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Questionário História da Idade Média Oriental

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HISTÓRIA DA IDADE MÉDIA ORIENTAL 
 
1. O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na unidade árabe, 
tem como fundamento: 
a) O politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá. 
b) O culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos. 
c) A concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos inferiores 
d) O monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé 
entre povos que seguiam essas religiões. 
e) O princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte. 
 
2. O califado Omíada significa o rompimento da estrutura do poder da estrutura familiar 
mais próxima ao profeta, sendo num primeiro momento considerado uma vitória dos: 
a) Xiitas 
b) Karaidjitas 
c) Abássidas 
d) Mahuan 
e) Sunitas 
 
3. As principais características da estrutura política do Islã estavam marcadas pela 
figura do profeta. A morte de Maomé, em 632, revelou a resistência de seu legado e a 
inexistência de critérios fixos para a sucessão política. O maior de todos os homens, 
aquele escolhido por Deus para ser o último de uma longa linhagem de homens santos, 
deixou vago o seu cargo de responsável pelas decisões políticas na comunidade. Indique 
as consequências dessa postura de Maomé para a comunidade islâmica após sua morte. 
Resposta: 
 
 
 
 
4. Porque Moawiya introduziu a instituição da sucessão dos califas em linha direta? 
Resposta: 
 
 
 
 
5. Ao compararmos a Arábia pré-islâmica com o Islã, podemos afirmar que: 
a) Houve uma desagregação da unidade política anterior ao islamismo em consequência do fim organização tribal. 
b) A Umma trouxe uma unidade política e religiosa à Península arábica fundamentada 
na liderança carismática de Maomé. 
c) Com a expansão do Islã, acirraram-se os conflitos entre as regiões do norte e do sul da Península Arábica. 
d) A maior dificuldade encontrada por Maomé na difusão de suas ideias foi o conflito existente entre o sedentarismo 
das tribos árabes pré-islâmicas e o nomadismo imposto pelo Islã. 
e) O Islã acirrou os conflitos entre os califas e os imãs. 
 
6. Acerca dos territórios conquistados pelos árabes antes da Dinastia Omíada, marque 
a alternativa correta: 
a) As dinastias das regiões dominadas caíam ou eram eliminadas, mas não eram 
alteradas as instituições que regiam a vida cotidiana. 
b) Assim que tomavam o controle da região, o califa ordenava a construção de uma mesquita, representando o novo 
poder presente na região. 
c) Os conquistadores impunham a fé islâmica e executavam os que resistiam à conversão, resultando no 
desaparecimento do cristianismo local. 
d) Os cristãos, judeus e adeptos de religiões politeístas tinham suas vidas poupadas, mas eram exilados para terras 
para além dos territórios conquistados. 
e) Os chefes militares árabes se reunião com as elites locais e negociavam novos impostos e reformas jurídicas de 
viés islâmico. 
7. Deixai os que outrora estavam a se baterem, impiedosamente contra os fiéis, em 
guerras particulares, lutarem contra os infiéis...Deixai os que até aqui foram ladrões, 
tornaram-se soldados. Deixai aqueles que outrora se bateram contra os irmãos e 
parentes, lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram 
mercenários, a baixos salários receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a 
terra que vós habitais, fechada por todos os lados pelo mar e circundada por picos e 
montanhas, é demasiadamente pequena para vossa grande população: a sua riqueza 
não abunda, mal fornece o alimento necessário aos seus cultivadores...Tomai o caminho 
do Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmo...¿ 
(HUBERMAN, Leo. Papa Urbano II. In: História da riqueza do homem. São Paulo, Zahar 
Editores, 1983, p. 28). Expedições de cunho religioso-militar, as Cruzadas 
representaram uma contra-ofensiva cristã destinada a combater o avanço muçulmano. 
Observando as palavras do Papa Urbano II, contida no texto acima, marque alternativa 
que apresenta informações incorretas sobre essas expedições: 
a) (Pode-se apontar como resultados dos movimentos das cruzadas a abertura do Mediterrâneo ao comércio europeu, 
a organização de Estados Cristãos nas terras conquistadas dos muçulmanos e a fundação de novas ordens religiosas 
como a dos cavaleiros templários, dos hospitalários e dos religiosos soldados. 
b) Incentivadas pela Igreja Romana, as Cruzadas serviram de importante instrumento 
no projeto de expansão do Cristianismo, da conquista de locais sagrados no Oriente 
e na afirmação da supremacia do Papado sobre todo o mundo conhecido. 
c) O movimento que deu origem às Cruzadas se remete à proibição imposta pelos turcos seldjúcidas aos cristãos de 
peregrinar ao local conhecido como Terra Santa. 
d) A primeira Cruzada foi organizada após o apelo do Papa Urbano II ao Concílio de Clemont. Dessa cruzada, surgiram 
as Cruzadas dos Mendigos e a dos Senhores. Estas geraram em Constantinopla um grande horror, mas mesmo 
assim contaram com o apoio do Basileu e do Patriarca. 
e) As Cruzadas, apesar de terem um cunho religioso militar, serviram também como uma forma de aliviar a Europa 
das pressões das disputas por poder. A retomada e conquista de outras regiões pelos cruzados, era uma 
oportunidade para proporcionar ao feudalismo maiores condições de sobrevivência. 
 
