Relatório de estágio III

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa III
Luciana Marcolino Cruz
201308357222
Três Rios 2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa III
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa II sob a orientação da Professora Maria Francisca Tereza V P Ferreira
 
 Curso: Letras
Três Rios 2017
"Meu único desejo, meu tema musical, meu diamante é a educação".
(Rubem Alves)
Sumário
1. Introdução______________________________ 5
2. Estrutura e funcionamento da escola_________ 6
2.1. Aspecto físico, humano e material da escola__ 6
2.2. Projeto Político-pedagógico_______________ 7
2.3. A escola como grupo social_______________ 8
2.4. Atividades docentes e discentes___________ 9
3. Considerações finais_____________________ 10
4. Referências____________________________12
Anexos_________________________________ 13
Introdução
O objetivo deste relatório visa contemplar as formalidades da disciplina de Práticas de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa III e apresentar o resultado das investigações teóricas, observações e práticas realizadas ao longo do curso, através do relato de experiência proveniente da atuação na disciplina de Língua Inglesa no Ensino Fundamental, a fim de relacionar as teorias estudadas com a prática desenvolvida durante esse estágio.
Desta forma este relatório abordará um pouco da realidade da educação nesta instituição de ensino, observando o rendimento dos alunos durante a execução das aulas e o desempenho do professor em busca dos meios necessários para atingir seus objetivos com relação à aprendizagem.
O estágio possibilita aos futuros professores a compreensão das ações praticadas dentro da instituição, temos então, uma prévia da realidade, como também do que nós queremos realmente para a preparação à inserção profissional.
Seguem neste relatório, as informações colhidas durante o andamento do estágio, bem como a análise crítica das mesmas. De forma discursiva e descritiva são trazidos à exposição os aspectos físicos e ambientais do colégio, como espaço de lazer, laboratórios e outras instalações. São expostos também os aspectos funcionais como a forma de gestão, relacionamentos entre os grupos de trabalho no colégio, missão e objetivos gerais da mesma. São tratados ainda no decorrer deste, a equipe de professores, desde o seu recrutamento até a sua participação no projeto político pedagógico.
 O estágio compreende atividades entre elas a de observação, que é o momento em que o estagiário observa a prática pedagógica de professores já formados e que atuam na rede de ensino pública ou privada, atividades de participação e regência, quando o acadêmico atua em sala de aula juntamente com o professor, desenvolve algumas atividades e/ou ministra aulas escolas com base no planejamento previamente elaborado. Essas práticas têm como objetivo contextualizar as áreas e os eixos de formação curricular, associando teoria e prática e destinam-se à iniciação profissional como um saber fazer que busca orientar-se por teorias de ensino-aprendizagem para responder às demandas colocadas pela prática pedagógica à qual se dirige.
Estrutura e funcionamento da escola
 O Colégio Ruy Barbosa é dividido em 03 andares, onde funcionam Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino médio. As turmas estagiadas foram do 1º ao 3º ano escolar - Ensino Médio. Alunos com média de 15 a 17 anos de Idade.
2.1. Aspecto físico, humano e material da escola
 O prédio do colégio é bem distribuído, na recepção fica também a diretoria, secretaria, coordenação, direção pedagógica. A sala de professores fica no 2º andar. 
 São 17 salas de aula onde há murais com livros paradidáticos, um armário, estante com livros didáticos usados no dia-a-dia, materiais adequados e ar condicionado.
 O colégio dispõe também de quadra onde se localiza o bebedouro, um palco, brinquedoteca, sala de música, refeitório e banheiros feminino e masculino.
No período da manhã, horário em que o estágio foi realizado, as aulas começam ás 07:30 horas, o recreio ás 10 horas durando 20 minutos e ás 12:40 horas encerra-se as atividades estudantis.
 Situado no centro da cidade, o colégio fica próximo a shoppings, farmácias, postos de gasolina, correios, escolas públicas e particulares. A infraestrutura é avançada, pois apresenta os elementos básicos desse item como água encanada, fiação elétrica em perfeito estado de segurança e uso, coleta de lixo e tratamento de esgoto adequados.
