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As 7 Leis da Abundância Financeira - Marcos Nascimento

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AS
LEIS DA ABUNDÂNCIA
FINANCEIRA
Marcos G. Nascimento
AS
LEIS DA ABUNDÂNCIA
FINANCEIRA
Viçosa, MG
Editora MEzuzá
Rua Francisco Lopes Galvão, 446 - Serra Verde Viçosa-MG
CEP: 36.570-000 
www.editoramezuza.com
contato@editoramezuza.com
1ª edição, 2015 ??????? exemplares
Revisão: ??????????????????
Criação da capa: ????????????
Projeto gráfico: Marcos R. N. Jundurian
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP,
Brasil)
Agradecimentos
A você, meu novo amigo nessa viagem través da leitura. Obrigado pela
confiança depositada e pela oportunidade de partilhar As 7 leis da abundância
financeira com você.
À minha querida amiga, companheira e esposa Luciene, com quem divido
tudo, feliz da vida, à quinze anos. Te amo mais a cada dia.
À minha filha Lílian – lírios que perfumam minha existência.
Ao meu filho Matheus – o outro homem da casa, um presente de Deus.
Aos Meus pais Erly Jorge e Abelina, de quem recebi a vida e a fé. Devo-lhes
tudo que sou.
Aos meus pastores Sabá e Mariléia Liberal de quem recebo dedicada atenção
e mentoria. Uma dádiva preciosa de Deus para mim.
À Jesus Cristo, meu irmão mais velho que me amou e suportou a cruz por mim,
morrendo a mais terrível morte. Ressuscitou e vive acima de todo nome que se
possa referir no céu, na terra e debaixo dela. Dei-te a minha vida.
Sumário
Introdução ........................................................... 9
Capítulo 1: Destrua o Inimigo da Riqueza .... 15
Capítulo 2: Faça um Diagnóstico Financeiro 35
Os três perfis econômicos ........................... 37
A receita .......................................................... 38
Os gastos ......................................................... 40
Capítulo 3: Corra da Riqueza Errada .............. 45 Os efeitos da má riqueza
............................... 47
Capítulo 4: Economize Tudo que Puder ......... 57 Capítulo 5: Declare
Guerra Espiritual ............ 65
Capítulo 6: Aplique Atos Proféticos ................ 73 Referências
...................................................... 80
Capítulo 7: Conquiste a Verdadeira Riqueza 83
Porque precisamos ser ricos ......................... 87
A melhor aplicação da riqueza ..................... 90
INTRODUÇÃO
Um estudo sobre 300 personalidades de grande sucesso, como Franklin
Roosevelt, Helen Keller, Winston Churchill, Albert Schweitzer, Mahatma
Gandhi e Albert Einstein, revelou que um quarto delas era portador de
deficiência, como cegueira, surdez ou algum aleijamento. Três quartos haviam
nascido na pobreza, vindos de lares destruídos, ou de situações extremamente
tensas e tumultuadas1.
Que alento! Qualquer pessoa pode ser realmente rica, ter paz com Deus, e
viver em abundância financeira se quiser. Entretanto, só um pequeno número
de pessoas, enriquece de fato. Durante os anos, tenho observado que a
abundancia financeira não depende da profissão - em todos os ramos
profissionais há pobres e ricos. Não depende da religião – em todas as
religiões há pobres e ricos. Não depende da genética – há filhos de pobres que
enriqueceram muito e filhos de ricos em extrema pobreza. Não depende da
localização geográfica da pessoa – há ricos na favela e pobretões em
condomínios de luxo. Não depende da época – há pessoas que enriquecem em
tempos de crise econômica e pessoas que ficam financeiramente paralisadas
quando o país cresce. Não depende do conhecimento técnico – há
especialistas em finanças estagnados e analfabetos milionários.
1 Joel Comiskey, Multiplicando a Liderança (Curitiba, PR: Ministério Igreja em Células, 2002), 27.
O que gera abundancia financeira ou pobreza é a mesma coisa – As leis que
governam a relação homem/dinheiro. Todo o universo está organizado para
responder as leis estabelecidas. No mundo físico há leis específicas para
andar e para voar. A lei da gravidade diz que todas as coisas devem cair para
baixo, enquanto a lei da aerodinâmica diz que tudo deve flutuar. Aqueles que
dominam a lei da aerodinâmica voam. No mundo espiritual há leis que
governam o relacionamento entre o homem e Deus. A fé, por exemplo, é uma
lei incrível que habilita o homem para a salvação e para uma vida
extraordinária na terra. Já o amor é uma lei maior do que a fé e assemelha o
homem à Deus. Quando o amor se une à fé em consonância temos uma fonte de
poder ilimitado (Mt 18.19). As leis espirituais dominam sobre as leis físicas e
determinam o destino da vida na terra. Portanto, a compreensão dessa
realidade paralela do espiritual sobre o físico, trará abundância.
introdução
Os homens mais ricos da história respeitaram as leis da abundancia financei
Quando o amor se une à fé em consonância temos uma fonte de poder ilimitado (Mt 18.19).
ra. Jó foi o homem mais honrado e mais rico do oriente (Jo 1), e trafegou da
bancarrota ao topo da vida (Jó 42), através da fé. Aos setenta e cinco anos,
Abraão recebeu o desafio de ser genitor de um povo. Vinte e cinco anos
depois, apesar de Sara, sua esposa, ser estéril e idosa, Isaque nasceu (Gn 21).
Sua determinação elevou-o a posição de patriarca de uma poderosa nação e
dono de tudo que seus olhos podiam alcançar (Gn 13.14.15). Isaque nasceu
num berço de ouro e herdou tudo que pertencera a seu pai multimilionário.
Durante uma crise mundial a fome atingiu a todos, e, muitos povos perderam
tudo que tinham. Isaque, por outro lado, recuperou sua posição e aumen
Sua determinação elevou-o a posição de patriarca de uma poderosa nação e dono de tudo que seus olhos
podiam alcançar (Gn 13.14.15).
tou sua riqueza, tornando-se o homem mais poderoso de mais poderoso de 14).
Séculos mais
tarde, o rei Salomão superou a todos os homens que vieram antes dele, tanto
em sabedoria quanto em riqueza. Por isso, ele dominou sobre todos os reinos
de sua época, e, recebia, presentes e tributos deles (1Rs 4,5).
“As sete leis da abundância financeira” apresentadas neste livro, não eliminam
a necessidade do trabalho. Longe disso! O trabalho agrega valor à vida.
Entretanto, por si só, o trabalho jamais produzirá abundancia financeira se
estas leis forem desconsideradas. A abundância financeira é uma bênção que
confirma o pacto entre Deus e os filhos de Abraão: “Antes te lembrarás do
Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim
de confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê” (Dt 8.18).
Ou ainda, “...Ele é o que te dá força e capacidade para gerar riqueza...”
[KJA]2. O termo “lembrarás do Senhor”, é um código de conduta selado com
um pacto entre o Deus Todo Poderoso e Israel, para andarmos
“ Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim de
confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê” (Dt 8.18).
em prosperidade. Portanto, respeite estas leis e experimente a abundância.
2 Bíblia Kim James Atualizada de 1611, (KJA).
$ primeira lei $
DESTRUA O INIMIGO DA RIQUEZA
O Dicionário Aurélio define miséria como: “Estado de penúria, de extrema
pobreza. Fraqueza, imperfeição, insignificância, necessidade, indigência e
carência”. Todo aquele que experimentou a abundância financeira teve de
identificar, algum dia, esses adjetivos em sua vida.
Obviamente, há diferentes estágios de miséria em cada contexto, e a presença
dessa inimiga não se restringe às classes sociais menos privilegiadas.
Paradoxalmente, é possível encontrar miseráveis em palácios. O espantoso,
porém, é saber que a miséria pode ser uma escolha e não uma sina, como
muitos pensam. Referindo-me a essa questão, não pude deixar de reportar-me
ao passado (especialmente à minha infância), quando vivi momentos de
escassez e necessidade.
Nunca aceitei a miséria, mas ela sempre esteve por perto. Era um hóspede
insistente e inconveniente que se recusava a partir. Eu cresci com a sensação
de impotência em relação a isso, e, por essa causa,me empenhei para
descobrir estratégias para enfrentá-la. Por ter vivido experiências dolorosas
de rejeição e, algumas vezes, ter sido usado como exemplo de pobreza em
grupos de amigos, asseguro-lhe que desejo, apenas, fornecer instrumentos de
transformação.
Binbogami1 é o lendário deus da miséria, para os japoneses. Não há registros
bíblicos desse personagem e não me refiro a ele tentando criar uma nova
doutrina cristã. Resolvi usá-lo apenas como ilustração de uma realidade
presente em muitos contextos.
Acredito que essa lenda japonesa poderá ter um grande efeito didático na
compreensão desse assunto. Esta é a história de Binbogami – o deus da
miséria:
Há muitos e muitos anos, em algum lugar do Japão, vivia um casal que tinha
muitos filhos. Apesar de a família trabalhar bastante, vivia na miséria. Um dia,
desgostosos da situação que nunca melhorava, decidiram deixar de trabalhar.
Quando o inverno chegou, já não havia arroz nem verduras para comer. Todos
estavam sentindo muita fome, e os filhos disseram:
1 www.nippo.com.br/lendasdojapão
– Papai, nós temos muita fome, queremos comer alguma coisa.
– Perdão, meus filhos, eu e a mamãe trabalhamos muito, sempre demos duro,
mas não sei por que sempre fomos pobres. Falei com a mamãe e decidimos
deixar tudo por conta do “seja o que deus quiser”. Se vocês concordarem,
sairemos desta cidade e vamos tentar a sorte em outro lugar
– respondeu o pai.
– Sim, nós vamos embora. Se continuarmos aqui, vamos morrer de fome –
disse o filho mais velho.
Assim, resolveram que se mudariam dentro de três dias e começaram a
arrumar as bagagens. Nessa noite, o pai viu uma criatura estranha em sua casa
e levou um tremendo susto.
– Quem é você? O que faz aqui? – perguntou.
– Ora, sou o Binbogami, o deus da pobreza, e moro aqui – respondeu o ser,
que era meio homem e meio oni (demônio).