8. As Heresias são doutrinas ou linhas de pensamento contrárias ou diferentes de um 
credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha(m) um sistema 
doutrinal organizado vigente e hegemônico. No caso do Império Bizantino, elas foram 
muito comuns e podemos citar três correntes, que divergem acerca da natureza do 
espírito santo, a saber: 
I. Há em Jesus Cristo duas pessoas distintas, uma humana e outra divina, completas de tal forma 
que constituem dois entes independentes. (Nestorianismo) 
II. Proclama a união quase completa das duas naturezas em Cristo, praticamente negando o 
caráter humano do filho e, portanto, vendo-o como uma só natureza, a divina. (Monofisismo) 
III. Pai e filho são da mesma substância: negava-se, assim, a sua consubstancialidade. 
(Arianismo) 
 
As características supracitadas referem-se especificamente as seguintes 
doutrinas tomadas como heréticas: 
a) I - Arianismo, II- Nestorianismo e III - Monofisismo 
b) I - Nestorianismo, II- Monofisismo e III - Arianismo 
c) I - Nestorianismo, II- Arianismo e III – Monofisismo 
d) I - Arianismo, II- Monofisismo e III - Nestorianismo 
e) I - Monofisismo, II- Nestorianismo e III -Arianismo 
 
9. O que é a Sharia para o Islã? 
a) Punição maior prevista na lei islâmica, na qual o infrator é submetido a um violento castigo físico, normalmente 
chibatadas. 
b) Deveres religiosos a serem cumpridos por todo muçulmano, sobretudo aqueles relacionados aos Cinco Pilares do 
Islã. 
c) Conjunto de restrições alimentares inspiradas nos costumes judaicos, tal como a proibição da ingestão de carne 
de porco. 
d) Único tribunal mundano considerado justo para o julgamento de crimes cometidos por muçulmanos. 
e) Código normativo fundamentado nos ensinamentos e exemplos de Maomé que inclui 
a jurisdição tanto civil como criminal. 
10. No Império Bizantino, os __________ eram os principais defensores do uso de 
representações de Cristo e dos santos em imagens durante o vigor da controvérsia 
iconoclasta. 
a) Habitantes das cidades 
b) Monges 
c) Funcionários imperiais 
d) Comerciantes 
e) Aristocratas 
 
11. Estão entre os problemas enfrentados por Justiniano durante o seu reinado: 
a) O descontentamento permanente de várias províncias por razões econômicas e 
religiosas 
b) A ameaça omíada; 
c) Uma grande rebelião lideradapor Vespasiano; 
d) As migrações das tribos mongóis 
e) Os ataques pessoais a sua religiosidade monofisista. 
 
12. Qual foi a dinastia califa que substituiu a dinastia Omíada em 750? 
a) Seldjúcida 
b) Umayyad 
c) Abássida 
d) Franj 
e) Córdoba 
 
13. Como uma das características da mudança da dinastia dos omíadas para os 
abássidas no século VIII, temos: 
a) O abandono do título de imã pelos califas abássidas. 
b) Uma desaceleração no ritmo da expansão muçulmana. 
c) A extinção da figura do califa como chefe religioso. 
d) A extinção do princípio de hereditariedade para regulamentar a sucessão dos califas. 
e) A mudança da capital do Império muçulmano da cidade Damasco para Bagdá. 
 
14. A pregação de Maomé fez-se inicialmente em Meca, e atemorizou os 
coraixitas, guardiões da Caaba e beneficiados com o comércio caravaneiro. A 
principal preocupação de Maomé foi: 
a) Estabelecer uma doutrina sincrética, que pudesse ser assimilada tanto pelos beduínos do deserto, como 
por cristãos e por judeus. 
b) Desenvolver uma doutrina que promovesse a unificação religiosa, 
favorecendo a unidade política, necessária para superação das grandes 
dificuldades dos árabes. 
c) Criar condições para o expansionismo árabe que possibilitasse o enriquecimento dos povos beduínos, 
marginalizados no deserto 
d) Promover uma aliança entre as cidades árabes para combater os beduínos, que viviam na pilhagem e 
impediam o desenvolvimento comercial. 
e) Destruir o predomínio comercial em Meca, em benefício da cidade de Medina, que o adotou. 
 
