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REVISÃO processo penal

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REVISÃO – PROCESSO PENAL I – VP2
AÇÃO CIVIL “EX DELICTO’’
- Sabemos que são independentes as responsabilidades Civis e Penais. Entretanto, para que todos os efeitos da sentença penal incidissem com mais eficácia e celeridade, ela produz como efeito EXTRAPENAL da sentença condenatória, tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 
- Esse efeito assegura ao ofendido, ao seu representante legal ou aos herdeiros (três legitimados), o direito de executar no cível a sentença penal condenatória transitada em julgado. Isso quer dizer que a condenação penal também faz coisa julgada no cível, para efeito de reparação de danos.
- Se a vítima for declaradamente pobre, o Ministério Público também é legitimado para ingressar com ação civil reparatória. 
- Esse efeito não precisa estar expresso na sentença condenatória penal (diferente dos efeitos do art. 92, CP, que precisam ser declarados).
- A sentença penal, se condenatória, funciona como Título Executivo Judicial no juízo cível, possibilitando ao ofendido obter sua indenização sem demandar uma Ação de Conhecimento. Transitada a decisão penal em julgado, o ofendido poderá Ingressar com Ação de Execução Civil diretamente, tendo que antes disso promover a liquidação do dano mediante Ação de Liquidação.
- O ofendido também pode, se preferir, ingressar com uma Ação de Conhecimento de reparação de danos no Cível, paralelamente com a Ação Penal, ambas tratando do mesmo fato. Elas correrão simultaneamente, mas o juiz da ação cível tem a opção de suspender o curso do processo até que seja julgada a ação penal em definitivo, para evitar contradições, contanto que não exceda o prazo de 1 ano.
- Art. 65 - Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (ou seja, nesses casos o autor do crime não precisa indenizar a vítima). 
Art. 66 - Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Art. 67 - Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
- Há três opções de foros competentes para que seja demandada a ação civil ex delicto:
O do domicílio do autor
O do local do fato
O do domicílio réu
COMPETÊNCIA
- Jurisdição: é a função estatal exercida com exclusividade pelo Poder Judiciário, consistente na aplicação de normas de ordem jurídica a um caso concreto, de acordo com o ordenamento jurídico, por meio de um processo. 
- Competência: vem a ser a medida da jurisdição. É a delimitação do poder jurisdicional, determinando a porção de capacidade jurisdicional que a organização judiciária atribui a cada órgão e juiz. 
- Espécies de Competência:
‘’ratione materiae’’: estabelecida em razão da Natureza do crime praticado. ABSOLUTA
‘’ratione personae’’: estabelecida em razão da Qualidade das pessoas envolvidas. ABSOLUTA
‘’ratione loci’’: estabelecida em razão do Local em que foi praticado/consumado ou o local da residência do autor. 
A Incompetência Absoluta pode ser declarada de ofício. E a qualquer tempo (mesmo transitado em julgado). E não há uma fórmula/petição para a arguição desta incompetência.
A Incompetência Relativa não pode ser declarada de ofício. O juiz tem que esperar a provocação da parte. Quando a parte entender que aquele juiz é incompetente territorialmente, ela tem um prazo (10 dias). E há uma forma específica.
Art. 69 - Determinará a competência jurisdicional:
I - o lugar da infração: ratione loci
II - o domicílio ou residência do réu; 
III - a natureza da infração; ratione materiae
IV - a distribuição; ratione personae
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função. ratione personae
- Sequência dos critérios:
Conexão e Continência: primeiramente deve-se verificar se há uma relação de pluralidade. Mas de um procedimento, mais de um fato, mais de um crime.
A diferença básica seria que na conexão eu tenho mais de um sujeito praticando mais de um crime. É plural o número de agentes e é plural o número de crimes. Na continência em um dos lados é plural e o outro não (uma coletividade menor). Contudo, o tratamento é idêntico nos dois casos.
Art. 76 - A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras; [ou seja, SIMULTANEIDADE ou CONCURSO ou RECIPROCIDADE] – CONEXÃO INTERSUBJETIVA
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
Art. 78 - Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri;
homicídio mais lesão leve – prevalece o Tribunal do júri, um só processo.
OBS.: latrocínio (art. 12, V) – não vai para o júri, pois o objeto é o patrimônio, o objetivo não é matar.
II - no concurso de jurisdições da mesma categoria:
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos
Deve haver junção dos processos, propiciando, assim, ao julgador, perfeita visão do quadro probatório. Exceção: não haverá essa junção em caso de concurso entre jurisdição comum e militar, e juízo de menores. 
Prerrogativa de Função
Ratione Personae: conferida a pessoas que, em razão da relevância de sua função, têm o direito de serem julgadas em foro privilegiado, visando preservar a independência do agente político, não podendo ser tratado como se fosse um simples privilégio estabelecido em razão da pessoa. 
STF
STJ
Tribunais Federais Regionais
Tribunal de Justiça do Estado tal
Autoridades com foro de prerrogativa:
- Presidente da República
- Deputados Federais e Senadores
- Governador do Estado
- Prefeitos Municipais
- Vice-presidente, ministros do STF
- Ministros do Estado
- Desembargadores
- Membros do Ministério Público e Juízes Estaduais
- Deputados Estaduais
Verificados esses dois critérios e o crime não se encaixando, passa-se a analisar os seguintes:
O lugar da infração 
Artigo 70: A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Obs: Resultado consumado artificialmente em outro local, utiliza-se o local em que foi realizado o último ato executório do crime. 