– Deus da pobreza? – perguntou o pai, apreensivo. 
Sem retardar, Binbogami respondeu:
– Sim. Vivo há muito tempo nesta casa, mas nem sempre sou visível para
vocês. 
– E o que está fazendo agora?
– Eu vou embora com vocês, por isso estou confeccionando tabizori (calçado
para viagem) de palha de arroz para mim. A viagem pode ser longa, por isso é
melhor eu me prevenir.
– Você também vai embora? – indagou o velho pai, assustado. 
Aparentando tranquilidade e controle da situação, Binbogami respondeu
afirmativamente: 
– Sim, vamos continuar vivendo em harmonia numa nova casa.
Surpreendido com tudo aquilo, à noite, o homem confidenciou tudo à esposa,
contando detalhadamente o ocorrido.
– Então é por isso que sempre fomos pobres! O deus da pobreza mora em
nossa casa.
– O pior – disse o marido – é que ele quer ir com a gente!
– Se ele for conosco, de nada vai adiantar, vamos continuar na miséria. Nesse
caso, é melhor ficarmos aqui! – exclamou a esposa.
Ao amanhecer, o deus da pobreza já estava esperando a família na varanda,
pronto para partir com o pessoal. Incomodado com a demora de seus
anfitriões, fez conhecida sua indignação:
– Puxa, estão demorando demais. Vou fazer mais calçados de palha, para
passar o tempo enquanto espero.
O deus da pobreza esperou o dia inteiro e nada de a família sair com as malas.
No dia seguinte aconteceu a mesma coisa, e ele continuou fazendo calçados
para passar o tempo. Assim, esperou durante alguns dias e acabou fazendo
muitos calçados. Ele até gostou de fazer sandálias, e fazia-as com prazer.
Ao ver os calçados prontos, alguns vizinhos elogiaram, porque eram bem-
feitos e pareciam ótimos para se andar na neve. Ao ouvir os elogios, o deus da
pobreza ficou entusiasmado e passou a produzir mais ainda.
O dono da casa, vendo que todos os achavam bem-feitos, resolveu vender os
calçados. Assim, levou-os até o centro do povoado, trocou alguns por
alimentos e vendeu outros por bom preço. Porém, lembrou-se de que, se o
deus da pobreza continuasse morando com eles, de nada ia adiantar ganhar
algum dinheiro; logo ficariam pobres de novo. Então, resolveu se livrar de vez
de Binbogami.
– Com a venda das sandálias, recebi muito dinheiro. Por isso, vamos fazer
bastante comida – disse o homem ao deus da pobreza.
O jantar daquela noite foi regado a saquê (vinho de arroz) e muitas iguarias. O
homem convidou Binbogami para jantar com a família. O deus da pobreza,
vendo toda aquela fartura, disse:
– Agora que vocês têm muito dinheiro, eu não posso continuar vivendo nesta
casa. Só vou aceitar um pouco de saquê e esta noite mesmo vou embora.
Assim, pouco depois, ele calçou uma bota de palha e foi embora. O casal
ficou muito feliz em se livrar do deus da pobreza.
Antes de dormir, o pai resolveu tomar um banho de ofurô (banho quente de
imersão) para amenizar o efeito do saquê. Porém, no corredor, deu de cara
com Binbogami.
– Você ainda está aqui?
– Eu fui para outra casa, mas não me senti muito bem, por isso resolvi voltar.
O casal se entreolhou e pensou: “O que vamos fazer? Será que nossa sina é
morar sempre com o deus da pobreza? Pensando bem, já estamos acostumados
com a presença dele aqui”.
Assim, Binbogami passava o dia inteiro fazendo sandálias e tomando goles de
saquê. Como a produção era grande, concluíram que logo iria faltar palha de
arroz para fazer sandálias e dar continuidade ao trabalho. Então, resolveram
semear arroz para poderem aproveitar a palha. Passados alguns meses, não
tinham apenas as palhas, mas também enormes cachos de arroz.
– Pelo menos sabemos que, agora, não vai mais faltar arroz para comer – disse
o dono da casa para a esposa.
– Acho que, sob efeito alcoólico do saquê, o poder empobrecedor de
Binbogami foi amenizado... – concluiu a mulher, conformada com a situação.
Conta-se que eles nunca chegaram a se tornar ricos com a venda das sandálias
ou do arroz, mas pelo menos não faltou mais dinheiro e viveram “felizes” para
sempre com o estranho hóspede – Binbogami.
Não podemos negar que esse é o retrato de muitas famílias em todos os
lugares. Eu sei por experiência o que é a miséria. Como pastor, visito lugares
onde cumprimento a miséria antes de atravessar o portão principal. Eu
reconheço que a maioria das vítimas desse espírito é ignorante quanto à sua
existência. Não os condeno por isso, pois eu sei de sua sutileza em cegar
pessoas em relação à própria realidade. Identifico a miséria como um espírito
destruidor e ordinário. No entanto, no contexto da pobreza é possível perceber
uma certa dose de conformismo e muitas justificativas para essa situação:
“A pobreza é uma bênção de Deus”. “A pobreza é um sinal de humildade e
espiritualidade”.
“Prefiro ser pobre a ser rico e infeliz”. “Foi a vontade de Deus eu ter nascido
p o bre”.
“Meu parente rico tem que me sustentar, pois a vida deu a ele mais do que a
mim”.
“Eu me converti e Deus me tirou tudo para eu aprender a amá-lo mais”. “Se o
fulano prosperou, é porque está roubando!”.
“O dinheiro é a raiz de todos os males”. “Deus não se preocupa com o
dinheiro, ele se importa com minha alma”.
“A única maneira de conseguir alguma coisa é sendo desonesto, ficando
endividado, ou jogando na loteria”.
“Vou gastar tudo; amanhã eu consigo mais”.
“Já que não sabemos do amanhã, vamos guardar tudo”.
“Pobre não tem vez”.
“Eu nasci para sofrer”.
Não é difícil admitirmos que há um espírito por trás dessas palavras. Talvez o
Binbogami dos japoneses seja o Mamom de Provérbios 30.15 que Salomão
denomina de Sanguessuga, mas, que em essência é um espírito de miséria:
“A Sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se
fartam, sim, quatro que não dizem: B a s t a ! ”.
A miséria só recebe, nunca dá. Ela sempre está em falta, em dificuldade. A
miséria jamais permite que alguém se valha de sua vítima, para a mínima
ajuda imaginável.
O rei Salomão também não gostava desse espírito e batizou-o de Sanguessuga.
Mas, para eu não ter problema com a sociedade de proteção aos animais
ectoparasitashematófagos, deixo claro que é o espírito de miséria que atua à
semelhança da sanguessuga, e não o contrário.
Meu amigo2, doutor em biologia, deu-me uma aula grátis sobre a ação dos
Hirudíneos – uma classe de sanguessuga:
“A Sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam, sim, quatro que
não dizem: Basta!”.
Seu corpo é achatado, sem apêndices locomotores e com duas ventosas, uma
em cada extremidade. Através das ventosas ela fixa-se na pele, pefurando-a
com dentículos existentes na ventosa. Injetando um anticoagulante associado a
um anestésico, a sanguessuga provoca ferimentos indolores, que sangram
abundantemente.
Eu, que já não sentia qualquer simpatia por essa lesminha, fiquei, agora, com
muita raiva dela.
Meu amigo não gostou que eu, ignorantemente, a chamasse de lesminha,
desconsiderando sua importância medicinal como anestésico e anticoagulante.
Mas, no fim, nos entendemos.
A natureza da sanguessuga ilustra com precisão a ação do espírito de miséria
num determinado contexto. Ela nunca diz basta. Nada lhe é suficiente. Ou, por
outro lado, nunca tem o necessário. Sua constante necessidade a faz desejar
mais, até sugar tudo da pessoa. 
A pobreza é um problema espiritual em todos os termos que se conhece. É a
maior demanda social de todos os tempos, e é onde mais fracassamos como
nação. Avançamos em termos tecnológicos, elevamos os índices econômicos
ao longo do tempo, melhoramos nossas relações internacionais, porém não
conseguimos tanto êxito com a pobreza, porque tratamos apenas dos efeitos e
nos esquecemos das causas.
2 Dr. Paulo Sérgio da Rocha Vargas – FIOCRUZ RJ.
O Evangelho veio para mudar realidades. Pobres não precisam ser pobres
para sempre, como os integrantes das castas pobres indianas. É por isso que o
foco da unção do Espírito Santo sobre Jesus era para que Ele evangelizasse os
pobres (Lc 4.18). Estou convencido de que Jesus evangelizou os pobres para
ajudá-los a vencer toda forma de pobreza que os afastava de seu estado
original em Deus.
É um tanto estranho pensarmos que Deus se alegra em ver o abandono de seus
filhos. Na verdade, Ele deseja reconduzir cada habitante da terra à sua santa
presença, provendo libertação completa na cruz.
É lamentável saber que bilhões de vidas preciosas, jamais ouviram essa
verdade libertadora. Nos últimos anos, em minhas anotações sobre a pobreza
extrema no século XX, observei o seu efeito devastador por todo o mundo.
Para se ter uma ideia, no início desse século a fome atingiu milhões de
pessoas na Índia, em decorrência de más colheitas. Em 1959-61, a fome na
China dizimou um número estimado de 30 milhões de chineses. Entre 1967 e
1970, mais de um milhão de biafrenses morreram de fome. Em 1974, cerca de
300 mil africanos subsaarianos morreram de fome. Entre 1984 e 1985, a fome
voltou a assolar a África subsaariana: morreram cerca de dois milhões de
pessoas, metade das quais etíopes. Já em 1992, enquanto 1,5 milhão de
pessoas eram atingidas novamente pela fome na Etiópia, os alimentos
enviados por entidades humanitárias internacionais eram confiscados pelos
grupos armados em luta, para o desespero delas. Seiscentas mil pessoas,
aproximadamente, morreram de fome no Sudão em 1993. Embora a maioria de
nós nunca tenha sabido, em dezembro de 1995 teve início a maior onda de
fome dos últimos tempos na Coreia do Norte comunista, depois que chuvas
torrenciais devastaram a agricultura do país, e continuaram durante o ano de
1996. No ano seguinte, em fins de 1997 na Indonésia, a fome matou centenas
de pessoas. Um relatório divulgado pelo Departamento de Assuntos
Humanitários da ONU, em abril de 1998, informava que pelo menos em 20
países africanos a população se alimentava unicamente de raízes, folhas e
frutos selvagens; nos períodos mais agudos, cerca de mil africanos morriam de
fome diariamente.
