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O que é EaD:
EaD é a sigla para  Educação a Distância. É uma forma de ensino/aprendizagem mediados por tecnologias que permitem que o professor e o aluno estejam em ambientes físicos diferentes.
EaD possibilita que o aluno crie seu próprio horário para estudar pois geralmente as aulas são ministradas pela internet, e o aluno apenas comparece a instituição de ensino para realizar as provas. Nessa modalidade o aluno acompanha a matéria através de mídias como televisão, vídeo, CD-ROM, telefone celular, iPod, notebook  etc.
A Educação a Distância foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, do Ministério da Educação, regulamentando o Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entre outras disposições, determina que a educação a distância será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. Caberá também à União regulamentar requesitos para realização de exames e para registro de diplomas relativos ao curso.
Na educação a distância, o aluno tem a capacidade de gerenciar seu próprio aprendizado, ele possui uma grande autonomia para estudar e “assistir” as aulas de acordo com seu tempo disponível.
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que tem se tornado cada vez mais comum. São oferecidos cursos de graduação, pós-graduação, cursos técnicos, profissionalizantes, de aperfeiçoamento etc.
Afinal, o que é educação a distância?
Definir educação a distância não é uma tarefa fácil, em função mesmo das diversas nomenclaturas estabelecidas em diferentes tempos e contextos: educação a distância, ensino a distância, aprendizagem a distância, estudo independente, estudo por correspondência, aprendizagem aberta, aprendizagem flexível, estudo residencial (home study), estudos externos, entre outros. Keegan nos chama a atenção para a existência da diversidade de terminologias e ressalta que nem todas são sinônimas: muitas delas foram utilizadas em diferentes épocas do seu processo evolutivo, e outras são utilizadas especificamente em certos países. No entanto, esclarece que o termo educação a distância é um termo genérico que inclui a gama de estratégias de ensino e aprendizagem utilizadas por diferentes instituições que utilizam essa modalidade de educação, o que englobaria todas as demais terminologias apresentadas (KEEGAN, 1996, p. 34). Nesse sentido, Keegan utiliza o termo educação a distância para unir dois elementos desse campo da educação: o ensino a distância e a aprendizagem a distância (idem, p. 38). Neste trabalho, utilizaremos a concepção desse autor na diferenciação entre os termos em tela, além de outras terminologias de acordo com a época e local em que foram utilizadas.
Belloni apresenta uma série de definições de diversos autores para a EAD, mas conclui que as definições por ela apresentadas “definem a educação a distância pelo que ela não é, ou seja, a partir da perspectiva do ensino convencional da sala de aula” (BELLONI, 2003, p. 27). Nessa perspectiva, para diversos autores a educação a distância é definida como a separação física entre professor e aluno no processo educacional.
Keegan (1996, p. 38-9) endossa essa característica da separação entre professor e aluno na educação a distância, em contraposição ao ensino presencial convencional. Não considera, porém, a distância entre professor e aluno como necessariamente geográfica, uma vez que muitos alunos que buscam essa modalidade de educação nem sempre estão longe das instituições de ensino. Na concepção do autor, a separação professor-aluno se dá no afastamento entre o ato de ensinar e o ato de aprender, que para esse autor representam dois sistemas operantes da EAD: o subsistema de desenvolvimento de curso (ensino a distância) e o subsistema de suporte ao aluno (aprendizagem a distância).
Após um retrospecto de definições de EAD, dos conceitos iniciais que enfatizavam a forma sistematicamente organizada de auto-estudo através de um conjunto de profissionais especializados e meios de comunicação, até os mais recentes com ênfase na aprendizagem e independência do aprendiz, Keegan busca uma síntese na qual apresenta seis elementos básicos da EAD por ele propostos em 1980. São eles:
 
a separação entre o professor e o aluno, que a distingue da educação presencial;
a influência de uma organização educacional, que a distingue do estudo individual;
o uso de mídia tecnológica, geralmente impressa, para unir professor e aluno e transmitir o conteúdo educacional;
a provisão de comunicação de duas vias de maneira que o aluno possa se beneficiar do diálogo, ou até mesmo iniciá-lo;
a possibilidade de encontros ocasionais tanto para fins didáticos quanto para fins de socialização;
a participação de uma forma industrializada de educação que, se aceita, contém o gênero da separação radical entre a educação a distância e outras formas de educação dentro do espectro educacional.
                                                                                                                                                (KEEGAN, 1996, p. 44)
Algumas definições mais recentes de EAD abordam não somente a separação entre professor e aluno em contraposição ao ensino presencial, como clamam por maior ênfase na aprendizagem do que no ensino. Um exemplo é a definição de Levine na qual a EAD é “o processo de ajudar pessoas a aprender quando elas estão separadas espacial ou temporalmente dos ambientes mais típicos de aprendizagem ‘ao vivo’ nos quais a maioria de nós foi educada” (LEVINE, 2005, p. 7).
Vianney, Torres & Farias (2003, p. 47) enfatizam ainda o papel das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) no conceito de EAD, uma vez que a partir do uso dos sistemas em rede, em particular dos ambientes virtuais de aprendizagem, que passaram a integrar professores e alunos em tempo real, a noção de distância entre professor e alunos modifica-se a partir do conceito de interatividade e de “aproximação virtual”.
Consideramos oportuno incluir ainda a definição proposta pelo artigo 80 da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, uma vez que é a base de regulação para a EAD no Brasil.
Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (SANCHEZ, 2005, p. 101)
Embora sejam diversas as definições de educação a distância, podemos perceber o que apresentam em comum: a separação física entre professor-aluno-instituição e a utilização de diferentes recursos tecnológicos como mediadores da comunicação entre os envolvidos no processo educacional. Veremos, a seguir, as diferentes teorias relacionadas a essa modalidade de educação.
Teorias de educação a distância
Assim como são inúmeras as definições de educação a distância, também são muitas as teorias a seu respeito. Keegan enfatiza a importância de uma teoria sólida de educação a distância para a firme tomada de decisões políticas, financeiras, educacionais e sociais nesse campo. Afirma ainda que abordagens teóricas de EAD emergiram na década de 1970 e continuaram a ser desenvolvidas ao longo dos anos, e ressalta que a primeira grande teoria de EAD e até hoje a mais abrangente é a do pesquisador alemão e professor emérito da FernUniversität (Universidade de Ensino a Distância), Otto Peters (KEEGAN, 1996, p. 55). Para Peters, a EAD é um processo industrializado de educação, uma vez que compartilha características próprias da produção industrial de bens de consumo, tais como a racionalização e divisão do trabalho, a mecanização, a produção em série e em massa e a padronização, entre outros (idem, p. 80). Assim, a educação a distância constitui
um método de transmitir conhecimento, habilidades e atitudes que é racionalizado pela aplicação da divisão do trabalho e princípios organizacionais e também pelo uso extensivo de mídia tecnológica, especialmente pelo propósito de reproduzir materiaisde ensino de alta qualidade, o que possibilita instruir um enorme número de alunos ao mesmo tempo onde quer que eles morem. É uma forma industrializada de ensino e aprendizagem. (PETERS 1973, p. 206 apud KEEGAN, 1996, p. 41)
Embora a teoria de industrialização de Peters ainda seja aceita no campo educacional da EAD, outras teorias surgiram ao longo dos anos, a fim de definir, explicar e fundamentar a EAD a partir de seu processo evolutivo. Entre elas, Keegan (idem, p. 56) destaca as teorias de autonomia e independência de autores como Moore, Delling e Wedemeyer.
A Teoria da Distância Transacional de Michael G. Moore (1973, 1976, 1980, 2003) foi proposta na década de 1970 e é baseada nos conceitos de currículo, chamados de “estrutura” e “diálogo”. Moore desenvolveu ainda uma teoria de aprendizagem, que ficou conhecida como “autonomia do aprendiz” (MOORE, 2003, p. 22).
Para Moore, o processo educacional deve ser um processo de negociação entre professor e aluno, por ele denominado transaction. Como a característica essencial da EAD é a distância física entre professores e alunos, essas transações ocorrem, hoje, na maioria das vezes – e por algum tempo assim ocorreram exclusivamente – por meio da mídia impressa ou eletrônica. Dessa maneira, o que caracteriza a EAD não é a distância geográfica entre professor e alunos, mas a distância psicológica e comunicacional entre eles, ou seja, a distância transacional. Essa distância pode ser descrita em forma de duas variáveis cruciais, diálogo e estrutura, que irão caracterizar maior ou menor distância entre os atores do processo educacional.