Obs²: O § 1º e 2º do artigo 70 nos fala que se a infração se consumar fora do território nacional, a competência pode ser determinada pelo o último ponto de contato.
O ponto de contato efetivo com o território nacional fará com que naquele local se firme a competência. Exemplo: crime que acontece em um avião em Recife, mas este só pousa em Salvador
Obs³: §3 Nos fala do limite territorial entre duas ou mais jurisdições. Se o crime foi consumado/tentado na divisa, a competência firmar-se-á pela Prevenção. Também utiliza-se a prevenção em casos de crimes continuados realizados em mais de um território jurisdicional. 
Domicílio do RéuCritério subsidiário ao 3. 
Havendo pluralidade de domicílios, utiliza a Prevenção. 
Art. 73 - Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração
Natureza da Infração
Importa verificar se o julgamento compete à Jurisdição Comum ou Especial.
(*) Especializadas: 
Eleitoral: Os crimes eleitorais são definidos em lei. Eles não acontecem necessariamente nas eleições.O crime eleitoral tem que ter uma motivação eleitoral. 
Militar: Podemos classificar o Crime Militar em:
- Próprio: está definido no artigo 9º e somente um militar pode praticar
- Impróprio: pode ser praticado por um militar ou civil.
Há no direito militar um inquérito processual (presidido por um oficial militar)
A Justiça Militar possui duas justiças
- Estadual (mais específica): Polícia Militar, Corpo de Bombeiros militar.
- Federal: contra as Forças Armadas (praticada por militar ou civil)
É a única que desde o primeiro grau é colegiada. É composta de 5 juízes: 1 civil togado e 4 militares (trabalharão como juízes). Já o STM é formado por 15 ministros
Senado Federal: processar e julgar Presidente da República, vice, procurador-geral, ministros do STF, advogado Geral da União, ministros de Estado. (ratione personae)
(*) Comum
Estadual: residual. O que não for Federal, é Estadual.Não existe um rol de matérias que poderão ser trazidas. Será analisada por exclusão
Federal:
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
OBS: Há situações em que o crime em tese é estadual. Ele não se encaixa em nenhuma previsão. Entretanto, quando ele atenta contra dos direitos humanos (grave violação dos direitos humanos) o procurador geral da república poderá pedir ao STJ que federalize aquele crime. O STJ tem se mostrado muito refratário com relação a isto. O problema é saber em que consiste crime contra direitos humanos.
OBS: Contravenções penais de qualquer natureza são competência da Estadual.
(*) Crimes Dolosos Contra Vida
Tribunal do Júri. 
OBS: Crimes de competência do júri não significa competência da Justiça Estadual.
IMPORTANTE!
Pode ocorrer que a competência em decorrência de Prerrogativa de Função fique em conflito com competência em relação à Natureza.Como se resolve esse conflito?
- Quando a própria CF estabelecer o foro por prerrogativa de função, esta competência prevalecerá. Se, por exemplo, um deputado federal cometer um crime doloso contra a vida, o julgamento ficará a cargo do STF, e não ao Tribunal do Júri, porque a competência por foro também está na Carta Magna e se sobrepõe devido à especialidade. 
Entendimento do STJ: Se constitucionalmente definida a competência do Tribunal do Júri, para o processo e julgamento de crimes dolosos contra a vida, não pode sobrepor-se à competencia Tribunal de Justiça, por prerrogativa de função, também cometida pela CF. 
- Quando o foro especial for estabelecido por Constituição Estadual, por lei processual ou de organização judiciária, o autor do crime doloso contra a vida deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri, cuja competência é estabelecida na CF, e por essa razão não pode ser limitada por grau inferior. 
CASCA DE BANANA SOBRE ISSO:
E se um Deputado Estadual comete um homicídio doloso, a quem competirá o julgamento, tendo em vista que a Carta Magna prevê o foro especial apenas aos Membros do Congresso Nacional? Ao Júri (decorrente da CF) ou ao foro especial (previsto na CE)?
R: A posição majoritária é a no sentido de que a CF estabelece foro especial para os membros do Poder Legislativo da União, e os Estados, ao repetirem em suas constituições a mesma garantia para seus parlamentares, estabelecem um paralelismo perfeito ao que dispõe a CF, só que em níveis diferentes. Por estar em sintonia com a ‘’vontade’’ da CF, sobrepõe-se a competência do Júri e tal deputado estadual será julgado pelo foro especial indicado na CE. (ESSE É O ENTENDIMENTO DO STF). 
Diante de um caso concreto, se nenhum dos critérios acima determinar a competência, os dois seguintes com certeza determinarão, sendo um conseqüência do outro. 
Distribuição: quando há mais de um juiz competente no foro do processo, por qualquer dos critérios, a distribuição de inquérito policial e a decretação de prisão preventiva, a concessão de fiança ou a determinação de qualquer diligência, antes mesmo da distribuição do inquérito, tornam o juízo competente para futura ação penal. 
Prevenção: Também no caso de mais de juiz igualmente competentes, trata-se de um prefixação de competência, que ocorre quando o juiz toma conhecimento da prática de uma infração penal antes de qualquer outro, sendo necessário que determine alguma medida ou pratique algum ato no processo ou inquérito. Ou seja, será competente aquele que primeiro tiver o conhecimento formal, o primeiro que realizar ato processual sobre o fato.

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