15. Sobre a dominação islâmica na Península Ibérica podemos afirmar que: 
I - Judeus e Cristãos foram perseguidos e massacrados. 
II - O sistema judiciário durante o governo Omíada na Península evitava a condenação de 
cristãos. 
III - Esteve constantemente inserido nas relações entre mundo Islâmico, negociando 
produtos provenientes da rota do saara com o restante da Europa. 
IV- Não ocuparam de fato a Península, ficando esta em sua maior parte abandonada e 
isolada tanto do mundo islâmico oriental, como do cristão ocidental. 
 
Estão corretas: II e III 
16. O Grande Cisma do Ocidente-Oriente, foi o cisma que separou definitivamente a 
Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa. O cisma ocorreu no século XI, mais 
especificamente no ano de 1054, na cidade de Constantinopla. Baseado nessas 
informações, quais foram as causas do Cisma entre as duas Igrejas? 
a) O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs justifica-se somente na disparidade religiosa de ambas, cultivadas 
ao longo de séculos. A oeste, uma igreja em profunda relação com o germanismo, a leste, herdeira do mundo 
clássico 
b) O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs justifica-se na diversidade econômica advinda das duas partes do 
Império. Ela foi determinante para o aumento ou diminuição da área de influência das duas igrejas, tendo na força 
econômica oriental, meios de se manter. 
c) O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs justifica-se nas guerras travadas entre ambas, na busca de novos 
territórios para expansão dos valores religiosos de cada uma. 
d) O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs justifica-se na diversidade cultural e 
política muito profundas, cultivadas ao longo de séculos. A oeste, uma igreja em 
profunda relação com o germanismo, a leste, herdeira do mundo clássico. Existia a 
oposição do Ocidente em relação ao cesaropapismo bizantino e acerca da natureza 
do espírito Santo, bem como diferenças linguísticas. 
e) O distanciamento entre as duas Igrejas cristãs justifica-se somente na diversidade política apresentada pelas duas 
igrejas. A oeste, uma igreja em profunda relação com o germanismo, a leste, herdeira do mundo clássico. Existia 
a oposição do Ocidente em relação ao cesaropapismo bizantino e acerca da natureza do espírito Santo, bem como 
diferenças linguísticas. 
 
17. Todo período histórico tem no seu cerne transformações marcadas por 
continuidades e rupturas, de modo que nunca os sucessores são algo realmente 
novo, e o antigo é o fim, ou queda de toda uma Era. Apoiado neste raciocínio 
apresente e explique um dos elementos que rompem com o passado e um dos 
que exprima continuidade na transição entre Antiguidade e Idade Média. Para 
construir o gabarito em um curso de Idade Média Oriental o professor deve exigir 
que conste as seguintes ideias, exceto: 
a) O norte da África, tradicional celeiro romana, foi uma das áreas em que a ruptura foi mais claro, uma 
vez que presenciamos o fortalecimento de grupos locais e as disputas pela dominação da região por 
parte de Vândalos, Bizantinos e árabes durante a expansão Omíada. 
b) Um dos grandes elementos de continuidade é o sistema de negociação e contratação de mercenários 
por parte de Constantinopla, assim como a preocupação em manter a cidade e o seu porto como o 
"centro" do mundo mediterrânico oriental. 
c) Os "bárbaros" continuaram a chegar ao Império do oriente, estepes russas eram a estrada de húngaros, 
búlgaros, eslavos, mais tarde organizados como russos, gerando um cenário de ruptura pela diversas 
contribuições, apesar desses grupos serem claramente influenciados pelo "glamour" bizantino. 
d) O Império Romano do Oriente, mais tarde tratado como bizantino, apesar de parecer uma plena 
continuidade, ele se intitula assim, mas na prática é cada vez mais oriental e comprometido com as 
disputas no oriente. 
e) O islamismo surge como um rompimento definitivo com a antiguidade, tanto 
pelo sistema político como a ascensão de uma nova força no cenário 
mediterrânico. 
 
 
18. Sobre a religião Islâmica, assinale as afirmativas abaixo: 
I - Antes da revolução maometana, os povos árabes eram politeístas. 
II - A Hégira marca o início da religião islâmica. 
III - A tribo dos Coraixitas apoiaram o monoteísmo. 
IV - Maomé e os califas administraram as províncias invadidas na península ibérica. 
 