Em 16 de fevereiro de 2011, o Banco Mundial publicou que, em função do
aumento dos alimentos no semestre anterior, surgiram o que a instituição
denominou de novos pobres – um total de 44 milhões pessoas. No dia 16 de
outubro de 2011, outro relatório do Banco Mundial informou que um bilhão de
pessoas passam fome em todo o mundo. Mas isso é apenas a ponta do iceberg.
De acordo com dados da ONU, 20 milhões de crianças morrem de fome
anualmente em todo o mundo. Isso significa que, em média, 37 mil crianças
com menos de 5 anos morrem de fome todos os dias.
A revista Radis (Reunião Análise e Difusão de Informações sobre Saúde), da
Fiocruz, divulgou em 2010 uma matéria sobre “Os efeitos da fome”. Veja você
mesmo o texto na íntegra:
Ninguém morre de fome, pelo menos segundo os atestados de óbito, que
registram apenas as doenças e problemas causados por ela, como infecções ou
falência de órgãos vitais. Após um dia sem comer, a pessoa tende a apresentar
apatia, cansaço e fraqueza. O metabolismo e a pressão tendem a cair,
resultando em sonolência e sensação de frio. O organismo começa a produzir
cetonas, o que causa mau hálito. Após uma semana sem se alimentar, a pessoa
começa a ter câimbras, redução da atividade cerebral, perda de peso e massa
muscular e diminuição do volume sanguíneo, o que dá à pele um tom
amarelado. Quatro semanas sem comer levam, entre outros sintomas, a
arritmias cardíacas, por falta de potássio, confusão mental, infecções na pele e
nos intestinos, queda do cabelo, insuficiência renal e riscos de entrar em
coma, caso a temperatura corporal caia a menos de 35 oC. A fome prolongada,
portanto, afeta, de uma maneira ou de outra, todos os órgãos do corpo (Revista
Radis/Fiocruz, abr./2003).
Como pastor gosto de ensinar as pessoas a odiar a miséria e construir uma
mentalidade liberta e saudável, digna da abundância. Reconheço que ambas, a
riqueza e a pobreza, podem abrigar a miséria; a prosperidade, não.
No mundo espiritual existem demônios que causam escravidão em áreas
específicas. A financeira é uma delas. Porém, nem sempre o espírito que causa
opressão na área financeira está ligado às finanças diretamente. Uma pessoa
pode ter, por exemplo, dificuldades financeiras devido a desemprego, assédio
sexual no trabalho, preguiça, vício, doenças, etc. Cada uma dessas causas
recebe interferências malignas diferentes. No quadro a seguir fica claro que
por trás da sensualidade, confusões no lar, enfermidade, desistência, acidentes
constantes, vícios, imundície e enfraquecimento mental, encontram-se o que eu
chamo de “os nove demônios da bancarrota.”.
 Demônio da Enfermidade 
Demônio da sensualidade Demônio do enfraquecimento Demônio Demônio da imundície mental da área 
 Demônio do vício financeir Demônio de acidentes a 
Demônio das confusões no lar Demônio da desistência 
DEMÔNIO DA ENFERMIDADE - Exu Caveira. Ele se intitula “senhor da
enfermidade”. Esta entidade está associada a toda a linha de Caveiras, como:
Tatá Caveira, Caveira da Catacumba. Sua função é arrancar tudo de sua vítima
por meio da enfermidade e, por fim, ceifar sua vida.
DEMÔNIO DA SENSUALIDADE - Pomba-Gira. Age na sensualidade e na
vida sexual da pessoa, gerando escravidão. Em sua companhia estão: Maria
Mulambo, Maria Padilha, Maria Navalha, Cigana, Cigana das Almas, Meia-
Noite, Sandália de Prata, Ligeirinha, Rainha, Rosa Vermelha, Sete Saias,
Cemitério. Essa entidade ilude e aprisiona pessoas, induzindo-as à colocar
tudo que tem à serviço do prazer e da luxúria.
DEMÔNIO DA IMUNDÍCIE - Pomba-Gira ou Maria Mulambo. Responsável
pelos ambientes imundos e pela falta de asseio, além de, como toda pomba-
gira, agir na sensualidade e na vida sexual da pessoa. Ela se alimenta das
energias (odores) do mau cheiro dos ambientes. Ama ambientes bagunçados e
faz com que a pessoa que ela possui passe a gostar de deixar o seu ambiente
de vida imundo. Gosta de cachaça e está ligada a toda pomba-gira que atua nas
áreas sexual e sentimental.
DEMÔNIODO ENFRAQUECIMENTO MENTAL - Exu Tiriri. A pessoa
possuída deste demônio tem problemas de enfraquecimento da memória e da
consciência. Ele está ligado às linhas das encruzilhadas, calunga, mirim, matas
e cemitério. Sua presença produz preguiça, incompetência e má fama,
destruindo toda possibilidade de sucesso.
DEMÔNIO DO VÍCIO - Zé Pilintra. Demônio responsável pelo vício e age
principalmente no álcool e no fumo. Gosta de falar errado e usar gírias;
algumas vezes, é violento. Ele serve ao Exu Garrafa Negra, que por sua vez
está ligado ao Exu Degradador. No ambiente profissional ele é o provocador
de intrigas, erros gráves, atrasos e prejuízos, desqualificando e desmotivando
sua vítima para o mercado de trabalho. Seu golpe final é conduzir sua vítima à
sarjeta.
DEMÔNIO DAS CONFUSÕES NO LAR 
- Erê os seus associados são: Cosme e Damião, Doum, Mariazinha, Joãozinho,
Pedrinho, Caverinha, Espadinha, Zezinho, Rosinha, Pingo de ouro, Conchinha,
Guilhermezinho, Reizinho da Pedreira, Ritinha, etc. Vários destes demônios
que se identificam com nome de mulher são pombasgira atuantes ou mirins.
Tendo como principal interesse a destruição, esse demônio torna os
relacionamentos familiares impraticáveis até destruí-los completamente. Em
seguida, se há riqueza, é diluída na partilha de bens, causando prejuízos,
perdas, podendo chegar à falência econômica. Se há falta de dinheiro, as
obrigações serão descumpridas, causando transtornos com a lei, humilhação e
mais ódio mútuo.
DEMÔNIO DE ACIDENTES - Exu 7 Encruzilhadas. Este demônio é invocado
nos trabalhos de encruzilhadas; no local onde ele rege costuma haver acidentes
frequentes, alguns até fatais. É muito comum os acidentes em ruas, avenidas,
cruzamentos, curvas e rodovias estarem sob a ação deste demônio. O único
objetivo de sua atividade é causar sofrimento, roubar a alegria, atrasar um
compromisso importante, para, por fim, gerar prejuízos matérias, emocionais
ou morais.
DEMÔNIO DA DESISTÊNCIA - PombaGira Velha. Este demônio é o
responsável pela desistência no meio de um afazer, colocando desânimo e
preguiça na pessoa e não permitindo que ela dê continuidade à atividade que
estava exercendo, além de, como toda pomba-gira, agir na sensualidade e na
vida sexual da pessoa para desviá-la das prioridades e de seus valores.
Provocar frustração é sua principal atividade.
DEMÔNIO DA ÁREA FINANCEIRA Exu Tranca-Rua. Ele atua nas finanças
da pessoa. Usando de astúcia, fecha todas as portas de prosperidade, causando
prejuízos. Ele pertence a uma linha extensa de Tranca-Rua- Tranca-Rua,
TrancaFé, Tranca-Tudo, Sete Portas Sete Cadeados, Exu da Vala, Exu do Lodo
e Exu da Lama. Uma vez que assumiu o controle, sua presença poderá
manifestar em sua vítima, todas as evidências acima descritas. Porém, a maior
evidência sempre será falência, protestos, roubo, prejuízos e pobreza.
Esse grupo de espíritos imundos dá estrutura ao cativeiro financeiro, no qual
muitos se encontram oprimidos pela preguiça, desordem, preferência pelo
inferior, modelo errado de pensar, refletindo uma linguagem pessimista e
desanimadora. É possível reconhecer as evidencias de opressão na vida de
alguém depois de um tempo de convivência. Tudo o que envolve essa pessoa
manifestará a necessidade de libertação.
Essa é a realidade invisível de toda escravidão financeira. Será necessário
destruir esse inimigo para gozar da abundancia financeira. Mas, isso veremos
nos próximos capítulos.
$ segunda lei $
FAÇA UM DIAGNÓSTICO FINANCEIRO
A abundância financeira tem um lado essencialmente prático. Qualquer pessoa
que deseje ganhar dinheiro e fazê-lo trabalhar em seu favor precisa, antes de
tudo, conhecer seu estado econômico e ter consciência de sua condição
financeira, que poderá ser medida por um diagnóstico detalhado. E é a partir
dessa ferramenta se terá noção de como trabalhar e conquistar vitórias
financeiras estáveis, uma vez que saúde financeira é mais do que ganhar e
gastar.
O diagnóstico financeiro pode parecer um tanto desconfortável, porém, ele é
uma poderosa ferramenta para o autoconhecimento nesse assunto. Fazer um
diagnóstico financeiro é como tirar uma radiografia – ajuda enxergar além da
superfície. Diagnosticar é o primeiro passo para definir as metas, equilibrar o
fluxo de entradas e saídas para formar reservas econômicas. Em seguida, vem
o cuidado com a saúde, o planejamento de estudos, a aquisição de bens e de
um plano de previdência, viagens e, o mais importante de tudo, ter o que
oferecer a Deus e à causa do Reino.
O rei Salomão, em Provérbios 4.19, revela algo surpreendente sobre o valor
diagnóstico. Ele diz: “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem
em que tropeçam”. Se perguntarmos as razões para o descontrole financeiro no
qual muitos estão mergulhados, saberemos que o rei propõe uma resposta
adequada para as questões atuais – a maioria não sabe em que tropeça.