 Fundado em 14 de fevereiro de 1954, pelo Pastor José de Souza Herdy, O Colégio Ruy Barbosa era situado à rua Barão do Rio Branco,438 (hoje, 1ª Igreja Batista), com o nome de Educandário Ruy Barbosa.
 Em 1961, Joaquim Tibúrcio Junqueira (saudoso professor) e o professor Anacleto Lopes da Silva, adquiriram o então Educandário Ruy Barbosa. Em março de 1962, o Colégio Ruy Barbosa mudou-se para atual sede à rua 14 de dezembro, 271.
 Misturados à sua história, está a história de muitos que ajudaram a fazer dessa grande família, uma família de respeito, sucesso, reconhecimento e tradição na árdua e maravilhosa arte de ensinar e aprender.
 Alunos com necessidades especiais ingressam regularmente nessa escola, são integrados nas salas regulares de acordo com sua faixa etária, nível acadêmico e competência individual. Contam com serviço adicional de estágio que consiste no acompanhamento, por uma estagiaria das atividades do Projeto de Adaptação Curricular. A estagiária acompanha o aluno durante o horário regular de aula. Este serviço inclui: Elaboração de Relatórios diagnósticos e de avaliação com o professor e Registros periódicos de observação do trabalho para o uso da equipe pedagógica, sendo de inteira responsabilidade da família os custos da estagiária. 
Projeto Político-pedagógico
 O Colégio Ruy Barbosa desenvolve um trabalho sério e tradicional.
 Eu não tive acesso ao P.P.P. pois, segundo o diretor, ele ainda está em desenvolvimento. Contudo, os professores e toda a equipe do colégio Ruy Barbosa estão trabalhando na construção do projeto político-pedagógico.
 Fui informada que seus projetos pedagógicos têm como meta o desenvolvimento integral do aluno, sem esquecer dos vários programas que visam o desenvolvimento pleno das funções de pensar e criar, tão indispensáveis ao mundo moderno e que completam as atividades comuns em sala de aula, como educação artística, dramatizações, peças infantis, laboratório de informática e inglês a partir da Alfabetização, feiras interdisciplinares, copa infantil, gincana cultural e filantrópica, vídeo aulas entre outras.
O PPP é uma ferramenta de planejamento e avaliação da escola, um documento onde contém as diretrizes pedagógicas e planos de ação do ambiente de ensino. Tudo que diz respeito ao modo de ensino, metas a serem cumpridas e públicos que devem ser alcançados pela escola, devem estar contidos neste documento. De acordo com Veiga (1995), o PPP reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo, deve considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir, definir e organizar atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Sabemos que a melhor e mais democrática linha de elaboração do PPP é a perspectiva emancipatória. Esta reúne todos que englobam a sociedade escolar, incluindo pais e alunos.
Penso que a elaboração do PPP deve levar em conta tambémaspectos tais como: missão, clientela, recursos, diretrizes pedagógicas, plano de ação. Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que o educador e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazo.
2.3. A escola como grupo social
A escola é o primeiro grupo social ao qual nos agregamos, depois da família. E esse “depois da família” vem sofrendo constante questionamento. Para muitos, é a primeira comunidade integrada pela criança em sua existência já que a família guardaria diferenças profundas em relação a um grupo social. Na escola existe maior diversidade, menor ligação emocional e é preciso conviver com diferenças maiores que as existentes no seio da família. E o fator decisivo, que a família dificilmente alcança, é que a escola coloca a criança em contato com semelhantes da mesma idade.
Para cada fase de desenvolvimento da criança, novas necessidades e capacidades precisam ser satisfeitas e exploradas. Por isso, a escola deve dispor de diferentes profissionais, dos professores aos orientadores educacionais e psicológicos. 
A integração família-escola é essencial para que o colégio alcance sua principal meta, que é educar. Para isso, são realizados encontros, reuniões e eventos que fortalecem ainda mais essa integração.
 O Colégio Ruy Barbosa, oferece cursos de informática, feira de livros, palestras com profissionais, educadores e parceiros para que a integração com os pais e a comunidade seja contínua.
 Há reuniões mensais com os pais e mestres, para que a família possa acompanhar de perto o desempenho de seus filhos.