Estão FALSAS: Apenas as alternativas III e IV 
 
 
 
 
19. "É importante que, sem tardar, os senhores partam em socorro de vossos irmãos 
que moram nos países do Oriente e que já com muita frequência tem reclamado vosso 
auxílio. De fato, como a maioria dentre vós já tem conhecimento, um povo vindo da 
Pérsia, os turcos, invadiu o país deles. Avançou até o Mediterrâneo e, mais 
precisamente, ao que chamamos de Braço de São Jorge. Nas terras da Românica, eles 
aumentam seus territórios continuamente, sem detrimento das terras de cristãos, 
depois de terem-nos vencido em sete ocasiões fazendo-lhes guerra. Muitos tombaram 
sob seus golpes, muitos foram reduzidos à escravidão. Estes turcos destroem as igrejas, 
saqueiam o reino de Deus." Parte do discurso de Urbano II, em 1095, escrito por 
Foucher de Chartres. "Era o Ocidente inteiro, tudo o que existe de nações bárbaras 
vivendo nas regiões situadas entre a outra margem do Adriático e as Colunas de 
Hércules, era tudo isso que emigrava em massa, caminhavam famílias inteiras e 
marchavam sobre a Ásia, atravessando a Europa de uma ponta à outra. Ora, eis que em 
suas linhas gerais a causa de tamanho movimento de populações. Um celta, chamado 
Pedro e de sobrenome Pedro do Coador, tinha partido para venerar o Santo Sepulcro: 
depois de ter sofrido muitos maus-tratos por parte dos turcos e sarracenos." Ana 
Comeno, autora de Aleixíade, a história da vida de seu pai, o Imperador Bizantino Alexis 
Comeno. "Seu rei Balduíno havia reunido um grande exército franco. Ele era parente de 
Rogério, o Franco, que havia conquistado a Sicília e mandou avisá-lo que, tendo reunido 
grande exército, iria até seu país, para de lá fazer a travessia para África, conquistá-la 
e assim tornar-se seu vizinho. Rogério convocou seus companheiros e pediu-lhe que o 
aconselhassem sobre a questão. (...) Setendes a intenção de fazer a guerra santa contra 
os muçulmanos, é melhor conquistar Jerusalém; assim a libertareis de suas mãos e com 
isso vos cobrireis de glória. No que diz respeito à África, existe entre mim e seus 
habitantes existe a palavra dada e tratados a honrar." Ibn al Athir, sobre o início das 
cruzadas. Pensar a interação dos séculos X ¿ XI entre Oriente e Ocidente é uma tarefa 
complexa, devemos observar que existem vários posicionamentos, desde o clássico 
isolamento, até a busca de uma influência mútua. Com o apoio dos textos podemos faar 
que a relação de cristãos e o mundo islâmico nos séculos XI e XII foi: 
a) Tensa. Se considerarmos que as diferenças religiosas e sua força junto a política davam a conotação 
de um clima de guerra. 
b) Pacífica. Bizantinos e árabes eram aliados de longa data e mediavam seus conflitos por relações 
diplomáticas sólidas. 
c) Relativamente conflituosa. Não podemos falar em um grande conflito, mas de 
vários conflitos e alianças muitas vezes independente de aspectos religiosos. 
d) Profundamente conflituosa, uma vez que um via o outro como grande inimigo e polarizava o mundo. 
e) Pacífica se falarmos de cristãos bizantinos. A harmonia é rompida com a chegada dos cruzados em que 
estabelecem no oriente o espaço da guerra santa. 
 
20. Analise as proposições abaixo sobre o Islão: 
1 - A disputa sobre a liderança muçulmana eclodiu imediatamente depois da morte de Maomé, 
mas a divisão do Islã em sunitas e xiitas só se completaram posteriormente. 
2 - Foram os bizantinos que transmitiram ao Islão a herança intelectual da Grécia clássica. Os 
muçulmanos interessavam-se especialmente pelas ciências que consideravam úteis, inclusive a 
lógica, a medicina e a matemática. 
3 - O Islão surgiu como um projeto totalitário de uma religião, uma civilização complexa e um 
compromisso de mobilização social e política, combinando favoravelmente elementos judaicos e 
cristãos com a cultura árabe. 
 
a) Há uma proposição falsa; 
b) Há três proposições verdadeiras 
c) Há apenas uma proposição verdadeira; 
d) Não há proposições verdadeiras 
e) Há duas proposições verdadeiras; 
 