Diálogo pode ser definido como a comunicação de duas vias entre professor e aluno, e estrutura como a medida de resposta às necessidades individuais dos alunos. Dessa maneira, Moore exemplifica que programas de EAD que encorajam a comunicação entre professor e alunos, permitindo um diálogo constante entre eles, apresentam um baixo nível de distância transacional. Da mesma forma, programas altamente estruturados, isto é, rígidos, pouco capazes de se adaptar às necessidades dos indivíduos, são transacionalmente distantes do aluno. Descreve ainda quatro tipos gerais de programas de EAD de acordo com o grau de diálogo e estrutura que apresentam, e conclui que, quanto maior o diálogo e menor a estrutura em programas de EAD, menor será a distância no processo educacional (MOORE, 1980, p. 19-22).
O autor relaciona distância transacional e dimensão de autonomia do aprendiz, uma vez que, para ele, a EAD é um sistema que é constituído de três subsistemas distintos, porém interligados: o aprendiz, o professor e o método de comunicação. Afirma que para se compreender o sistema de aprendizagem é necessário desenvolver o conceito de “aprendiz autônomo”, de vez que a distância em relação ao professor força o aprendiz a assumir um nível considerável de autonomia (MOORE, 1973, p. 663). O aprendiz autônomo é aquele que não necessita de ajuda para formular objetivos de aprendizagem, identificar fontes de informação e avaliar seu próprio desempenho. Ressalta que o sucesso da aprendizagem na EAD depende da extensão na qual o aluno pode estudar sem a interferência direta do professor, “o que é determinado por sua competência enquanto aprendiz autônomo e autodirigido” (MOORE, 1980, p. 22).
Assim, Moore (1976, p. 4) acredita que a educação a distância é caracterizada por transações educacionais que podem ser categorizadas como “separação” e “autonomia” e descreve sete características dessa modalidade educacional2 identificáveis nas teorias já apresentadas.
Outra teoria de educação a distância que permeia a noção de autonomia de Moore e fundamenta este trabalho é a teoria de conversa didática de Börje Holmberg. Holmberg (1986) reforça a noção de autonomia do aprendiz ao afirmar que a EAD é “um exercício de independência”, que envolve planejamento, organização do tempo (timing) e desenvolvimento do estudo individual. De acordo com esse autor, o aprendiz de EAD é na maioria das vezes o aprendiz adulto que precisa conciliar o estudo com outros compromissos, o que é muitas vezes um problema a ser resolvido. Enfatiza que o próprio aluno é quem deve tomar decisões de forma independente, decidindo o quê e como aprender.
No entanto, Holmberg acredita que os aprendizes devem ser ajudados a alcançar essa independência, o que é possível através da conversa entre professor e aluno apoiada por diferentes mecanismos de suporte (WHITE, 2005b, p. 57). Baseado na noção de que o aluno de EAD necessita de apoio e comunicação, desenvolveu a teoria da conversa didática guiada (guided didactic conversation) como uma tentativa de chamar atenção para o problema dos elementos de anonimato e impessoalidade da EAD. Essa teoria apresenta, entre outras características, o aconselhamento explícito e sugestões aos alunos de o quê fazer e o quê evitar, convites para troca de opiniões, e tentativas de envolver o aluno emocionalmente.
Partindo do pressuposto básico de que alunos tendem a gostar mais do aprendizado e a ter mais sucesso se for possível “conversar” com tutores e outros membros da instituição, Holmberg formaliza sua teoria de conversa didática guiada, na qual o núcleo do ensino é a interação entre professor e aluno, e essa interação deve conduzir ao envolvimento emocional entre ambos, contribuindo para o prazer na aprendizagem, prazer que gera motivação e colabora de forma produtiva para a aprendizagem (HOLMBERG, 1986).
Com base em sua própria teoria de conversa didática e outras teorias existentes, Holmberg (1995a, p. 4) apresenta sua teoria geral de educação a distância, compreendendo a promoção de liberdade de escolha e independência do aprendiz, o acesso livre a oportunidades de aprendizagem e igualdade, e o papel central das relações pessoais, prazer pelo estudo e empatia entre alunos e instituição para a aprendizagem a distância.
Da correspondência à Internet: um breve histórico da EAD no mundo
Apesar do “boom” da educação a distância no final do milênio, abrindo novas perspectivas de educação e treinamento como a criação das universidades virtuais e a disseminação do e-learning4, não devemos nos esquecer deque a EAD não é uma invenção do século XX, nem tampouco se restringe ao uso de computadores. Michael Moore (2003, p. 3) nos adverte que muitas vezes o conhecimento acerca de EAD se limita à referência à tecnologia; embora reconheça a adoção de invenções tecnológicas como uma característica desse campo, chama a atenção para o fato de que ela não pode ser definida somente em termos de tecnologias de comunicação. Para ele, a emergência de certas tecnologias ocasionaram mudanças na organização educacional e nas práticas de ensino da EAD, porém “mais importante que a tecnologia é a mudança da organização de seres humanos e outros recursos e a mudança na prática de ensino que é conseqüência do uso dessa tecnologia” (idem, ibidem).
Holmberg (1995b, p. 47) relata o indício de que a educação a distância tenha sido oferecida pela primeira vez nos Estados Unidos em 1728, porém Azevedo & Quelhas (2004, p. 14) observam a existência de uma rede de comunicação a distância a fim de transmitir ensinamentos científicos, filosóficos e evangélicos desde a Antigüidade. Como exemplos, citam os escritos de Platão enviados a seus alunos sob forma de correspondência e cartas de Voltaire a seus alunos conhecidas como “Cartas Filosóficas”. Embora com propósitos e enfoques diferentes dos que reconhecemos hoje, e restrita a um pequeno número de alunos, não podemos negar que talvez a EAD seja uma modalidade educacional muito mais antiga do que imaginamos.
Holmberg atribui o surgimento da EAD tradicional à necessidade de estudo sistemático combinado ao trabalho remunerado devido a preocupações sociais com  educação e treinamento na segunda metade do século XIX, além do pensamento liberal preocupado com o desenvolvimento da personalidade dos alunos trabalhadores. De acordo com esse autor, diversas iniciativas de EAD por correspondência surgiram na Europa a partir da primeirametade do século XIX, porém a EAD organizada foi introduzida na Alemanha em 1856 com a organização de uma escola em Berlim para o ensino de línguas por correspondência; no final do século, a EAD era aplicada, sobretudo no ensino universitário e pré-universitário, além do treinamento ocupacional (HOLMBERG, 1995b, p.47-9).
Keegan (1996, p. 8) ressalta que o avanço da EAD não seria possível sem o desenvolvimento da tecnologia, principalmente nas áreas de transportes e comunicação, associada à Revolução Industrial. Holmberg afirma ainda que desde o seu início até 1970 houve uma expansão regular da EAD sem muitas mudanças radicais, mas com gradual inserção de métodos e mídias mais sofisticadas, como o uso de gravações de áudio e rádio (HOLMBERG, 1995b, p. 49).
Moore (1973, p. 675) ressalta que o argumento para o desenvolvimento de sistemas de EAD abarca tanto aspectos econômico-sociais quanto psicológicos, e que os anos de 1970 marcam essa maior demanda por EAD devido à crescente especialização da tecnologia e do trabalho. Voltando à questão da tecnologia para a evolução da educação a distância, observamos que essa modalidade é comumente descrita em termos de gerações, de acordo com os diferentes meios (formas de comunicação) e tecnologias (veículos) empregados (RUMBLE, 2000, p. 46).
A primeira geração é caracterizada pelo uso de material impresso distribuído aos alunos através de correspondência. Nessa geração, a EAD foi muitas vezes denominada, nos EUA, de “estudo por correspondência” e “estudo independente”. A segunda geração foi impulsionada pelo uso de meios de comunicação de massa, como o rádio e a televisão, no final dos anos 1950. Já a terceira geração foi marcada pela combinação dos meios e tecnologias da primeira e da segunda geração, em uma “abordagem multimídia”, além da introdução da computação nos anos de 1960 e 1970. A quarta geração de EAD foi desenvolvida “em torno das comunicações mediadas por computador” e gerada no final do século XX com o desenvolvimento da Internet, permitindo, entre outros, o acesso a banco de dados e bibliotecas virtuais, videoconferências, comunicação síncrona e assíncrona, através de chats ee-mails e participação em fóruns de discussão (idem, p. 46-7).
Apesar de os avanços tecnológicos terem possibilitado a evolução da educação a distância e de muitas vezes nos maravilharmos com a infinidade de recursos e possibilidades oferecidas pela tecnologia à EAD, Levine nos chama a atenção para o fato de que “o aspecto essencial de qualquer situação de ensino e aprendizagem deve ser o aprendiz” (LEVINE, 2005, p. 17), e que, infelizmente, muitas vezes a preocupação com o uso da tecnologia distorce esse foco, deslocando para segundo plano o aprendiz e a aprendizagem.
