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O Caminho para a Independência Financeira - Diogo Pereira

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O Caminho para a Independência
Financeira
 
Diogo Pereira
 
 
Copyright © 2015
Todos os direitos reservados.
Sumário
 
Prefácio
Teste da Saúde Financeira
O Que é Independência Financeira?
O Mito da Ganância
O Poder dos Pensamentos
Alfabetização Financeira
Conhecendo sua Situação Financeira
Definindo suas Metas
Pague-se Primeiro
Orçamento da Independência Financeira
Princípios de Investimentos
Plano da Independência Financeira
Aumentando sua Renda
Epílogo
Prefácio
 
A independência financeira é um sonho desejado por muitas pessoas, e que
felizmente está ao alcance de todos. Tudo que você precisará para chegar lá é
ter foco, persistência e um forte desejo de investir em si próprio para tornar-se
aquilo que você quer ser.
 
Cada vez que o dinheiro entra em suas mãos você tem uma nova e única
oportunidade de escolher se você quer construir riqueza ou acumular dívidas.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, alcançar a independência
financeira não tem nada a ver com o tamanho da sua renda, mas sim com o que
você faz com ela.
 
Neste livro eu irei lhe mostrar como você pode alcançar a independência
financeira através de um processo de reeducação financeira. O “Caminho da
Independência Financeira” foi criado para resolver desde os seus problemas
financeiros diários até ajudá-lo a alcançar os seus objetivos financeiros de
longo prazo. Dessa forma, este livro serve para todos aqueles que buscam
melhorar, de alguma forma, a sua vida financeira.
 
Eu comecei em uma idade precoce a pesquisar como as pessoas bem-
sucedidas ganham dinheiro. Eu pesquisei o que elas pensam sobre o dinheiro,
como elas se sentem em relação a ele e as iniciativas que elas tiveram para
ganhar dinheiro. O que eu descobri é que elas têm estratégias que as ajudam a
acumular riqueza. Depois de aprender essas mesmas estratégias, você será
capaz de cuidar melhor do seu dinheiro, e este, por sua vez, irá ajudá-lo a ter
uma maior qualidade de vida.
 
Trabalhadores, estudantes, e muitos outros que enfrentaram grandes problemas
financeiros já tiveram um grande sucesso implementando algumas das dicas e
truques que você encontrará ao longo deste livro.
 
Eu prometo que se você seguir o meu guia da independência financeira passo a
passo você irá melhorar a sua situação financeira substancialmente, e irá
alcançar algum dia a independência financeira.
Mas, por mais que você tenha as estratégias adequadas, tenha em mente que
não há um caminho único para a independência financeira. Cada um de nós é
único, com um conjunto único de talentos, habilidades, temperamento,
esperanças e sonhos. Não há outra pessoa nesse planeta como você. Apenas
você sabe exatamente quem você é, de onde veio e para onde está indo. Você é
a única pessoa que pode encontrar o seu caminho para a independência
financeira.
 
Portanto, quero que você pense neste livro como um mapa mostrando-lhe o
terreno. Você tem que decidir qual é o caminho específico para chegar ao
destino que você deseja. E como qualquer outro mapa este também não é
perfeito, mas tenta ser o mais próximo que é possível.
 
Lembre-se sempre que ninguém fica rico simplesmente porque leu um livro. O
poder não está neste livro, mas no uso que você faz dele. Portanto, utilize-o
com sabedoria e incorpore o seu conteúdo a sua vida.
Teste da Saúde Financeira
 
Para começar, gostaria que você fizesse um pequeno teste que irá mostrar
como anda a sua saúde financeira através da análise de alguns hábitos
financeiros básicos.
 
O teste abaixo leva menos de cinco minutos e tudo que ele requer são simples
respostas “Sim” ou “Não”. Responda cada uma das perguntas abaixo,
anotando a quantidade de respostas “Sim” que você deu.
 
1. Eu acredito que mereço ter muito dinheiro? (Sim/Não)
2. Eu calculo meu patrimônio líquido pelo menos uma vez por ano?
(Sim/Não)
3. Eu mantenho meus registros financeiros organizados? (Sim/Não)
4. Eu tenho dinheiro suficiente para pagar minhas contas mensais na
íntegra? (Sim/Não)
5. Eu uso um orçamento para orientar meus gastos e poupar a cada mês?
(Sim/Não)
6. Eu tenho metas financeiras definidas por escrito, com prazo e valores
definidos? (Sim/Não)
7. Eu gasto no máximo setenta por cento da minha renda com despesas
essenciais? (Sim/Não)
8. Eu economizo pelo menos entre 10% e 20% da minha renda
mensalmente? (Sim/Não)
9. Eu tenho uma reserva com dinheiro suficiente para pagar de seis a doze
meses de despesas essenciais? (Sim/Não)
10. Eu economizo dinheiro de forma regular para objetivos de longo prazo?
(Sim/Não)
11. Eu tenho um conhecimento satisfatório sobre investimentos financeiros?
(Sim/Não)
 
Obviamente quantos mais “Sim” você tiver respondido melhor estará a sua
situação financeira. Mas não se preocupe demasiadamente com as respostas
“Não” que você deu agora. No decorrer deste livro falaremos sobre cada um
dos itens abordados no questionário em detalhes.
 
Assim, quando você terminar de ler este livro espero que você seja capaz de
responder “Sim” para cada uma dessas perguntas. Anote o número de
respostas “Sim” que você deu agora, para compará-lo com o número que você
obterá ao responder o questionário novamente ao terminar de ler este livro.
 
Esse teste é apenas uma demonstração dos problemas que estaremos
trabalhando para solucionar. A menos que você tenha respondido “Sim” para
todas essas perguntas você ainda tem muito trabalho pela frente, e já passou da
hora de começar a resolvê-los.
O Que é Independência Financeira?
Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante
do mundo. Hoje, tenho certeza.
Oscar Wilde
 
Se você perguntar para 10 pessoas diferentes o que significa independência
financeira, é provável que você receba 10 respostas diferentes. Portanto, eu
não poderia começar este livro de outra forma a não ser definindo o
significado do termo “Independência Financeira”.
 
A Independência Financeira pode ser definida de forma sucinta como o estado
em que uma pessoa é capaz de pagar as suas despesas através de um fluxo
de renda passiva. Você não entendeu nada? Não se preocupe, pois a seguir
vamos analisar essa definição palavra por palavra para que você entenda
completamente o seu significado.
 
Começando do início, a definição diz que a independência financeira é um
estado em que as pessoas podem se encontrar. Logo, podemos concluir que
todas as pessoas são, obrigatoriamente, ou financeiramente independentes,
ou financeiramente dependentes. Uma pessoa não pode ter “um pouco” de
independência financeira: ou ela é financeiramente independente ou não é.
 
Em segundo lugar, fala-se da capacidade de pagar as despesas. Com despesas
eu estou me referindo às despesas fixas que as pessoas têm mensalmente.
Essas despesas variam para cada pessoa e dependem, entre outros fatores, do
padrão de vida por ela adotado.
 
Uma pessoa que optar por um estilo de vida de classe média talvez possa ser
financeiramente independente se tiver um fluxo de renda passiva de
R$1.500,00, por exemplo, pois conseguirá pagar as suas despesas com essa
quantia. Já alguém que optar por um padrão de vida mais elevado talvez
precise de uma renda de cem mil reais para cobrir todas as despesas
desejadas.
 
Por fim, falta definir o significado de “renda passiva”. Considero que existem
basicamente dois tipos de renda que uma pessoa pode ter: a renda auferida e
a renda passiva.
 
A renda auferida pode ser definida como a renda obtida por uma atividade na
qual você troca seu tempo por dinheiro. Se você for um trabalhador
assalariado ou um autônomo, a sua renda se enquadra nessa categoria. Se você
tem um negócio e trabalha nele diariamente, você também tem uma renda
auferida. Nessa modalidade de renda normalmente quanto mais você trabalha
mais dinheiro ganhará.
 
Já quando não é você que trabalha pelo dinheiro, mas o dinheiro que trabalha
por você,estamos falando de renda passiva. Ela compreende toda renda que
depende de uma intervenção mínima da sua parte, como os investimentos
financeiros (ações, fundos, títulos, etc.); bem como aluguéis de imóveis e
propriedades intelectuais como livros, invenções, patentes, etc.
 
Dessa forma, as pessoas financeiramente independentes conseguem pagar
todas as suas despesas com a renda passiva, ou seja, sem que precisem
necessariamente trabalhar para pagar suas despesas. A renda passiva é o
playground das pessoas financeiramente independentes, enquanto as pessoas
que não são financeiramente independentes estão focadas apenas na renda
auferida.
 
Geralmente tudo que uma pessoa financeiramente independente precisa fazer é
gastar algumas horas por mês cuidando das suas fontes de renda passiva. Nada
impede que essa pessoa tenha um trabalho diário, desde que ela não dependa
desse salário para cobrir suas despesas, ou seja, para sustentar seu padrão de
vida.
 
Agora vejamos a frase inicial novamente: Independência Financeira é o estado
em que uma pessoa é capaz de pagar as suas despesas através de um fluxo de
renda passiva. Agora você entendeu o que é Independência Financeira? Ótimo,
só tome cuidado para não confundi-la com a aposentadoria.
 
Aposentadoria é Sinônimo de Independência Financeira?
 
À primeira vista pode parecer que quem está aposentado é uma pessoa
financeiramente independente. Afinal, pessoas aposentadas pagam as suas
despesas com um fluxo de renda passiva. Porém, se olharmos mais a fundo
logo vamos perceber que a verdade não é bem essa.
 
A origem da renda de uma pessoa aposentada difere totalmente da origem da
renda de uma pessoa financeiramente independente. A renda da aposentadoria,
seja ela pública ou privada, é resultado do que a pessoa poupou durante a sua
vida, ou seja, ela está recebendo de volta o que guardou, não está recebendo
um “dinheiro novo”. Na aposentadoria o fluxo de renda passiva que a pessoa
recebe dura apenas por um certo período de tempo, pois ele vem de uma
reserva esgotável de dinheiro.
 