 Os cursos de Inglês, Espanhol e Informática são oferecidos não somente aos alunos, mas a toda comunidade, para que haja uma interação com todos.
 Nas datas comemorativas, os alunos participam de eventos como danças típicas, teatro, cinema, palestras, entre outros. E esses eventos são abertos para que toda a comunidade possa acompanhar.
A escola é uma instituição social, que forma, além do cidadão, o profissional do futuro. É inegável que o fato de se viver atualmente na sociedade da informação e do conhecimento, vem provocando mudanças rápidas nos valores e padrões sociais. O professor é responsável pela formação para a cidadania, portanto, precisa acompanhar essas mudanças, pois as mesmas, com certeza terão impacto sobre a sua prática.
 
2.4. Atividades docentes e discentes
 Durante esse período em que estou na escola acompanhando o trabalho da professora Adriana Queiroz de Azevedo Nasser, em salas do Ensino Médio no período matutino, pude interagir com a direção, professores, funcionários e alunos, sendo desde o início bem acolhida e atendida com presteza por toda comunidade escolar.
 O estágio está sendo realizado nas turmas do 1º ao 3º ano escolar – Ensino Médio. Tendo, em média, 35 alunos por sala de aula. São 9 salas de aula, 3 para cada série, sendo e cerca de 300 alunos ao todo, com média entre 15 e 17 anos de idade. 
 Os alunos do 1º e 3º ano são bastante participativos e geralmente seguem sem problemas quanto aos limites impostos pela linha pedagógico-comportamental. Os alunos do 2º ano são mais agitados, falantes e é preciso um esforço maior e mais rigidez dos professores para que as aulas sejam ministradas.
 Em sala de aula pude participar ativamente no auxílio aos alunos, procurando sempre colaborar no processo ensino-aprendizagem, usando e tendo como referência o interacionismo e o respeito à autonomia de cada um. Pude perceber que as mudanças que tem ocorrido no contexto social e escolar, são significativas e se a escola não acompanhar essas mudanças não será capaz de oferecer um ensino de qualidade aos mesmos. 
 Percebi que os professores têm procurado alternativas a fim de chamar a atenção dos alunos para a melhoria do ensino e a construção do conhecimento, valendo-se também do diálogo e parceria com os mesmos, provocando-os ao questionamento, instigando-os ao espírito crítico e fazendo-os enxergarem que fazem parte de uma sociedade, e que, portanto, são cidadãos.
Estágio III está sendo uma oportunidade de formação contínua, momento ativo e de atualização pedagógica, onde me confrontei com a realidade, agregando valores na minha formação docente, objetivando o crescimento pessoal e profissional. 
 Os planejamentos são definidos seguindo os temas das apostilas que foram confeccionadas com a parceria da Anglo Sistema de Ensino. Nos planejamentos também são definidos os materiais auxiliares a serem utilizados nas aulas.
 A professora Adriana tem um bom domínio das turmas de modo geral e usa métodos tradicionais como contar até três. A participação dos alunos é bem estimulada por parte da professora, pois ela traz para sala de aula assuntos extras que sejam do interesse deles. A avaliação se dá através de testes escritos e observações diárias no desenvolvimento de cada aluno. As aulas são ministradas em inglês, porém tudo é traduzido.
 Nesse tempo em que permaneci nas salas, procurei participar ativamente, auxiliando a professora com os alunos enquanto realizavam as atividades propostas por ela. A experiência foi gratificante e de grande valia para minhas vivências.
Considerações finais
 O Estágio Supervisionado é um momento de transição entre o docente em formação e o profissional da educação, ou seja, o momento que aproxima o aluno da licenciatura com a realidade escolar, encaminhando-o para uma reflexão a partir da realidade encontrada, o que proporciona condições para que ele possa refletir sobre seu papel enquanto futuro educador estabelecendo as relações necessárias com a profissão.
 Diante de todo o contexto que permeia a atuação profissional do docente, identifiquei mediante essa vivência na escola a importância do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, das necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais (professor pesquisador).