Educação a distância e a realidade brasileira
No Brasil, a EAD tem sido uma prática muito utilizada desde a primeira metade do século XX, principalmente no ensino profissionalizante e na educação popular. Instituições como o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro foram responsáveis pela formação profissional de mais de três milhões de brasileiros até o ano 2000 (VIANNEY et al., 2003, p. 49). Nas áreas de educação popular, Belloni (2002, p. 129) destaca vários programas de iniciativas públicas e privadas como o MEB (Movimento de Educação de Base), o Projeto Minerva, o Telecurso 1º Grau e o Telecurso 2000. Muitos desses programas visavam à divulgação do conhecimento e à formação da cidadania através do uso do rádio e da televisão. A EAD assume, assim, valiosa posição na formação do indivíduo e sua inclusão na sociedade.
Podemos dizer que os anos 1990 representam uma “virada” na EAD no Brasil, pois é nessa década que é oficializada como “modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino”, a partir da publicação da lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional em dezembro de 1996. Por essa mesma época, a expansão da Internet e o destaque conferido na política educacional brasileira ao ensino superior favorecem a instalação da EAD na maioria das instituições, nos níveis de graduação e pós-graduação (VIANNEY et al., 2003, p. 49).
Criam-se, a partir do final dos anos 1990, grandes redes e consórcios de universidades públicas e privadas com a finalidade de ampliação das oportunidades de formação superior (idem, p. 57). Em 2002, surge o CEDERJ (Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro), consórcio de seis universidades públicas que oferecem cursos de licenciatura em diferentes áreas como ciências biológicas e física através da modalidade semipresencial.
Não podemos negar também o crescente papel da EAD em programas de educação continuada, principalmente aqueles destinados à formação e capacitação de professores, como os programas TV Escola e Um Salto para o Futuro, entre outros. Por outro lado, é crescente o uso dessa modalidade educacional nas empresas, com a implementação de programas de capacitação profissional, muitas vezes associados ao e-learning, e à expansão das universidades corporativas, como as da Petrobras e do Banco do Brasil.
Dessa forma, Belloni conclui que
A educação a distância surge nesse quadro de mudanças como mais um modo regular de oferta de ensino, perdendo seu caráter supletivo, paliativo ou emergencial, e assumindo funções de crescente importância, principalmente no ensino pós-secundário, seja na formação inicial (ensino superior regular), seja na formação continuada, cuja demanda tende a crescer de modo exponencial, em virtude da obsolescência acelerada da tecnologia e do conhecimento. (Idem, p. 139)
Para termos um quadro mais geral da expansão da EAD no país, o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (ABRAED 2006) apresenta alguns números que evidenciam esse crescimento uma vez que mais de 1.2 milhão de pessoas estudaram a distância no ano de 2005 em cursos oficialmente credenciados ou por meio de grandes projetos nacionais públicos e privados, o que representou um crescimento de 62% em relação às matrículas do ano anterior; proporcionalmente, o número de instituições de EAD credenciadas evidenciou aumento de 31%.
Outros dados interessantes a serem observados são relacionados aos aspectos didáticopedagógicos, uma vez que foi verificado que a mídia mais utilizada pelas instituições é a impressa (84,7% das instituições), a prova escrita presencial é a ferramenta de avaliação mais utilizada (64,3%) e o e-mail é o apoio tutorial mais utilizado pelas instituições (86,75%). Além disso, no ano de 2005, 9.864 alunos se matricularam nos cursos de graduação do Consócio CEDERJ, número bem superior às 5.868 matrículas de 2004 (fonte: ABRAED 2005, 2006).
EAD: limites e possibilidades
Assim como acontece em relação à questão tecnológica apresentada anteriormente, muitas vezes nos fascinamos com as possibilidades educacionais e sociais proporcionadas pela educação a distância e passamos a ver a EAD como “remédio milagroso” para os problemas de formação e treinamento de pessoas. Apesar de a EAD oferecer uma gama de possibilidades, como a democratização do ensino e inclusão social, não podemos deixar de lado questões importantes como o despreparo para uma nova postura educacional e altos percentuais de evasão, que denunciam desafios e limites dessa modalidade de educação.
Keegan (1996, p. 4), por exemplo, vislumbra a EAD como uma solução para a falta de espaço nos sistemas educacionais, o que de certa forma pode assegurar o acesso ao ensino superior sem grandes investimentos em construção e manutenção de universidades. Menciona também (idem, p. 29) a maior flexibilidade da aprendizagem, que transfere ao aprendiz as decisões sobre os rumos do estudo, adequando necessidades e realidades pessoais, o que faz dessa característica um dos pilares na defesa da EAD.
White designa como marco importante da EAD a contribuição para o desenvolvimento de aprendizes autônomos, independentemente de suas circunstâncias de vida. Enumera como grandes contribuições o acesso à educação, o ajuste a novos ambientesde aprendizagem e o desenvolvimento do indivíduo, tanto em termos econômicos quanto em termos de experiências de aprendizagem, uma vez que possibilita ao aprendiz exercer maior autonomia, auto-regulação e controle (WHITE, 2005a, p. 165).
No entanto, muitas dificuldades e desafios limitam tais possibilidades. Alguns dos esforços a serem desenvolvidos devem encaminhar-se para a superação do preconceito contra essa modalidade educacional, muitas vezes vista como educação de segunda categoria, dirigida apenas àqueles que não tiveram acesso ao ensino tradicional, ou aos que desejam obter um diploma sem muito esforço e comprometimento (GARCIA, 2000, p. 82). Apesar de diversos autores como Moore, Holmberg e White enfatizarem as possibilidades de exercício da autonomia na EAD, Preti afirma que a situação de aprendizagem individual é o “calcanhar de Aquiles” da EAD (PRETI, 2000, p. 125), uma vez que, embora considerada condição sine qua non para o sucesso da aprendizagem a distância, a responsabilidade da própria formação é uma das grandes dificuldades para muitos alunos de EAD.
A esse respeito, Lowe (2005, p. 73) menciona os altos percentuais de evasão na educação a distância em comparação ao ensino presencial e, ao citar Gibson, ressalta a importância de instituições de EAD prepararem os alunos para essa nova realidade:
Os aprendizes geralmente se deparam com a necessidade de habilidades de gerenciamento do tempo e do nível de estresse, o aumento da autodireção no estabelecimento de metas e adoção de estratégias para assumirem novos papéis e responsabilidades de ensino e aprendizagem, além da instigação de estratégias cognitivas e metacognitivas, entre outras. Mais freqüentemente, esses alunos foram educados a serem recipientes passivos de informação, a competirem por notas em provas que requerem regurgitação de informação factual. Eles simplesmente não estão preparados para terem sucesso. (GIBSON, 1997 apud LOWE, 2005, p. 80)
Moore (1980, p. 24-5) reitera a visão de Gibson de que grande parte do sistema educacional negligencia a autonomia do aprendiz, incentivando a dependência. Para Moore, muitos desses alunos precisam de ajuda para superar o medo de se reconhecerem – nessa nova situação – autodirigidos e de se mostrarem autoconfiantes na aprendizagem.
Finalizando, Paul & Brindley (1996) alertam para o perigo da perpetuação do processo industrial de educação de massas, devido aos altos investimentos em EAD sem a preocupação com resultados de aprendizagem, o que gera baixas taxas de conclusão de cursos e a transmissão de conhecimentos de uma só via.
Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Solange C. de; QUELHAS, Osvaldo Luís G. Uma visão panorâmica da educação a distância no Brasil. In: Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, ano XXXI, n°. 163/166, p. 13- 24, out. 2003 – set. 2004.
 
BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. 3ª ed. Campinas: Autores Associados, 2003.
______. Ensaio sobre a educação a distância no Brasil. In: Educação & Sociedade, ano XXIII, nº 78, abril, 2002.
 
BRINDLEY, J. E.; PAUL, R. H. Lessons from distance education for the university of the future. In: MILLS, R.; TAIT, A. (Eds.) Supporting the learner in open and distance learning. London: Pitman publishing, 1996. p. 43-55. Disponível em: <http://www.uni-oldenburg.de/zef/cde/support/readings/paul96.pdf> Acessado em 15 nov 2006.
 
GARCIA, Walter E. A regulamentação da educação a distância no contexto educacional brasileiro. In: PRETI, Oreste (org.) Educação a distância: construindo significados. Brasília: Plano, 2000. p. 79-88.
 
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KEEGAN, Desmond. Foundations of distance education. 3.ed. London: Routledge, 1996.
 
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MOORE, Michael G. From Chautauqua to the Virtual University: A century of distance education in the United States. Columbus: The Ohio State University, 2003. Disponível em: <http://eric.ed.gov/ERICDocs/data/ericdocs2/content_storage_01/0000000b/80/24/23/b0.pdf> Acessado em 12 jul. 2006.