Quando a pessoa morrer, no caso de aposentados pelo sistema público de
previdência, ou quando o dinheiro acabar, no caso de um fundo de previdência
privado, cessa-se o fluxo de pagamentos. Já as pessoas financeiramente
independentes recebem o lucro de seus investimentos por tempo
indeterminado. Elas continuarão recebendo dinheiro dos seus investimentos
enquanto eles continuarem a ser lucrativos.
 
Outra diferença importante é que os aposentados só recebem um fluxo mensal
de dinheiro, e não tem um patrimônio como as pessoas financeiramente
independentes. Uma pessoa com independência financeira pode vender um
imóvel que lhe gera renda passiva - por exemplo - para gastar o dinheiro em
alguma coisa. O mesmo não pode ser feito pelos aposentados, pois eles têm
acesso apenas a uma renda mensal definida arbitrariamente.
 
As pessoas financeiramente independentes têm um grande patrimônio, podendo
usá-lo e controlá-lo como quiserem, enquanto que os aposentados apenas
sobrevivem com as migalhas que recebem. Se você quer mudar essa situação e
atingir a independência financeira, você pode começar hoje mesmo, fazendo
disso seu objetivo de vida.
 
Seu Novo Objetivo
 
A maioria das pessoas quer ser rica, porém nunca define claramente o que é
ser rico para elas. Logo, elas nunca serão ricas pois estarão desejando sempre
mais. Porém acredito que você já sabe onde quer chegar: quer ser
financeiramente independente, quer ter uma renda passiva suficiente para
pagar as suas despesas atuais e não precisar trabalhar nunca mais, não é
mesmo?
 
Então o seu objetivo a partir de agora deve ser tornar-se financeiramente
independente. Você precisa assumir um compromisso consigo mesmo de que
atingirá esse objetivo e o fracasso não pode ser uma opção.
 
As pessoas que apenas tentam estão, na verdade, querendo que algo as impeça
de terem sucesso. Elas querem obstáculos que justifiquem a sua desistência
porque, no fundo, não estão totalmente convencidas de que aquilo que almejam
é o melhor para elas.
 
Se você quiser ficar rico você precisa se esforçar muito e não poderá mais
tolerar mediocridade da sua parte. Você terá que assumir o controle da sua
própria vida e não ser mais uma vítima das circunstâncias. Sei que pode não
ser fácil se comprometer desta forma, porém se você não fizer isto, o restante
deste livro não lhe servirá para muita coisa. Repita agora mesmo a frase
abaixo e depois imprima e assine o contrato que você encontrará no final deste
livro.
 
“Eu assumo o compromisso de me tornar financeiramente
independente”
 
Ao repetir essas palavras você estará proclamando para si mesmo que você
assume esse compromisso e que fará de tudo para atingi-lo.
 
Sua Tarefa: Assuma o compromisso de tornar-se uma pessoa
financeiramente independente. Baixe e assine o seu “Contrato Pessoal”
juntamente com duas testemunhas para que você nunca esqueça disso. Você
pode baixar esse contrato, junto com outros materiais de apoio deste livro, no
endereço viverdeinvestimento.com/bonus.
 
É possível, também que você não queira continuar porque tem um bloqueio,
consciente ou subconscientemente, em relação à riqueza e pode achar que não
é “certo” ficar rico. Se você tem esse tipo de dúvida continue a leitura para o
próximo capítulo e garanto que mudará de ideia.
O Mito da Ganância
Muitas pessoas acreditam, infelizmente, no mito de que desejar ter mais
dinheiro é o mesmo que ganância. Se você tiver esse tipo de pensamento, ele
irá lhe impedir de ganhar mais dinheiro e melhorar a sua situação financeira.
 
Por mais que você diga para você mesmo que quer ganhar mais dinheiro, se
você acha que existe algo de moralmente errado em ganhar muito dinheiro, o
seu subconsciente irá trabalhar contra você e fará de tudo para que você fique
cada vez mais pobre. Não desejar ficar rico ou desejar ficar apenas “um
pouco rico” são sinais de que você pode ter esse mito impregnado em sua
mente.
 
Muitas pessoas acham que ser pobre é sinônimo de ser uma pessoa boa e
muitas pessoas são pobres simplesmente porque acham que o dinheiro é algo
negativo. Elas subconscientemente se livram de todo o dinheiro o mais rápido
possível para que permaneçam pobres. Isso acontece porque algumas pessoas
podem pensar que todas as pessoas ricas são esnobes e gananciosas, o que não
é verdade. Elas têm medo que o sucesso irá mudá-las, torná-las pessoas más.
Muitas dessas pessoas dizem coisas como:
 
"O dinheiro não traz felicidade"
"O dinheiro não cresce em árvores"
"O dinheiro é a raiz de todo o mal"
 
Felizmente nada disso é verdade. Quem ganha dinheiro o faz para atingir
objetivos, por isso é saudável e normal ganhar dinheiro. O dinheiro não é a
raiz de todo o mal, apenas o desejo obsessivo por ele que é algo ruim.
 
Por isso você deve ter bem claro na sua mente que o dinheiro nunca é o fim em
si mesmo. Ele é apenas uma ferramenta para ajudá-lo a realizar as tarefas que
você deseja na vida. Ter mais ou menos dinheiro não muda quem você de fato
é.
 
Ter dinheiro é algo benéfico que permite que você use seu tempo para ficar em
casa com seu filho, lhe permite ajudar a sua mãe a se aposentar e viver bem ou
a passar um mês a cada verão em uma casa de praia com toda a sua família.
 
Por isso, quero que você se lembre sempre que a independência financeira tem
pouco a ver com o dinheiro, mas com as escolhas que o dinheiro vai lhe dar. 
 
Agora que este mito está derrubado, não se esqueça de voltar para o capítulo
anterior e fazer o seu compromisso, caso ainda não tenha feito. Uma vez feito
isso, podemos seguir para o próximo capítulo onde veremos como os seus
pensamentos podem lhe ajudar a ficar mais perto da independência financeira.
O Poder dos Pensamentos
Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações
conduzem a resultados.
T. Harv Eker
A sua jornada paraa independência financeira não começa pelo estado atual
das suas finanças ou pelo tamanho da sua conta bancária, mas pelos seus
pensamentos.
 
Para alterar seu futuro financeiro você precisa primeiro mudar a sua
mentalidade e os seus pensamentos. As suas ações vêm dos seus pensamentos,
então a primeira coisa que você precisa é pensar de forma diferente. Quando
esta mudança interior ocorre a parte prática se torna muito mais fácil. Você
primeiro deve SER para que depois possa FAZER.
 
No livro Segredos da Mente Milionária, o autor T. Harv Eker apresenta o
Processo de Manifestação, que explica como nós criamos a nossa realidade e
a nossa riqueza. Ele funciona da seguinte forma:
 
Seus pensamentos conduzem aos seus sentimentos.
Seus sentimentos influenciam as suas ações
Suas ações determinam os seus resultados.
 
Consequentemente seus pensamentos determinam seus resultados. Você está
onde está agora como resultado direto dos seus pensamentos passados. As
decisões que você fez no passado conduziram-lhe ao presente que você vive
hoje.
 
Logo, para alterar seus resultados você deve alterar suas ações e para alterar
suas ações você deve alterar seus sentimentos. Para alterar seus sentimentos,
por sua vez, você deve alterar seus pensamentos. Em última análise, os seus
pensamentos determinam o seu presente e o seu futuro. Então, para determinar
o seu futuro você precisa ter os pensamentos certos.
 
Muitas pessoas podem achar que nós não temos controle sobre os nossos
pensamentos, o que não é verdade. Você escolhe no que você pensa. Você pode
escolher pensar na casa em que morou na infância, na sua escola do ensino
médio, num velho amigo ou num encontro com sua esposa. É você que está no
comando! Basta que você pense de forma diferente para que seus sentimentos,
suas ações e seus resultados sejam reprogramados, criando novos padrões de
pensamento para substituir os antigos.
 
Imagine que os seus pensamentos são um mapa, que pode lhe levar para vários
destinos diferentes, inclusive para a independência financeira. O problema é
que o mapa que você tem hoje está errado. E se você tem o mapa errado você
não conseguirá chegar ao destino desejado, não importa o quão longe ou
rápido você ande. Se você quer chegar à independência financeira você
precisa de um mapa novo ou, nesse caso, de novos pensamentos.
 
Seus Novos Pensamentos
 
Ao desenvolver novos pensamentos você irá tê-los à disposição para quando
precisar tomar uma decisão. Eles irão lhe trazer clareza para situações
difíceis, eles irão guiá-lo na direção certa para chegar ao destino que você
deseja.
 
A seguir estão alguns dos pensamentos essenciais que você deve incorporar a
sua vida se quiser ser uma pessoa rica e financeiramente independente.
 
1. Eu sou Digno de Receber Dinheiro
 
Em primeiro lugar, você deve ter a mentalidade de que você é digno de
receber mais dinheiro. Se você tem pensamentos negativos, dizendo a si
mesmo que você não merece receber mais, você está bloqueando o fluxo que
leva mais dinheiro até você.
 
Quando você tem pensamentos destrutivos - quando está dizendo a si mesmo
que você não é digno - você está repelindo o seu potencial de receber mais.
Nunca se contente com menos do que aquilo que você deseja. Nunca se
convença de que “não merece” algo. Você é a única pessoa capaz de
determinar o que você merece. E saiba que você merece tudo aquilo que você
quiser, nem um pouco menos do que isso.
 
2. O Dinheiro Está Sempre Fluindo
 
Você está bloqueando o fluxo de dinheiro quando pensa coisas como: “Eu
estou sempre quebrado”, “Eu nunca vou pagar minhas dívidas”, “É muito
difícil progredir financeiramente”. Você precisa ter bem claro na sua mente o
pensamento de que o dinheiro está sempre fluindo de um lugar para o outro; de
que ele não é algo estático, mas sim dinâmico. Se você é pobre hoje, amanhã
poderá se tornar rico.
 
3. Trato meu Dinheiro com Respeito
 
Você provavelmente está se perguntando o que o respeito tem a ver com
dinheiro, não é? Bem, fique sabendo que se você não tem respeito pelo
dinheiro, então você vai ter pouco dele. Se você não cuidar bem do seu
dinheiro, controlando os seus gastos e gastando-o sabiamente
consequentemente terá pouco dele. Tratar o dinheiro com respeito significa
tratar cada centavo como uma fortuna, tomando decisões refletidas e
ponderadas antes de gastar qualquer centavo.
 