Escuridão, na Bíblia, indica ausência de entendimento específico e
insuficiência de revelação bíblica para identificar os obstáculos e planejar
estratégias de libertação e crescimento.
No entanto, o versículo anterior (Provérbios 4.18) diz que a luz concedida ao
justo lhe
“O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam”.
dá entendimento perfeito para não tropeçar. Atente para esta verdade: “Mas a
vereda dos
justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito”. O diagnóstico financeiro dirá em que tropeçamos e irá mapear o
caminho para a solução do problema, que, tanto poderá ser pessoal, como
operacional.
Os três perfis econômicos
A professora de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Myrian Lund1,
afirma que, dependendo do hemisfério cerebral mais ativo, o esquerdo ou o
direito, todos nós podemos nos enquadrar em três perfis de comportamento
classificados como: operacional, analítico e sonhador: O operacional só gasta
ou investe se tiver dinheiro. O analítico
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.
vive quase sempre inseguro e em dúvida no momento de finalizar uma compra
ou realizar algum negócio importante. Já o sonhador é conhecido por consumir
por impulso, possivelmente atraído por supostas vantagens que lhe oferecem,
sem, contudo, analisar cuidadosamente se realmente vai utilizar o serviço ou o
produto que comprou.
Todos nós temos os três perfis funcionando, porém um deles normalmente
predomina. A proeminência de um dos perfis não acontece apenas em razão de
qual lado do cérebro que está ativo em determinado momento, mas, pode
sofrer alterações por influencia de amizades com perfis diferentes. O
diagnostico ajudará definir onde, como e quanto gastar ou poupar.
1 MYRIAN LAYR MONTEIRO PEREIRA LUND - http://
economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2009/03/17/ult4040u18175.jhtm
Robert Jefferess2 apresenta o modelo de diagnostico financeiro mais simples e
funcional que já conheci. Por ele é determinar quanto uma pessoa deve ter
acumulado em bens financeiros até a idade em que se encontra. Sua fórmula
consiste em multiplicar a idade pelo salário anual e dividir o resultado por
dez. O valor obtido representa o que uma pessoa deveria ter, como resultado
de seu trabalho, em bens financeiros líquidos.
Nesse caso, uma pessoa aos 50 anos e com salário anual de R$ 36.000,00, em
condições normais, deveria ter em patrimônio líquido, no mínimo, R$
180.000,00. Essa fórmula responde a questão: Como eu deveria estar
financeiramente nesse momento? Porém, é o controle cuidadoso da receita e
dos gastos que me farão estar assim. O rei Salomão disse certa vez: “O que
trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente enriquece” (Pv
10.4).
A receita
A receita, como se sabe, é o conjunto de todos os rendimentos provenientes de
lucros comerciais, salários, tickets, bolsas de estudo, valestransporte, juros de
aplicações, abonos salariais,doações recebidas ou qualquer outro tipo de
renda extra, de onde saem os recursos para construir um futuro
economicamente tranquilo. Identificar a receita mensal e sua origem é a chave
para o diagnóstico econômico. Quando há diferentes fontes de receita, deve-se
fazer um registro finan
2 Robert Jeffress, “Os Segredos de Salomão” página 67, 1ª edição de 2005 – CPAD.
ceiro de todas elas num “O que trabalha com mão determinado período remissa empobrece; mas a
(30 dias, por exemplo), mão do diligente enriquea fim de conhecê-la ince” (Pv 10.4).
tegralmente.
Ter ciência das entradas financeiras confere parâmetro aos gastos, evitando
apertos e prejuízos. O descuido em relação ao registro e controle da receita é
uma das formas de continuar sob os domínios da miséria. É bem provável que,
se uma pessoa não mapear seus rendimentos mensalmente, facilmente se
descuidará em pedir sabedoria a Deus na aplicação deles. Terá empecilhos
para receber as bênçãos advindas da fidelidade nos dízimos e ofertas (Ml 3.6-
12; 2Co 9.6; Pv 3.9,10), e não poderá manifestar gratidão ao Senhor antes de
gastar o dinheiro obtido.
Empresários e profissionais liberais, normalmente, não possuem entradas
fixas. Por isso, precisam ter cuidado inda maior. Assim, serão mais bem
sucedidos, podendo viver livres de muitos juros de cheque especial, de
agiotagem e, além disso, saberão qual será o valor real de seu dízimo,
cumprindo o requisito de Deus para o semear e o colher (2Co 9.6-10).
Os gastos
Robert Jefferess defende a ideia da economia, dizendo: “não importa quanto
você ganha, gaste menos”3. A psicóloga Denise Marcon4, redatora do Portal
da Educação, disse que 32 mil pessoas cometeram suicídio no Japão em 2009.
Uma das principais causas da depressão e dos suicídios é a má situação
financeira. Nesse caso, mapeie seus gastos. Para um ma
peamento adequado “não importa quanto você dos gastos, é necessá
ganha, gaste menos” Robert Jeffress
rio ser radical e anotar
TUDO! Até gorjetas, lanches e taxas de estacionamento. Ao manter esse
hábito, veremos que as grandes contas e prestações, normalmente, não são a
razão das dores de cabeça na hora de fazer a destinação do dinheiro. São nas
pequenas contas que o jogo dos números faz diferença. Cuidado, criar novos
gastos é sempre mais fácil do que gerar receita.
3 Jeffress, “Os Segredos de Salomão”, página 65, 1ª edição de 2005 – CPAD.
4 http://www.bred.com.br/noticias.asp?id_noticia=1129
Controlar receita e gastos é um poderoso exercício para construir o perfil
econômico ideal. Essa é a parte humana da luta contra a o inimigo da riqueza.
A parte espiritual exigirá a fidelidade na devolução dos dízimos e ofertas (Ml
3.1), para espantar o espírito da miséria em definitivo. Embasado nesse
princípio, será necessário um parâmetro para equilibrar os gastos5. Os gastos
com moradia não devem ultrapassar a marca dos 30%. É importante manter as
despesas com alimentação dentro da casa dos 25%. Salvo as exceções, saúde
e higiene podem morder até 15% do orçamento. Com transporte pode-se gastar
até 12%, educação 8%, e, 10% com lazer e imprevistos. Entretanto, esses
percentuais são flexíveis, de acordo com a necessidade.
5 Cartilha de Educação financeira e previdenciária da Fundação TECHNOS de previdência social, página
4.
$ terceira lei $
CORRA DA RIQUEZA ERRADA
A abundância financeira é um direito legítimo dos filhos de Deus. Quando
Deus diz: “Não oprimirás o jornaleiro pobre e necessitado, seja ele teu irmão
ou estrangeiro que está na tua terra e na tua cidade” (Dt 24.14), eu não consigo
vê-lo condenando a riqueza e exaltando a pobreza. A lógica desse princípio é
que todo rico é possuidor de bens materiais e, paralelamente, de uma grande
dívida moral diante de Deus para com os pobres à sua volta.
Algumas vezes encontramos Deus furioso com o seu povo, que descumpria
deliberadamente as suas leis e tirava vantagens dos pobres, multiplicando-lhes
a miséria e a desgraça. Eis a razão justa e explícita para o Senhor levantar
profetas implacáveis contra a injustiça dos ricos em relação aos pobres, dando
voz ao juízo divino sobre sua impiedade. Por meio de Isaías Ele diz que “Os
teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama o
suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não
chega perante eles a causa das viúvas” (Is 1.21-25). Por Jeremias, Ele
constata que “Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que
ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias, as deixará e no seu
fim será insensato” (Jr 17.11; veja também Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc
2.6-8). Qualquer estudioso sério da Bíblia irá concordar comigo sobre o
caráter das repreensões divinas contra a impiedade dos ricos. A questão é
pessoal. Deus não está condenando a riqueza em nenhum caso apresentado.
Ele condena o rico ímpio. Sua indignação é visível e seu juízo é duro de ouvir.
Dá medo ser rico e ímpio. Mas, de que impiedade Ele está falando? Qual é o
pecado de ser rico? A resposta é espantosa:
A palavra do SENHOR veio a Zacarias, dizendo: Assim falara o SENHOR
dos Exércitos: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia,
cada um a seu irmão; não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro,
nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu
próximo. Eles, porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e
ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem. Sim, fizeram o seu coração
duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o
SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que
nos precederam; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos. Visto que
eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu não os ouvi,
diz o SENHOR dos Exércitos. Espalhei-os com um turbilhão por entre todas
as nações que eles não conheceram; e a terra foi assolada atrás deles, de sorte
que ninguém passava por ela, nem voltava; porque da terra desejável fizeram
uma desolação (Zc 7.8-14).
Os efeitos da má riqueza
Poderíamos pensar em nos valer do Novo Testamento para nos esconder das
ordenanças relativas às nossas responsabilidades com os pobres se Jesus não
tivesse dedicado boa parte de seu ministério aos pobres e miseráveis de seu
tempo. No agitado mundo romano em que Jesus ministrou, o grande
contingente de judeus e gentios oprimidos e necessitados, divididos entre
leprosos, viúvas e órfãos, era praticamente invisível aos olhos dos abastados
coexistentes. Mas Jesus se voltou quase que completamente para esses
excluídos sociais. Diante da elite de Nazaré Ele não hesitou notificar sua
intenção e missão: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu
para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos
e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e
apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,19). Confira ainda Lc tável do
Senhor” (Lc 4.18,19). Confira ainda Lc 19; Lc 7.11-15; 20.45-47.
O teor de Sua mensagem sobre a riqueza é surpreendente. Em alguns exemplos
específicos Ele revela o que poderia ser batizado de má riqueza. Sua
preocupação é que o mal em suas diversas facetas leva o homem ao mesmo
destino – substituir Deus pela matéria! Como eu sei disso? Eu sei porque, no
Evangelho de Marcos 10.17-25, um homem rico retirou-se triste depois de
falar com Jesus, em vez de encontrar alívio para sua alma (Mt 11.28). Jesus
usou a metáfora do “fundo da agulha”, muito conhecida no contexto judaico,
em que um viajante, ao chegar em Jerusalém no feriado do Sábado, deveria
conduzir o seu camelo pela fenda do muro que levava esse nome. Entretanto,
para realizar essa façanha o camelo deveria se ajoelhar, pois a fenda era mais
baixa do que ele. O ensino é claro: qualquer um que decidir seguir Jesus pode
ser rico ou conquistar posses, mas, se desejar a alegria real, deverá submeter
sua vida integralmente,com tudo que a acompanha, a Ele. O jovem rico não
quis correr o risco e retirou-se triste. É a estes que Ele diz “Mas ai de vós, os
ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estais agora fartos!
Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de
lamentar e chorar” (Lc 6.24,25). Não se trata de uma vingança divina contra a
riqueza, mas de uma consequência trágica de ter colocado o coração na
riqueza errada. Se Jesus não for o maior bem de uma pessoa, então essa
pessoa não passa de um miserável, ainda que viva num palácio.
E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico
produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei,
pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os
meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e
todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens
para muitos anos; descansa, come, bebe e regalate. Mas Deus lhe disse:
Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem
será? (Lc 12.16-20).
Como alguém pode se julgar rico se não é capaz de garantir a sua própria
sanidade mental ou sua integridade física, ou ainda se estará vivo no minuto
seguinte? Se não somos capazes de traçar um plano para a eternidade com
nossas conquistas terrenas, não somos diferentes do moço da parábola citada.
Ele viu o resultado do seu trabalho e fez planos a longo prazo, limitando-se
apenas a pensamentos egoístas e efêmeros. Não pensou na esmola para os
pobres (ver Mt 6.1-4), não honrou a Deus com as primícias e sua renda (Pv
3.9-10). Não atentou para o ensino de Ml 3.1-18, relativo à aplicação das
finanças, e, por fim, não tomou o caminho certo (Jo 14.6), que jamais
conhecera em sua vida regalada. Não é por acaso que ele tenha sua vida
regalada. Não é por acaso que ele tenha 46). Esse tipo de riqueza e inútil para
Deus. A razão para isso é que “Ninguém pode servir a dois senhores; porque
ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará
ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas...” (Lc 16.13-15). A questão
não é a riqueza em si, mas a atitude ímpia de servir à riqueza, permitindo que
ela destrua os relacionamentos e a saúde e cegue completamente a própria
compreensão sobre as questões espirituais a respeito de Deus e da eternidade.
Se você chegou até aqui, pegue a sua Bíblia e localize no Evangelho de Lucas
(Lc 16.19-31), e, antes de prosseguir, observe essa tendência na pele de outra
pessoa, com todas as consequências previstas. Um dos melhores métodos de
avaliação do amor às riquezas e da consequente rebelião contra Deus é o de
Lc 14. 16-24, onde se encontram as desculpas centrais pelas quais as pessoas
rejeitam o convite para assentar-se à mesa com o Senhor dos Senhores. É para
estes que Jesus lança o enfático desafio: “Vendei os vossos bens e dai esmola;
fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos
céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consomem...” (Lc 12.33). Alguns
textos clássicos do Novo Testamento apontam para a atitude que Deus espera
de seus filhos com relação aos recursos que estão disponíveis em suas mãos
(Lc 14.12-14; Gl 2.10). O Apóstolo Paulo, Barnabé bem como toda a igreja
primitiva estavam comprometidos até a cabeça com o problema da pobreza em
seus dias (At 11.28-30; Rm 15.26; 1Co 16.1-4; 2Co 8.9; 2Co 8.1-4; 9.2). Essa
capacidade de contribuir com generosidade para as necessidades da obra de
Deus e de seu povo é apresentada aos irmãos em Roma como dom do Espírito
Santo (ver Rm 12.8). É também uma forte evidência de desprendimento
material. É o tipo de espiritualidade que Deus espera de seu povo em todos os
tempos. E recomenda:
Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem
a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos
proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam
ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para
si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem
da verdadeira vida” (1Tm 6.17-19).
Por quê? A história registra as razões pelas quais a confiança na fugacidade do
dinheiro é perigosa:
Às 23 horas e 40 minutos de 14 de abril de 1912, o transatlântico batizado de
Titanic chocava-se com um iceberg em sua viagem inaugural1. Uma das
maiores tragédias marítimas da história. Em meio aos tripulantes estava o
coronel John Jacob Astor, empresário, construtor, inventor e escritor
estadunidense. Ao tentar escapar com sua mulher num barco salva-vidas, foi
detido pelo segundo-oficial Charles Lightoller. Astor era o homem mais rico
do mundo, porém isso foi insuficiente para forçar a sua entrada num simples
barquinho salva-vidas. 
Onze anos mais tarde, em 1923, nove dos homens mais poderosos do mundo se
reuniram em Chicago2. Qualquer um poderia sentir inveja desses personagens,
pois calcula-se que esse pequeno grupo representava a concentração de 70%
das riquezas da nação americana. Eram eles: Charles Schwab, presidente da
maior companhia produtora de aço do mundo; Samuel Insull, presidente da
maior companhia produtora de eletricidade; Howard Hopson, presidente da
maior companhia produtora de gás; Arthure Cuterten, maior vendedor de trigo
dos EUA; Richard Whitney, presidente da bolsa de valores de New York
Stock; Albert Fall, Secretário do Interior no governo do presidente Harding;
Jessé Livermore, grande investidor de Wall Street; Ivar Kreuger, cabeça do
maior monopólio do mundo; e Leon Fraser, presidente do Banco Internacional
Settlements. No entanto, a confiança que depositaram na riqueza revelou mais
tarde que as esperanças do rico fenecem. Faltavam-lhes qualidades morais e
espirituais para serem verdadeiramente ricos para com Deus.
1 www.renovado.kit.net/harper.htm, o ultimo herói do Titanic, acessado em 13 de setembro de 2011.
2 http://www.ganancia.com.br/index.php?id=138, “você quer ficar rico? Artigo acessado em abril de 2010
às 14:00h.
Em 1948, vinte e cinco anos depois daquela famosa reunião, Charles Schwab
quebrou e passou os últimos cinco anos de sua vida sobrevivendo com
dinheiro emprestado; Samuel Insull morreu em terra estrangeira, desertou da
justiça e sem um centavo em seu bolso; Howard Hopson morreu demente;
Arthure Cuterten perdeu sua solvência econômica e morreu no estrangeiro;
Richard Whitney havia acabado de sair em liberdade da prisão de Sing Sing;
Albert Fall acabava de receber um perdão presidencial para que pudesse
morrer em companhia de sua família e não na prisão; Jessé Livermore e Ivar
Kreuger suicidaramse, como Leon Fraser.
O renomado evangelista Billy Graham3 disse que “a atitude cristã deve
prevalecer na economia”. Jesus disse que a vida de um homem não se mede
pela abundância do que possui, e as histórias mostradas confirmam isso. “O
dinheiro é um bom escravo, mas um mau senhor. Os bens devem ser
usufruídos, apreciados, compartilhados, doados, mas não acumulados como
fonte de segurança. Paulo disse que o amor ao dinheiro é a ‘raiz de todos os
males’ (1 Timóteo, 6:10). A riqueza tem o seu lugar e o seu poder, porém não
está em condições de ocupar o trono nem brandir o cetro. A cobiça coloca o
dinheiro acima da condição humana. Acorrenta seus adeptos e os torna suas
vítimas. Endurece o coração, insensibiliza os impulsos nobres e destrói as
qualidades fundamentais da vida”.
3 Em paz com Deus editora Record, 3ª edição 1995 Billy Graham – pagina 188.
A abundância financeira é uma consequência do favor de Deus sobre a atitude
correta em relação ao dinheiro. Devemos, portanto, fugir de todos os aspectos
e formas de cobiça! Através da vigilância, da autodisciplina e da oração,
devemos nos manter longe desse espírito. “A vida não é uma questão de
dólares e centavos, casas e terras, capacidade econômica e realização
financeira”, comodisse o referido evangelista. Para que a cobiça não nos
transforme em escravos das riquezas, devemos contabilizar o quanto iremos
doar à causa de Deus antes mesmo de decidir o quanto reter conosco.
$ quarta lei $
ECONOMIZE TUDO QUE PUDER
Ninguém precisa de aulas de economia para gastar menos. Precisa de decisão.
A abundância financeira nasce de uma decisão firme. É assim para tudo na
vida. Você só está lendo este livro agora porque eu parei a minha agenda,
marquei um prazo e o finalizei. Economizar é um princípio espiritual para
combater o desperdício e planejar arrancadas de investimentos, aquisições ou
doações.
Economizar é uma lei que funciona sempre. O Jornal Estado de Minas, de 19
de outubro de 20091, trouxe uma matéria cujo título era: “Que tal ter 420
milhões ao fazer 60 anos?”. Ela apresentava a seguinte situação sobre
investimento financeiro: Se um pai aplicar R$ 1.000,00 no dia do nascimento
do filho com o fim de custear sua faculdade no futuro, comprar-lhe um carro,
etc., e todo mês aplicar R$100,00 na bolsa, aos dezoito anos esse garoto será
dono de uma carteira de ações avaliada em 193 mil. Se o garoto decidir
manter a aplicação e ainda continuar comprando R$100,00 em papéis e títulos
todos os meses até completar 60 anos, ele terá acumulado nada menos que R$
420.000.000,00. Os números irão variar de acordo com a economia vigente,
mas, o princípio continua o mesmo.
1 O Jornal Estado de Minas, Caderno de Economia de 19
Nas palavras de Eduardo Glitz, diretor da corretora gaúcha XP Investimentos:
“Ninguém chega a esse valor porque é difícil demais poupar. As pessoas não
têm disciplina para depositar o dinheiro todo mês e tendem a sacar o valor
antes da hora”2.
O rei Salomão já sabia dessa limitação humana quando escreveu Provérbios
5.23: “Ele morrerá pela falta de disciplina, e, pela sua muita loucura, perdido,
cambaleia”. A disciplina é fundamental para alcançarmos nossos objetivos
futuros.
Segundo os especialistas, se uma pessoa poupar R$ 500,00 mensais, passará
outros 30 anos desfrutando de um salário de R$ 3.000,00; para um salário de
R$ 5.000,00, seriam necessários R$ 830,00; contudo, se o sonho for mais
ousado e desejar um salário mensal de R$10.000,00, terá de poupar
R$1.665,00 todos os meses. Esse cálculo leva em consideração apenas um
rendimento de 6% ao ano da poupança.
