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A APLICAÇÃO DO DOLO EVENTUAL NOS ACIDENTES DE TRÂNSITO 
 INTRODUÇÃO
 DO DOLO
 Elementos do dolo
Elemento cognitivo
Elemento volitivo
 Teorias sobre o dolo
Teoria vontade
Teoria da representação 
Teoria do assentimento ou consentimento
 Espécies de dolo
2.3.1 Dolo direto
2.3.2 Dolo eventual.
3. CULPA
3.1 Conceito de culpa
 3.2 Espécies de culpa
 3.2.1 Culpa consciente 
 3.2.2 Culpa inconsciente
3.3 Modalidades da culpa
3.3.1 Imprudência, negligência e imperícia,
 3.4 Distinção entre culpa consciente e dolo eventual.
 4. DOLO EVENTUAL NOS ACIDENTES DE TRÂNSITO
 4.1 Entendimento jurisprudencial quanto ao dolo eventual em acidentes de trânsito 
 5. CONCLUSÃO
 REFERÊNCIAS
3. CULPA
3.1 Conceito de culpa
Como já visto anteriormente, de acordo com a teoria finalista, o dolo é a vontade consciente de praticar a conduta típica, ou seja, é o dolo natural. É necessário que essa conduta dolosa se encaixe em um injusto penal para que se possa existir um crime. Basta que o sujeito tenha a vontade para que a conduta se realize, que ele queira e que tenha a consciência e que aquilo é lesivo, para a caracterização do dolo. (CAPEZ, pg. 230, 2011)
Portanto ainda nos ensinamentos do referido autor, nos traz o entendimento de culpa:
[...] a culpa é o comportamento voluntário desatencioso, voltado a um determinado objeto, lícito ou ilícito, embora produza resultado ilícito, não desejável, mas previsível e que poderia ter sido evitado quando o agente agisse de forma diversa da conduta [...] (CAPEZ, pg. 230, 2011)
A culpa, ou o crime culposo está elencando no Código Penal no inciso II de seu art. 18, conceitua como sendo “quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. COLOCAR PAGINA DO VADMACUM 
A culpa é para Nucci (2010, p. 210), “o comportamento voluntário desatencioso, voltado a um determinado objetivo, lícito ou ilícito, embora produza resultado ilícito, não desejado, mas previsível, que podia ter sido evitado”. 
Para Bitencourt (2011, p. 337): culpa é a “inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, objetivamente previsível”
A conduta descrita como culpa, segundo Fernando Capez é de tipo penal aberto – diz-se que:
“ o crime culposo é um crime de tipo penal aberto porque tem um conteúdo indefinido, ou seja, neles não se descreve em que consiste o comportamento culposo. O seu conteúdo é definido / obtido a partir das peculiaridades de cada caso concreto, a partir de um juízo de comparação entre a conduta de uma pessoa dotada de discernimento e prudência e a conduta do agente no caso concreto.” (Capez p.234, 2011)
Portanto, a culpa, não está especificada nem descrita, mas apenas prevista genericamente no tipo. Isso se deve ao fato de se praticamente impossível o legislador prever/reconhecer todas as formas de realização culposa. Por essa razão, o legislador usou a culpa de forma genérica para que assim, abrangesse o maior número de condutas cabíveis porem, sem defini-la. Assim, para a sua adequação típica se faz necessário mais do que simples correspondência entre a conduta e a descrição típica, para a efetiva adequação da conduta culposa é necessário que se analise o juízo de valor no caso concreto individualizado. (Mirabete, pg. 86, 2010)
O crime culposo deriva, portanto, de uma conduta voluntária que causa um resultado não pretendido pelo agente, mas que foi anteriormente previsto por ele (culpa consciente) ou aquele em que não houve a previsão, mas era previsível (culpa inconsciente) e que podia ser de alguma forma evitado, se quem o produziu tivesse agido com o devido cuidado. 
 3.2 Espécies de culpa
 3.2.1 Culpa consciente 
A culpa esta implicitamente relacionada quanto a previsibilidade de um resultado danoso, e a vontade do agente na ocorrência deste, são essas elementares que difere do crime doloso, onde o agente não somente prevê um resultado, mais também o deseja, a sua vontade é direcionada para que o resultado se concretize. E com essa ideia trataremos das espécies de culpa.