4. O Dinheiro é Importante para Mim
 
Algumas pessoas dizem que para elas o dinheiro não é importante. Saiba que
isso é uma grande mentira, especialmente se essa pessoa estiver em uma
situação financeira difícil. Quem não dedica a atenção necessária ao dinheiro
acabará endividado e então o dinheiro torna-se o ponto central de sua vida.
Assim, o dinheiro, ou nesse caso a falta dele, irá se tornar não apenas
importante, mas exageradamente importante.
 
5. Eu Invisto meu Dinheiro Sabiamente
 
Você deve não apenas investir o seu dinheiro para que ele se multiplique mas
também fazê-lo com sabedoria. É muito importante que você compreenda
plenamente cada um de seus investimentos. Warren Buffet, um dos maiores
investidores de todos os tempos, diz que nunca compra nada que ele não
entende. Quando fizer qualquer tipo de investimento certifique-se de conhecê-
lo nos mínimos detalhes, bem como todos os riscos envolvidos, por menores
que sejam. Não dê a menor atenção para qualquer esquema mirabolante de
ficar rico rápido que lhe for apresentado. Se parece bom demais para ser
verdade, é provável que não seja mesmo verdade.
 
Criando seus Próprios Pensamentos
 
Esses foram apenas alguns pensamentos que sugiro que você memorize e
incorpore na sua vida, porém há muitos outros pensamentos que você pode
desenvolver para auxiliá-lo na sua caminhada. Listei apenas alguns pois acho
que a melhor forma de aprender novos pensamentos é encontrando-os você
mesmo.
 
Criar novos pensamentos envolve a quebra de paradigmas, por isso a maneira
mais fácil de consegui-los é através de crescimento e desenvolvimento
pessoal. A seguir estão listadas várias formas para que você crie seus
próprios pensamentos.
 
1. Desenvolva uma cultura de leitura. Leia autobiografias de seus ídolos,
livros de desenvolvimento pessoal e livros sobre finanças pessoais,
motivação e inspiração. Invista em livros que vão mudar sua vida.
Planeje a leitura de pelo menos 4 livros por ano de pessoas que
obtiveram sucesso naquilo que você quer atingir. Dê uma olhada em
alguns livros que eu recomendo que você leia no endereço
http://viverdeinvestimento.com/livros-recomendados/.
 
2. Encontre modelos de conduta; pessoas de sucesso que você possa
observar, analisar e imitar. Encontre pelo menos uma pessoa rica e bem
sucedida que você possa imitar e aprenda o máximo que puder sobre ela.
Você pode fazer isso juntando informações a respeito dela por meio de
livros e pela internet.
 
3. Participe de seminários e cursos sobre áreas que você precisa melhorar.
Invista no seu desenvolvimento pessoal mais do que em roupas ou no seu
carro. Embora eles possam não ser nada baratos, o conhecimento que
você adquire em cursos e seminários vai fazer com que você ganhe muito
mais dinheiro no futuro. Além disso, seminários são uma ótima
oportunidade para conhecer pessoas que têm objetivos semelhantes aos
seus.
 
4. Obtenha um mentor que já conseguiu o que você quer alcançar e esteja
pronto para lhe ensinar. Um mentor irá lhe ajudar nos momentos difíceis
e irá lhe manter motivado para continuar a perseguir o seu sonho. Ter um
mentor é a forma mais rápida e fácil de aprender qualquer nova
habilidade, inclusive a de enriquecer.
 
5. Escolha seus amigos sabiamente. Faça amizade com aqueles que estão
indo na mesma direção que você - amigos que irão ajudá-lo ao longo do
seu caminho, não zombar de seus sonhos.
 
6. Se o seu trabalho atual não está lhe dando espaço para crescer, considere
a mudança para outro setor ou a trocade emprego.
 
7. Seja seletivo sobre quais sites você visita. Escolha aqueles que educam,
informam e inspiram ao invés de acessar apenas sites de notícias, redes
sociais, esportes, etc.
 
8. Use o seu tempo livre com sabedoria. Concentre-se mais no
desenvolvimento pessoal do que na socialização e horas extras de
trabalho.
 
Sua Tarefa: Pare de se concentrar naquilo que você não quer ser e
concentre-se totalmente naquilo que você deseja. Grave os pensamentos
listados e utilize as dicas acima para construir os seus próprios pensamentos.
Se você fizer isso, estará dando um grande e importante passo em direção à
independência financeira e à melhora da sua vida no geral.
 
Uma vez cumprida essa tarefa está na hora de darmos o primeiro passo
definitivo para atingir a independência financeira: a alfabetização financeira.
Ela é a pedra fundamental da independência financeira, portanto, o próximo
capítulo será provavelmente o mais importante de todo o livro e peço que o
leia com especial atenção.
Alfabetização Financeira
O rico não trabalha por dinheiro, ele tem o dinheiro trabalhando para
ele.
Robert T. Kiyosaki
Como você aprendeu o que sabe sobre dinheiro? Há uma forte possibilidade
que tenha sido com seus pais, não é mesmo? Se eles eram pobres, então é
provável que você também seja. Se nossos pais não são ricos eles não
poderiam nos dar qualquer conselho sobre riqueza, muito pelo contrário,
podem dar apenas conselhos que estimulem, mesmo que não intencionalmente,
a nossa mediocridade financeira.
 
A verdade é que muitos pais não gostariam que seus filhos ficassem
extremamente ricos, apenas que tivessem um padrão de vida um pouco melhor
do que o deles. Do contrário, o fracasso deles em se tornarem ricos e
financeiramente independentes se tornaria muito mais evidente. 
 
Além disso, as pessoas em geral, nossos amigos e familiares, estimulam o
consumismo e nem mesmo o governo dá um bom exemplo, aumentando cada
vez mais a dívida pública e também os impostos. Logo não é de se espantar
que muitas pessoas sejam descuidadas com suas próprias finanças. Como elas
poderiam ter aprendido a agir de maneira diferente?
 
Uma das razões pelas quais os pobres ficam mais pobres e a classe média luta
com as dívidas é porque para os pobres/classe média o assunto dinheiro não é
ensinado nem em casa nem na escola. As escolas se concentram nas
habilidades acadêmicas e profissionais, mas não nas habilidades financeiras,
o que faz com que as pessoas tenham problemas financeiros durante toda a
vida. A maioria de nós nunca aprendeu nada sobre dinheiro na escola, mas
fomos forçados a aprender um monte de coisas que nunca utilizamos.
 
Como os profissionais deixam a escola sem habilidades financeiras, milhões
de pessoas instruídas obtém sucesso em suas profissões mas depois se
deparam com dificuldades financeiras. Por mais que eles sejam profissionais
competentes e trabalhem cada vez mais eles não conseguem progredir
financeiramente. Isso porque lhes falta algo chamado alfabetização
financeira – o conhecimento dos princípios básicos da acumulação e
construção de riqueza.
 
A maioria das pessoas acha que mais dinheiro vai resolver seus problemas
financeiros. Na verdade isso apenas amplia um problema existente de
analfabetismo financeiro. Pense comigo: se você tem um balde d’água com um
vazamento não adianta adicionar mais água para tentar enchê-lo, você tem que
bloquear o vazamento primeiro. Da mesma forma, não adianta ter mais
dinheiro, é preciso se educar financeiramente primeiro.
 
Alguma vez você já se perguntou por que os aumentos de salário, bônus e
promoções que você ganhou ao longo dos anos não resolveram os seus
problemas financeiros? A razão pela qual você está perpetuamente com
dificuldades financeiras ou sem nenhum progresso aparente é justamente o
analfabetismo financeiro.
 
O problema é que a maioria das pessoas nunca se fez essa pergunta e continua
nessa busca sem sentido e sem resultados efetivos pelo dinheiro, num processo
conhecido como a corrida dos ratos.
 
A Corrida dos Ratos
 
Corrida dos ratos é um termo utilizado para designar o estado em que as
pessoas “correm” atrás do dinheiro, mas não consegue utilizá-lo para construir
riqueza. Para que você possa entender exatamente o que é a corrida dos ratos
gostaria de lhe contar a história de um sujeito, que iremos chamar de Pedro.
 
Pedro acorda às 6 horas da manhã, toma café, pega o transporte para o
trabalho (leva duas horas para chegar), fica dez horas no local de trabalho,
pega o transporte de volta para casa, janta, dorme. Essa mesma rotina é
repetida cinco dias por semana todas as semanas. A única diferença é que uma
vez a cada quatro semanas ele recebe um salário.
 
Assim como muitas outras pessoas Pedro passou quatro anos em uma
universidade simplesmente para obter um diploma, um pedaço de papel que
dizia que ele tinha muito “potencial”.
 
Mesmo com todo esse “potencial” ele não conseguiu um emprego na sua área
de atuação e teve que continuar com o emprego que tinha quando era estudante
universitário.
 
Depois de aprender toda a teoria, ter aulas chatas e ler vários livros, Pedro
resolveu fazer ainda um curso de especialização de dois anos, pois assim teria
algo a mais para colocar em seu currículo. Depois disso Pedro conseguiu um
emprego que pagasse um salário mais alto.
 
Ocorre que as suas despesas prontamente cresceram junto com seu novo
salário. Apesar de desfrutar de uma melhor qualidade de vida, Pedro não
estava construindo riqueza. Estava preso na corrida dos ratos.
 
Certo dia Pedro se deu conta que ficaria nessa mesma rotina por mais 30 ou 40
anos até conseguir se aposentar. Nesse momento Pedro decidiu que iria fazer
alguma coisa, que iria mudar isso. Ele não queria continuar mais correndo
infinitamente sem sair do lugar. Ele precisava sair dali.
 
Bem, a verdade é que esse sujeito – Pedro – na verdade sou eu mesmo. Ou
pelo mesmo era a alguns anos atrás, quando estava muito longe de ser
financeiramente independente.
 
