravo de instrumento, o qual se converte 
em recurso extraordinário, para dar-lhe parcial 
provimento, afastando a cobrança da 
contribuição previdenciária no período de 
vigência da EC 20/1998” (AI 283.491 AgR-
ED, de 14.03.2006). 
 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que 
tenha completado as exigências para 
aposentadoria voluntária estabelecidas no § 
1º, III, a, e que opte por permanecer em 
atividade fará jus a um abono de permanência 
equivalente ao valor da sua contribuição 
previdenciária até completar as exigências 
para aposentadoria compulsória contidas no § 
1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
41, 19.12.2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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§ 20. Fica vedada a existência de mais de um 
regime próprio de previdência social para os 
servidores titulares de cargos efetivos, e de 
mais de uma unidade gestora do respectivo 
regime em cada ente estatal, ressalvado o 
disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste 
artigo incidirá apenas sobre as parcelas de 
proventos de aposentadoria e de pensão que 
superem o dobro do limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 
201 desta Constituição, quando o beneficiário, 
na forma da lei, for portador de doença 
incapacitante. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005) 
 
De acordo com decisão tomada pelo STF, no 
julgamento da Suspensão de Segurança AGR 
3.679, de 04.02.2010, “enquanto não editada 
a lei a que se refere o § 21 do art. 40 da 
CF/88, vigem os diplomas estaduais que 
regem a matéria, que só serão suspensos se, 
e no que, forem contrários à lei complementar 
nacional”. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
“SÚMULA VINCULANTE 03- NOS 
PROCESSOS PERANTE O TRIBUNAL DE 
CONTAS DA UNIÃO ASSEGURAM-SE O 
CONTRADITÓRIO E A AMPLA DEFESA 
QUANDO DA DECISÃO PUDER RESULTAR 
ANULAÇÃO OU REVOGAÇÃO DE ATO 
ADMINISTRATIVO QUE BENEFICIE O 
INTERESSADO, EXCETUADA A 
APRECIAÇÃO DA LEGALIDADE DO ATO DE 
CONCESSÃO INICIAL DE 
APOSENTADORIA, REFORMA E PENSÃO”. 
 
Entretanto, o Tribunal de Contas não poderá 
demorar muitos anos para registrar a 
aposentadoria concedida pela autoridade, 
pois tal mora atenta contra o Princípio da 
Segurança Jurídica. Por isso, o STF já 
flexibilizou a súmula vinculante 03, em um 
caso que o registro da aposentadoria levou 
mais de 05 anos para se realizar, concedendo 
direito de contraditório ao aposentado, 
conforme se depreende da análise de 
passagem do Informativo 598, do STF: 
“Não obstante admitindo o fato de que a 
relação jurídica estabelecida no caso se dá 
entre o TCU e a Administração Pública, o 
que, em princípio, não reclamaria a audição 
da parte diretamente interessada, entendeu-
se, tendo em conta o longo decurso de tempo 
da percepção da aposentadoria até a 
negativa do registro (cinco anos e oito 
meses), haver direito líquido e certo do 
impetrante de exercitaras garantias do 
contraditório e da ampla defesa. 
 
Considerou-se, ao invocar os princípios da 
segurança jurídica e da lealdade, ser 
imperioso reconhecer determinadas situações 
jurídicas subjetivas em face do Poder Público. 
Salientou-se a necessidade de se fixar um 
tempo médio razoável a ser aplicado aos 
processos de contas cujo objeto seja o exame 
da legalidade dos atos concessivos de 
aposentadorias, reformas e pensões, e 
afirmou-se poder se extrair, dos prazos 
existentes no ordenamento jurídico brasileiro, 
o referencial de cinco anos. Com base nisso, 
assentou-se que, transcorrido in albis o prazo 
qüinqüenal, haver-se-ia de convocar o 
particular para fazer parte do processo de seu 
interesse. MS 25116/DF, rel. Min. Ayres 
Britto, 8.9.2010. (MS-25116)” 
 
Por seu turno, para o STF, o termo a quo do 
prazo de cinco anos para que o Tribunal de 
Contas da União examine a legalidade dos 
atos concessivos de aposentadorias, 
reformas e pensões, conta-se a partir da data 
de chegada do processo administrativo na 
própria Corte de Contas (MS 24.781, de 
02/03/2011). 
 
“MANDADO DE SEGURANÇA – 
AUTORIDADE COATORA – MODIFICAÇÃO. 
Mostra-se válido o redirecionamento subjetivo 
do mandado de segurança quando a inicial é 
aditada dentro do prazo de 120 dias da 
prática do ato impugnado. DECADÊNCIA – 
REVISÃO DE ATO ADMINISTRATIVO – 
APOSENTADORIA – ARTIGO 54 DA LEI Nº 
9.784/99. Enquanto não for aperfeiçoada a 
aposentadoria, a pressupor atos sequenciais, 
não incide a decadência quinquenal. 
APOSENTADORIA – SERVIÇO PÚBLICO – 
TEMPO DE ATIVIDADE RURAL – 
CÔMPUTO – SISTEMA CONTRIBUTIVO. O 
 
 
 
 
 
 
 
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cômputo de tempo de atividade rural na 
aposentadoria em cargo público submete-se 
ao sistema contributivo” (STF, MS 26.391, de 
13/04/2011).

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