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Como funciona o EAD?
O EAD funciona de uma forma prática e simples. Para o ingresso em um curso EAD, o aluno precisa de um computador com acesso à internet e conhecimentos básicos de informática. Ao garantir esta primeira parte, o restante é mais simples ainda. Após a escolha do curso, da instituição e da aprovação no processo seletivo, faz-se o acesso ao site. Pronto, surge um ambiente inovador e dinâmico, onde serão disponibilizadas inúmeras ferramentas, como áreas com conteúdos de aulas, exercícios e trabalhos.
Em outra parte encontra-se o calendário com as datas e prazos das atividades, além de locais para conversas e debates. Utiliza-se muito o e-mail para uma comunicação com o professor/tutor. Em algumas instituições de Ensino a Distância que oferecem graduação de nível superior é importante a realização de encontros presenciais algumas vezes durante o curso. Estes encontros são realizados em unidades da instituição, os chamados polos de apoio presencial.
A maior parte do curso acontece de forma virtual. Por isso, quem tiver o interesse de ingressar nesta modalidade precisa ter disciplina, dedicação, organização e motivação. A dedicação necessária para concluir uma graduação EAD é bem vista pelo mercado de trabalho - entende-se que o possível colaborador possui disciplina e determinação.
Público alvo do EAD
O público alvo do EAD são aquelas pessoas que possuem pouco tempo livre e que precisam conciliar emprego e estudo, além de muitas vezes ainda terem que cuidar das atividades rotineiras, como casa e filhos. O EAD atrai este perfil de pessoas, pois é o aluno que monta seus horários de estudo, podendo assim estudar durante a semana ou só nos finais de semana, na parte da manhã, tarde, noite ou até mesmo de madrugada.
O Ensino a Distância é a oportunidade para o crescimento pessoal e profissional com valor bem mais acessível que o de cursos privados presenciais, porém com o mesmo rigor de ensino e com diversas instituições a distância credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC).
Além do mais, o governo tem investido no crescimento do EAD nas Universidades Públicas, o que acaba sendo um maior incentivo de profissionalizaçãoe especialização para aquelas pessoas que não podem pagar por este serviço.
Objetivo do EAD
No EAD encontra-se uma variedade de cursos e instituições, que oferecem qualificação desde níveis técnicos até graduações e pós-graduações. Isto amplia muito mais o campo de atuação e leva oportunidade de aprendizado a pessoas em locais que não têm a possibilidade de cursar o ensino presencial.
O EAD é visto como o elemento de união de pessoas que se encontram em locais distintos, mas que podem se relacionar em tempo real. A vontade de aprender e crescer profissionalmente depende de cada pessoa, mas o que não se pode negar é que hoje em dia existem muitas alternativas para o ingresso em uma instituição e realização de um curso que possibilite a obtenção e conquista de novos caminhos. O EAD veio para acabar com as barreiras existentes no desenvolvimento educacional profissionalizante no Brasil.
Onde estudar
Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC a oferecer cursos superiores EAD:
Universidade Anhanguera (ANHANGUERA)
Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
Universidade de Franca (UNIFRAN)
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
Centro Universitário Distrito Federal (UDF)
Universidade Estácio de Sá (UNESA)
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
Educação à Distância
Por Thaís Ferraz
O desenvolvimento da tecnologia e da internet possibilitou uma série de avanços na educação. Além de facilitar o acesso à pesquisa e à informação, e de proporcionar mais recursos nas salas de aulas e laboratórios, a internet também contribuiu para a expansão de uma modalidade de ensino alternativa: a educação a distância, também conhecida pela sigla EaD.
Foto: © Pixattitude / Dreamstime.com
A Educação a Distância se diferencia da tradicional em diversos aspectos. Na EaD, os alunos e professores estão separados espacial e/ou temporalmente, ou seja, não se encontram presencialmente em uma sala de aula. O ensino acontece pelo intermédio de diversas tecnologias, como a internet e as hipermídias. Além disso, também podem ser utilizados outros recursos, como cartas, rádio, televisão, vídeos, CD-ROMs e telefones. A variedade de cursos que podem ser oferecidos na modalidade EaD é muito grande: é possível obter diplomas desde níveis técnicos até pós-graduações.
Como funcionam os cursos de Educação a Distância?
Para ingressar em um curso EaD, é importante possuir um computador com acesso a internet. Conhecimentos básicos de informática também serão necessários, já que o aluno precisará utilizar sozinho o ambiente virtual.
Cada instituição possui seu próprio sistema e sua própria estrutura, mas a maioria dos cursos segue um roteiro parecido. Os estudantes recebem um login e uma senha, que devem ser utilizados para acessar o ambiente virtual do curso. Neste espaço, os alunos encontrarão ferramentas, cronogramas, trabalhos, provas e materiais de estudo. Durante o curso, os estudantes geralmente podem consultar tutores e professores, além de participar de discussões em fóruns com os colegas. Pela flexibilidade que oferece, o EaD se torna uma boa alternativa para pessoas que possuem pouco tempo livre e/ou que moram em cidades que não possuem centros de ensino.
Embora o EaD utilize uma estrutura completa para ensino através de ambientes virtuais, alguns cursos exigem que os estudantes realizem algumas atividades presenciais, como provas ou apresentações de trabalhos.
EaD no Brasil
A maior parte das instituições de ensino superior brasileiras começou a adotar o Ensino a Distância na década de 90. A primeira legislação específica para educação a distância no ensino superior foi a Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional, de 1996.
Atualmente, inúmeras instituições brasileiras oferecem cursos na modalidade de Ensino a Distância, incluindo algumas universidades federais. O Ministério da Educação (MEC) avalia periodicamente estes cursos. As notas podem ser consultadas no portal e-mec (campo consulta avançada/modalidade EaD).
Leia a opinião de quem utilizou o EaD: Ensino a Distância é opção para quem precisa de flexibilidade
Arquivado em: Educação
O ensino a distância tem hoje uma importância global, pois é uma forma de ensino e aprendizagem que remonta cerca de 200 anos, quando a educação também era ministrada por meio de correspondência. A educação a distância tem se tornado muito adequada para a crescente demanda por educação.
O conceito de educação varia a partir do entendimento de cada estudo na área do ensino a distância. Porém, a maioria dos significados permeiam a essência do EAD, que é uma modalidade educacional na qual o processo de ensino e aprendizagem é gerado sob a condição de separação de professores e alunos. Na maioria das vezes esse processo ocorre através da influência de uma instituição de apoio que fornece os meios adequados de ensino.
O ensino a distância é disponibilizado em um modo de ensino baseado em um conjunto de atividades e recursos para o aluno aprender de forma independente e seguir seu próprio ritmo, local e hora por ele escolhido. Para muitos estudantes da modalidade educacional o elemento definidor de educação a distância é a aprendizagem independente que acompanha o aluno, assistido por vários meios tecnológicos.
Inúmeros conceitos de educação
Os profissionais da EAD usam diversas terminologias para se referir ao conceito de educação. Muitas delas, inclusive, têm o mesmo significado. Veja abaixo alguns termos usados em todo o mundo – Fonte: Adaptação de Litto (2010) e Wikipédia:
Educação a distância
Termo mais amplo, genérico e historicamente mais usado, cuja abreviação é EAD. Educação a distância é uma modalidade que permite o ato educativo através de métodos diferentes, técnicas, estratégias e meios, em uma situação em que os alunos e professores são separados fisicamente e só ocasionalmente se encontram.
Aprendizagem a distância
Sinônimo para educação a distância. A educação a distância é uma forma de ensino em que os alunos não precisam comparecer fisicamente no local de estudo. Neste sistema de ensino, o aluno recebe o material de estudo (pelo correio, e-mail ou outras possibilidades oferecidas pela Internet), permitindo que ocorram novas técnicas educativas e estratégias de aprendizagem voltados para o contexto em que os alunos estão inseridos.
Estudo por correspondência
Esse sistema foi muito usado no século passado, por países da Europa e América do Norte. Cursos eram ministrados com conteúdo via correio. Os estudantes recebiam material impresso, CDs, kits, cd-roms ou DVDs para dar seguimento aos estudos de um curso específico.
E-learning
Esse conceito de educação se refere ao uso de um computador conectado a redes eletrônicas para apresentar ou distribuir algum tipo de conteúdo e atividades ligados à aprendizagem.
Uma continuação do desenvolvimento de “treinamento baseado em computadores” (CBT) e “instrução apoiada por computadores” (CAI).
É normalmente identificada por características de interatividade, métodos colaborativos de aprendizagem, acesso a recursos informacionais variados e avaliação dos aprendizes.
Sinônimo de online learning.