Infelizmente a minha situação é apenas um exemplo dentre as milhões
existentes. A maioria da população está hoje na corrida dos ratos. As minhas
características se encaixam em pelo menos 90% da população, sendo que esse
ainda é provavelmente um número bem modesto.
 
Tudo mudou na minha vida quando comecei a me alfabetizar financeiramente e
consegui aos poucos sair da corrida dos ratos. O termo “corrida dos ratos” é,
caso você não tenha percebido, uma alusão à corrida enlouquecedora que os
hamsters fazem em suas rodas gigantes. Esses animais, por mais que corram,
não conseguem sair do lugar.
 
O exemplo típico da corrida dos ratos é o empregado que trabalha com o
objetivo de receber um aumento ou uma promoção. Uma vez que sua renda
aumenta, as despesas aumentam também. Com o aumento dos gastos o
empregado se torna ainda mais ligado ao seu trabalho e dependente do seu
salário. Ou seja, ele está como um rato/hamster, não importa o tamanho do seu
salário, ele nunca aumentará seu patrimônio pois suas despesas crescem
proporcionalmente.
 
Nós começamos a corrida dos ratos quando ainda somos crianças, quando as
pessoas nos dizem para trabalhar duro na escola pois assim poderemos entrar
em uma boa universidade. Depois de ter seu diploma o próximo passo é
encontrar um emprego seguro e guardar dinheiro para comprar uma casa e
itens de luxo. Então, conforme sua renda aumentar tudo o que você precisa
fazer é aumentar suas despesas, comprando qualquer supérfluo. E pronto! Você
já estará preso na corrida dos ratos.
 
É bastante provável que você esteja nessa mesma situação no momento. Mas
saiba que praticamente todas as pessoas ricas já estiveram nela algum dia. E o
motivo disso é simples: ninguém havia mostrado a elas, nem mostrou a você,
(até agora) que existe um outro caminho que pode ser trilhado. E é esse o
objetivo principal que tenho ao escrevereste livro: mostrar que existe outro
caminho, mostrar que há como sair da corrida dos ratos.
 
Saindo da Corrida dos Ratos
 
Sair da corrida dos ratos não é tão difícil como parece. Tudo que você precisa
fazer é começar a construir riqueza. As pessoas que estão na corrida dos ratos
não estão construindo nenhuma riqueza, não estão aumentando o seu
patrimônio líquido. O que elas fazem de errado é, fundamentalmente, trabalhar
pelo dinheiro, em vez de fazer o dinheiro trabalhar para elas.
 
As pessoas acreditam que se elas conseguirem um aumento no salário
finalmente terão dinheiro suficiente. No entanto, se você não souber como o
dinheiro funciona você nunca terá o bastante. O dinheiro por si só não resolve
nada, ele é apenas um meio que leva a fins.
 
Podemos sintetizar o “segredo” para sair da corrida dos ratos em uma única
frase, que é o princípio fundamental da alfabetização financeira. Preste
bastante atenção nele:
 
SAIBA O QUE SÃO ATIVOS E ADQUIRA-OS
 
É só isso que você precisa fazer! Se você souber o que é ativo e começar a
adquiri-los você começará a sair da corrida dos ratos e ir em direção a
independência financeira.
 
O problema é que as pessoas realmente não sabem o que é um ativo, e você
talvez também não saiba. Mas não se preocupe com isso, eu já vou lhe
explicar.
 
Um ativo é simplesmente algo que põe dinheiro no seu bolso. Ele é o contrário
do passivo, que é algo que tira dinheiro do seu bolso. A única forma de sair da
corrida dos ratos e tornar-se financeiramente independente é acumular ativos.
 
O que as pessoas costumam fazer, no entanto, é justamente o contrário. Elas
preferem comprar um carro novo em vez de investir seu dinheiro. Ou seja,
preferem comprar um passivo em vez de um ativo.
 
Lembre-se:
 
Um Ativo é algo que põe dinheiro no seu bolso.
 
Um Passivo é algo que tira dinheiro do seu bolso.
 
Para distinguir um ativo de um passivo é preciso ver a demonstração dos
resultados, ou seja as despesas e as receitas que resultam desse bem.
 
Importante: Tome cuidado para não confundir a definição de ativo com
aquela utilizada pelo método contábil tradicional. Nele, qualquer bem é
considerado um ativo, não importando se ele coloca ou tira dinheiro do
seu bolso.
 
As pessoas têm dificuldades financeiras pois adquirem passivos achando que
são ativos. Por exemplo, uma pessoa que compra um carro para passear com a
família está claramente comprando um passivo. Este automóvel gera somente
despesas, do ponto de vista estritamente financeiro. Um negociador de
automóveis, por sua vez, compra um carro como forma de investimento. Se ele
conseguir vender esse caro por um valor maior do que aquele que pagou por
ele, este carro terá sido um ativo para ele.
 
Da mesma forma, alguém que compra um imóvel pode usá-lo tanto como um
ativo como um passivo. Explico: se a pessoa irá utilizar a casa como moradia
própria ela será um passivo, pois gera apenas despesas e nenhuma receita. Se
por outro lado ela alugar esta casa para inquilinos, a casa será um ativo pois a
receita do aluguel estará colocando dinheiro em seu bolso.
 
O importante é começar a comprar algum ativo por menor que seja (veremos
como investir seu dinheiro mais adiante). Uma que você comece você está
criando um fluxo de renda que se autoalimentará e crescerá ao longo do tempo
 
O Fluxo de Renda das Pessoas Ricas
 
Para compreender como as pessoas se tornam financeiramente independentes
através da compra de ativos você precisa entender como funciona o fluxo de
renda das pessoas ricas, e como ele se diferencia do seu.
 
Vamos começar vendo alguns exemplos de padrões de fluxo de caixa de
diferentes pessoas fictícias.
 
Lucas tem 21 anos, estuda e trabalha. Ele ainda mora com seus pais. Lucas tem
seu salário como única fonte de renda e o usa para as despesas de
alimentação, transporte, vestimentas, diversão. Lucas não possui nem passivos
nem ativos.
 
Manuel tem 47 anos e é um trabalhador assalariado de classe média. Ele é
casado e tem um filho. Sua única fonte de renda também é o seu salário que é
usado para pagar seus passivos, como o financiamento do carro, cartão de
crédito e empréstimos bancários. Além disso, Manuel tem as mesmas despesas
de necessidades básicas que Lucas tem, e ainda por cima não possui nenhum
ativo.
 
Fernando tem 39 anos, ele é rico e financeiramente independente. Ele não
trabalha, pois tem ativos que lhe geram renda. Ele tem ações que geram
dividendos, tem títulos de geram juros, tem imóveis que geram aluguéis e tem
propriedades intelectuais que geram royalties. Fernando também tem passivos,
porém a renda gerada pelos seus ativos é superior às suas despesas. Ele
também usa parte da renda gerada pelos seus ativos para comprar ainda mais
ativos, que gerarão uma renda ainda maior.
 
Analisando a situação financeira de Fernando pode-se perceber porque os
ricos ficam cada vez mais ricos. Ao reinvestir seu dinheiro Fernando está
criando um ciclo de perpétuo enriquecimento. Já a classe média, representada
por Manuel, se encontra em constantes dificuldades financeiras, pois sua renda
é gerada exclusivamente por salários. Quando esses salários aumentam, os
impostos também aumentam, o que faz com suas despesas cresçam no mesmo
ritmo que seu salário. Não há nenhuma construção de riqueza neste processo,
pois Manuel compra apenas passivos e nenhum ativo. O que você precisa
seguir, portanto, é o exemplo de Fernando, utilizando a renda dos seus ativos
para comprar ainda mais ativos.
 
Seu Novo Fluxo de Caixa
 
Atualmente, considerando que você recebe um salário, sendo você um
assalariado, autônomo ou dono de um negócio próprio, as suas despesas
provavelmente são 100% pagas através da sua renda salarial.
 
Nesse caso o seu fluxo de renda deve ser semelhante a imagem à seguir.
 
Você trabalha por um salário que é usado para pagar as suas despesas.
Observe que se retirarmos o salário da equação não haverá nenhuma outra seta
apontando para as despesas, ou seja, sem o salário você não tem outra forma
de viver.
 
Seu primeiro passo para a independência financeira, então, será começar a
comprar ativos para geração de renda. Os ativos servem para que você não
dependa mais exclusivamente da sua renda salarial. Como no começo os seus
ativos não irão gerar renda suficiente para pagar todas as suas despesas o seu
fluxo de renda será o seguinte:
 
 
Veja que assim que você começa a ter ativos, você começará a receber um
fluxo adicional de dinheiro. O seu objetivo deve ser criar ativos para que você
não dependa mais do salário. Para isso você terá que, obviamente, comprar
mais ativos.
 
Você continuará a utilizar a sua renda, composta agora pelo seu salário mais a
renda dos ativos, para comprar ainda mais ativos, aumentando a sua renda
ainda mais. Quando seus ativos gerarem uma renda igual as suas despesas
você passa a ser uma pessoa abastada.
 
Já quando eles gerarem uma renda superior as suas despesas você pode se
considerar uma pessoa financeiramente independente. Nesse ponto todas as
suas despesas são pagas pelos seus ativos. Enquanto você continuar a
adicionar dinheiro do salário aos seus ativos a renda gerada por eles
continuará a aumentar.
 
Nesse ponto (a independência financeira) seu fluxo de renda será igual à
imagem a seguir.
 
Perceba que não há nenhuma seta apontando do salário para as despesas, uma
vez que os ativos geram renda suficiente para cobrir todas as despesas. O
salário passa então a ser utilizado exclusivamente para comprar mais ativos,
que irão aumentar o tamanho da renda gerada.
 
Nesse momento você também pode é claro, parar de trabalhar. Nesse caso seu
fluxo de renda passaria a ser o seguinte:
 
 
Analisando este fluxo de renda pode parecer que você está tão dependente dos
ativos como estava do salário no primeiro fluxo de renda. Mas diferente
daquela situação você tem agora ativoS, noplural, não saláriO no singular.
Você desenvolve múltiplas fontes de renda passiva para pagar suas despesas.
Uma parte das despesas também deve ser utilizada para comprar mais ativos,
de forma que a renda continue sempre a aumentar, mesmo que você não
precise trabalhar. Nesse caso o dinheiro estará de fato fazendo todo o trabalho
para você.
 