2 O Jornal Estado de Minas, Caderno de Economia de 19
A questão em foco não é o montante de dinheiro, e sim a funcionalidade do
princípio. Quando quebramos esse princípio, elevando os gastos até
superarem as despesas, entramos no cativeiro do espírito da miséria.
Tome uma decisão radical de fazer um controle rigoroso, atrelado a um plano
de quitação das dívidas, e, em seguida, comece a aplicar a lei da economia.
Economizar é bíblico saudável. O rei Salomão chama de tolo o que devora
toda a sua renda, e de sábio o que faz reservas (Pv 21.20) sabendo distinguir o
tempo de espalhar do tempo de ajuntar (Ec 3.5a), para o futuro. Rute ficou
conhecida nas terras de Boaz por seu incansável trabalho de colher e ajuntar
espigas durante a colheita (Rt 2.7). Mais ainda – a lei da economia é
messiânica e Jesus a utilizou na multiplicação dos pães (Jo 6.12-13),
mostrando que o pouco, nas mãos certas, faz grandes realizações. Como fiel
administrador que é, deu a derradeira lição dessa lei, ensinando os discípulos
como eliminar perdas, pedindo que recolhessem as sobras. E João acrescenta:
“...e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que
sobejaram aos que haviam comido” (v13). Ai está a evidencia do milagre na
lei da economia - fazer o pouco sobrar.
O Egito antigo experimentou o poder dessa lei. Introduzida no Egito por José a
milhares de anos, este método consistia em destinar 20% de toda colheita
bruta anual, num período de sete anos ininterruptos. “Assim José ajuntou
muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porque não se
podia mais contá-lo” (Gn 41.49). A lei da economia transformou o Egito no
maior país armazém do mundo, quando a maior crise econômica mundial
devastou a terra. Não foi mera coincidência haver somente no Egito alimento
em abundância – o país se preparou para a crise sete anos antes aplicando a
lei da economia.
O que motivou o Egito a economizar foi o sonho que faraó teve dos sete anos
de fartura e outros sete de escassez extrema (Gn 41). Entretanto, sua percepção
da crise exigiu a sabedoria de José na tomada das medidas para enfrentá-la.
Escolher José foi optar pela lei da economia. E José não só fez um trabalho
brilhante, como mandou um recado ao mundo antigo: “viva sem crise –
economize”.
Teria o “método de José” alguma aplicabilidade atualmente? Sim. Aplica-se
tanto às grandes organizações, quanto ao orçamento familiar ou pessoal.
Considerando isso, desejo fornecer o que seria uma versão contemporânea
dele:
• Sempre haverá alguma necessidade no futuro. É melhor estar preparado para
ela. Quanto ao futuro, seja otimista, mas, mantenha os dois pés no chão e
economize. Comece a economizar como puder. Inicie com 10%, 15% ou 20%
sabendo que o que conta é a atitude.
• Cuide para que a entrada de dinheiro seja maior do que a saída. Para isso,
corte, repense, substitua, aquilo que poderá ser o vilão do orçamento.
• Tenha um objetivo para economizar: pode ser reformar a casa, faculdade dos
filhos, férias especiais, aposentadoria ou doação à obra de Deus.
• Pratique o esquecimento intencional. Não é bom ficar lembrando e sempre
conferindo quanto já economizou toda hora. Isso poderá despertar o interesse
de consumo.
• Guarde silêncio sobre as reservas. Você poderá ser tentado a falar que está
conseguindo economizar, e, vaidosamente, até exagerar nos números. Isso por
um lado, poderá afastar as pessoas, ou, por outro lado, atrair ‘os urubus’.
• Cuidado para não ser tornar escravo da riqueza (Lc 16.13). Seja fiel a Deus
nas finanças e cuide para que seu maior depósito esteja no lugar certo (Mt
6.19-20).
$ quinta lei $
DECLARE GUERRA ESPIRITUAL
Deus deseja nos dar abundancia financeira e nos desafia a conquistá-la pela
fé. Na cruz, Cristo, nosso Senhor, se fez pecador (2Co. 5.21), doente (Is. 53.4)
e pobre (2Coríntios 8.9). Havia um decreto divino de maldição contra todos
os que violassem a lei (Dt. 28.15, 16, 19, 38 – 40). De fato, era impossível
fugir dessa cadeia espiritual sem a cruz.
O ato da cruz foi substitutivo, e o diabo sabe disso. Isso quer dizer que você
foi justificado em Cristo e a pedra do sepulcro em que Jesus estava rolou (Rm
5.1; 8.1-4, 35-39), removendo maldição e aniquilando o poder da morte em
definitivo (1Co 15.55).
Com esse fundamento, todo crente verdadeiro poderá tomar o que lhe pertence
por direito, das mãos do valente (Mt 12.29). “A ardente expectativa da criação
aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8.19). A batalha espiritual é o
segredo de sua eficácia na conquista da abundancia financeira. Mas, por onde
começar?
Feche todas as brechas . Isso inclui pedir perdão, perdoar (Mt 6.15),
desenvolver uma atitude de gratidão por tudo (1 Ts 5.18), entrar em acordo,
restituir, acertar as dívidas com os credores, renunciar a todos os vínculos de
maldição, incluindo a infidelidade nos dízimos e ofertas (Ml 3.1-18).
Em seguida, vem a recompensa: “Amados, se o coração não nos acusar, temos
confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque
guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável”
(1Jo 3.21,22). Não se trata de regras sobre regras. São princípios espirituais
que anularão todos os argumentos de Satanás (Ap 12.10), o acusador. Os
benefícios dessa atitude justificarão o sacrifício.
Proclame um jejum. Jejuar é uma poderosa arma para o fortalecimento
espiritual. É assim em praticamente todas as religiões. A razão disso é que,
através do ato de jejuar, ocorre o quebrantamento da carne com os seus
desejos. O maior desejo humanoé a fome. No jejum nos tornamos mais
sensíveis ao sofrimento alheio e às direções de Deus para nós. É o melhor
instrumento que já conheci, capaz de nos desligar do mundo e de quaisquer
apetites carnais para a consagração à Deus.
O rei Josafá apregoou um jejum nacional quando percebeu que sua vida estava
ameaçada e, por isso, teve grande livramento (2Cr 20.3). Daniel se pôs a
buscar a Deus depois de entender que era tempo de o cativeiro babilônico
chegar ao fim. Por vinte e um dias ele esteve jejuando, até que veio a resposta
dos céus (Dn 9.3).
O chamado de Deus para o jejum tem um tom profético e é uma poderosa arma
de guerra espiritual (Joel 1.4), restituição e abundancia (Joel 2.23-27). O
ímpio rei de Nínive tomou a atitude de colocar toda a nação em jejum, e exigiu
que até os animais jejuassem. Não é de admirar que Deus o escutou e enviou o
livramento (Jn 3.5).
Em juízes 19: 20 encontra-se uma história sobre a importância do Jejum na
guerra espiritual. Um levita estava viajando com sua concubina e parou em
Gibeá. Os homens de lá eram depravados e maus e tinham prazer em atos
homossexuais perversos. Não conseguindo tê-lo, estes homens violentaram e
mataram brutalmente a sua concubina, que morreu à porta da casa que
hospedara. No dia seguinte ao encontra-la, o levita, furioso com a situação,
esquartejou-a e enviou pedaços do seu corpo com uma mensagem a todas as
tribos de Israel. Não havia cura para os Gibeonitas.
Os exércitos de Israel se reuniram para lutar contra benjamim e perderam
22.000 homens (Jz 20.21). Eles voltaram e reagruparam-se e lutaram contra os
benjamitas novamente, desta vez perdendo 18.000 homens (Jz 20. 25). Antes
de saírem para lutar no terceiro dia, Deus enviou o profeta Finéias com uma
mensagem para que eles jejuassem e orassem. Em obediência à Deus eles
jejuaram por 24 horas. Quando saíram, venceram (Jz 20 26-48).
Não há dúvidas! O jejum quebrará a fortaleza dos vícios sexuais demoníacos
como a pornografia, o homossexualismo, o adultério, a fornicação e a luxúria
– um dos nove demônios da bancarrota.
Eu mesmo já provei de grandes milagres através do jejum. Ouvi dizer que um
idoso pastor chileno esteve por quarentas dias jejuando. Fragilizado em razão
da idade e da abstinência, foi conduzido ao hospital local. Alguns dias depois
recobrou a saúde e recebeu alta. Porém, uma criança de sua igreja faleceu, e
ele foi conduzido direto ao velório onde estava a família dela. Havia muita
unção na vida desse velho homem! Apoiado em sua bengala, seguiu em
direção ao caixão, no centro da sala. Uma cadeira o esperava bem ao lado do
corpo; ao sentar-se, encostou sua bengala na base do caixão e repetiu as
palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida...” (Jo 11.25). Empurrou o
caixão e a criança rolou pelo chão, levantando-se, ressuscitada. Glória a
Deus!!! Minha intenção não é ensinar a jejuar. É apenas desafiá-lo a fazê-lo.
Sujeite e resista. Na batalha contra as trevas, o segredo é sujeitar-se a Deus e
resistir ao diabo (Tg 4.7). O diabo só nos teme por causa dAquele que nos
guarda (Sl 121.5).
Esse foi o segredo de Davi diante de Golias (1Sm 17.31-37). Quando o
gigante caiu, todos os inimigos que humilhavam Israel fugiram derrotados
(1Sm 17.52). Na tentação no deserto, Jesus resistiu e venceu Satanás com a
palavra (Mt 4). Todas as estratégias malignas foram anuladas diante da
firmeza dos argumentos de Jesus.
Não foi diferente com Davi diante do filisteu. Tentando intimidá-lo, Golias o
amaldiçoou. Entretanto, Davi resistiu, firme na fé (1Pd 5.9), dizendo-lhe:
Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou
contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel,
a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te entregará nas minhas mãos;
ferir-te-ei, tirarte-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei,
hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá
que há Deus em Israel. Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva, não
com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos
entregará nas nossas mãos.
A palavra de seu testemunho diante do filisteu foi a medida de sua vitória (Ap
12.11). Essa é uma poderosa chave de guerra espiritual para a “abundância
financeira”. É para nós como foi com Davi e com Jesus.