Aprendizagem autônoma
Esse conceito de educação abrange qualquer tipo de estudo a distância.  O termo aprendizagem autônoma refere-se à capacidade de aprender por si mesmo. Vários autores, ao longo do tempo têm se referido a ela com os seguintes termos: auto-aprendizagem, auto-estudo, auto-regulação da aprendizagem, estudo independente, entre outros. Embora o conceito não seja novo, hoje tomou relevância no contexto em que nos encontramos, em que o acesso aberto a informações usadas em ambientes de aprendizagem geram conhecimento.
Aprendizagem blended ou híbrida
Aprendizagem que mistura, ou alterna, métodos presenciais e a distância.
Aprendizagem modo dual
Instituição que oferece educação presencial e a distância.
Aprendizagem auto dirigida
Qualquer estudo a distância cuja ênfase esteja no controle que o aprendiz exerce sobre o ritmo de aprendizagem ou sobre outros aspectos pedagógicos.Aprendizagem não contínua
Numa extremidade, temos aprendizagem totalmente presencial, ou contínua. Na outra, aprendizagem não contínua, ou totalmente a distância. Entre as extremidades, estão todos os pontos intermediários já mencionados.
Aprendizagem distribuída ou flexível
Ambas têm várias definições, às vezes sobrepostas: aprendizagem com uso das tecnologias de informação e comunicação;
Aprendizagem com distribuição dos alunos no espaço e no tempo;
Aprendizagem com relação entre os contextos global e local;
Aprendizagem com aproximação entre educação formal e não formal;
Tudo aquilo que não seja aprendizagem presencial.
Aprendizagem aberta
Aprendizagem caracterizada pela tentativa de romper com as barreiras tradicionais da educação formal, como pré-qualificação, idade mínima ou máxima, local geográfico, disponibilidade em certos dias ou horários. O aluno assume mais responsabilidade pela sua própria educação (escolha de conteúdos, métodos, hora e lugar de participação, momento de iniciar os estudos e tipo de apoio que recebe).
Educação pós-compulsória
Esse conceito de educação refere-se a toda aprendizagem, formal e informal, após o ensino médio, que é obrigatório por lei. É voluntária e inclui tanto o ensino superior quanto a educação continuada e a aprendizagem para toda a vida.
Ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona
O processo de comunicação entre alunos e tutores no e-Learning é desenvolvido através de ferramentas de comunicação que contém os LMS, LMCS, ou outro externo, onde é desenvolvido o curso. Dado os tempos em que a comunicação ocorre, podemos classificar as ferramentas de comunicação em dois grupos: síncrona e assíncrona.
Comunicação síncrona
No que diz respeito à comunicação síncrona, simbolizadas por bate-papo. A sua criação data de 1988, embora o sucesso maciço começou a se popularizar no início do século. Os participantes neste tipo de comunicação tem uma série de características próprias de chat orais, com o uso de computadores. Comunicação que ocorre em tempo real. Exemplo: um telefonema ou uma videoconferência.
Comunicação assíncrona
Comunicação onde as mensagens estão armazenadas em computadores centrais até que o destinatário ache conveniente acessá-las. Por exemplo: emails. A comunicação assíncrona permite a comunicação via Internet entre as pessoas de forma não simultânea.
Quais são os princípios da educação a distância?
Personalização
A educação a distância facilita o desenvolvimento de habilidades do aluno, admitindo que de forma reflexiva, tenha capacidade ativa e produtiva.
Autonomia
Permite que o estudante tenha autonomia de estudo, ou seja, possa gerir suas aulas. Além disso, ter o controle do seu próprio processo de aprendizagem, uma vez que ele próprio é responsável por sua formação.
Abrangência
O ensino a distância não só proporciona aspectos científicos e tecnológicos, mas também sociais e aspectos humanísticos.
Permanência
A educação a distância é um meio adequado para os usuários desenvolverem atitudes proativas e adquirir novos conhecimentos dentro do seu tempo. Essa flexibilidade diminui a desistência e aumenta a permanência do aluno no curso.
Integração
A educação a distância une teoria com a prática como elementos contínuo no processo de ensino, facilitando o desenvolvimento da aprendizagem em situações da vida real e trabalho.
Diferenciação
A educação a distância respeita as características individuais de cada aluno, como idade, nível educacional, capacidade de aprender, experiência, etc.
Flexibilidade
A educação a distância é adequado para atender as necessidades, condições, aspirações e interesses de cada aluno.
Auto-avaliação
A educação a distância incentiva o desenvolvimento da capacidade de auto avaliação dos estudantes.
Conclusão
No artigo de hoje aprendemos os mais diversos conceitos utilizados, pelo mundo, para apontar a educação a distância. Abrangendo não apenas termos extremamente técnicos como também termos utilizados no nosso dia a dia.
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Resumo O artigo apresenta conceitos de educação a distância, destacando suas principais características frente ao modelo de ensino presencial. Por se um sistema de ensino flexível possibilita o acesso ao ensino superior daqueles profissionais que por razões de trabalho ou isolamento geográfico não poderiam freqüentar as escolas presenciais. O estudo defende a aplicação de sistemas de ensino a distância na formação inicial e continuada de professores. Palavras-chave: educação a distância; formação inicial e continuada de professores. Introdução A educação a distância é derivada da evolução do tradicional ensino presencial institucionalizado na sociedade moderna. Ao longo do desenvolvimento da História da Educação, assim como na História da Humanidade, foram superados muitos obstáculos, tanto no sistema produtivo quanto no sistema educacional. Historicamente, a educação está dividida em quatro períodos: no Mundo Antigo, no Mundo Medieval, no Mundo Moderno e no Mundo Contemporâneo (cf. Luzuriaga, 1985). O aparecimento e o desenvolvimento da educação a distância têm início, a partir do Mundo Contemporâneo. Para Litwin (200l), inicialmente através dos cursos por correspondência até chegar aos nossos dias, incorporando o que há de mais avançado em tecnologias da inteligência (cf. Levy, 1998). O mundo atual, resultado de inúmeras transformações na cultura, na economia, no mundo do trabalho, na política, no sistema educacional, enfim, em todos os campos do conhecimento, está mudando muito rápido. Tudo pede atualização constante, ou seja, um tipo de educação contínua ao longo da vida. Nesse sentido Meister (1999), de acordo com estudos realizados, demonstra que a 2 educação a distância é um sistema dinâmico e eficiente, usado largamente para atender às novas exigências de qualificação profissional: uma vez que os indivíduos e suas organizações já estão sempre atualizando informações, pesquisando, gerando novos conhecimentos, produzindo novos produtos e serviços e a educação a distância responde muito bem ao conseguir conjugar uma multiplicidade de recursos pedagógicos e tecnológicos, facilitando e flexibilizando o acesso, sem rigidez de horário e local, para construção do conhecimento. Conceituação histórico-social da educação a distancia Historicamente, a educação a distância é recente, na medida em que sua institucionalização, de acordo com Litwin (2001), data do final do século XIX, nos Estados Unidos e Europa, com os chamados cursos por correspondência sem nenhum valor acadêmico, entretanto: Em 1892, a Universidade de Chicago instituiu um curso por correspondência, incorporando os estudos da modalidade na universidade. (...) a Calveft, em Baltimore - desenvolveram cursos para a escola primária. Em 1930, identificamos 39 universidades norte-americanas que oferecem cursos a distância (LITWIN, 2001, p.15). A literatura não é precisa em relação a data exata das primeiras experiências formais de ensino a distância, contudo, há registros documentais que em 1840 é fundada a primeira escola por correspondência na Europa/Reino Unido - Faculdades por Correspondências Sir Isaac Pitman (Trindade, 1997). Todavia, continua o autor, efetivamente é a década de 60 que consolida um modelo de ensino a distância a partir da fundação, em 1969, da Universidade Aberta da Grã-Bretanha, mais conhecida como Open University, considerada, nos dias atuais, uma megauniversidade pela complexidade de recursos e diversidade de cursos em diferentes níveis que oferece em todo o mundo (Niskier, 1993, Trindade, 1997, Litwin, 2001). Na busca da conceição e entendimento da educação a distância, sob o ponto de vista de alguns importantes pesquisadores sobre o tema EaD, começando por ser um método alternativo de educação, assim caracterizado por Yalli (1984), é viável pelas seguintes razões:3 a) as escolas tradicionais não atendem de forma efetiva a crescente demanda social para o trabalho; b) o trabalhador, em geral, está sujeito a um regime de trabalho que o impede de freqüentar uma escola formal; c) a necessidade de qualificar pessoas para o trabalho; d) em regiões geográficas dispersas; e e) o trabalhador nem sempre pode ser afastado do local de serviço, no horário de expediente. Aretio (1994), após realizar um minucioso estudo a partir da seleção de dezoito autores, formulou um conceito para a educação a distância caracterizado por ser um sistema tecnológico de comunicação de massa bidirecional, em que a interação pessoal professor/aluno