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Depoimento pessoal Art. 385 a 388

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DEPOIMENTO PESSOAL – Art. 385 ao Art. 388 do CPC
O depoimento pessoal refere-se a uma espécie de prova oral, a qual é realizada pelas partes presentes no processo diante o juízo, observando-se que a parte deve ser diretamente interessada. Além disso, é importante destacar que é feito via requerimento das partes ou de ofício pelo juiz. Portanto, trata-se de um meio que visa esclarecer controvérsias da demanda.
Quando pedida pela parte contrária, esta tem por objetivo que no depoimento o réu confesse os fatos alegados pelo autor, podendo a confissão ser ficta (quando a parte deixa de responder algum questionamento ou quando ela deixar de comparecer na audiência depois de ter sido devidamente intimada) ou provocada (quando no curso da audiência ela confessar ao responder algumas das indagações feitas pelo juiz ou pelo advogado do autor).
Quando o juiz tem alguma dúvida sobre alguns fatos e em qualquer fase do processo o depoimento ocorrerá na modalidade de interrogatório. Neste caso o juiz determina de ofício o comparecimento da parte para esclarecer sobre os fatos. Nesta modalidade não ocorre a confissão ficta.
Em relação a pena que se refere art. 385 §1º, tem-se que, sendo a parte intimada, o não comparecimento ou ao comparecer, se recusar a depor ou sem justificativa se recusa a responder sobre os assuntos que o juiz trata como pertinentes, aplicar-se-á as consequências da confissão ficta. Todavia, tal confissão é relativa, assim sendo, deverá o juiz considerar em conjunto com os outros elementos de prova (art. 386). 
No art. 385 §2°, é expresso que o autor depõe e o réu não pode presenciar seu depoimento e vice-versa. Entretanto, caso a parte contrária não precisar depor, não será necessário se ausentar durante o depoimento pessoal da outra parte. Já o art. 385 §3º diz que o depoimento da parte que residir fora da comarca em que corre o processo poderá ser tomado por vídeo conferencia ou qualquer outro meio que transmita áudio e vídeo em tempo real.
Art. 387, o depoimento da parte é pessoal, oral não sendo permitido se valer de escritos senão breves notas sobre pontos relevantes.
Em regra, todos os fatos podem ser objeto de depoimento pessoal, contudo, há exceções, as quais são usadas como circunstâncias que devem ser levadas em consideração pelo juiz ao declarar se houve recusa em depor, tais circunstâncias se darão de acordo com o art. 388, I a IV, haja vista que neste artigo são elencadas hipóteses permissivas para a recusa de depor. Sendo estas: fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados; fatos que deva guardar sigilo por estado ou profissão; fatos que causem desonra ou coloque em risco a vida do depoente, de seu cônjuge, companheiro ou de parente em grau sucessível; E ainda, existe a exceção da exceção, prevista no art. 388, parágrafo único, a qual diz que tais disposição não se aplicam às ações de estado e de família.

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