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Plano de Aula: Ilicitude. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Ilicitude. Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 11 Tema Ilicitude. Causas Excludentes. Legítima defesa. Estado de Necessidade. Objetivos Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: Conhecer o plano de aula. Compreender as Teorias acerca da Ilicitude. Reconhecer, diante das situações fáticas apresentadas, a existência de causas justificadoras das condutas típicas. Analisar as causas excludentes de ilicitude, suas espécies e requisitos. Diferenciar as espécies de causas excludentes de ilicitude. Analisar as conseqüências jurídico-penais do excesso nas condutas justificadas. Analisar a natureza jurídica do consentimento do ofendido e suas conseqüências na esfera jurídico-penal. Estrutura do Conteúdo Antes da aula, não esqueça de ler: Os art. 23, 24 e 25, do Código Penal. Estrutura de Conteúdo. 1.Conceito 1.1. Ilicitude Formal 1.2. Ilicitude Material 2. Causas de Justificação ou Descriminantes. 2.1 elementos objetivos e subjetivos 2.2 possibilidade de excesso: doloso e culposo 2.3. As Causas de Justificação Legais. 3. Estado de Necessidade. 3.1. Conceito 3.2. Natureza jurídica. 3.3 Requisitos: Objetivos e Subjetivos 3.4 Excesso - consequências 3.5 Estado de necessidade e o dever legal de enfrentar o perigo: o agente garantidor. 4. Legítima de Defesa. 4.1 Conceito. 4.2 Natureza Jurídica 4.3 Requisitos- Objetivos e Subjetivos 4.4 Legítima Defesa Sucessiva 4.5 Ofendículas 4.6 Excesso - consequências UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS Na presente aula, identificaremos a relevância do estudo da Ilicitude e suas Causas de Justificação. Podemos resumir o conceito de ilicitude como a relação de contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico. Divide-se em: ilicitude formal e material. A ilicitude formal relaciona-se ao princípio da legalidade e a material, aos princípios da fragmentariedade e adequação social. Nesta aula, estudaremos duas das causas legais de justificação: o estado de necessidade e a legítima defesa, previstos respectivamente nos art.24 e 25, do Código Penal, seus conceitos, requisitos e classificações. Podemos diferenciá-los da seguinte forma: no estado de necessidade, o agente encontra-se diante de uma situação de perigo atual na qual há o conflito de interesses/bens, situação não provocada, necessariamente, pela conduta humana. Já na legítima defesa, o agente atua em resposta à uma injusta agressão (conduta), atual ou iminente, com vistas à cessá-la. Questão controvertida a ser analisada por seu professor será a análise das descriminantes legais, supralegais e putativas. Aplicação Prática Teórica Caso concreto. Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: Jonas e Tenório, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Jonas, que estava mais próximo da porta, vai sair, Tenório, desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. Jonas sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Jonas ficou com debilidade permanente de membro.Dos fatos narrados, Tenório restou denunciado em processo-crime pela conduta de crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável (art.129, §1º, III, do Código Penal). (Questão de Concurso Público -MODIFICADA) Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a tese defensiva a ser apresentada por Tenório? Questão objetiva. Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta a situação jurídica de Carlos: a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. b) Carlos atuou em estado de devendo responder, porém, pela morte de Leandro. c) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro. d) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro.
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