em aula, como meio preferencial de ensino, é substituída por uma ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização tutorial, possibilitando a aprendizagem autônoma do aluno. Armengol (1987) afirma que a educação a distância caracteriza-se principalmente por ter uma população estudantil adulta, relativamente dispersa e massiva. A metodologia dos cursos é orientada para favorecer o estudo independente, através de recursos auto-instrucionais, possibilitando ao aluno ser o responsável pela sua aprendizagem, desenvolvendo o “aprender-a-aprender”. Os materiais possuem “linguagem didática guiada” fazendo assim a mediação pedagógica da construção do conhecimento. Segundo Bordinave (1988) é preciso reconhecer que a educação presencial vem do tempo em que a “palavra, o gesto e o desenho eram os únicos meios de comunicação disponíveis”. Este defende a incorporação dos novos meios de comunicação, como o livro - com a invenção da imprensa em 1453. A partir de então, o papel do professor, como agente educador exclusivo, passou a ser compartilhado com os meios, primeiramente pelo texto didático e posteriormente pelo correio e, depois, pelo rádio, pela televisão e por diversos outros meios mais recentes, possibilitando a ampliação de diversas experiências da educação a distância. Na definição de Keegan (1988) são características da educação a distância: a) separação entre professor e aluno; b) influência de uma organização educacional, especialmente na elaboração e preparação de materiais de aprendizagem; c) uso de 4 recursos de mídia; e) provisão de comunicação em duas vias; f) possibilidade de seminários ocasionais; e g) participação na forma mais industrializada de educação. No conceito de Moore (1996), a educação a distância é a relação de diálogo, estrutura e autonomia que exige meios, técnicos para mediar esta comunicação; funciona como um sistema. A educação a distância é um subgrupo de todos os programas educacionais, caracterizada por grande estrutura, menos diálogo e maior distância transacional e inclui, também, o ensino e a aprendizagem. A essas características Holmberg, por sua vez, indica que uma das principais características da aprendizagem a distância é que - ela atribui papel fundamental ao exercício da autonomia do aprendente. Nesse sentido, o estudante assume parcela maior de iniciativa de sua própria aprendizagem, definindo seu próprio ritmo e período de estudo, inclusive alterando a seqüência dos conteúdos (apud Alava, 2001, p.74). Holmberg (1995) desenvolveu a teoria da interação e comunicação a partir de três décadas, trabalhando e pesquisando sobre educação a distância, cujos sete princípios são os seguintes: a) o coração do ensino é a interação entre aqueles que ensinam e os que aprendem; b) relações pessoais, prazer do estudo e empatia entre estudantes e aqueles que os apóiam (tutores, professores, etc.) são centrais para o aprendizado em educação a distância; c) o envolvimento emocional no estudo e os sentimentos da relação entre essas partes são as que mais contribuem para o prazer da aprendizagem; d) o prazer de aprender apóia a motivação do estudante; e) a participação nos processos de decisão relativos ao estudo é favorável à motivação do estudante; f) a forte motivação do estudante facilita o aprendizado; g) enquanto meio de efetivo de treinamento, a educação a distância corre o risco de levar ao mero aprendizado e reprodução de “verdades” aceitas. No entanto, isso pode ser organizado e realizado de uma maneira que os estudantes sejam encorajados a pesquisar, criticar e identificar opiniões por sua própria conta. Gutierrez e Prieto (1994, p. 46-60), defendem a existência de programas alternativos através da educação a distância, contudo chamam atenção para o seguinte: 5 No que se refere aos sistemas de ensino à distância tradicionais, partimos da evidência comprovada de que estão longe de ser prazerosos e lúdicos; antes, pelo contrário, por sua própria estrutura organizativa, pede-se dos estudantes muita força de vontade, sacrifício, disponibilidade e hábitos de estudo. Para que funcione tal qual está estruturado, o ensino à distância apela e tem de contar com a responsabilidade, e a capacidade de autonomia e autocontrole, a liberdade, a independência e o desejo de se comprometer do estudante. (Gutierrez e Prieto, p. 58). A fim de dinamizar as propostas de educação a distância os autores consideram indispensáveis as seguintes características na preparação, no planejamento e na execução de cursos a distância, evitando-se de acordo com os autores a mecanização das informações pelos estudantes e abrindo caminhos para uma aprendizagem verdadeiramente autônoma e criativa, fundamental para o exercício plena da cidadania participativa. Sinalizando também favoravelmente à educação a distância, pela flexibilização do acesso, pela flexibilização do ensino e pela flexibilização da aprendizagem, e ainda flexibilização da oferta de cursos proporcionada aos estudantes, Belloni, (1999, p.105-6) tem a seguinte opinião: Flexibilização do acesso, numa perspectiva de democratização das oportunidades, que significa fundamentalmente rever e tornar menos restritos os requisitos de acesso ao ensino (especialmente o ensino superior). Num país como o Brasil, esta flexibilização exigiria esforços no sentido de expandir a oferta de cursos de preparação, de criação de espaços de estudos (centros de recursos) e de disponibilização a preços muito baixos dos materiais pedagógicos. Flexibilização do ensino, numa perspectiva de promover o desenvolvimento das habilidades de auto-aprendizagem, o que implicaria a oferta de cursos diversificados e modularizados, com o uso adequado de mídias em blocos coerentes, e de materiais efetivamente concebidos para autoaprendizagem, que pudessem ser utilizados por estudantes do ensino presencial e a distância. Flexibilização da aprendizagem, no sentido de exigir do estudante mais autonomia e independência, propiciando o desenvolvimento de sua capacidade de gerir seu próprio processo de aprendizagem. Flexibilização da oferta de cursos em função das demandas sociais, numa perspectiva de educação ao longo da vida, o que implicaria um grande esforço de transformação dos atuais sistemas educacionais. Esses argumentos são reafirmados por outros autores, sinalizando a tendência da formação para os próximos anos, indicando para uma rápida expansão 6 da “formação na linha de sistemas de aprendizagem flexível, aberta, à distância e de acordo com os modelos pedagógicos da autoformação”. (Sancho, 1998, p.202). Em meio a tantas mudanças, o prazo de validade da informação tem ciclo de vida cada vez mais curto, isto gera uma necessidade cada vez maior de especialização na formação inicial e de re-qualificação profissional na formação continuada ao longo da vida, atributo cada vez mais exigido na sociedade atual. Dessa forma, não há diferença entre trabalho e aprendizagem uma vez que, tudo ou quase tudo que aprendemos ou fazemos hoje, terá que ser atualizado amanhã, isso vale para o chão-de-fábrica, aos níveis médios e estratégicos das organizações, sejam elas da indústria ou serviços, como é caso da educação. O livro de Sancho (1998, p. 204) traz uma análise de diferentes experiências de aprendizagem com tecnologias interativas e pode-se afirmar que a formação com a aplicação destas tecnologias apresentaas seguintes vantagens: 1. Redução do tempo de aprendizagem. A partir de uma análise real de grande quantidade de experiências de aprendizagem com tecnologias interativas, pode-se afirmar que o tempo investido na aprendizagem pode chegar a ser reduzido em 50%, devido a diferentes fatores: a) a autonomia anima o aluno a selecionar o roteiro mais eficiente; b) a combinação de sistemas de apresentação de conteúdos reduz o esforço de compreensão; c) a oportunidade de uma interação imediata permite um reforço constante na aquisição de conteúdos; d) a flexibilidade deste sistema permite desenvolver diferentes estilos de aprendizagem que maximizam a eficiência do processo de aquisição de conhecimentos. 2. Redução do custo. Quanto maior o número de estudantes que usarem um mesmo sistema, mais rentável será o investimento inicial em projeto e produção. Aprendizagem por meio de tecnologias interativas é, justamente, suscetível de chegar a um grande número de destinatários e, portanto, a relação investimento! Estudante é significativamente reduzida. Também são eliminados os custos de deslocamentos. 3. Coerência da instrução. A qualidade e o nível de instrução são constantes, não há flutuações. 7 4. Intimidade. Os estudantes sentem-se livres para fazer perguntas que teriam dificuldade em fazer diante do grupo. Trata-se de um sistema que sempre pode dar resposta e permite incidir em um mesmo aspecto ou questioná-lo tantas vezes quantas o estudante precisar. 5. Domínio da própria aprendizagem. É possível adquirir conteúdo gradativamente de forma que, se o aluno assim o decidir, pode não passar para um novo objetivo enquanto não consolidou o anterior. Cada um decide o que deseja aprender. Portanto, fica garantida a adaptação às necessidades individuais. 6. Aumento da retenção. A oportunidade de uma interação constante reforça significativamente a aquisição de conhecimentos. 