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Lei dos Três Estados Auguste Comte

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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS
Curso: Gestão de Recursos Humanos
Turma: 1º Período Matutino
Professor: José Alvarenga
LEI DOS TRÊS ESTADOS
CONCEITO AUGUSTE COMTE
Alunos:
Esmeralda Pereira de Oliveira
Priscila Correa Simões
Vivian Carvalho Betiol
Manaus – AM 
2017
Sobre Auguste Comte
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (1789-1857) foi o fundador do Positivismo. Em sua vida acadêmica recebeu influências de cientistas como o físico Sadi Carnot, o matemático Lagrange (de quem posteriormente Comte inspirou-se para vir a abordar os princípios de cada ciência segundo uma perspectiva histórica) e o astrônomo Pierre Simon Laplace. O fator mais decisivo para sua formação foi, porém, o estudo do Esboço de um Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano, de Condorcet (1743 - 1794), ao qual se referiria, mais tarde, como “meu imediato predecessor” e que levou Comte a desenvolver sua famosa “Lei dos Três Estados”. A obra de Condorcet traça um quadro do desenvolvimento da humanidade, no qual os descobrimentos e invenções da ciência e da tecnologia desempenham papel preponderante, fazendo o homem caminhar para uma era em que a organização social e política seria produto das luzes da razão: ideia que iria se tornar um dos pontos fundamentais da filosofia de Comte. Mas sua maior influência foi de Saint Simon.
Comte separou-se de Saint-Simon, em razão deste discordar das ideias de Comte em sua publicação intitulada Planos de Trabalho Científico Necessários à Reorganização da Sociedade.
Comte também é conhecido por suas ideias no campo das ciências sociais. Considerado o “pai da Sociologia”, por ter sido um dos primeiros a defender o estudo dos fenômenos sociais como o mesmo rigor e método das ciências da natureza. A princípio Comte denominou “Física Social”, é um vocábulo criado por ele no seu Curso de Filosofia Positiva. Posteriormente passou a chamar de Sociologia, como a ciência que procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois. Acreditava que os estudos das sociedades deveriam ser feitos com verdadeiro espírito científico e objetividade.
Os últimos anos da vida de Comte transcorreram em grande solidão e desencanto, sobretudo por ter sido abandonado por Littré, pois, seu mais famoso discípulo, não concordava com a ideia de uma nova religião. Comte morreu em Paris a 5 de setembro de 1857.
A Lei dos Três Estados
 