Viu só como é fácil? Isso é tudo que é necessário para sair da corrida dos
ratos e, em última análise tornar-se financeiramente independente.
 
Mas você se lembra da regra que eu lhe apresentei no capítulo anterior?
“Saiba o que são ativos e adquira-os”? Bem, agora você já sabe o que são,
como identificá-los e como os ativos irão lhe tornar financeiramente
independente. O próximo passo é comprá-los, e é isso que eu vou lhe ensinar
de agora em diante até o final deste livro. Nós vamos começar dando uma
olhada na sua situação financeira atual.
Conhecendo sua Situação Financeira
 
Conhecer a sua real situação financeira é o primeiro passo efetivo que você
deve tomar para começar a organizar a sua vida financeira. É um fato que a
maioria das pessoas não sabe qual o real estado das suas finanças, pois têm
medo dos números que irão encontrar se fizerem as contas. Acham que se
ignorarem os problemas financeiros eles irão se resolver quando a sua renda
aumentar. Na verdade, o aumento de renda só agrava o problema. É como um
cano com vazamento: aumentar o fluxo de água só piora o vazamento.
 
Você precisa ficar cara a cara com a sua verdadeira situação financeira se
quiser realmente alcançar a independência financeira. Você não pode consertar
nada se não souber qual é o defeito. Para descobrir qual é a sua situação
financeira atual você precisará saber:
 
Qual é a sua Renda Mensal Média
Quais são as suas Despesas Mensais Médias
Qual é o seu Patrimônio Líquido
 
Nas próximas páginas veremos como listar todas as suas fontes de renda, as
suas despesas e o seu patrimônio líquido. No final desse capítulo você
encontrará um link para baixar uma planilha que irá lhe auxiliar a realizar
estas atividades.
 
Descobrindo suas Despesas e sua Renda Mensal
 
Ao longo dos anos a nossa sociedade tem perdido cada vez mais o contato
físico com o dinheiro. Há décadas atrás a maioria das transações eram feitas
com dinheiro vivo. A era digital mudou a nossa sensibilidade em relação ao
dinheiro. Salários são pagos através de depósitos na conta bancária, cartões
de crédito e de débito são comuns, casas e carros são adquiridos por meio de
contratos de empréstimos.
 
Embora a nossa sociedade sem dinheiro físico tenha trazido certas
conveniências, as pessoas perderam o contato com a quantidade de dinheiro
entrando e saindo a cada mês. A consciência da sua renda e de suas despesas é
um componente essencial para atingir a independência financeira. Sua renda é
o salário líquido do seu trabalho, do seu negócio, do trabalho do seu cônjuge,
de seus investimentos, etc. Suas despesas são tudo aquilo que sai do seu bolso
e vai para as mãos de outras pessoas.
 
Comece fazendo uma lista de todo o dinheiro que você recebeu nos últimos
doze meses. Em seguida some tudo e divida por doze. Dessa forma você
saberá qual é a sua renda mensal média.
 
Inclua nesse cálculo qualquer renda que você receba regularmente mesmo sem
trabalhar, como pensões, por exemplo. Porém, deixe de fora gratificações,
horas extras, prêmios de loteria e outras rendas que não são recorrentes. Você
não pode confiar que irá receber dinheiro dessa forma novamente.
 
Do mesmo modo você deve listar todas as suas despesas nos últimos dozes
meses, somá-las e dividir a soma por 12 para descobrir os seus gastos
mensais médios.
 
Listar as suas despesas, porém, será um pouco mais difícil que listar a sua
renda. Para isso, liste-as separando-as em categorias e calcule a média de
gastos para cada uma dessas categorias. Insira, para cada mês do ano, quanto
você gastou para a água, luz, gás, telefone, compras do supermercado, etc.
 
Verifique também os seus extratos bancários para saber quanto dinheiro retirou
a cada mês, e tente descobrir para que gastou aquele dinheiro. Faça uma
estimativa de todos os seus gastos mensais. A planilha de suporte que você
pode baixar no final desse capítulo irá lhe ajudar nesse processo.
 
Usaremos as informações das suas despesas médias mensais mais adiante.
Agora veremos como você pode calcular a sua riqueza, ou seja, seu
patrimônio líquido.
 
Medindo a sua Riqueza: o Patrimônio Líquido
 
Quando se fala de riqueza muitas pessoas pensam que ela é medida pelo
tamanho do salário que ganham. Porém essa não é, nunca foi, nem nunca será a
real medida da riqueza, mas sim o patrimônio líquido.
 
O patrimônio líquido é simplesmente o valor de tudo que uma pessoa tem,
descontando-se as suas dívidas. Ela é a medida definitiva de riqueza, pois
leva em consideração o que as pessoas de fato possuem e não somente o que
entra em seus bolsos.
 
Pense comigo: pessoas com um grande patrimônio líquido não precisam
trabalhar, pois podem investir o seu dinheiro, de modo a viver apenas dos
rendimentos de seus investimentos. Pessoas que tem um alto salário dependem
dele, e ficam sem nada se forem demitidas.
 
Por isso, ter um patrimônio líquido alto é muito mais importante do que ter um
salário alto. Isso também faz sentido para você? O problema é que as pessoas
que querem ficar ricas costumam cometer o erro de se concentrar em aumentar
o salário, quando deveriam estar se concentrando em aumentar o patrimônio
líquido.
 
De forma bem simplificada podemos dizer que o patrimônio líquido é uma
visão geral da sua vida financeira em um determinado momento. É um simples
número que é resultado de tudo que você já ganhou e gastou durante toda a sua
vida. Dessa forma, calcular o seu patrimônio líquido lhe dá uma visão de
como você está financeiramente num determinado momento.
 
Para descobrir qual é o seu patrimônio líquido comece fazendo o balanço dos
seus ativos patrimoniais. Os ativos patrimoniais são quaisquer itens de valor,
que incluem a sua casa, o dinheiro nas suas contas bancárias, carros, etc. Crie
uma lista e inclua todos os ativos de valor considerável que você possuir,
anotando ao lado o preço estimado deles caso você quisesse vendê-los hoje.
 
Importante: Você se lembra que eu disse que um ativo é aquilo que
coloca dinheiro no seu bolso, não é mesmo? Mas na hora de calcular o
seu patrimônio líquido você deve considerar como ativo tudo aquilo que
tem algum valor. Durante todo o livro me refiro como sendo um Ativo
aquilo que põe dinheiro no seu bolso, aqui, porém trata-se de uma
exceção a essa regra.
 
Ao preencher a lista de ativos patrimoniais você deve incluir qualquer item
que considerar relevante. Olhe ao redor da sua casa e se pergunte: que itens de
valor eu tenho e que podem ser facilmente convertidos em dinheiro caso seja
preciso? Uma maneira fácil de fazer isso é imaginar que você está se mudando
para um outro país e não pode levar nada consigo. Quanto você ganharia ao
vender as suas coisas? Isso ajuda a ter uma boa ideia dos itens de valor que
você possui.
 
Em seguida, faça o balanço das suas dívidas, que são comumente referidas
como passivos patrimoniais (novamente essa palavra tem outro sentido quando
falamos do patrimônio líquido). O passivo patrimonial inclui empréstimos,
financiamentos, dívidas do cartão de crédito, etc.
 
Depois de somar todas as suas dívidas subtraia-as da soma dos seus ativos. O
valor resultante é conhecido como o Patrimônio Líquido. Parabéns! Agora
você sabe quanto você possui. Talvez não seja um valor tão alto quanto você
pensava, mas pelo menos agora você sabe a verdade.
 
Muitas poucas pessoas sabem qual é o seu patrimônio líquido. Algumas estão
sentadas em uma pilha de dinheiro, mas vivem pobres devido à sua ignorância.
Porém o mais comum mesmo é que as pessoas pensem que são ricas, quando
na verdade estãocheias de dívidas e à beira da falência.
 
Esta imagem de seu status financeiro atual é crucial em sua jornada para a
independência financeira, uma vez que constitui a base do seu planejamento
financeiro e estabelecimento de metas. Você tem que saber onde você está
agora para que possa projetar aonde quer chegar no próximo ano.
 
Calcular o seu patrimônio líquido uma vez é com certeza de grande ajuda, mas
o mais interessante é recalcular o patrimônio em uma base regular de tempo,
de modo que você possa acompanhar a evolução da sua situação financeira.
 
Mudanças no seu patrimônio líquido só são significativas no longo prazo. A
cada mês uma variedade de fatores pode fazer com que o seu patrimônio
líquido tenha flutuações. Portanto, para a maioria das pessoas, calculá-lo uma
vez por ano é o suficiente para detectar os problemas e ter a certeza de que
você ainda está no caminho certo para cumprir suas metas.
 
Uma vez que você calculou o seu patrimônio líquido você pode utilizá-lo para
determinar se você é, ou não, um bom acumulador de riqueza.
 
Como Determinar se Você é Rico
 
No livro O Milionário Mora ao Lado os autores Thomas J. Stanley e William
D. Danko apresentam uma fórmula simples que permite descobrir qual é o seu
Patrimônio Líquido Esperado. Para isto basta multiplicar a sua idade pela
sua renda anual total, que acabamos de calcular. Depois divida o resultado por
dez. O valor resultante representa o patrimônio líquido que você deveria
possuir.
 
 
Por exemplo, se você tiver 44 anos de idade e ganha R$72.000,00 por ano
deve multiplicar 72 mil por 44. Isso dá um total de R$3.432.000,00. Então
basta dividir o resultado por dez, e o seu patrimônio líquido esperado é de
R$343.200,00.
 
Comparando o seu patrimônio líquido real com o seu patrimônio líquido
esperado, calculado acima, você se encontrará em uma dessas três categorias:
 
Prodígio Acumulador de Riqueza (PAR)
 
Se você tem um patrimônio líquido que é o dobro ou maior do patrimônio
líquido esperado você é um PAR. Você pode ser considerado, dadas as suas
condições, uma pessoa rica. Você é um construtor de riqueza, porque é melhor
em termos de formação de patrimônio líquido quando comparado com outras
pessoas na mesma faixa de renda e idade. Parabéns e continue assim!
 
