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Viroses Oncogências

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Viroses Oncogências
 (Epstein-Barr, HTLV, HPV)
Viroses Oncogênicas
Vírus oncogênicos são aqueles que participam do processo de transformação celular.Esses vírus estabelecem uma associação coma célula infectada que, em vez de destruí-la, cria condições para manter seu ciclo replicativo. 
Epstein Barr
Introdução 
 O vírus de Epstein-Barr (VEB), também chamado de Herpes-vírus humano 4 (HHV-4),é um vírus da família herpes, e é um dos vírus mais comuns em seres humanos.
Aspectos Epidemiológicos
O vírus Epstein-Barr infecta mais de 95% da população mundial. A epidemiologia da mononucleose infecciosa está relacionada com a idade, em geral, a contaminação ocorre durante a fase de lactentes e na infância. Na África Central, quase todas as crianças estão infectadas aos três anos de idade. Um terço dos casos ocorre durante a adolescência manifestando-se, em mais de 50% dos casos.
 Patogênese
A transmissão do EBV ocorre através da secreção oral, de humano para humano. Por esse motivo é popularmente chamado de “Doença do Beijo”. Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos como copos e talheres ou qualquer outro modo onde haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada. 
Manifestações Clínicas
Os sintomas típicos da mononucleose incluem febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas). É um quando muito semelhante ás faringites comuns, causado por outros vírus e bactérias. Outros sintomas inespecíficos, como dor de cabeça, dores musculares, tosses e náusea também são comuns. Na mononucleosea fadiga costumas ser intensa e persistente por semanas após a resolução do quadro.
Diagnóstico 
O Diagnóstico clínico da doença é sugerido com base nos. Normalmente os exames laboratoriais são necessários, uma vez que estes sintomas são características de outras infecções similares como toxoplasmose e etc. 
 Tratamento
O Tratamento da mononucleose é fundamentalmente sintomático, visando o alívio dos sintomas. Pode ser administrado paracetamol (acetaminofeno) ou aspirina, no entanto, esta deve ser evitada em crianças. Algumas complicações como a inflamação das vias respiratórias, podem ser tratadas com corticosteroides. O Aciclovir reduzir a produção do vírus Epstein-Barr, mas tem pouco efeito sobre os sintomas da mononucleose infecciosa
HTLV (vírus linfotrópico da célula T humana)
Introdução
Os vírus T-linfotrópicos humanos, tipo 1 (HTLV-I) e tipo 2 (HTLV-II), foram os primeiros retrovírus humanos descobertos, pertencem à subfamília Oncornavirus dos Retrovirus e podem transformar linfócitos humanos que podem ser auto-sustentar "in vitro". Eles são distantemente relacionados aos vírus de imunodeficiência humano (HIV-1 e HIV-2), que pertencem à subfamília Lentivirus dos Retrovírus, que causam a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids).
Aspectos epidemiológicos 
A infecção pelo vírus linfotrófico de células-T humanas (HTLV-1) tem distribuição mundial e estima-se que existam entre 15 a 20 milhões de pessoas infectadas pelo HTLV-1. As principais regiões endêmicas são o sudoeste do Japão, Caribe, África Subsaariana, América Central e América do Sul. O Brasil é um dos países com maior endemicidade da infecção pelo HTLV-1 e comorbidades associadas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Em especial, Salvador, 8 capital do estado da Bahia, é considerada a cidade brasileira com maior prevalência de infecção pelo HTLV-1, a qual atinge cerca de 1,8% dessa população.
Patogênese
A transmissão do HTLV ocorre por via sexual (relações sexuais desprotegidas), nas transfusões de sangue, pelo uso compartilhado de seringas e agulhas,e da mãe infectada para o filho durante a gestação, no momento do parto (também chamado de transmissão vertical) e principalmente pelo aleitamento materno. Aproximadamente 25% de crianças amamentadas, nascidas de mães infectadas adquirem HTLV-I. Esse vírus não é transmitido pelo contato casual.
 Manifestações Clinicas
As doenças associadas ao HTLV-1 apresentam diferenças quanto à forma clínica, evolução e resposta terapêutica, em comparação com as apresentadas por pacientes soronegativos para esse vírus. Sabe-se que o HTLV-1 altera a resposta imune do hospedeiro a infecções de diversas naturezas, pois ataca principalmente os linfócitos T + helpers, que têm um papel central na resposta imune adaptativa, seja aumentando a suscetibilidade a essas infecções ou alterando sua evolução. 