 No desenvolvimento do estágio, tive a oportunidade de aprender levando em conta que a aprendizagem é sempre uma atividade pessoal, embora muitas vezes se realize em situação social. A ação de educar deve ser relacionada com as atividades da vida real. Com isso é necessário organizar os elementos que vão compor a situação de ensino, de maneira motivadora e desafiadora que darão suporte ao educador. Por isso cabe ao estagiário, futuro educador, conhecer a realidade do seu mundo profissional, entendendo que em diversos momentos devem discutir e refletir para obter em sua formação um excelente aprendizado.
 O período de observações das aulas possibilitou a conhecer as turmas de um ponto de vista privilegiado. Sentada ao fundo da sala, tendo acesso a tudo que acontece em aula, quase que anonimamente, pude perceber aspectos que influenciam a dinâmica e o rendimento das aulas que nunca antes havia imaginado. Como síntese da minha experiência de observação concluo que a metodologia e os procedimentos didáticos adotados pelo professor na sala são os fatores mais decisivos para o bom funcionamento da aula: quanto mais atividades diversificadas e quanto mais convite à participação dos alunos nessas atividades acontecerem, maiores serão as chances de que o objetivo da aula seja alcançado.
 A aprendizagem ocorre quando o estagiário participa ativamente do processo de reconstrução do conhecimento, colocando o conteúdo estudado em prática, (substituir as teorias pela prática), a aprendizagem será mais eficiente. Portanto, a oportunidade em que o professor em formação entre em contato com a realidade profissional com todas as suas implicações, em que irá atuar, para conhecê-la e para desenvolver suas competências e habilidades necessárias à aplicação dos conhecimentos teóricos e metodológicos,adquiridos ao longo do curso. 
 O estágio me favoreceu a descoberta, sendo um processo dinâmico de aprendizagem, onde pude exercitar os princípios de cidadania e responsabilidades sociais. Através do estágio descobri meios que podem levar-me a identificar novas e variadas estratégias para lidar com problemas que muitas vezes nem imaginava encontrar na futura área profissional.
Vale ressaltar que devido a esta experiência adquirida ao estágio, me possibilitou o aprimoramento diante da minha visão a respeito da educação. Sendo que, o convívio e as observações à cerca das novas visões sobre o ensino atual e que a educação continua sendo um campo problemático na relação entre aluno, professor e escola; ensino e aprendizagem.
 Ficou claro para mim também que a educação de qualidade não é responsabilidade somente do professor, mas da participação individual e coletiva da família, políticos, empresas, comunidade, principalmente na atuação do ensino público.
“Foi uma aula (na verdade, foram duas) muito boa. Apesar de que, eu esperava mais da participação da turma, na segunda aula”. 
“Neste dia, até eu estava nervosa e ansiosa. Seria o dia da apresentação. Era como se os meus alunos fossem demonstrar se todo o esforço, com planejamentos e aulas, teria sido satisfatório e proveitoso”. 
“Todos fizeram uma excelente apresentação. A turma elogiou o trabalho dos colegas e eu fiquei lisonjeada já que todo o projeto valeu a pena”.
 
 Os fragmentos acima mostram que o Estágio Supervisionado é um momento que aproxima o aluno da licenciatura com a realidade escolar, encaminhando-o para uma reflexão a partir da realidade encontrada, o que proporciona condições para que ele possa refletir sobre seu papel enquanto futuro educador estabelecendo as relações necessárias com a profissão.
 Sinto que a cada estágio que realizo, adquiro novos conhecimentos, vejo que a educação é algo vivo, palpitante e também em constante mudança e evolução.
 Acredito que mudanças já estão ocorrendo, no sentido de mudar esse sistema.
 O professor deve ter sensibilidade, conhecimento e amparo para educar e não simplesmente domesticar a criança. Ensinar sim, mas sem “podar” sua alegria, energia e necessidade e movimento.
Referências
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.
Coleção docência em formação. Série saberes pedagógicos.
BARREIRO, I. M. F.; GEBRAN, R. A. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006.
GERALDI, João Wanderley. A aula como acontecimento. Aveiro, Portugal:
Universidade de Aveiro, 2004.
PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e prática. São Paulo: Cortez. 1997.
http://www.famavida.org.br/site/index.php. Acesso em 05 de maio de 2016
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. IN: Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1995.