Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tratamento Cirúrgico do CA de Mama Profª Leila Barbosa Tratamento Cirúrgico do Ca de Mama A escolha do tratamento e da técnica cirurgica depende da avaliação individual e criteriosa de cada caso. Tipos de Cirurgias Tumorectomia (Lumpectomia) • Remoção do tumor sem margens de tecido circunjacente; • Indicada para tumores de até 1,5cm de diâmetro; • Pode ser associada a linfadenectomia axilar e radioterapia complementar; • Riscos: Recorrência Local Quadrantectomia • Remoção de um quadrante ou segmento da glândula mamária + 2 a 2,5cm de tecido normal circunjacente; • Indicada para tumores de até 2cm de diâmetro ou 3cm se a mama for volumosa; • Complicações: Mau resultado estético, fibrose / retração cutânea, recidiva local, alterações vasculares e necrose Mastectomia Radical Halsted • Extirpação da mama, músc. grande e pequeno peitoral e esvaziamento axilar radical; • Indicada em infiltração extensa da musculatura peitoral, em casos de Ca localmente avançados; • É um procedimento de grande porte, com morbidade mais elevada; bastante antigo (1894); • Complicações: infecções, hematomas, necrose de retalho, seromas e linfedema tardios. Mastectomia radical D Mastectomia radical bilateral Mastectomia Radical Modificadas • Cirurgias Mioconservadoras; • Extirpação da mama e esvaziamento radical, preservando o músc. grande peitoral, com ou sem preservação do pequeno peitoral; • Indicada para tumores com mais de 3cm, não fixados a musculatura; • Tipo Patey (preserva peitoral maior) e Tipo Madden (preserva os 2 peitorais); Total (Carcinoma ductal in situ) e Subcutânea. Fisioterapia no P.O de Mastectomia Complicações no Pós-operatório Dor Distúrbios de sensibilidade (n.intercostobraquial) Diminuição da ADM do ombro e cintura escapular Problemas de cicatrização (aderências na fossa axilar) Alterações vasculares (linfedema) Alterações na mecânica ventilatória Problemas posturais Complicações raras: lesão n. torácico longo (serrátil ant.) e n. toracodorsal (grande dorsal) PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PARA PACIENTES MASTECTOMIZADAS FASE PRÉ-OPERATÓRIA Estabelecer contato/vínculo Conscientizar a paciente sobre a importância da reabilitação Evitar / minimizar as complicações do pós- operatório Manter a ADM e força muscular Prevenir complicações respiratórias e circulatórias Fornecer orientações gerais sobre postura OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO: FASE PÓS-OPERATÓRIA (ENFERMARIA) Reduzir algias Evitar complicações respiratórias Manter ADM articulações distais Facilitar circulação venosa e linfática Orientar sobre a importância do acompanhamento ambulatorial Prevenir/ reduzir alterações posturais Promover relaxamento OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO: FASE PÓS-OPERATÓRIA (AMBULATORIAL) Evitar retração cicatricial Evitar complicações circulatórias Manutenção funcional da cintura escapular Manter / melhorar ADM e força muscular Melhorar a expansibilidade e elasticidade da caixa torácica Promover conscientização corporal Reduzir algias Orientar a paciente OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO: RECURSOS TERAPÊUTICOS EMPREGADOS NO PÓS-OPERATÓRIO Eletroterapia Cinesioterapia Massoterapia Hidroterapia Pressoterapia Conscientização corporal Relaxamento Próteses mamárias Exercícios de ADM e alongamento muscular Exercícios