Diagnostico
O diagnostico de HTLV é realizado em duas etapas: triagem e confirmação. Para a etapa de triagem, são utilizados os testes laboratoriais sorológicos (ELISA ou aglutinação-Sorologia para HTLV) que detectam indiretamente estes agentes, ou seja, testam a presença de anticorpos contra o vírus. Na confirmação, utiliza-se geralmente um teste sorológico (Westernblot) e em casos de internação deste, o teste PDC (HTLV-PCR). Os dois últimos testes, alem de confirmarem a infecção, discriminam se ela é causadora pelo HTLV-1 ou HTLV-2.
Tratamento 
Até o momento não há tratamento específico contra o vírus. O que muitos autores advogam é o uso de drogas imunomoduladoras no início da doença (talvez até os três primeiros anos de sintomas), com base na natureza inflamatória e autoimune da doença. Recentemente, tentou-se a utilização de antirretrovirais, especificamente lamivudina e zidovudina. Embora esses medicamentos tenham-se mostrado eficazes in vitro, os resultados in vivo foram duvidosos. Logo, seu uso na prática clínica não se justifica fora de um contexto de pesquisa clínica.
HPV (Vírus do Papiloma Humano)
O vírus do papiloma humano foi o primeiro vírus tumorigêncio a ser transmitido experimentalmente de um hospedeiro para outro. Isso ocorreu em 1894, quando Licht se inoculou com material da verruga de seu próprio irmão, verificando o aparecimento de uma verruga no local da inoculação. Ciuffo (1907) foi o primeiro a demostrar a etiologia viral das verrugas cutâneas, inoculando na própria mão um extrato preparado de filtrado de verrugas. É um vírus que infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes, a maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são frequentemente encontrados em determinadas neoplasias como o cancro do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados.
Aspectos Epidemiológicos 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, estimativas epidemiológicas sugerem que a prevalência mundial da infecção pelo HPV está em torno de 630 milhões de pessoas infectadas. O câncer cervical apresenta uma incidência de 470.00 casos anuais, 80% dos quais nos países em desenvolvimento.
Patogênese 
O HPV é altamente contagioso, ou seja, é possível adquiri-lo com uma única exposição. A transmissão ocorre durante as relações sexuais, pelo contato genital, a partir daí, o vírus se instala no interior de uma célula da mucosa genital para conseguir sobreviver. Pode ficar ali, em estado latente, sem causar nenhum sintoma, ou provocar lesões, porém infelizmente, existem casos relatados na literatura médica de contágio não sexual, como, por exemplo, através do uso de toalhas, roupas ou objetos íntimos de outra pessoa infectada. O uso de preservativos masculinos (camisinhas) não pode garantir 100% de proteção contra a transmissão especificamente do papiloma vírus, isso porque o vírus pode estar instalado em áreas próximas aos órgãos protegidos, como na virilha.
Manifestações clinicas
Os papilomas vírus são agentes etiológicos de verruga.O tipo e a gravidade dos sintomas dependem da variante do HPV e do local de infecção, na maioria das vezes, a infecção é subclínica, mas, nos casos em que ocorremmanifestações clinicas, estas podem ser divididos entre as manifestações causadas pelo vírus que infectam a pele, como verruga comum, verruga plantar, verruga plana e epdermodisplasia verruciforme, e as causadas pelo vírus que infectam priferencialmente,
as mucosas, levando a quadros como papilomatose respiratória recorrente (papiloma de laringe), papiloma oral, papiloma conjuntival e verrugas anogenitais, também chamadas de condiloma acuminado. 
Diagnóstico 
O diagnóstico pode ser feito através da história clínica, exame físico e exames complementares. O rastreio da sequela mais importante (o cancro do colo do útero) é feito por rotina, através do exame do Papanicolau, que embora não detecte a presença do vírus, permite reconhecer as alterações que ele causa nas células. A biópsia é utilizada para observação e caracterização das alterações celulares através da análise microscópica de uma amostra. A colposcopia e peniscopia são técnicas que permitem a pesquisa de condilomas (verrugas) de reduzidas dimensões nas mucosas..
Tratamento 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão do Ministério da saúde, autorizou a comercialização, no Brasil, de uma vacina contra quatro tipos de HPVs. Apresar dos resultados promissores, as vacinas não previnem todas as infecções causadas pelos HPVs, nem eliminam a necessidade de as mulheres fazerem anualmente o exame preventivo de Papanicolau. 
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e parasitárias. Guia de bolso. 8ª edição. 
Brasília: Ministério da Saúde; 2010. Departamento de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
www.biomerieux.com/bio/portugal/Infectious-Mononucleosis-10
www.biomedicinabrasil.com/2011/07/virus-epstein-barr.html
www.mdsaude.com/2009/03/mononucleose-doenca-do-beijo.html
Introdução á Virologia Humana 2° edição – Santos Romanos Wigg
www.drauziovarella.com.br

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