 
21. A codificação da Lei Romana foi a maior realização do governo de Justiniano. O que 
essa codificação representava para as pretensões do imperador? 
Gabarito: Embora apresentada como um retorno às raízes da lei romana clássica, a obra 
de Justiniano remodelou a lei, para que fundamentasse uma monarquia cristã. Ele 
próprio redigiu a maior parte da legislação relacionada com a Igreja e religião. A lei 
romana perdeu quase toda a sua independência. Embora ele continuasse aquiescer à 
ideia de que o imperador como indivíduo estava sujeito à lei, insistia em que, devido a 
seu cargo, ele era a encarnação da lei. A lei foi atrelada à ideologia absolutista da 
monarquia cristã. 
 
22. Saladino foi uma importante figura militar, grande conquistador e figurou em 
diversas crônicas do período de sua atuação e posterior. Descreva, em linhas gerais, a 
respeito do Saladinho. 
Gabarito: Foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou 
a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. Seu domínio se estendia do Egito (onde 
foi nomeado Vizir e sultão a partir de 1775), Síria, Iraque, Mesopotâmia, Iêmen e até Hijaz. Foi 
responsável por reconquistar Jerusalém das mãos do Reino de Jerusalém, após sua vitória na 
Batalha de Hattin. 
Tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. 
Adepto do islamismo sunita, Saladino, doutrinou seu povo a encarar a luta contra a Cristandade 
como uma guerra santa e fundou colégios para o ensino da religião islâmica. Tornou-se célebre 
entre os cronistas cristãos da época por sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos 
sobre o sítio a Kerak em Moab, e apesar de ser a nêmesis dos cruzados, conquistou o respeito 
de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão; longe de se tornar uma figura odiada na 
Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval. 
 
23. No Império Bizantino, os __________ eram os principais defensores do uso de 
representações de Cristo e dos santos em imagens durante o vigor da controvérsia 
iconoclasta. 
a) Habitantes das cidades 
b) Funcionários imperiais 
c) Aristocratas 
d) Comerciantes 
e) Monges 
 
24. A dinastia Omíada governou cerca de 90 anos (661-750) o mundo mulçumano. 
Apesar das medidas tomadas por seu fundador, esteve longe de conhecer uma 
existência tranquila. Houve períodos de extrema agitação política, principalmente 
durante o governo dos sucessores de Moawiya. Considere as seguintes medidas que 
deveriam ter sido tomadas pelos sucessores de Moawiya com o intuito lutar contra as 
revoltas: 
I. enfraquecer simultaneamente a autoridade do califa e conceder aos governadores das 
províncias autonomia e iniciativas bastantes amplas, sem permitir que, com isso, se conduzissem 
como soberano locais; 
II. aprimorar a administração central; 
III. regulamentar a questão das terras conquistas; 
IV. recolher os impostos; 
V. enfrentar problemas sociais e econômicos novos para os árabes. 
 
A fim de lutar contra as cismas, secessões e revoltas, e objetivando integrar ao império 
as terras recém-conquistadas, era imperativo, continuar a obra iniciada por Moawiya, 
ou seja: 
a) I-III-IV-V 
b) I-II-III-IV 
c) II-IV-V 
d) II-III-IV-V 
e) III-IV-V 
25. As diversas transformações econômicas e políticas que se seguiram à queda do 
Império Romano do Oriente levaram os historiadores a convencionarem o ano de 1453 
como o marco do fim da Idade Média e do fim do feudalismo na Europa, fazendo do 
Império Bizantino um grande marco para as descobertas de novas terras, e para o 
desenvolvimento do capitalismo no mundo. À queda de Constantinopla, destaca-se: 
I. Migração de intelectuais bizantinos para a Península Itálica, levando consigo muitos 
conhecimentos da cultura clássica preservada pelos bizantinos, influenciando o 
movimento cultural conhecido como Renascimento. 
II. Aumento nos preços e nos impostos cobrados dos comerciantes europeus que 
compravam na rota do 
Mediterrâneo e o Mar Negro as mercadorias provenientes da Ásia. 
III. Descobrimento de novas rotas para se chegar à Ásia partindo do Oceano Atlântico, 
culminando nos grandes descobrimentos. 
IV. Dependência da região balcânica e da península itálica de toda sua produção própria, 
devido ao processo de fechamento do comércio no Mar Mediterrâneo, no qual os turcos 
otomanos impediram o avanço europeu. 
V. Arrefecimento das disputas religiosas entre Cristãos e Mulçumanos. 
 