Sub Acumulador de Riqueza (SAR)
 
Se você tem um patrimônio líquido menor do que a metade do seu patrimônio
líquido esperado você é um SAR. Você pode ser considerado, dadas as suas
condições, uma pessoa pobre. É provável que você tenha um estilo de vida
acima dos seus meios, dando muita importância para o consumo e
subestimando fatores fundamentais para a construção da riqueza.
 
Médio Acumulador de Riqueza (MAR)
 
Se você não se encontra em nenhuma dessas categorias você é um MAR,
Médio Acumulador de Riqueza. O seu patrimônio líquido está perto daquilo
que seria esperado para pessoas na sua faixa de renda e idade, nem muito
acima, nem muito abaixo.
 
Tipicamente, o patrimônio líquido de pessoas jovens, recém saídas da
faculdade, por exemplo, é bastante baixo porque elas ainda não começaram a
ganhar dinheiro. Dessa forma, essa fórmula não é muito eficaz para pessoas
jovens, com menos de 25 anos. Uma pessoa nessa faixa de idade dificilmente
será uma PAR.
 
Logo, esse teste não é um atestado definitivo da sua situação financeira, mas é
um bom parâmetro para avaliar o tamanho relativo do seu patrimônio líquido.
Inseri esse teste principalmente como uma curiosidade, portanto não se
preocupe demasiadamente com o resultado do mesmo, uma vez que ele está
longe de ser preciso. Contudo, se você tiver sido classificado como um SAR,
com certeza você não está na melhor situação financeira possível.
 
Sua Tarefa: Descubra qual é a sua renda mensal média, as suas despesas
mensais médias e o seu patrimônio líquido, conforme eu expliquei nos
parágrafos anteriores. Para lhe ajudar nessa tarefa eu criei uma planilha, que
você pode baixar gratuitamente, junto com outros materiais de apoio deste
livro, no endereço viverdeinvestimento.com/bonus.
Definindo suas Metas
Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo
amolando o machado.
Provérbio Chinês
Para alcançar a independência financeira você deve planejar com
antecedência aonde exatamente você quer chegar para, em seguida, tomar
medidas de forma consistente para chegar lá.
 
Para isso você precisa definir um conjunto de metas que irão lhe conduzir em
direção ao seu objetivo. Isso é muito importante para que você possa medir o
seu progresso e saber quanto ainda falta para alcançar o seu objetivo.
 
Para sair da corrida dos ratos definitivamente e alcançar a independência
financeira você deve ter uma visão clara do seu objetivo. Ou de que outra
forma você saberá que conseguiu atingi-lo?
 
As suas metas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, realistas e
limitadas no tempo. Por exemplo: "Eu quero ter um patrimônio líquido de R$
200.000,00 no dia 31 de dezembro de 2020".
 
Este objetivo é:
1. Específico: R$200.000,00
2. Mensurável: em reais
3. Atingível: Isso pode ser feito, é factível, muitos já fizeram isso antes.
4. Realista: Um ano é tempo suficiente.
5. Limitado no Tempo: dia 31 de dezembro de 2020.
 
Observe que esta é uma meta bastante clara. Para saber se você a atingiu tudo
que você precisa fazer é calcular o seu patrimônio líquido e compará-lo com o
valor definido como meta. Você também não precisa esperar até a data-limite
para saber se atingiu a meta ou não. Você pode calcular o seu patrimônio a
qualquer momento para saber quanto falta para atingir a meta.
As suas metas financeiras servirão para determinar quais ações você precisa
tomar em nível diário, semanal e mensal. Se você não tem ideia de que
resultado você quer atingir, você não pode vencer o jogo.
 
Ao mesmo tempo em que você deve ser realista, também deve ser ousado.
Quanto maior for o seu objetivo maior será a sua capacidade de reconhecer
oportunidades. A vantagem de ter metas ousadas é que diante delas os
problemas parecerão sempre pequenos, mesmo que antes parecessem
intransponíveis. Dar a si mesmo metas ambiciosas pode ser uma grande
ferramenta de motivação.
Sempre tenha uma meta a ser alcançada, por simples ou tola que ela possa
parecer. Nunca viva sem ter metas definidas, pois dessa forma você estará
constantemente trabalhando para aumentar a sua riqueza.
 
Sua Tarefa: Defina metas de curto, médio e longo prazo em termos de
patrimônio líquido. As de curto prazo são aquelas que você pretende atingir
em até 2 anos; as de médio prazo entre 2 e 5 anos; e as de longo prazo durante
toda a vida. A partir da sua meta suprema - a Independência Financeira -
determine metas realistas baseadas em suas condições atuais. Para lhe ajudar
nessa tarefa eu criei um arquivo para você imprimir e definir suas metas, que
você pode baixar gratuitamente, junto com outros materiais de apoio deste
livro, no endereço viverdeinvestimento.com/bonus.
 
Não mantenha as suas metas financeiras em sua cabeça, anote-as. Mantenha-as
em um lugar onde você pode vê-las todos os dias: na sua carteira, no espelho
do seu banheiro, etc. Ao ver suas metas todos os dias elas lhe ajudarão a
manter o foco dos seus pensamentos. O simples ato de escrever sua meta já
envia uma forte mensagem para o seu subconsciente que você está
comprometido com aquilo.
 
Pague-se Primeiro
A vida faz a riqueza depender fundamentalmente de duas palavras: trabalho
e poupança.
Benjamin Franklin
 
Já vimos no capítulo sobre alfabetização financeira que o segredo das pessoas
ricas é comprar ativos. O próximo passo prático que você deve tomar para
começar a comprar ativos é poupar uma certa quantia de dinheiro
mensalmente.
 
Neste momento é possível que você esteja pensando coisas como:
 
“Eu não tenho dinheiro para comprar ativos”
“Meu salário é muito baixo, não conseguiria comprarnada com ele”
“Não sobra nem um tostão do meu salário no fim do mês”
 
Primeiro, temos que lembrar que uma alta renda não é sinônimo de riqueza.
Ganhar muito dinheiro não costuma deixar as pessoas mais ricas porque, em
geral, elas aumentam o seu padrão de vida proporcionalmente ao aumento de
sua renda. Portanto, você não precisa ter um salário alto para poupar, apenas
gastá-lo de maneira inteligente.
 
Muitas pessoas adiam o ato de começar a economizar, dizendo que estão
esperando um aumento de salário para começar a poupar. Não caia nessa
armadilha você também. Se você seguir essa ideia do “quando eu ganhar
mais…” você continuará gastando todo o dinheiro que ganha para sempre.
Quando o esperado aumento chegar você acabará não economizando nada,
adiando novamente a adoção do hábito de poupar.
 
Não importa se você tem pouco ou muito dinheiro, agora sempre será a hora
certa de começar a poupar dinheiro. Se você não consegue poupar seu
dinheiro hoje, também não conseguirá fazê-lo quando ganhar dez vezes mais. É
simples assim, não adianta inventar desculpas.
Gastar menos do que se ganha pode não ser exatamente divertido ou
prazeroso, mas é isso que lhe tornará rico. Ninguém fica rico simplesmente
porque tem um salário muito alto, mas porque guarda uma parte considerável
do seu dinheiro e o utiliza na compra de ativos financeiros.
 
A Regra do Pague-se Primeiro
 
Muitas pessoas tentam poupar dinheiro todos os meses sem obter sucesso. As
que conseguem geralmente poupam uma certa quantidade num mês, uma outra
no segundo mês e no terceiro mês já não poupam mais nada. O problema é que
essas pessoas poupam de forma errada o que torna o ato de poupar de forma
consistente extremamente difícil.
 
As pessoas costumam tentar economizar centavos durante o mês inteiro para
que, talvez, sobre alguma coisa no fim do mês para poupar. E ainda assim
sempre há o risco de surgir aquela despesa de última hora ou aquela conta que
a pessoa esqueceu de pagar. O resultado é que na maior parte do tempo as
pessoas não guardam nada.
 
O que essas pessoas fazem de errado é tentar poupar o que sobra de seus
salários, enquanto deveriam fazer exatamente o contrário. Por isso é bastante
comum ouvir desculpas como “Não posso poupar porque não sobra nada do
meu salário“.
 
Desculpas desse tipo são absurdas e infundadas, pois tudo que você precisa
fazer é inverter a sua ordem de pagamento, ou seja, pagar-se primeiro, em vez
de pagar os outros por primeiro. Se as pessoas ricas têm um segredo ele é
simplesmente o de pagar-se primeiro.
 
A maioria das pessoas gasta seu dinheiro na seguinte ordem: contas, diversão,
poupança. Logo, não é surpreendente que normalmente não sobre muito para
poupar. Mas se você colocar a poupança como uma prioridade você poupa o
seu dinheiro antes de ter a oportunidade de gastá-lo indevidamente.
 
Veja só: você paga a todos os outros primeiro, mas paga a si próprio por
último. Você paga suas contas, despesas de subsistência, entretenimento, e
assim por diante. Você compra algumas coisas por impulso, porque
inconscientemente você considera todo o dinheiro em sua conta como
disponível para gastar. Então, se algo estiver sobrando, você coloca na sua
poupança.
 
Na prática, o que você deve fazer é pagar a si mesmo em primeiro lugar
(guardar o dinheiro) e pagar aos outros depois (pagar as contas). Se a
quantidade que sobra não é suficiente para financiar o seu padrão de vida,
significa que você deve adotar um padrão de vida mais econômico,
diminuindo as suas despesas para que elas fiquem proporcionais ao dinheiro
que resta depois de pagar-se primeiro. Ao viver abaixo dos seus meios você
cria um ambiente artificial de escassez que não lhe permite gastar o dinheiro
que deve ser poupado.
 
Pode ser difícil compreender esse conceito à primeira vista, pois é uma
mudança de paradigma muito grande. Porém, essa é forma mais fácil para que
você poupe dinheiro todos os meses. Pesquisas já mostraram que mais da
metade dos milionários que não fazem orçamentos usam a regra do pague-se
primeiro. Eles também costumam poupar de 10% a 20% da sua renda mensal,
mas isso já é assunto para o próximo capítulo.
Orçamento da Independência Financeira
 
Confesso que não sou muito fã de orçamentos, e talvez você também não seja,
mas esse que vou apresentar a seguir não é como os orçamentos tradicionais,
ele é muito fácil de entender e simples de aplicar.
 
