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Resumo/ Direito Civil III - Estácio

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Direito Civil III
Contratos
Conceito: negócio jurídico formado pelo acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da lei e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos e obrigações.
Instrumento contratual: meio pelo qual o contrato é celebrado.
Dirigismo contratual: Princípio limitador da autonomia da vontade das partes contratantes, por intervenção do Estado, em função dos fins sociais e das exigências do bem comum, genericamente previsto pela Lei de Introdução ao CÓDIGO CIVIL no seu art. 5°.
Função social do contrato: serve principalmente para limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia esteja em confronto com o interesse social e este deve prevalecer.
Condições de validade do contrato:
Capacidade do agente;
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
Forma prescrita ou não defesa em lei;
Classificação dos contratos:
Quanto à natureza da obrigação contraída: 
Unilaterais ou Bilaterais; 
Onerosos ou gratuitos; 
Comutativos ou aleatórios; 
Paritários ou por adesão.
UNILATERAIS: Só um dos contratantes assume obrigações diante do outro. Ex.: doação, comodato, mútuo.
BILATERAIS: Cada um dos contratantes é simultânea e reciprocamente credor e devedor do outro ( Sinalagma - dependência recíproca ). Ex.: Compra e venda; locação.
ONEROSOS: Vantagens para os dois contratantes e ônus mútuos. Ex.: locação.
GRATUÍTOS: Oneram apenas uma das partes, proporcionando à outra um benefício, sem a correspondente contraprestação. Ex.: A doação pura e simples.
COMUTATIVOS: Cada contratante, além de receber da outra prestação relativamente equivalente à sua, pode verificar de imediato essa equivalência subjetiva (compra e venda)
ALEATÓRIOS: A prestação de uma ou de ambas as partes depende de um risco futuro e incerto; as partes se põem sob a perspectiva de uma álea que se refletirá na existência ou na quantidade da parte contratada (seguro, exploração de petróleo à risco). Esse risco de ganhar ou de perder pode sujeitar um ou ambos os contratantes, porém a incerteza do evento terá que ser dos dois. Não há, portanto, nos contratos aleatórios, equivalência.
CONTRATOS QUANTO À FORMA:
i - Concensuais; ii - Formais e iii - reais.
CONSENSUAIS: perfazem pela simples anuência das partes (transporte, compra e venda de bens móveis)
FORMAIS: impõem, para sua validade, forma especial, solene (compra e venda de imóvel) (seguro) (fiança) ...
REAIS: se ultimam com a entrega da coisa, por um contratante a outro (depósito, comodato).
CONTRATOS QUANTO AO NOME:
 i - nominados; ii - inominados
NOMINADOS: que têm nomen iuris e servem de base à fixação de modelos de regulamentação da lei (16 tipos: compra e venda ; doação ; troca; locação; empréstimo; mandato ; gestão de negócios ; edição ; representação dramática ; sociedade ; parceria rural ; constituição de renda ; seguro ; jogo e aposta ; e fiança ).
INOMINADOS: os que se afastam dos modelos estabelecidos pela lei. (Ex.: contratos sobre exploração de lavoura de café, por ser um misto de locação de serviço, arrendamento rural e parceria agrícola) (Contrato de hospedagem: locação de coisa e de serviços e de depósito). A qualificação jurídica depende dos elementos que compõem o contrato.
CONTRATOS QUANTO AO OBJETO: 
I - De alienação de bens; II - de transmissão de uso e gozo; III - de prestação de serviços e IV - de conteúdo especial (Lei 8 078/90 - Código de Defesa do Consumidor).
Princípios Contratuais:
Princípio da autonomia da vontade
Princípio da obrigatoriedade dos contratos
Princípio da relatividade dos efeitos do contrato
Princípio do consensualismo
Princípio da função social do contrato
Princípio da boa-fé objetiva
Princípio do equilíbrio econômico / Justiça contratual
1. Autonomia privada ou autonomia da vontade: Aqui os contratantes possuem autonomia, liberdade para escolher se vai contratar ou não, o que contratar, com quem contratar, etc. Importante destacar que tais características são encontradas nos contratos-tipo, visto que contratos de adesão e contratos de massa não possuem tanta liberdade assim, fazendo com quem um contratante se submeta a algumas cláusulas e situações.
2. Princípio do consensualismo: segundo o qual o simples acordo de duas ou mais vontades basta para gerar o contrato válido.
3. Vinculação das partes ou da força obrigatória dos contratos: Do latim o pacta sunt servanda é que define esse princípio, isto é, o contrato faz lei entre as partes, sendo ambas obrigadas a se submeter ao contratado. Porém existem casos em que esse princípio é relativizado, podendo um dos contratantes se insurgir contra cláusulas que julga abusivas, ou ilegais.
4. Equilíbrio dos contratantes: A presunção de equilíbrio é o que vale nos contratos, ou seja, se presume que ambos os contratantes estão em igualdade na relação jurídica. Porém, assim como no princípio acima, admite-se exceções, como nos casos de contrato de consumo, onde pode se admitir a hipossuficiência por parte do consumidor, devido a desigualdade entre os contratantes, e por isso, a lei, especificamente, tutela esses casos.
5. Relatividade dos efeitos do negócio jurídico contratual: Esse princípio diz respeito as dimensões que os efeitos do contrato possuem, ou seja, diz-se que o contrato só possui efeitos com relação aos contratantes. Inter Partes.
Contrato de compra e venda
	
