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Penas privativas de liberdade (PPL) no Direito Penal Conceito de Pena A pena é a sanção imposta ao infrator de um tipo penal pelo Estado. Teoria das Penas Teoria absoluta: Entende-se a sanção como uma punição. Nega-se fins utilitários a pena, ela se torna simplesmente conseqüência do delito. A retribuição do mal injusto cometido pelo criminoso. Teoria relativa: Entende-se que a pena tem fins utilitários, a sanção como necessidade social, como advertência para os futuros infratores. Seu fim prático é a prevenção. Promover a reeducação do criminoso para que ele não volte a cometer algum delito e intimidar outras pessoas para que não cometam nenhum delito e não sofrerem a sanção. Teoria mista: Envolve as teorias anteriores. Endente a pena como uma retribuição ao ma l causado, porém, também afirma um objetivo p ara a pena, sendo, reeducar o infrator e intimidar futuros delitos. Espécies de Pena De acordo com o art. 32 as penas são: I – Privativas de liberdade II – Restritivas de direitos III – De multa Espécies de Penas Privativas de Liberdade (PPL) Reclusão – Art. 33: Pena cumprida inicialmente em regime fechado . Detenção – Art. 33: Pena cumprida inicialmente em regime semi-aberto. Prisão simples: Para contravenções penais, não se admite o regime fechado em nenhuma hipótese. (Decreto-lei 3688/41, Leis das contravenções penais). Regimes Prisionais Regime fechado – Art. 34: O infrator cumprirá a pena inicialmente em regime fechado quando sua condenação ultrapassar 8 anos de reclusão. Regime semi-aberto – Art. 35: O infrator não reincidente, cumprirá a pena inicialmente em regime semi-aberto quando sua condenação f or entre 4 e 8 anos nos casos de reclusão e n os casos de detenção, quando a condenação for superior a 4 anos. Regime aberto – Art. 36 : O infrator não reincidente cumprirá a pena inicialmente em regime aberto, quando na reclusão ou n a detenção, sua condenação for igual ou inferior a 4 anos. Progressão de Regime A progressão de regime é um instrumento para a readaptação do condenado no convívio social, possibilitando a transferência do regime mais gravoso para o menos gravoso gradualmente. O requisito objetivo para a progressão é que o preso tenha cumprido pelo menos 1/6 da pena para crimes comuns (Art. 112 da LEP) e para crimes hediondos, após o cumprimento d e pelo menos 2/5 d a pena (Lei 8.072 de 25/07/1990). Consideram-se também os elementos subjetivos para esse benefício, como o bom comportamento carcerário do preso que será avaliado e comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional. A Lei de Execuções Penais não admite a “progressão por salto”, ou seja, que o preso progrida do regime fechado diretamente para o aberto. Porém, admite-se esta hipótese na jurisprudência quando o preso já cumpriu 3/6 de sua pena em regime fechado por falta de vaga no regime semi -aberto, nesse caso há possibilidade de progredi-lo diretamente para o aberto. Regressão de Regime A regressão de regime é o instrumento pelo qual o preso passa do regime menos gravoso para o mais gravoso. Acontece quando demonstrado a inexistência de sua reintegração social. De acordo com o art. 11 8 da LEP, a regressão de regime se dá quando o condenado pratica fato definido como crime doloso ou grave (Art. 118, inc. I da LEP), quando sofrer condenação por crime anterior e essa pena, somada com o restante da pena em execução torne o regime cabível (Art. 118, inc. II c/c art. 111 da LEP), ou na hipótese d o condenado frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa imposta. Remição Penal A remição da pena, art. 126 da LEP, é o instrumento pelo qual o condenado, em cumprimento no regime fechado ou semi -aberto, obtém o desconto de um d ia d e pena á cada três dias de trabalho ou, no caso da atividade escolar, um dia de pena a cada 12 horas de freqüência. Detração Penal A detração penal é o abatimento na pena privativa de liberdade ou na medida de segurança do tempo que o condenado ficou preso antes da prolação da sentença. Desconta-se o tempo da pena provisória na pena definitiva. A de tração é matéria de competência do juiz de execução, cabe apenas a ele aplicar fixar um regime inicial mais brando. A decisão que concede a detração penal deve ser fundamentada, sob pena de nulidade, por força constitucional (artigo 93, IX, CF). Características – Regime Disciplinar Diferenciado – RDD RDD – Regime Disciplinar Diferenciado foi inserido pela Lei 10.792/2003; Pode ser aplicado a preso provisório ou a condenado, nacional ou estrangeiro. a) duração máxima de 360 dias, sem prejuízo da repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de 1/6 da pena aplicada; b) recolhimento em cela individual; c) visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de 2 (duas) horas; e d)direito do preso de sair da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol. Hipóteses – Regime Disciplinar Diferenciado – RDD 1) Prática de como crime doloso, que constitui falta grave, desde que ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sem prejuízo da sanção penal correspondente; 2) Quando o preso apresentar alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; e 3) Quando existirem fundadas suspeitas de envolvimento ou participação do preso provisório ou condenado, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. Processo – Regime Disciplinar Diferenciado – RDD O RDD depende de despacho do juiz da execução, mediante requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa; A decisão judicial sobre a inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de 15 dias. Antes de iniciar o RDD, a autoridade administrativa pode isolar preventivamente do preso pelo prazo de até 10 (dez) dias; O RDD é alvo de críticas, alegando-se sua inconstitucionalidade, notadamente por suposta violação à dignidade da pessoa humana e por se tratar de pena cruel.
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