7. Aumento da segurança. Os sistemas interativos permitem simulações e experimentações que não oferecem nenhum tipo de risco nem de despesas para o aluno como poderia ocorrer no caso de trabalhar itens como as explosões químicas, as drogas, etc. 8. Aumento da motivação. Estes sistemas exigem um forte envolvimento dos alunos e uma boa capacidade de resposta. Também favorecem a concentração. 9. Acessibilidade. Os sistemas interativos proporcionam um amplo e igualitário acesso à educação de qualidade. Em decorrência da capacidade de simulação, permitem desenvolver experiências que, de outra forma, seriam muito dispendiosas ou impossíveis de realizar, como por exemplo, a simulação de um laboratório. 10. Aprendizagem estimulante. Os sistemas interativos contribuem para que o aprendiz tenha maior controle e maior responsabilidade sobre o seu processo de aprendizagem. Desta forma deixa de ser um sujeito passivo para passar a ser o protagonista na aquisição de novos conhecimentos. Ou seja, trata-se de sistemas que contribuem para “aprender a aprender”. Além disso, possibilita-se o trabalho cooperativo. Conforme leituras realizadas as bases legais da Educação a Distância no Brasil tem sua origem na LDBEN 9.394 de 20.12.1996, pelo Decreto 2494 de 10.02.1998, Decreto nº 2561 de 27.04.1998 e na Portaria Ministerial Nº. 301 de 8 07.04.1998, até então essa modalidade ensino na havia merecido por parte do poder público nenhum tipo de regulamentação em lei ordinária. Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (Decreto 2.494, de 10.02.1998). Como se observa a legislação brasileira definiu “educação a distância” para designar a forma de ensino em que professor e estudante não precisam estar no mesmo lugar e ao mesmo tempo para que a aprendizagem ocorra, dessa forma, a terminologia adotada neste trabalho será a oficial, ainda que muitos autores retratados neste artigo tenham usado outras expressões: ensino a distância, aprendizagem a distância, aprendizagem, aprendizagem aberta e aprendizagem aberta e a distâncias, estas expressões são usadas como sinônimo pelos autores. Para Litwin (2001), a educação convencional assentada em edifícios escolares pode ser ‘vista’ e inferida pela sociedade a partir de múltiplas dimensões. O mesmo não ocorre na educação a distância. Embora exista nessa modalidade lugares físicos estabelecidos para o desenvolvimento de determinadas atividades, o espaço não cumpre as mesmas funções simbólicas que na educação presencial, na media em que a sala de aula é desterritorializada, ou seja, o estudante pode estudar em que hora e local serão mais apropriados. Dessa forma, manifesta-se a teoria da autonomia e independência formulada por Wedemeyer & Moore, “os adultos são, por definição, autoresponsáveis e, de acordo com isto, têm o direito a decidir sobre o quê e o como de sua educação” (apud Aretio, 1994, p. 66). Esse princípio se aplica ao grupo de professores amazonenses que irão fazer parte da clientela beneficiada da proposta de educação a distância para a DA. A escolha dos meios terá importância significativa no desenvolvimento das estratégias pedagógicas na educação a distância, (cf. Magalhães, 1988; Rodrigues, 1998; Spanhol, 1999; Levy, 1999; Litwin, 2001) e a mediação pedagógica será realizada usando distintos recursos tecnológicos. O suporte tecnológico viabilizará a comunicação a distância entre professores e tutores, entre alunos e alunos, e todos entre todos. Dessa forma o estudante contará com o auxílio desses recursos quando precisar tirar dúvidas ou fazer alguma consulta. 9 Nesse sentido Litwin afirma o seguinte: Um tema recorrente dos novos materiais, sejam páginas web ou os clássicos textos impressos da educação a distância, nas novas universidades de todo o mundo, é a orientação dos estudantes por meio da figura do tutor. (...) Dado o impacto das novas tecnologias na modalidade, as atuais propostas de tutoria foram substituindo os clássicos encontros presenciais pela utilização de canais de comunicação como o correio eletrônico. (Litwin, 2001, p.21). Por outro lado, para superar a desvantagem ocasionada pela ausência da figura do professor, Magalhães (1988) sugere a aplicação de estratégias a fim de minimizar tais deficiências: a) elaboração de guias de estudo bem redigidos e estruturas que permitam ao aprendente conhecer claramente quais objetivos do curso e as atividades a serem desenvolvidas; b) maior presteza na resposta aos pedidos de esclarecimento de dúvidas ou orientação suplementar feita pelos alunos; c) rapidez na avaliação dos trabalhos e pronta comunicação dos resultados aos aprendentes; d) utilização de um mix de meios à disposição dos alunos; e) participação nos encontros organizados para reunir, face-a-face, professores, tutores e alunos; f) prática de estudo em grupo, com colegas que residam no mesmo bairro ou cidade. De acordo com Sancho (1998), a elaboração de materiais impressos exige cuidados especiais com as seguintes características: As atividades impressas em papel, colocadas à disposição dos estudantes, devem ter enunciados muito claros, simples e breves, é aconselhável que os exercícios sejam curtos e sobre conteúdos precisos, devem estar claramente classificadas segundo o nível de dificuldade, conteúdo, assunto, item, subitem, etc. e claramente codificadas com mensagens visuais (ícones, marcas coloridas, número, letras...), para que o aluno receba todas as informações necessárias para decidir e localizar facilmente a atividade de que necessita ... (Sancho, 1998, p. 191). Concordando com a mesma opinião Preti (1996), justifica da seguinte forma: ... apesar da tecnologia de comunicações à disposição hoje no mundo, a maior parte dos cursos de Educação a Distância utiliza o material impresso como principal via de comunicação e de estudo em seus cursos. Isso por 10 várias razões; em primeiro lugar, é a ele que o aluno dedica mais tempo e o material escrito superaem muito os demais meios na Educação a Distância. (Preti, 1996, p. 82). Formação docente e aplicação de sistemas EaD As educações a distância, como evidenciam os relatos dos autores estudados, configura-se como um sistema aberto e flexível, capaz de atender grandes contingentes humanos em diferentes níveis de ensino e em lugares e tempos distintos. Desse modo, pode ser um aliado para viabilizar a formação de um grande número de professores do ensino fundamental e médio, daí sua importância estratégica em regiões como a amazônica, caracterizada por grandes extensões territoriais, de grande dispersão populacional e com baixo nível de escolaridade da população. A LDBEN/96, em seus Artigos 61 e 62, afirma o seguinte em relação a formação de professores: Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamento: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras. Art. 62. A Formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidade e institutos superiores de educação. (...). A Lei nº. 10.172, de 09.01.2001, que aprovou o Plano Nacional de Educação, em suas Diretrizes, estabelece o seguinte em relação ao Poder Público com relação à educação a distância: E preciso ampliar o conceito de educação a distância para poder incorporar todas as possibilidades que as tecnologias de comunicação possam propiciar a todos os níveis e modalidades de educação, seja por meio de correspondência, transmissão radiofônica e televisiva, programas de computador, internet, seja por meio dos mais recentes processos de utilização conjugada de meios como a telemática e a multimídia. A Lei de Diretrizes e Bases considera a educação a distância como um importante instrumento de formação e capacitação de professores em serviço. Numa visão prospectiva, de prazo razoavelmente curto, é preciso aproveitar melhor a competência existente no ensino superior presencial para instrumentalizar a oferta de cursos de graduação e iniciar um projeto de universidade aberta que dinamize o processo de formação de profissionais qualificados, de forma a atender as demandas da sociedade brasileira. ( Plano Nacional de Educação). 11 A formação inicial e continuada de um profissional da educação deve ser estimulada a aprender o tempo todo, a pesquisar, a investir na própria formação e a usar sua inteligência, criatividade, sensibilidade e capacidade de interagir com outras pessoas. Logo, esta formação só é conseguida em cursos de nível superior. (Perrenoud, 2000). Para Moraes (1997) é preciso agregar outros contornos epistemológicos aos currículos das escolas para dar sentido e desenvolver uma prática reflexiva permanente nos cursos de formação de professores, e defende o seguinte: A pedagogia reflexiva pressupõe uma educação voltada para a qualidade do 'pensamento superior que está sendo gerado e, em decorrência, para a qualidade do conhecimento que está sendo produzido, transformado e aplicado no pensamento. Quando falamos no pensamento de ordem superior, estamos nos referindo ao desenvolvimento de competências de grau superior relacionadas à compreensão, ao desenvolvimento do pensamento analítico e abstrato, dos pensamentos critico e criativo, da flexibilidade de raciocínio, da riqueza e da coerência dos recursos utilizados. Todos esses aspectos são condições fundamentais para a construção de conhecimentos mais elaborados para que os indivíduos sejam capazes de solucionar problemas, apresentar um melhor desempenho profissional, que atenda aos novos padrões tecnológicos, às novas exigências do mercado de trabalho e de participação, no mundo atual. Estamos preocupados em assegurar a capacidade de sobrevivência do