São consequências da queda de Constantinopla: I – II – III - IV 
 
26. A expansão mongol significa: 
a) Uma ameaça ao mundo europeu que se une com uma nova Cruzada que se direciona a cidade de Constantinopla 
b) A vitória dos novos cristãos, uma vez que os mongois se converteram ao cristianismo desde a presença dos frades 
cristãos. 
c) A continuidade de um processo de expansão militar rápida e um retrocesso para 
parte das áreas dominadas. 
d) Pouco significou pois o sistema mongol de ataque era de saques e não de dominação. 
e) O fim do mundo Islâmico, que fica sob o domínio do xamanismo mongol até a chegadas das forças turcas. 
 
27. Como uma das características da mudança da dinastia dos omíadas para os 
abássidas no século VIII, temos: 
a) A extinção do princípio de hereditariedade para regulamentar a sucessão dos califas. 
b) Uma desaceleração no ritmo da expansão muçulmana. 
c) A mudança da capital do Império muçulmano da cidade Damasco para Bagdá. 
d) O abandono do título de imã pelos califas abássidas. 
e) A extinçãoda figura do califa como chefe religioso. 
 
28. No contexto da crise do feudalismo, as Cruzadas contribuíram para: 
a) a retomada das terras cristãs em poder dos árabes. 
b) a Igreja fortalecer sua autoridade sobre os senhores feudais. 
c) a aquisição de novos feudos, dinamizando o comércio. 
d) a reabertura do mar Mediterrâneo, dinamizando o comércio entre o oriente e 
o ocidente. 
e) o estímulo da produção agrícola nos feudos. 
 
29. O nascimento do islamismo não é algo isolado. Maomé, os califas "perfeitos", 
as conquistas na Síria, Omíadas, Abássidas, são muitos nomes que se não 
observarmos em um contexto mais amplo é impossível sua compreensão. A 
correta relação é: 
a) Califa é uma instituição típica dos Omíadas, caindo em desuso após a chegada ao poder dos Turcos Otomanos. 
b) Abássidas tem relação com um golpe Xiita, associado a Karaidjitas contra a opressão dos sultanato Xiita dos 
Omíadas. 
c) Omíadas são generais turcos seldjúcidas e assumem o poder, mudando a capital para Bagdá. 
d) Maomé fazia parte de uma importante família de comerciantes e a resistência 
encontrada em Meca esteve relacionada a disputas de clãs. 
30. Acerca dos territórios conquistados pelos árabes antes da Dinastia Omíada, 
marque a alternativa correta: 
a) Assim que tomavam o controle da região, o califa ordenava a construção de uma mesquita, representando o 
novo poder presente na região. 
b) Os conquistadores impunham a fé islâmica e executavam os que resistiam à conversão, resultando no 
desaparecimento do cristianismo local. 
c) As dinastias das regiões dominadas caíam ou eram eliminadas, mas não 
eram alteradas as instituições que regiam a vida cotidiana. 
d) Os chefes militares árabes se reunião com as elites locais e negociavam novos impostos e reformas jurídicas 
de viés islâmico. 
e) Os cristãos, judeus e adeptos de religiões politeístas tinham suas vidas poupadas, mas eram exilados para 
terras para além dos territórios conquistados. 
 
31. Em Meca, Maomé funda o Islamismo ao receber a revelação divina através do Anjo 
Gabriel. Mas o profeta não forçava a conversão. As pessoas passam a converter-se para 
a nova religião, incomodando as elites locais, pois Maomé não descendia de família 
abastada. Assim, executa-se a Hégira (retirada pacífica para um lugar que não é de sua 
origem, mas que o acolhe). Essa Hégira é feita para Medina, cidade fundada pelos 
judeus, que possuía também árabes pagãos. Ao se estabelecer em Medina, Maomé 
mantém algumas tradições judaicas, cristãs e pagãs, que ajudam na enraização e 
Islamismo e sua assimilação. 
I. O culto a Alá; 
II. O rompimento com a tradição politeísta; 
III. O jejum sagrado dos judeus; 
IV. O flagelamento 
V. A peregrinação a lugares sagrados (elemento do paganismo); 
VI. A oração (oriunda do Cristianismo e do Judaísmo); 
VII. A esmola 
Podemos citar como exemplos das adaptações das tradições e religiões locais 
feitas por Maomé que ajudaram na aceitação e assimilação do Islã: 
a) III-IV-V-VI-VII 
b) I-II-III-V-VI-VII 
c) I-II-III-IV-V-VII 
d) I-III-V-VII 
e) II-III-V-VI-VII 
 