O Orçamento da Independência Financeira utiliza simplesmente a regra do
pague-se primeiro para distribuir a sua renda em um conjunto de diferentes
contas. Esse orçamento é uma adaptação do apresentado no livro Segredos da
Mente Milionária, de T. Harv Eker, que sugere que a renda mensal líquida seja
alocada em diferentes tipos de contas. A seguir você confere cada uma dessas
contas, juntamente com a porcentagem que sugiro que destine a cada uma
delas.
 
Conta da Independência Financeira (15%)
 
Nessa conta você irá depositar 15% da sua renda mensal líquida. Esse
dinheiro deverá ser usado exclusivamente para a compra de ativos, sobre o
que falaremos no próximo capítulo. Você nunca irá gastar o dinheiro que entra
nessa conta, pois ele será utilizado para construir a sua fortuna.
 
Pense nesse dinheiro como um “dinheiro futuro”, ou seja, pense que os R$100
que você deposita hoje serão R$1000 no futuro. Então, se você gastar esses
R$100, estará, na verdade, gastando R$1000. Enquanto você não alcançar a
independência financeira todo o dinheiro ganho pelos investimentos deverá ser
reinvestido. Somente quando você atingi-la poderá gastar o retorno dos
investimentos, mas nunca a parte principal.
 
Outra sugestão é criar o Pote da Liberdade Financeira, um pote qualquer que
você irá manter na sua casa e irá guardar alguma quantia todos os dias. Não
importa se é R$10 ou apenas um centavo, o importante é criar o hábito de
poupar.
 
Conta de Poupança para Despesas de Longo Prazo (10%)
 
Este é o lugar onde você guarda dinheiro para o seu próximo veículo, para
montar a sala de estar do jeito que você quer ou fazer aquela viagem com que
você sempre sonhou.
 
Conta de Instrução (5%)
 
Esta conta serve para o seu desenvolvimento pessoal. Você deve usar esse
dinheiro para comprar livros, cursos, participar de seminários e eventos.
Lembre-se que o crescimento e desenvolvimento pessoal são a maneira mais
fácil de adquirir novos pensamentos em relação ao dinheiro. Utilize esse
dinheiro para aumentar seus conhecimentos sobre dinheiro e finanças, encare-
o como um investimento que, tenho certeza, trará ótimos retornos.
 
Conta da Diversão (10%)
 
Esta conta serve para lhe proporcionar satisfação. Ela será uma espécie de
contrapartida, de recompensa por você ter poupado os outros 15% da sua
renda na Conta da Independência Financeira. No livro, T. Harv sugere que
você gaste esse dinheiro com coisas luxuosas, extravagantes, como jantar em
um restaurante caro ou comprar algum supérfluo. A única regra é que você
deve "zerar" a conta todo mês, ou seja, você deve gastar tudo que depositou
nela.
 
Conta das Necessidades Básicas (60%)
 
Essa conta servirá para você pagar todas as suas despesas. Talvez você pense
que 60% da sua renda é muito pouco para pagar todas as suas despesas, o que
eu entendo perfeitamente. Então faça as contas, corte os gastos e tente chegar o
mais perto possível desse valor. Talvez você não consiga utilizar apenas 60%
no primeiro mês, mas você pode levar essa conta aos poucos, mês a mês, para
mais perto do patamar recomendado. Lembre-se que viver abaixo dos seus
meios é o segredo para chegar à independência financeira e destinar 100% do
seu salário somente para suas necessidades básicas certamente não é o
caminho.
 
Organizando as Contas na Prática
 
O primeiro mês que você usar o orçamento da independência financeira
certamente será um pouco difícil e é provável que você poupe menos do que
deveria. Se isso acontecernão desanime, pois o segundo mês será melhor, e o
terceiro melhor ainda. Eu mesmo só consegui seguir o meu orçamento com
perfeição por volta do quarto mês de implementação.
 
Você irá perceber que algumas contas estão com uma porcentagem maior do
que o necessário e outras como uma menor. Revise o seu orçamento quantas
vezes for necessário - isso será comum nestes primeiros meses. Lembre-se
também que as porcentagens são apenas sugestões, que você pode adaptar de
acordo com sua situação financeira.
 
Supondo que você receba seu salário em uma única conta bancária, o ideal é
separar o dinheiro em um conjunto de diferentes contas bancárias. Para a
maioria das pessoas, porém, sei que é inviável, tanto em termos de uso prático
como financeiros, manter cinco contas bancárias diferentes. Portanto, sugiro
que você separe o seu dinheiro da seguinte maneira, logo após receber o seu
salário:
 
Conta da Independência Financeira: Use a regra do pague-se primeiro e
transfira o dinheiro para outra conta bancária ou diretamente para a conta da
sua Corretora de Valores, caso tenha uma. Se utilizar uma conta bancária, use-
a exclusivamente para isso, destruindo qualquer cartão de débito que você
tiver para essa conta, já que você nunca deverá gastar este dinheiro.
 
Conta de Poupança para Despesas de Longo Prazo: Transfira o dinheiro
para uma Conta Poupança.
 
Conta de Instrução: Faça um saque do dinheiro e guarde em um envelope, ou
melhor ainda, transfira-o para um cartão de crédito pré-pago e utilize-o
exclusivamente para isto.
 
Conta da Diversão: Assim como a Conta da Instrução, faça um saque do
dinheiro e guarde em um envelope, ou melhor ainda, transfira-o para um cartão
de crédito pré-pago e utilize-o exclusivamente para isto.
 
Conta das Necessidades Básicas: Simplesmente mantenha esse dinheiro na
sua conta em que você o recebe, uma vez que é ele que será utilizado para
pagar as suas despesas correntes.
 
Fazendo essa separação você pode controlar suas diferentes contas de maneira
muito fácil, sabendo sempre que valor é referente a que.
 
Lidando com Aumentos
 
Uma maneira de acelerar, e muito, a sua chegada à independência financeira é
manter o seu padrão de vida inalterado. Apesar de você poupar 15% da sua
renda todos os meses, você talvez pudesse poupar 40%, 50% ou até 80% da
sua renda. Obviamente será muito difícil para você tentar cortar os seus gastos
e aceitar um padrão de vida inferior ao seu atual.
 
Porém, uma forma muito mais fácil de aumentar a porcentagem da renda que
você poupa é aproveitar os seus aumentos salariais. Toda vez que você ganhar
um aumento de salário separe metade do aumento e guarde na Conta da
Independência Financeira, repetindo esse processo todos os meses. Se você já
está vivendo bem com a sua renda atual não terá dificuldade em guardar 50%
do seu aumento. Na verdade, você continuará a receber um aumento, só que um
pouco menor.
 
Se você for um autônomo ou dono de um negócio não deixe de corrigir o seu
salário de acordo com a inflação pelo menos uma vez por ano, de modo que o
seu poder de compra permaneça, ao menos, inalterado e acrescentando
também um pequeno bônus.
 
Um Passo Adiante
 
O principal benefício de criar a sua Conta da Independência Financeira é que
é muito fácil poupar dinheiro mensalmente com essa técnica. No entanto, o
caminho não acaba com a poupança. Se você não fizer algo significativo com
esse dinheiro, uma hora ou outra ele vai escorrer de volta para a piscina de
gastos e vai evaporar sem deixar vestígios.
 
Se agora poupar pode lhe parecer uma tarefa difícil, você verá que poupar se
tornará extremamente divertido, fácil e gratificante a partir do momento em
que vir seus ativos crescerem de forma consistente.
Princípios de Investimentos
Há duas maneiras de enriquecer, uma é ganhando mais e a outra é desejando
menos. Apesar de ser possível ficar muito rico poupando tostões, há um limite
da riqueza que pode ser adquirida dessa forma.
 
Depois de juntar o dinheiro está na hora de colocar o dinheiro para trabalhar
para você através da compra de ativos financeiros, também chamados de
investimentos.
 
O seu emprego ou negócio será o maior contribuinte para alcançar a
independência financeira, pois sua renda atual, que é classificada como renda
ativa, irá produzir o capital necessário para financiar a compra dos seus
ativos, que irão, por sua vez, gerar a renda passiva.
 
Muitas pessoas acham que investir envolve muitos riscos e sorte. Para ser um
investidor de sucesso tudo que você precisa é ter um plano. Um investidor
medíocre não tem plano, investe em dicas quentes. Não há nada de mais em
investir em uma dica quente de vez em quando, mas, por favor, não se iluda
pensando que alguma dessas dicas o tornará rico para sempre.
 
O investimento é um plano, um plano que começa no ato de poupar. Sim,
seguir um plano pode ser chato e monótono, mas a vantagem do plano é que
ele é feito através de fórmulas e estratégias, de modo que é um sistema quase
garantido de enriquecimento.
 
O problema é que a maioria das pessoas não está disposta a seguir um plano.
Elas querem algo mais divertido, uma fórmula mágica para fazer seu dinheiro
render 100% ao ano.
 
Mais adiante nós veremos três planos de investimentos que irão lhe conduzir
para a independência financeira. Mas antes irei lhe demonstrar alguns
princípios básicos sobre investimentos e também quais são os principais tipos
de investimentos.
 
Torne-se o Seu Especialista em Investimentos
 
Deixar seu dinheiro no banco para ganhar poucos juros é como deixar seu
dinheiro ocioso. Você precisa ter o dinheiro trabalhando para você, você
precisa investir seu dinheiro para acelerar o crescimento do seu patrimônio
líquido.
 
Antes de investir o seu dinheiro propriamente dito você precisa investir um
pouco em conhecimento. Na hora de investir, a maioria das pessoas deixa seu
dinheiro nas mãos de especialistas - estranhos - esperando que eles saibam o
que estão fazendo e que eles entreguem o retorno prometido do investimento.
 
Não há nada de errado em deixar especialistas cuidando do seu dinheiro, o
problema é que você pode:
 
Não ter ideia se o conselho que você está recebendo é certo ou não;
Não ser capaz de diferenciar um discurso de vendas de uma consultoria
financeira;
Não saber as perguntas certas a fazer para obter as respostas certas;
Não saber diferenciar uma corretora boa de uma ruim.
 