Conceito: O Contrato de Compra e Venda estipula os compromissos entre as partes nos negócios mercantis, podendo ser efetuado de forma escrita ou verbal. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
 A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão
Tradição (entrega) do Bem
A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda.
 
Não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar no tempo ajustado.
Da Promessa de Fato de Terceiro
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Por Carlos Roberto Gonçalves:
Trata-se do denominado contrato por outrem ou promessa de fato de terceiro. O único vinculado é o que promete, assumindo obrigação de fazer que, não sendo executada, resolve-se em perdas e danos. Isto porque ninguém pode vincular um terceiro a uma obrigação. As obrigações têm como fonte somente a própria manifestação da vontade do devedor, a lei ou eventual ato ilícito por ele praticado.
Aquele que promete fato de terceiro assemelha-se ao fiador, que assegura a prestação prometida. Se alguém, por exemplo, prometer levar um cantor de renome a uma determinada casa de espetáculo ou clube, sem tem obtido dele, previamente, a devida concordância, responderá por perdas e danos perante os promotores do evento, se não ocorrer a prometida apresentação na ocasião anunciada. Se o tivesse feito, nenhuma obrigação haveria para quem fez a promessa.(Art. 440). Na hipótese, o agente não agiu como mandatário do cantor, que não se comprometeu de nenhuma forma. Dessa assiste razão aos que aproximam essa figura contratual do mandato, por faltar-lhe representação. Malgrado a semelhança com a fiança, também com ela não se confunde, visto que a garantia fiduciária é contrato acessório, ao passo que a promessa de fato de terceiro é principal. Igualmente não se confunde esta com a gestão de negócios, pelo fato de o promitente não se colocar na defesa dos interesses do terceiro.
Extinção dos Contratos:
 A extinção normal dos contratos ocorre com o cumprimento das prestações avençadas, ou ainda, com o termo final nos contratos de trato sucessivo. Nesta situação não há dúvida quanto ao término do vínculo, já que, conforme explicita Orlando Gomes, temos nessa situação “a morte natural do contrato. Mas o contrato pode extinguir-se antes do cumprimento das obrigações, por variados motivos. Por esses motivos, estudaremos cada situação e seus efeitos.
É necessário distinguir a anulação do contrato de sua dissolução. A anulação ocorre quando causas anteriores a formação do contrato atua de modo a extinguir a relação contratual, determinando sua anulação. Na dissolução, causas supervenientes a formação do negócio é que ensejam sua extinção.
São formas de extinção dos contratos: A) resolução; B) resilição; C) rescisão.

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