32. O que foi o Império Búlgaro? 
Gabarito: Império Búlgaro foi o período na história medieval da Bulgária, durante os quais ela 
teve o poder de ação e extensão territorial comparáveis a de um império. O Império Búlgaro é 
dividido em duas partes: O Primeiro Império Búlgaro e o Segundo Império Búlgaro. Apesar da 
diferença de nomenclatura, os dois "Impérios Búlgaros" formaram um estado único após o período 
de domínio do estado bizantino sobre seu território. 
O Primeiro Império Búlgaro foi criado como resultado de uma expansão da Grande Bulgária para 
o território ao sul do rio Danúbio, e é geralmente descrito como tendo durado entre 632 e 1018, 
quando foi dominado pelo Império Bizantino, apesar da resistência de Samuel. Gradualmente 
atingiu o seu apogeu cultural e territorial no século IX e princípios do século X sob Boris I e 
Simeão, o Grande, quando se transformou no centro cultural e literário da Europa eslava, bem 
como um dos maiores Estados da Europa. 
O estado medieval búlgaro foi restaurado com o Segundo Império Búlgaro depois de uma revolta 
bem sucedida de dois nobres em Tarnovo, Asen e Pedro, em 1185, e existiu até que foi 
conquistado durante a invasão otomana dos Balcãs no final do século XIV, com a data da sua 
subjugação sendo geralmente dada como 1396 ou 1422. 
 
 
33. A pregação de Maomé fez-se inicialmente em Meca, e atemorizou os coraixitas, 
guardiões da Caaba e beneficiados com o comércio caravaneiro. A principal preocupação 
de Maomé foi: 
a) Desenvolver uma doutrina que promovesse a unificação religiosa, favorecendo a 
unidade política, necessária para superação das grandes dificuldades dos árabes. 
b) Criar condições para o expansionismo árabe que possibilitasse o enriquecimento dos povos beduínos, 
marginalizados no deserto 
c) Destruir o predomínio comercial em Meca, em benefício da cidade de Medina, que o adotou. 
d) Promover uma aliança entre as cidades árabes para combater os beduínos, que viviam na pilhagem e impediam o 
desenvolvimento comercial. 
 
34. "Nesta controvérsia, nunca esteve em causa se a arte deveria ou não 
continuar a ser praticada em Bizâncio. O problema era mais premente: dos 
muitos objetos normalmente venerados pelos cristãos, quais eram os 
verdadeiramente aceitáveis para Deus e, por isso, susceptíveis de manter a Sua 
proteção em vez de provocar a Sua ira." 
(BROWN, Peter. A Ascensão do Cristianismo no Ocidente. Lisboa: Presença, 1999. p. 254). 
Na passagem acima, Peter Brown refere-se a uma polêmica presente na 
sociedade bizantina. Qual o nome desta polêmica? 
a) Controvérsia das investiduras 
b) Controvérsia dos escolásticos 
c) Controvérsia ariana 
d) Controvérsia cátara 
e) Controvérsia iconoclasta 
 
35. O Imperador romano Constantino, o Grande (306-37) estabeleceu uma nova 
capital imperial e rebatizou a então Bizâncio de Constantinopla, a cidade de 
Constantino. Até o momento da refundação, Bizâncio era: 
a) Uma cidade oriental costeira com graves problemas políticos 
b) Uma província arábica sem proeminência religiosa 
c) Uma pólis antiga sem importância cultural 
d) Um burgo sem importância econômica. 
e) Uma civitas sem muita importância política 
 
36. O califado Omíada significa o rompimento da estrutura do poder da estrutura 
familiar mais próxima ao profeta, sendo num primeiro momento considerado uma 
vitória dos: 
a) Xiitas 
b) Sunitas 
c) Abássidas 
d) Karaidjitas 
e) Mahuan 
 
37. O Islão, criado a partir da pregação religiosa de Maomé no início do século VII, 
adquiriu claro significado político com a Hégira, migração de Maomé e seguidores de 
Meca para Medina. As relações do Islão com outras religiões e com o Ocidente foram 
marcadas: 
a) Pela expansão territorial e militar do Islamismo da qual a conquista da península 
ibérica é um exemplo, uma vez que os princípios islâmicos pregam a necessária 
difusão de suas crenças mas, também, a tolerância com os povos dominados. 
b) Apenas por conflitos, dos quais a Jihad, ou guerra santa, é um exemplo, uma vez que os próprios 
princípios islâmicos determinaram a guerra contra judeus e cristãos. 
c) Pela influência de técnicas e de conhecimentos do Ocidente sobre o Oriente, da qual as interferências 
linguísticas são um exemplo, uma vez que os princípios islâmicos pregam a ocidentalização do mundo. 
d) Pela capacidade de diálogo e integração, da qual a missa ecumênica é um exemplo, uma vez que os 
princípios islâmicos apresentam-se como síntese do judaísmo e do catolicismo. 
 