            A filosofia da historia – primeiro tema da filosofia de Comte – pode ser sintetizada na sua célebre lei dos três estados: todas as ciências e o espírito humano, “assim no indivíduo como na espécie”, desenvolvem-se através de três fases distintas: a teológica, a metafísica e a positiva (COMTE, s/d; COSTA, 1987; FÉDI, 2008; GRANGE, 1996; LACROIX, 2003; REALE, 1981; RIBEIRO JÚNIOR, 2006). O primeiro estágio é preparatório, o segundo transitório, o terceiro é o estágio definitivo da razão humana.
            Baseado nas ideias do filósofo Condorcet (1743-1794), sobretudo o estudo do Esboço de um Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano, no qual baseou todos os seus escritos a partir de 1818, Comte desenvolveu a “Lei dos Três Estados”. Segundo Codorcet, a civilização se move de forma progressiva segundo leis naturais, e a observação filosófica do passado pode prever e determinar cada época. As invenções da ciência e da tecnologia fariam o homem caminhar para uma era em que a organização social e política seriam produtos das luzes da razão. Baseando-se em Condorcet, porém reconhecendo que era necessário um aperfeiçoamento em sua teoria, Comte formula a Lei dos Três Estados. Observando a evolução intelectual da humanidade, Comte percebe que esta evolução passa por três estados teóricos diferentes: o estado teológico ou fictício, o estado metafísico ou abstrato e o estado científico ou positivo.
 	Teologia - No primeiro, os fatos observados são explicados pelo sobrenatural e a imaginação desempenha papel de primeiro plano. Diante da diversidade da natureza, o homem só consegue explicá-la mediante a crença na intervenção de seres pessoais e sobrenaturais. O mundo torna-se compreensível somente através das ideias de deuses e espíritos. O estado teológico apresenta ainda subdivisões, períodos sucessivos: o fetichismo, o politeísmo e o monoteísmo. No Fetichismo atribui-se “[...] a todos os corpos exteriores uma vida essencialmente análoga à nossa”, por meio de uma força energética, além da adoração dos Astros. No Politeísmo a vida é retirada dos corpos exteriores e “transportada a diversos seres fictícios, habitualmente invisíveis, cuja intervenção ativa e contínua se torna daí por diante a origem direta de todos os fenômenos exteriores e mesmo em seguida dos fenômenos humanos”. Já no Monoteísmo a razão unifica os deuses. A fase teológica monoteísta representa a transição para o estado metafísico.
          Metafísica - No segundo, o estado metafísico, já se encontram as ideias naturais, mas ainda há a presença do sobrenatural: fala-se de “força física”, “força vital”, “natureza”. “As especulações dominantes conservaram no estado metafísico o mesmo caráter essencial de tendência ordinária para os conhecimentos absolutos: apenas a solução sofreu nele notável transformação, própria a tornar mais fácil o surto das concepções positivas”. A metafísica ainda procurou explicar a natureza íntima dos seres, a origem e o destino das coisas, substituindo as forças sobrenaturais por concepções abstratas, originando a ontologia. A metafísica, tanto quanto a teologia, procura explicar a “natureza íntima” das coisas, sua origem e destino últimos, bem como a maneira pela qual são produzidas. Ademais, “[...] a metafísica surge da decomposição da teologia: são as mesmas preocupações, ao pesquisar os temas absolutos, e o mesmo método de raciocinar: apenas se substituem os deuses pelas abstrações” (LACERDA, 2004, p. 65). Na perspectiva “Comteana”, o estado metafísico se caracterizaria fundamentalmente pela dissolução do teológico: a argumentação, penetrando nos domínios das ideias teológicas, traria à luz suas contradições inerentes e substituiria a vontade divina por “ideias” ou “forças”.
            Positivismo - No terceiro, ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Os fatos são explicados segundo leis gerais de ordem inteiramente positiva. Bacon, Galileu e Descartes são os fundadores da filosofia positiva. O conhecimento positivo caracteriza-se pela previsibilidade: “ver para prever”. O “espírito positivo” instaura as ciências como investigação do real, do certo, do indubitável, do útil. A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (procedimento teológico ou metafísico) e torna-se pesquisa de suas leis, entendidas como relações constantes entre fenômenos observáveis.
            O estágio científico ou positivo é caracterizado: 1) pela subordinação da imaginação à observação; 2) relativismo; 3) previsão racional; 4) crença na invariabilidade das leis naturais. Pelo primeiro podemos dizer que a eficácia científica resulta da conformidade das ideias com os fatos observados. “A pura imaginação perde então de modo irrevogável a sua antiga supremacia mental e subordina-se necessariamente à observação, de maneira a constituir um estado lógico plenamente normal [...]”, embora Comte não negue que a imaginação possa desempenhar um papel importante no desenvolvimento da ciência  exercendo “[...] nas especulações positivas, um papel tão capital como inesgotável, para criar ou aperfeiçoar os meios de ligação, quer definitiva, quer provisória”. Pela segunda característica, o estado de positividade racional renuncia ao conhecimento absoluto uma vez que só temos acesso ao conhecimento pela observação e que a imperfeição dos nossos sentidos nos impedem de conhecer todas as existências reais, que nos escapam completamente. Todas as nossas especulações dependem da nossa existência individual e estão também subordinadas ao conjunto da progressãosocial, daí a impossibilidade de pensar um tipo de conhecimento absoluto. Por fim, o positivismo não se confunde meramente com o empirismo: o “[...] genuíno espírito positivo se acha tão afastado, no fundo, do empirismo como do misticismo”. Os fatos propriamente ditos fornecem, por assim dizer, o material do conhecimento. Mas a verdadeira ciência não é formada por simples observação, mas inclui a previsão racional: “ver para prever”. “[...] o genuíno espírito positivo consiste em ver para prever, em estudar o que é, a fim de concluir o que será, segundo o dogma geral da invariabilidade das leis naturais”, que é a crença na ideia de que as leis da natureza são invariáveis e por isso podem ser conhecidas em qualquer época ou lugar.
            Em sua obra Comte nos oferece ainda os diversos sentidos e significados que pode assumir a palavra “positivo” e que definem a filosofia positiva.
“Considerada, em primeiro lugar, em sua acepção mais antiga e mais comum, a palavra positivo designa o real em oposição ao quimérico: neste sentido, convém plenamente ao novo espírito filosófico, que fica assim caracterizado pela sua constante consagração às indagações verdadeiramente acessíveis à nossa inteligência, com a exclusão efetiva dos impenetráveis mistérios com que se ocupava sobretudo a sua infância.”
             “[...] um segundo sentido muito próximo do precedente, mas, entretanto, distinto, este termo fundamental indica o contraste entre o útil e o ocioso”, quer isto dizer que nossas especulações devem visar sempre o melhoramento contínuo de nossa condição individual e coletiva, e não apenas uma curiosidade estéril. “Conforme um terceiro significado usual, esta feliz expressão é empregada frequentemente para qualificar a oposição entre a certeza e a indecisão” ao invés de se ater a debates intermináveis como era costume antigamente. “Uma quarta acepção ordinária, demasiadas vezes confundida com a precedente, consiste em opor o preciso ao vago”, ao invés de conduzir a opiniões vagas, seja apoiada na autoridade sobrenatural ou não, deve-se buscar uma precisão compatível com a natureza dos fenômenos. E por fim uma quinta acepção, quando se emprega positivo, como contrário do que é negativo, o que significa organizar, e não destruir.
            Ao definirmos o termo “positivo” com base na obra do próprio Auguste Comte, estamos de alguma forma, evitando certas ambiguidades que podem surgir a partir dos diferentes significados que o termo “positivismo” assumiu ao longo dos anos. 
Bibliografia:
Portal Consciência Política:
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-contempor%C3%A2nea/auguste-comte/

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