Quando se trata de investir você tem que estar sentado no banco do motorista
em vez de entregar o volante a outra pessoa. De que adianta juntar tanto
dinheiro para deixar que outra pessoa cuide dele?
 
A principal desvantagem de depender de um corretor ou um consultor
financeiro é que eles são funcionários que dependem de salários. Esses
salários incluem comissões por vendas. Ou seja, quanto mais você comprar e
vender, mais dinheiro eles fazem e menor é o retorno do seu investimento.
 
Logo, não basta apenas investir o seu dinheiro para ficar rico. Primeiro você
precisa investir algo muito mais valioso: o seu tempo. Você deve aprender
como investir antes de comprometer seu dinheiro em um jogo do qual você não
conhece as regras. Isso não faz sentido para você também?
 
Porém o que acontece é que apesar de muitas pessoas desejarem ficar ricas,
poucas estão dispostas a investir seu tempo. Elas correm atrás de dicas
quentes ou procuram esquemas mirabolantes para enriquecer rapidamente.
Estão com tanta pressa de ganhar dinheiro que acabam perdendo tanto seu
tempo quanto seu dinheiro.
 
As pessoas têm motivos variados para investir sem ter a menor ideia do que
estão fazendo, como:
 
Acham que cursos de investimentos são muito caros. Elas acham que é mais
barato "aprender fazendo". Eles poupam centenas para perder milhares de
reais.
Algumas pessoas acham que não têm tempo de aprender como investir no
mercado em que estão interessadas. Escolhem o atalhodo especialista.
Porém, elas têm tempo para assistir TV e horas extras de trabalho, mas não
para aprender a fazer o dinheiro trabalhar para elas.
Alguns acham que não serão capazes de aprender como investir no
mercado. Tudo bem, algumas pessoas realmente não nasceram para estudar
o funcionamento das taxas de juros e ciclos econômicos. O problema é que
a maioria delas diz isso antes mesmo de tentar aprender.
 
Espero que a lição tenha ficado clara para você: estude e aprenda os erros dos
outros antes de investir o seu precioso dinheiro. Saiba o que você está
fazendo, invista o seu dinheiro, não o aposte. Investir não é arriscado, a falta
de conhecimento é que é.
 
O Poder dos Juros Compostos
 
Albert Einstein disse uma vez que “os juros compostos são a força mais
poderosa do Universo”. Isso é uma grande verdade porque o poder dos juros
compostos é tão grande que ele pode ser o seu melhor amigo como investidor,
fazendo com que uma pequena soma de dinheiro vire uma soma enorme, bem
como pode ser o seu pior inimigo se você for um devedor, aumentando o
tamanho das dívidas rapidamente.
 
Aqui vamos falar apenas do juro composto como nosso amigo, ou seja, quando
nós investimos dinheiro. A poupança, todas as aplicações de renda fixa e
fundos de investimento são remuneradas com juros compostos.
 
Diferente dos juros simples, que são calculados apenas sobre a quantia
investida, os juros compostos são os juros que incidem sobre os juros
acumulados anteriormente. Eles são os famosos “juros sobre juros”, que
produzem um efeito de bola de neve no seu dinheiro.
 
Por exemplo, suponhamos que você invista R$1.000,00 como uma taxa de
juros de 5% ao ano. Ao final do primeiro ano você terá R$1.050,00. Bem, isso
não é grande coisa, mas no ano seguinte você já será remunerado com 5% de
R$1.050,00 e não mais com 5% de apenas R$1.000,00. Dessa forma, ao fim
do segundo ano você terá R$1.102,50.
 
Se no primeiro ano você teve um ganho de R$50,00 no segundo já teve um
ganho de R$52,50. Agora imagine que você espere digamos… vinte anos.
Nesse caso você terá acumulado R$ 2.653,30. E em 30 anos? R$ 4.321,94. Em
40 anos? R$ 6.704,75. E assim por diante.
 
Você pode estar se perguntando: “de que adianta investir se meu dinheiro só
irá render míseros R$50,00 ao ano? ” Sim, no curto prazo realmente não vale
a pena deixar R$1.000,00 “parados” apenas para ganhar R$50,00 mas não se
deixe enganar pelas aparências. Você precisa estar focado nos resultados de
longo prazo. Os resultados de curto prazo não são tão importantes como aquilo
que vai acontecer com o seu dinheiro no curso de 20 ou 30 anos.
 
Além disso, a taxa de juros de 5% que eu usei no exemplo é extremamente
conservadora. Vejamos a seguir um outro exemplo. Se você fizer um
investimento único de R$5.000,00 com uma taxa de juros média de 8% ao ano
e nunca tocar nesse dinheiro, ao final de 30 anos você terá acumulado mais de
54 mil reais!
 
Veja no gráfico abaixo o desenvolvimento desse investimento:
Observe que nos primeiros anos o crescimento é muito pequeno, mas com o
passar dos anos a curva torna-se cada vez mais íngreme. Ou seja, o
investimento começa a render juros devagar, mas vai crescendo cada vez mais
rápido conforme o tempo passa. Agora, se você quiser explorar o poder dos
juros compostos em sua totalidade é preciso realizar investimentos
regularmente.
 
Suponhamos que invista mensalmente R$1.000,00 durante o mesmo período de
30 anos e com a mesma taxa de juros de 8% ao ano, conforme o gráfico a
seguir.
 
 
Nesse caso o valor final será de incríveis R$ 1.555.728,33. Isso é mais de 4
vezes o total das contribuições mensais, que totalizam R$ 372.000,00. Esse é
mais um exemplo extraordinário do funcionamento dos juros compostos.
Então, se você quiser aproveitar todo o poder dos juros compostos que está
disponível, você deve começar a investir desde cedo.
 
É da natureza humana procrastinar, mas nesse caso isso pode lhe custar muito
caro. Ainda utilizando o exemplo anterior, se você começasse a poupar apenas
um ano depois você iria perder R$ 69.343,05, enquanto precisaria ter
investido apenas R$ 12.000,00 durante aquele ano.
 
Perceba o quão importante é começar cedo a poupar e a investir. Muitas
pessoas se enganam pensando que estão perdendo o retorno que obteriam no
primeiro ano ao investir R$12.000,00 quando na verdade estão perdendo o
retorno que poderiam obter no último ano, como mostra o gráfico a seguir.
 
 
Observe que se você começar a investir um ano mais tarde estará investindo
por apenas 29 anos, e não mais 30 anos como anteriormente. Nesse caso é a
rentabilidade que você obteria no último ano que é perdida. Ainda não está
convencido? Então vamos ver mais alguns motivos para que você comece a
investir desde cedo.
 
Se você começar a poupar R$1.000,00 por mês desde os 25 anos e esse
dinheiro render 12% ao ano, você terá acumulado R$ 644.975,45 quando
chegar aos 60 anos. Se no entanto você começar apenas aos 35 anos, você terá
somente R$ 189.231,39. Supondo que queira atingir esse mesmo valor de 644
mil reais, você teria que aumentar o seu investimento mensal em mais de 3
vezes, de R$1.000.00 para R$ 3.400,00.
 
 
Você já pensou se sua avó tivesse feito um investimento único de R$1.000,00
para você a 60 anos atrás, com uma taxa de juros média de 12% ao ano? Hoje
esse dinheiro teria se transformado em quase 1,3 milhões de reais.
 
É por isso que você também deve poupar para os seus filhos e ensiná-los a
poupar. Se você começar a poupar apenas R$20,00 por mês quando seu filho
nascer, você terá acumulado R$ 21.094,59 quando ele tiver 20 anos a uma taxa
de 12% ao ano, ou R$ 137.131,91 se continuar poupando até ele chegar aos 30
anos de idade. Percebeu todo o poder que os juros compostos possuem? Sim?
Então agora está na hora de você tomar uma atitude e fazê-los trabalhar para
você.
 
Mas antes de falar sobre os principais tipos de investimentos financeiros que
existem, você precisa saber como lidar com um problema que poderá lhe
atrapalhar bastante: a inflação.
 
O Monstro da Inflação
 
A primeira coisa que você deve considerar em qualquer investimento é a
relação entre a rentabilidade dele e a taxa de inflação. As pessoas que deixam
seu dinheiro na poupança estão “poupando rumo à pobreza”. Porque? Digamos
que você tenha R$ 1.000,00 em sua conta-poupança. Se a inflação anual for de
3,5% o seu dinheiro valerá apenas R$ 965,00 após um ano. Por outro lado,
você terá obtido juros de apenas 2,5% ao ano, que nesse caso equivalem a R$
25,00. Ou seja, você ganhou menos com os juros do que perdeu com a
inflação, e é por esse motivo que você nunca deve considerar investimentos
cuja rentabilidade não seja muito mais alta do que a taxa de inflação.
 
Muitas pessoas cometem o erro terrível de desconsiderar a inflação ao lidar
com dinheiro. O impacto que a inflação tem sobre você e o seu dinheiro não
pode ser desprezado de forma alguma. Muitas pessoas se deixam enganar
pelos números, pensando que estão ganhando dinheiro, quando na verdade
estão perdendo.
 
Vamos aos fatos: se você deixar seu dinheiro simplesmente guardado você
nunca terá mais dinheiro do que aquele que poupou. Na verdade você terá
menos ainda, pois quando você deixa seu dinheiro parado você está, na
verdade, perdendo dinheiro. Isso mesmo, se você simplesmente poupar, sem
investir, o dinheiro terá seu poder de compra diminuído devido à inflação, que
é simplesmente a tendência dos preços das coisas subirem.
 
Vamos ver um exemplo para que você entenda melhor esse conceito. Imagine
que você ganhou um prêmio de R$ 10.000,00. Nada diz que você precisa
investir esse dinheiro. Na verdade, o que a maioria das pessoas iria fazer é
gastar esse dinheiro. Mas suponhamos que você queira guardá-lo. Dê uma
olhada no gráfico a seguir e veja o que aconteceria se você guardasse esse
dinheiro debaixo do colchão.
 
 
Observe no gráfico que,

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