38. Descreva em linhas gerais o surgimento do Império Romano do Oriente. 
Gabarito: 
O Império Romano sofreu em diversos setoresque facilitaram sua desagregação, a saber: 
• Sucessivas invasões dos povos bárbaros; 
• Lutas pelo poder entre os chefes militares; 
• Incapacidade de manter as fronteiras do império; 
• Corrupção política; - Incapacidade administrativa dos imperadores após a morte de 
Otávio, que, apesar de alguns deles terem feitos bons governos, nunca conseguiram 
recuperar a riqueza e o esplendor do império. 
Já enfraquecido internamente, o império desagregou-se em 476 com a deposição do 
imperador Rômulo Augusto. Teodósio foi o último imperador a reinar sobre todo o império. 
Após sua morte em 395, seus dois filhos Arcádio e Honório herdaram as duas metades: 
Arcádio tornou-se governante no Oriente, com a capital em Constantinopla, e Honório 
tornou governante no Ocidente, com a capital em Mediolanum (atual Milão), e mais tarde 
em Ravenna. O Estado romano continuaria com dois diferentes imperadores no poder até 
o século V, embora os imperadores orientais se consideravam governantes do todo. O 
latim era usado nos documentos oficiais tanto, se não mais, que o grego. As duas metades 
eram nominalmente, cultural e historicamente, se não politicamente, o mesmo estado. 
O centro administrativo do império tendia a voltar-se mais para o Oriente, por múltiplas 
razões. Primeiro pela necessidade de defesa das fronteiras orientais; depois porque o 
oriente havia se tornado a parte econômica mais vital do domínio romano; por fim Roma 
era uma cidade rica de vestígios pagãos, o que agora era inconveniente num império 
cristão: seus edifícios, sua nobreza senatorial, apegada à religião tradicional. 
Assim Constantino I decretou a construção de uma nova capital, nas margens do Bósforo, 
onde havia a antiga fortaleza grega de Bizâncio, num ponto de grande importância 
estratégica, nas proximidades de dois importantes setores da limes: a região do baixo 
Danúbio e a fronteira do Império Sassânida. A nova cidade, que recebeu o nome de 
Constantinopla, isto é, "cidade de Constantino", foi concebida como uma "nova Roma" e 
rapidamente tornou-se o centro político e econômico do Império. Sua criação teve 
repercussões também no plano eclesiástico: enquanto em Roma a Igreja Católica adquiriu 
mais autoridade, em Constantinopla o poder civil controlou a Igreja. O bispo de Roma 
pôde assim consolidar a influência que já possuía, enquanto em Constantinopla o bispo 
baseava seu poder no fato de ser bispo da capital e no fato de ser um homem de confiança 
do Imperador. 
 
39. Opuseram-se com razão os ______ aos _______, fazendo dos primeiros, os 
campeões do islamismo árabe e dos segundos os de um islamismo multinacional" 
(MANTRAN, Robert. 
Expansão Mulçumana (séculos VII-XI). São Paulo: Pioneira editora, 1977, p. 119). 
Dentro do processo de expansão mulçumana, há duas dinastias de fundamental 
importância histórica-social da propagação da religião islâmica. Com elas deu-se umas 
das principais fases da expansão das identidades do povo árabe e da religião islâmica 
no mundo. Baseado nessas informações, complete a sentença: 
a) Omíadas e Abássidas 
b) Omíadas e Xiitas 
c) Xiitas e Qaysitas 
d) Abássidas e Kharidjitas 
e) Kharidjitas e Qaysitas 
 
 
 
40. O Império Bizantino ou Império Romano do Oriente, sucedeu o Império Romano (cerca de 
395) como o império e reinado dominante do mar Mediterrâneo. Sob Justiniano I, considerado o 
último grande imperador romano, o Império Bizantino se sustentou por tanto tempo por 
intermédio de características que fortaleciam sua unidade. Cite e explique estas características. 
Gabarito: Cultura Helenística; Direito e Organização Romana; Religião Cristã. 
 
41. O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na unidade árabe, 
tem como fundamento: 
a) O politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá. 
b) A concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos 
povos inferiores 
c) O culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos. 
d) O princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte. 
e) O monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé 
entre povos que seguiam essas religiões.

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