$ sexta lei $
APLIQUE ATOS PROFÉTICOS
A descoberta do ato profético revolucionou toda a dinâmica de nosso
ministério e continua nos conduzindo a poderosas mudanças. No ato profético,
uma ação no plano físico sinaliza uma intervenção no espiritual (Mt 18.18).
Quando há sintonia entre o que Deus deseja e o que você busca, o ato
profético acelera o processo e a bênção vem. O ato do dar é o mais poderoso
ato profético que já conheci. Isso é totalmente espiritual. O dar libera o poder
realizador e criativo.
No ambiente acadêmico da Universidade Federal de Viçosa, encontro com
frequência os mais diversos tipos de pessoas. Todos têm sonhos de
conquistarem uma carreira profissional brilhante. Mas, ao longo do tempo,
fica evidente que aqueles que se doam mais e se aplicam com todas as forças
nos estudos são os que atingem o topo em sua área. Aqueles que se destacam
em qualquer área profissional, independentemente de ser engraxate, médico ou
vendedor de carros, a razão é sempre uma só – doação.
No deserto, Deus entregou a chave do sucesso para vencer a pobreza. Em
Levítico 14.21 encontra-se a verdade mais poderosa sobre o ato profético:
Se for pobre, e as suas posses não lhe permitirem trazer tanto, tomará um
cordeiro para oferta pela culpa como oferta movida, para fazer expiação por
ele, e a dízima de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta
de manjares, e um sextário de azeite, duas rolas ou dois pombinhos, segundo
as suas posses, dos quais um será para oferta pelo pecado, e o outro, para
holocausto.
Por que Deus não abriu mão da oferta do pobre? Só por uma razão: para ele
não se vir como inválido espiritualmente. Qualquer pessoa, seja pobre ou
deficiente, poderá fazer muito se entender o poder do doar. Essa é a lei do ato
profético.
No estádio olímpico de Los Angeles, em 1984, a suíça Gabrielle Andersen1
entrou para a história, não quando deu a largada, mas a poucos metros da
chegada. Terrivelmente atormentada por câimbras e dores, ela decidiu que se
arrastaria até o fim e não desistiria, ainda que seu corpo agonizasse. Sua
doação comoveu todos no estádio, e naquele dia ela se tornou uma lenda
aplicando a lei do ato profético na pista de corrida.
1 Vídeo original postado no youtub: http://www.youtube. com/watch?v=Zs4lbNPiat0 e transmitido no
Esporte espetacular pela Rede Globo: http://www.youtube.com/ watch?v=CKTjdXyJuYM.
Quantos casamentos foram restaurados porque alguém doou perdão, amor e
tempo! Quantas almas cruzaram os portões dos céus com a doação sacrificial
de vidas, como Hudson Taylor, Savanarola, Martinho Lutero, Jônatas
Edwards, João Wesley, Jorge Whitefield, Davi Brainerd, Edson Nascimento,
José Fernando Barbosa, David Livingstone, Carlos Spurgeon, Willian Carey,
Charles Studd, entre tantos outros.
O rei Salomão conhecia a lei dos atos proféticos. Ele estava certo de que a
doação é um princípio ativador do poder criativo e produtivo de Deus. Ele
sabia que um holocausto por dia era suficiente para Deus, porém ele queria
bombardear os céus e chamar a atenção de Deus com uma adoração
expressiva em volume. Na primeira vez, ele ofereceu mil holocaustos (1Rs
3.4), e o próprio Deus veio visitá-lo. Salomão pediu sabedoria e recebeu. No
entanto, Deus lhe deu riquezas e glória em abundância como acréscimo (2Co
9.6).
Posso assegurar que essa é a chave da abundância financeira. Como pastor,
sempre sou surpreendido por perguntas do tipo: “O dízimo é do bruto ou do
líquido?” “Se eu der ofertas, preciso devolver o dízimo também?” “Devo
dizimar sobre o imóvel que vendi?” Reconheço que há uns que desejam
aprenderpara obedecer, enquanto outros buscam uma justificativa para burlar
essa poderosa lei.
Por outro lado, eu recebo ligações, e-mails e testemunhos de pessoas que
aprenderam a doar. Alguns chegam a me dizer: “Pastor, se você me proibir de
dizimar e ofertar nesta igreja, terei de desobedecê-lo”. Essas pessoas
entenderam os benefícios da fidelidade à Deus e não irão bloquear os céus e a
terra com infidelidade nos dízimos e ofertas (Dt 28.15,23).
A razão é simples: eles são doadores. São verdadeiros fazedores de riquezas e
vivem em abundância financeira. Quando há, em nossa igreja, um desafio
financeiro, eles me procuram e manifestam o desejo de participar. Quando eu
passo um tempo sem desafiá-los, reclamam. Alguns me pressionam na saída
do culto, dizendo: “Pastor, que dia teremos outro desafio financeiro?”. Alguns
já estão começando a se parecerem com o rei Salomão. Estão prosperando
muito, e cada vez doando mais.
Na primeira vez que aplicou a lei dos atos proféticos, Salomão surpreendeu os
céus com mil holocaustos. Na segunda, 20 mil bois e 120 mil ovelhas foram
postos no altar, e os resultados valeram todo o sacrifício. Salomão recebeu o
que pedira, e um acréscimo de riqueza e glória jamais vista antes (1Rs 3.5-
13).
Nos dias de Gideão (Jz 6), Israel enfrentou uma situação delicada. Sete longos
anos de escassez e humilhação. O povo foi obrigado a sair de sua herança – a
terra que jorra leite e mel, abandonar seu patrimônio e habitar em cavernas,
covas e atrás de fortificações que construíram para se esconderem dos
inimigos. Não podiam colher por estar impedidos de semear. Israel ficou
muito debilitado com tudo isso. Qual era o problema deles? Se você
respondeu: os midianitas, amalequitas e povos do oriente, como o texto
aparentemente diz, certamente errou. Realmente, esses inimigos vinham como
gafanhotos (Joel 1.4) e devoravam tudo o que encontravam pela frente, a ponto
de Israel não ter nenhum sustento (Jz 6.4).
Muitos hoje vivem situações parecidas e dizem: “é o diabo!” Mas estão
errados! Aqueles que dizem: “é Deus!” estão certos. Deus os entregou (Jz 6.1)
nas mãos dos midianitas por sete anos. Não foi o diabo, foi Deus. Isso parece
loucura, mas não é.
E por que Deus o fez? Porque “… fizeram os filhos de Israel o que era mal”
(Jz 6.1). Que mal Israel fez para padecer tamanho juízo divino? A resposta
está no verso 8. Um profeta do Senhor revelou o porquê da decadência moral,
política, espiritual e financeira da nação.
Sem atos proféticos, Israel deixara o fogo do altar se apagar. Toda a nação
deixou de honrar a Deus com dízimos e ofertas. Os sacrifícios se encerraram e
outro altar a Baal havia sido erguido na nação. Então, Deus “se retirou”,
deixando a nação sem proteção nem provisão. Quando Deus não é mais bem-
vindo, Ele se retira e o diabo assume o comando para escravizar o povo de
Deus.
Isso tudo poderia ser mentira ou pelo menos um tremendo equívoco teológico,
se a libertação tivesse vindo por outro meio. Observando, porém, o texto
acharemos a resposta.
É curioso saber que a restauração começou imediatamente quando Gideão –
um anônimo até aquele momento – se dispôs a entrar no lagar e separar trigo
para o sacrifício. Ele entendeu a necessidade de atrair os olhos de Deus com
ofertas, se quisesse obter vitória sobre os inimigos. Deus apareceu em seguida
(Jz 6.11). Gideão pegou o que ele tinha de mais valioso naquele tempo da
fome, que eram o trigo e a carne em quantidade suficiente, e os depositou no
altar (Jz 6.18-20). O anjo do Senhor acendeu o altar com a ponta do cajado e
disse-lhe: “Paz seja contigo” (Jz 6.21).
Paz ( shalom, na língua hebraica e eirene na língua grega) é “um estado de
calma e tranquilidade, livre de agitação e conflito com o sentido de bem estar,
felicidade, tranquilidade, saúde e prosperidade, harmonia, unidade, acordo,
descanso e quietude2”. Entre outras coisas, é estar em paz com Deus, com o
cônjuge, vizinhos, saúde, paz financeira. Gideão mudou a realidade política,
social e psicoemocional da nação quando restaurou o altar de Deus através do
ato profético.
Toda oferta é um ato profético e libera o poder criativo e libertador de Deus
sobre o ofertante. A oferta no altar se transforma num memorial diante de Deus
(Ml 3.16), que provê livramento, proteção e honra (Ml 3.17,18). Isto é, Deus
vê a oferta e se lembra da pessoa. Gideão entendeu isso quando ofertou um
precioso sacrifício. Deus viu a oferta e se lembrou de Israel libertando toda a
nação da humilhação e do desterro. O Deus de Gideão é o mesmo hoje e fará o
mesmo nestes dias se for invocado com ofertas no altar. Que se levantem os
Gideões de hoje!
2 Enciclopédia de Bíblia teologia e filosofia – Russell Norman Champlin, Ph.D e pastor João Marques
Bentes, vol 5, editora e distribuidora Candeia – São Paulo SP – 1995. Páginas 140-141.
Referências
Falta de emprego e crise financeira causa suicídios e depressão no Japão
http://www.portaleducacao. com.br/psicologia/noticias/41618/falta-de-
emprego-e-crise-financeira-causa-suicidios-e-depressao-no-japao (pisicóloga
Denise Marcon
Myrian Lund MBA em Finanças pelo Ibmec; Professora nos MBA da FGV e
USP; Mestra em Administração - Gestão Empresarial pela FGV-RJ
http://www.infomoney.com.br/financas/noticia/1525149
$ sétima lei $
CONQUISTE A VERDADEIRA RIQUEZA
Deus é zeloso com os pobres e necessitados e faz questão que Sua vontade a
esse respeito seja registrada em toda a escritura sagrada de forma ordenada e
clara. A postura de Deus é bem definida e muito diferente do que muitos
pensam. Ele não criou a pobreza e não a suporta. Em relação ao seu povo
Israel, ele se deixa revelar como refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), socorro (Sl 40.17;
70.5; Is 41.14), libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc
1.52,53) e provedor da riqueza (cf. Dt 8.18; Sl 10.14; 68.10; 132.15). No
deserto, Deus revelou várias alternativas para eliminar a pobreza do meio do
seu povo, através das leis mosaicas (Dt 15.7-11):
“Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas
cidades, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu
coração, nem fecharás as mãos a teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a
mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade.
Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o
sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para
com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e
haja em ti pecado. Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração,
quando lho deres; pois, por isso, te abençoará o SENHOR, teu Deus, em toda
a tua obra e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres
na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão,
para o necessitado, para o pobre na tua terra”.
Em Dt 15.4, o tom de sua voz revela o desejo de um pai amoroso treinando seu
filho para a grandeza: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o
SENHOR abundantemente te abençoará na terra que te dá por herança, para a
possuíres”. Quando ele institui leis proibindo a cobrança de juros nos
empréstimos aos pobres, ele deseja protegê-los da miséria e da fome: “Se
emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás
com ele como credor que impõe juros” (Êx 22.25). Ele faz um intercâmbio
entre os termos “meu povo” no texto anterior e “teu irmão” no seguinte,
estabelecendo uma relação tão pessoal e completamente impossível de passar
despercebida: “Se teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então,
sustentá-lo-ás. Como estrangeiro e peregrino ele viverá contigo. Não
receberás dele juros nem ganho; teme, porém, ao teu Deus, para que teu irmão
viva contigo” (Lv 25.35,36).
Nas relações comerciais entre credor e pobre, empregador e empregado, Deus
revela o padrão correto. Se por alguma necessidade o pobre entregasse algocomo “penhor”, para garantir um empréstimo, o credor era obrigado a
devolver-lhe o tal penhor, que poderia ser uma capa, por exemplo, antes do
pôr-do-sol. Na posição de empregado, se o pobre era contratado a prestar
serviços ao rico, a lei era clara: o empregador era obrigado a pagar-lhe no fim
de cada dia “para que não clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado”
(Dt 24.14,15).
No período das colheitas, os grãos que caíssem deviam, obrigatoriamente, ser
deixados no chão para que os pobres pudessem recolher. Os segadores eram
ordenados por Deus a deixarem para trás, de propósito, espigas, grãos, frutos
e feixes de trigo, para o pobre e o estrangeiro. Confira as referências seguintes
e veja você mesmo (Lv 19.10; Dt 24.19-21; Lv 19.9).
A lei da remissão, registrada em Dt 15.1-6, obrigava os credores a quitar as
dívidas de todos os seus devedores, por serem seus irmãos e povo de Deus. A
razão, Ele diz: “... para que entre ti não haja pobre” (v 4) e “Pois o SENHOR,
teu Deus, te abençoará, como te tem dito; assim, emprestarás a muitas nações,
mas não tomarás empréstimos; e dominarás muitas nações, porém elas não te
dominarão” (v 6) . Além disso, o rico não podia recusar ajuda ou empréstimo
ao necessitado, por estar próximo o sétimo ano. Ele adverte para que “não
seja maligno o teu coração” (v 10) e assegura que “... por isso, te abençoará o
SENHOR, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes” (Dt
15.7-11). É uma relação profunda de amor ao próximo e confiança em Deus.
Mas, isso não era a remissão em sua totalidade. Em Lv 25.8-55, Deus provê
ainda a instituição do ano de Jubileu marcado pelo toque das trombetas,
fechando o ciclo de cinquenta anos após sete anos sabáticos. Era um tempo de
Júbilo e “sonido de trombetas”, que se iniciava no dia 10 do mês de Tisri
(setembro de nosso calendário), observando importantíssimos preceitos de
caráter social e espiritual, revelando a dependência e submissão completa ao
Deus Provedor. O Jubileu incluía: a) repouso da terra; b) descanso dos
trabalhadores; c) libertação dos escravos; d) resgate de propriedades das
famílias; e) dívidas anuladas, entre outras coisas. A essência de tudo estava na
imparcialidade da justiça aplicada ao cumprimento dessas normas. Pobres ou
ricos, a justiça é para todos e sem qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17;
cf. Pv 31.9). Essa foi e continua sendo a melhor solução para a pobreza
mundial.
Porque precisamos ser ricos
O que fazer com os recursos disponíveis em nossas mãos, uma vez que
conhecemos a vontade do Deus, “o Qual deseja que todos os homens sejam
salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade?” (1Timóteo 2.4). Para
sabermos se estamos pessoalmente supridos e ainda, contribuindo com a
salvação dos perdidos satisfazendo, assim, o profundo desejo do coração do
Pai, basta que comparemos o valor destinado à nós com aquele que doamos ao
reino de Deus. Conforme demonstrado na segunda lei o 1orçamento normal
divide as necessidades de uma família em moradia 30%, alimentação 25%,
saúde e higiene 15%, transporte 12%, educação 8%, lazer e imprevistos 10%.
Mas, a fidelidade a Deus vem antes de tudo. Deus proverá recursos
abundantes àqueles que equilibram investimento pessoal e fidelidade na
devolução dos dízimos e ofertas, para o avanço do reino de Deus na terra. Isso
porque o mundo precisa de Jesus e, aquele que já foi alcançado por Seu amor,
se tornou devedor (Rm 1.14) daquele que ainda está fora do alcance do
evangelho. E as estatísticas missiológicas são preocupantes2. O consenso geral
entre as agências missionárias é de que as religiões mais resistentes ao
Evangelho são: Islamismo, Budismo e Hinduísmo. Como se sabe, suas raízes
estão na Janela 10/40 (uma faixa de terra que vai do oeste da África até a
Ásia. Subindo, a partir da Linha do Equador, fica entre os graus 10 e 40,
formando um retângulo), onde se encontram os 62 países menos evangelizados
do mundo, 97% dos povos não alcançados e 82% da população mais pobre da
terra. É doído só de pensar. Mas, nesses países trabalham apenas 8% da força
missionária mundial. Cerca de 100 milhões de crianças vivem nas ruas, e,
para cada cinco nascidas, duas são abortadas (o que representa 40% delas).
Segundo se sabe, cerca de 19 milhões de pessoas estão refugiadas por causa
dos conflitos em seus próprios países, 22 milhões de mulheres estão na
prostituição e 520 milhões de pessoas vivem nas favelas locais em condições
subumanas. Além disso, sabe-se que há no mundo, hoje, 2,3 bilhões de
pessoas não alcançadas pelo Evangelho. Especificamente, dos 24.000 grupos
étnicos no mundo, 8.000 povos, ou 33,33%, ainda não conhecem o Evangelho.
Os antropólogos acreditam que haja no mundo 6.809 línguas faladas, das quais
333 (5%) têm a Bíblia toda traduzida; 1.140 (17%), trechos da Bíblia; 500
(7%), o Novo Testamento traduzido; 335 (5%) são línguas quase extintas; e
4.500 (66%), nada da Bíblia traduzida.
1 Cartilha de Educação financeira e previdenciária da Fundação TECHNOS de previdência social, página
4.
2 Intercessão Mundial, Patrick Johnstone e Jason Mandryk – Missão Horizontes 2003, páginas 1-15, e, “A
igreja é maior do que você pensa – Missão horizontes, Patrik Johnstone / Monte Verde -Camanducaia
MG, paginas 103 - 118.
As estatísticas revelam um novo cenário missiológico espantoso em todos os
contextos3. Na Espanha existem 8.095 cidades. Em 7.540 delas não há uma
igreja evangélica. O índice de evangélicos é de apenas 0,22%. Isso não é tão
diferente de outros lugares: na Grécia, por exemplo, há um reduzido grupo de
apenas 0,4% de evangélicos, apesar de 98% se declararem cristãos. Nas
terras bíblicas, berço do Evangelho, hoje é proibido falar de Jesus, proibido
vender Bíblia, proibido construir templos. Os cristãos são perseguidos e
mortos. E não para por aí. Dos 251 povos indígenas brasileiros, 118 ainda não
têm missionários. Das 600.000 cidades e vilas na Índia, em 500.000 ainda não
há obreiros cristãos. Na China ainda existem 500.000.000 de pessoas que
nunca ouviram falar de Jesus. O pior de tudo é dormir todos os dias depois de
mais um “culto chato”, sabendo que todos os dias morrem 85.000 pessoas no
mundo sem nunca terem ouvido falar da salvação em Jesus e que, das 180.000
igrejas existentes no Brasil, menos de 300 possuem um missionário
trabalhando com esses povos não alcançados. Será que precisamos perguntar a
Deus onde Ele gostaria que aplicássemos os nossos talentos, recursos e
tempo? Ao proclamarmos o Evangelho, estamos providenciando salvação aos
pobres através da mensagem. Quando são colocados na mira da graça de Deus
e diante dos olhos de seus servos, a provisão chega a eles. A salvação que os
alcança vem acompanhada de comida, roupa, abrigo e um novo destino. Na
maioria dos casos, esse novo paradigma é fruto da própria libertação recebida
pelo Evangelho.
3 Intercessão Mundial, Patrick Johnstne e Jason Mandryk 
–Missão Horizontes 2003, páginas correspondentes.
A melhor aplicação da riqueza
Quer você procure nos sites de busca da internet ou nas biografias
missionárias, encontrará Charles Thomas Studd4 (1860-1931). Sobre ele
poderíamos dizer que foi mais um atleta brilhante, que gastou sua vida
construindo uma carreira regada a fama, fortuna e luxúria, se não houvesse
sido tocado profundamente em seu coração pelo chamado de Deus.
4 http://www.iqc.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=521:pequena-biografia-de-charlest-
studd&catid=42&Itemid=66, pesquisado em 19 de junho de 2010, às 09:00h.
Inglês de nascimento, Charles Studd era considerado um dos maiores
desportistas do final do século XIX, milionário e herdeiro de uma fortuna
estimada em 29 mil libras esterlinas – uma fortuna para a época, porém se
recusou a tirar proveito dela e resolveu investir na obra de Deus. Ao sentir-se
pronto, enviou cinco mil libras esterlinas para o missionário James Hudson
Taylor, que se tornara uma lenda ao ser o primeiro a levar a Palavra

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