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Disciplina: Bioquímica Básica Aula Teórica 4 Professor: Dr. Jaim Simões Oliveira Remoção do Nitrogênio dos Aminoácidos Remoção do grupo amino (NH3) é um passo obrigatório no catabolismo de todos os aminoácidos. Uma vez removido este nitrogênio pode ser incorporado em outros compostos ou excretado. Transaminação Primeiro passo no catablismo de qualquer aminoácido; O glutamato pode ser desaminado oxidativamente ou utilizado como doador de grupos amino na síntese de aminoácidos não essenciais; As transaminases são encontradas no citosol e mitocôndria de células de todo o organismo – especialmente no fígado, rins, intestino e músculo. A transaminação ocorre com todos os aminoácidos, exceto lisina e treonina; Cada aminotransferase é específica para um ou no máximo uns poucos doadores de grupos amino; As reações mais importantes são catalisadas pela alanina-aminotransferase (ALT) e pela aspartato-aminotransferase (AST) Reação da ALT: Facilmente reversível; Durante o catabolismo funciona na direção de produção de glutamato; Glutamato atua como coletor de nitrogênio Reação da AST: É uma exceção à regra, pois durante o catabolismo, a AST transfere grupos amino do glutamato para o oxaloacetato, formando o aspartato – utilizado como fonte de N no ciclo da uréia. Transaminação: Mecanismo de Ação Na maioria das reações de transaminação, a constante de equilíbrio aproxima-se de 1, permitindo que após uma refeição rica em proteínas, ocorra a remoção do grupo α-amino e; quando o suprimento de aminoácidos pela dieta não for suficiente, ocorra a biossíntese pela adição de grupos aminos aos esqueletos de α-cetoácidos. Valor Diagnóstico das Aminotransferases Aminotransferases são geralmente enzimas intracelulares; A presença de níveis plasmáticos elevados de aminotransferases indica lesão de células ricas nessas enzimas (Exs.: traumas físicos ou processos patológicos); Doença Hepática Níveis plasmáticos de AST e ALT elevados; Especialmente altos na hepatite viral grave, lesão tóxica e colapso circulatório prolongado; ALT é mais específica que a AST em doenças hepáticas, mais a AST é mais sensível, pois o fígado contém maiores quantidades de AST; Nota: Bilirrubina resulta de lesão hepatocelular. Toxina Hepática Doença não Hepática As aminotransferases podem estar elevadas em doenças não hepáticas, como infarto do miocárdio e doenças musculares. Mas estas são clinicamente distintas das doenças hepáticas. Glutamamato Desidrogenase: Desaminação Oxidativa Resulta na liberação do grupo amino como amônia livre (NH3); Ocorrem principalmente no fígado e no rim; Fornece α-cetoácidos que podem entrar nas vias centrais do metabolismo energético, e amônia, fonte de nitrogênio na síntese de uréia; A ação sequencial da aminotrasferase e da glutamato-desidrogenase fornece uma via por meio da qual os grupos amino da maioria dos aminoácidos podem ser liberados como amônia O sentido das reações depende das concentrações relativas dos susbtratos e coenzimas Regulação: GTP é inibidor alostérico e ADP é ativador da glutamato-desidrogenase Transporte de Amônia para o Fígado Dois mecanismos utilizados em humanos: 1. Combinação da amônia (NH3) com glutamato para formar glutamina, forma não tóxica – catalisada pela glutamina sintetase. - No fígado, a glutamina é clivada pela glutaminase para produzir glutamato e amônia. 2. Envolve a transaminação do piruvato (produto final da glicólise aeróbia) para formar alanina, a qual é transportada pelo sangue para o fígado, onde é novamente convertido em piruvato por transaminação. - No fígado, a via da gliconeogênese pode utilizar o piruvato para sintetizar glicose, que pode ir para o sangue e ser utilizada pelo músculo, via denominada ciclo da glicose-alanina. Ciclo da Uréia A uréia perfaz 90% dos componentes nitrogenados da urina; O glutamato é o precursor imediato tanto do nitrogênio da amônia (por desaminação oxidativa) quanto do nitrogênio do aspartato (por transaminação do oxaloacetato pela AST); O carbono e o O2 da uréia são derivados do CO2; A uréia é produzida pelo fígado então transportada e então transportada pelo sangue até os rins, para ser excretada na urina. Ciclo da Uréia A ornitina é regenerada a cada volta do ciclo da uréia, de modo bastante semelhante à regeneração do oxaloacetato no ciclo do ácido cítrico; O fumarato produzido no ciclo da uréia é hidratado, gerando malato, o qual pode ser transportado para a mitocôndria via lançadeira do malato e entrar novamente no ciclo do ácido cítrico, sendo oxidado a oxaloacetato (OAA), o qual pode ser usado para a gliconeogênese; Alternativamente, o OAA pode ser convertido em aspartato via transaminação e entrar no ciclo da uréia; Apenas o fígado pode clivar a arginina e, na sequência, sintetizar uréia. Destino da Ureia Sai do fígado para o sangue por difusão; Transportado do sangue para os rins, onde é filtrada e excretada na urina; Parte da ureia difunde do sangue para o intestino, onde é clivada em CO2 e NH3 pela urease bacteriana. Essa amônia é parcialmente perdida nas fezes e parcialmente reabsorvida para o sangue; Em pacientes com insuficiência renal, os níveis de ureia no plasma aumentam, promovendo maior transferência de ureia; A ação da urease intestinal sobre a ureia torna-se uma fonte clinicamente importante de amônia, contribuindo para a hiperamonemia, observada nestes pacientes. A administração de neomicina reduz o número de bacterias intestinais responsáveis pela produção de NH3. Estequiometria geral do ciclo da ureia Aspartato + NH3 + CO2 + 3ATP + H2O → ureia + fumarato + 2ADP + AMP + 2 Pi + PPi Regulação do Ciclo da Ureia O N-acetil glutamato é sintetizado a patir da acetil-coenzima A e do glutamato pela N-acetil-glutamato-sintase em uma reação ativada pela arginina; A concentração intra-hepática de N-acetil-glutamato aumenta após a ingestão de uma refeição rica em proteína, que fornece tanto o susbtrato (glutamato) quanto o regulador da síntese de N-acetil-glutamato, levando a um ameumento na velocidade síntese de ureia.
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