de fortalecimento Facilitação neuromuscular proprioceptiva Técnicas de correção postural: RPG CINESIOTERAPIA FASE PÓS- OPERATÓRIA 1º DPO POSICIONAMENTO ELEVAÇÃO DO BRAÇO - 30° ABDUÇÃO DO BRAÇO - 45° Fase Pós-operatória Imediata Ombro x Mobilização Precoce • 1° DPO – Não realizar movimentos de flexão, abdução ou rotação externa com amplitudes acima de 30°- 45° • 2° ao 7° DPO – Não realizar movimentos de flexão com amplitude acima de 90° e abdução acima de 75° 1º DPO • Importante: • ADM Total - Aumenta o volume drenado; - Aumenta permanência do dreno; - Separa bordas cirúrgicas; - Retarda o processo de cicatrização; - Aumenta risco de infecções. RESTRIÇÃO MOVIMENTO Enfermaria • Postura • Exercícios Respiratórios • Exercícios das articulações distais - Cotovelo, punho e mãos (ativo assistido e ativo livre) • Exercícios Ombro - Abdução, Flexão e rotações • Automassagem 2o DPO 2o- 7o DPO 2a SEMANA PÓS-OPERATÓRIA 2a SEMANA PÓS-OPERATÓRIA 3a SEMANA PÓS-OPERATÓRIA PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA LINFEDEMA DE MEMBRO SUPERIOR FASE I – TRATAMENTO EFETIVO Cuidados com a pele, Linfodrenagem manual (LDM), Enfaixamento Compressivo, Cinesioterapia FASE II – MANUTENÇÃO Cuidados com a pele, Automassagem, Contenção elástica, reavaliação COMPLEX PHYSICAL THERAPY ( CPT) CUIDADOS COM A PELE Manter a integridade e hidratação da pele HIDRATAÇÃO - Cremes a base de lanolina - Produtos de pH neutro TRATAMENTO - Óleo de palma Christi - Óleo de copaíba Precaução / tratamento das micoses LINFODRENAGEM MANUAL (LDM) MANOBRAS • EVACUAÇÃO - manobras ganglionares • CAPTAÇÃO - manobras em ondas - bracelete - manobras em S LINFODRENAGEM MANUAL (LDM) RESULTADOS ALCANÇADOS LINFODRENAGEM MANUAL (LDM) CONTRAINDICAÇÕES • Inflamações / infecções agudas de ordem bacteriogênica ou virótica • Micoses • TVP – fase aguda • Alterações cardiovasculares ENFAIXAMENTO COMPRESSIVO FUNCIONAL EFEITOS FISIOLÓGICOS • Aumento da pressão tecidual com conseqüente redução da ultrafiltração • Aumento da eficiência da bomba muscular • Deslocamento da linfa • Aumento da reabsorção nos edemas localizados • Efeitos venosos: aumento do fluxo, profilaxia da insuficiência valvular BANDAGENS COMPRESSIVAS ENFAIXAMENTO COMPRESSIVO FUNCIONAL CONTRAINDICAÇÕES • Presença de infecção • Existência de arteriopatia • Grandes alterações de sensibilidade • Hipertensão grave CONTENÇÃO ELÁSTICA OBJETIVOS Manter as pressões intesticiais equilibradas Manter e otimizar a redução do edema obtido pelas manobras da fase I Evitar recidivas de linfedema CONTENÇÃO ELÁSTICA TIPOS Braçadeira com luvas e dedos Braçadeira até a região metacarpofalangeana com polegar ou sem polegar Braçadeira até o punho CONTENÇÃO ELÁSTICA CONTENÇÃO ELÁSTICA AUTO-MASSAGEM OBJETIVOS Manter a redução do edema obtido através das fases anteriores Promover à paciente responsabilidade no cuidado diário Estimular a drenagem linfática através de manobras realizadas pela paciente AUTO-MASSAGEM AUTO-MASSAGEM PRÓTESES MAMÁRIAS CUIDADOS GERAIS PELE ESTÉTICA CUIDADOS MÉDICOS CUIDADOS DOMÉSTICOS ESPORTES VESTUÁRIO PESOS Referências • Camargo, M. C.; Marx, A. G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. Roca, 2000. • Kisner, C.; Colby, L.A. Exercícios Terapêuticos: fundamentais e técnicas. 4 ed., Manole, 2005. • Stephenson, R. G.; O’Connor, L.J. Fisioterapia Aplicada a Ginecologia e Obstetrícia. 2 ed. Manole, 2004.
Compartilhar