individuo num mundo de incertezas, imprevistos, mudanças bruscas, novas capacidades de criar, criticar, questionar e aprender de forma mais significativa, bem como novas maneiras de viver e conviver”. (Moraes, 1997, p. 215). Nessa perspectiva, a formação docente deve levar em conta um novo perfil de profissional no âmbito da escola. Dessa forma, a prática pedagógica do professor refletirá na vida profissional dos estudantes, futuros profissionais, num mundo marcado por mudanças e possibilidades. Para tanto, o profissional da educação deve ser formado em um currículo mediado por novos conteúdos epistemológicos, na medida em que a escola e seus profissionais não são indiferentes às mudanças: Com relação aos alunos do ensino fundamental e médio, é preciso que aprendam a valorizar o conhecimento, os bens culturais, o trabalho e a ter acesso a eles autonomamente; a selecionar o que é relevante, investigar, questionar e pesquisar; a construir hipóteses, compreender, raciocinar logicamente; a comparar, estabelecer relações, inferir e generalizar; a adquirir confiança na própria capacidade de pensar e encontrar soluções. (PDC/MEC, 2000, p.13) Desenvolver a prática da pesquisa, no interior da escola é uma tarefa que exige o delineamento de um novo projeto pedagógico para a formação dos novos 12 formadores, ou seja, quando se fala em mudanças é preciso incluir a escola nesse processo natural de mudanças da sociedade, porém, é preciso materializar essas mudanças no interior dos currículos dos cursos de formação de professores. Assim, procura-se produzir mudanças nas escolas, com a crença perseguida desde o século XVI por Lutero e Comenius, com Rousseau lançando as bases da pedagogia moderna, através da publicação de Emílio, em 1762, manifestando a preocupação em como tornar uma criança num adulto bom através da vivência social e política; com Adam Smith em A Riqueza das Nações defendendo a educação básica, o ingresso no processo produtivo da sociedade moderna e a defesa da escola como requisitos necessários. Hoje, continuamos a nos preocupar em melhorar a escola através da qualificação dos professores e dotando as escolas com recursos tecnológicos, com a intenção de formação de crianças, jovens e adultos para a convivência social e usufruto dos bens culturais e naturais com responsabilidade planetária em uma cultura globalizada. Considerações finais e preocupações em relação à educação a distância Analisando a trajetória da educação a distância, com um olho no texto e outro no contexto, alguns pontos foram identificados como negativos, ainda que a grande maioria da argumentação dos autores estudados indiquem ser a educação a distância vantajosa em relação ao ensino presencial tradicional, porém, algumas preocupações emergem a partir dos seguintes pontos: a) a separação entre professor e o aprendente e a produção de materiais “pré-empacotados” podem deslocar o enfoque da tomada de decisões sobre o currículo do aprendente para a instituição e seu staff; b) os pacotes pré-preparados de materiais de cursos exercem uma autoridade indevida para muitos estudantes, que se tornam, conseqüentemente, menos aptos a questionar o que aprendem; c) os cursos tendem a ser demasiado pesado em termos de conteúdos, o que podem encorajar os estudantes a enfocarem a digestão dos conteúdos em detrimento da busca dos significados e da aplicação dos conhecimentos; d) os cursos em geral fornecem os materiais de referência prescritos, o que é lógico e útil para estudantes isolados em casa (e de fontes de informação), mas 13 isto não os encoraja a buscar suas próprias fontes ou desenvolver ‘competências de biblioteca’; e) pacotes de cursos, produzidos centralizadamente, têm dificuldade de incluir a infinita variedade de tipos de tutoria e serviços de apoio demandados pelos aprendentes e oferecem pouco para suas diferenças individuais de experiências e necessidade de estilos de aprendizagem; f) embora a maioria das universidades abertas ofereça acesso a serviços de tutoria e mesmo atividades presenciais de apoio, faltamaos estudantes um retorno imediato vindo de uma interação mais regular com outros estudantes e com os tutores, o que os torna menos aptos à reflexão, à discussão ou ao questionamento com relação aos conteúdos da aprendizagem; g) a ausência de contato com o ambiente de estudo da escola para a casa e o isolamento com relação aos colegas podem não estimular as condições de estudo. Referências ARETIO, Lorenzo G. Educación a distancia hoy. Coleción permanente. Madrid: UNED, 1994. ARMENGOL. Casas. M. Universidade sin classes: educación a distancia en America Latina. Caracas: OEA/UNA/Kapelusz, 1987. BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. São Paulo: Autores Associados, 1999. BORDINAVE, Juan E. Diaz. Pode a educação distância ajudar a resolver problemas educacionais no Brasil? In: Revista Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro: v. 17, p. 31-38, 1988. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/96 de 20.12.96. BRASIL. Referencial Pedagógico e curricular para a formação de professores da Educação Infantil e séries iniciais do Ensino fundamental. Documento Preliminar. Brasília: MEC, 1998. 14 BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia. Brasília: MEC, 1999. BRASIL. INEP/MEC - www.inep.gov.br GUTIERREZ, Francisco & PRIETO, Daniel. A mediação pedagógica: educação à distância alternativa. Trad. Edilberto M. 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Resumo: As correntes educacionais tradicionais passam por um processo de transformação. Esta pesquisa aborda conceitos sobre Educação à distância (EAD), Educação Corporativa e eLearning, além de alguns viés desse novo modelo de educar e aprender que o mundo contemporâneo oferta. O e-learning se apresenta como uma ferramenta estratégica para as corporações aliando o custo/benefício e tempo para o desenvolvimento profissional e pessoal. Neste sentido, explorou-se as vantagens e desvantagens, as principais formas de implementação, os principais resultados alcançados, fazendo um resgate histórico do surgimento desses novos recursos educacionais a partir de análises bibliográficas. Palavras chave: Educação à
1 Introdução Apresenta-se neste artigo um resgate histórico sobre a educação corporativa e a partir desta análise fazer uma ligação com o e-learning, apontando como se deu o seu surgimento, em qual modelo educacional está fundamentado, e quais os principais instrumentos ou recursos utilizados para esses fins. Essa pesquisa busca compreender como o e-learning, com seu formato diferenciado, esta contribuindo para que exista um contexto educacional com qualidade. Por ser um assunto recente, existe grande especulação com relação às maneiras de utilização dentro das instituições que o oferecem. O e-learning, sendo um sistema de ensino diferenciado e atual, utilizado por instituições e empresas que buscam a capacitação de seus profissionais para que tenham um suporte de conhecimento ao desempenhar suas atividades durante o trabalho. Ele pode ser um processo que permite criar novos ambientes de aprendizagem, transformando a informação, independente de local e hora; integrando formação on-line e gestão do conhecimento. Apesar do pouco referencial existente, possui contribuição significativa para uma educação com qualidade e segundo Figueira (2003, p. 20) “... está prevista a utilização do e-learning como uma das ferramentas para potenciar a criação dessas novas capacidades.” Dentro desse novo modelo de educação, pretende-se compreender suas relevâncias e aplicabilidade com relação aos conhecimentos e os métodos de ensino; em seguida, uma breve explanação sobre os demais modelos educacionais que estão inseridos neste artigo. Com a evolução nos processos a Educação à Distância (EAD) deu início aos cursos por correspondência, com o intuito de disseminar a educação para profissionalizar as pessoas que não tinham acesso ao modelo educacional convencional por terem sido excluídas ou afastadas desse processo no período que deveriam receber a educação básica. Com o passar do tempo à tecnologia foi sendo inserida no campo 3 educacional tomando formatos que estão vigentes no mercado atual, criando novos métodos e modelos de difundir a educação. A Educação Corporativa é outro tema abordado no artigo o qual tem importância na qualificação profissional, dando suporte às empresas. Ela surge como uma opção de educação cômoda, de fácil acesso e sem exigência de escolaridade, com o objetivo maior de profissionalizar independente do grau de instrução. Procura promover a gestão do conhecimento, onde irá desenvolver atitudes, posturas e habilidades, tanto em nível técnico como instrumental. A competitividade do mercado faz com que as empresas busquem a atualização dos funcionários que são alocados de acordo com as necessidades da empresa. Hoje as empresas entendem que o valor do conhecimento esta interligado com o avanço das tecnologias e de nada adianta um alto investimento físico sem o acompanhamento no investimento humano. Nesse sentido, o e-learning (é um termo utilizado para descrever a aprendizagem através de meios eletrônicos) que tem um papel respeitável juntamente com a educação corporativa no âmbito empresarial, surge pela necessidade de baixos custos e capacitação profissional direcionada, além de promover o crescimento pessoal.

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