A culpa inconsciente afirma Capez que nada mais é: 
“Aquela em que o agente prevê o resultado, embora não o aceite. Há no agente a representação da possibilidade do resultado, mas ele a afasta, de pronto, por entender que a evitará e que sua habilidade impedirá o evento lesivo previsto”. (CAPEZ, pg. 234, 2011)
Para o doutrinador Damásio, “Na culpa consciente o resultado é previsto pelo sujeito, que espera levianamente que não ocorra ou que possa evitá-lo. É também chamada culpa com previsão ou ou ex lascivia.” (pg. 343, 2011)
Na culpa consciente, não há intenção de ferir nenhum bem jurídico o qual o direito penal protege. A conduta do agente era simplesmente de atingir um fim lícito, embora seja claro para o agente, o risco que sua conduta poderia trazer. Não existia a intenção do cometimento de algum delito configurando assim a culpa, mas a possibilidade de dano que foi assumida pelo agente, configurando a consciência da ação. Daí o termo culpa consciente. (CAPOCIANO, pg. 60, 2014)
Para exemplificar a culpa consciente Bitencourt (2011, p. 337): nos traz o exemplo que, quando o agente ultrapassa um veículo em uma estrada e, verificando que na direção contrária vem outro veículo, acredita que, caso acelere, consiga ultrapassar o primeiro veículo sem chocar-se contra o segundo, o que não ocorre, gerando o resultado lesivo ofensa à integridade física ou morte. Por mais que o agente tenha previsto a possibilidade de chocar-se contra o segundo veículo, acreditou sinceramente que, caso acelerasse, conseguiria findar a ultrapassagem sem se chocar contra o dito veículo. Por sua vez, acredita que, ao analisar a culpa consciente, deve-se agir de forma cautelosa, pois a mera previsão do resultado não significa culpa consciente, pois se necessita da consciência do agente acerca do resultado. 
Seguindo com a definição de culpa consciente, Luiz Régis Prado ensina: 
“Culpa consciente ou com previsão – o autor prevê o resultado como possível, mas espera que não ocorra. Há efetiva previsão do resultado, sem a aceitação do risco de sua produção (confia que o evento não sobrevirá). Por sem dúvida, há uma consciente violação do cuidado objetivo. A previsibilidade no delito de ação culposa se acha na culpabilidade e não no tipo de injusto.” (2008, p.331)
E por fim, não deve-se deixar de citar que um crime só poderá ser caracterizada a modalidade culposa deste se assim a lei o trouxer, quando houver previsão legal, assim quando não houver será punido na modalidade doloso.
 3.2.2 Culpa inconsciente
A culpa própria é aquela inconsciente (sem previsão), aquela em que o agente não prevê o resultado que era previsível. 
No entender de Bitencourt (2011, p. 340): A ação sem previsão do resultado previsível constitui a chamada culpa inconsciente, culpa ex ignorantia. No dizer de Hungria, “previsível é o fato cuja possível superveniência não escapa à perspicácia comum”. Na hipótese de culpa inconsciente pode-se até, em alguns casos, preocupar-se com a segurança do próprio agente, que por sua desatenção, descuido ou mesmo “desligamento da realidade” representa um perigo ambulante, não apenas para a sociedade, mas também a si próprio.
De acordo com Mirabete e Fabrini culpa inconsciente: 
Existe quando o agente não prevê o resultado que é previsível. Não há no agente o conhecimento efetivo do perigo que sua conduta provoca para o bem jurídico alheio. Damásio de Jesus30 complementa o conceito dizendo que culpa inconsciente é “a culpa comum, aquela que se manifesta pela imperícia, imprudência e negligência.” Bitencourt (2010, p. 338)
Para Rodrigo Julio Capobianco 
“A culpa inconsciente (ou culpa ex ignorantia): ocorre quando o agente não prevê o resultado de sua conduta, apesar de ser este previsível (exemplo: indivíduoque atinge involuntariamente a pessoa que passava pela rua, porque atirou um objeto na janela por acreditar que ninguém passaria naquele horário).” (CAPOBIANCO, pg. 60, 2014)
Já a previsibilidade subjetiva é a possibilidade de evitar o resultado levando-se em conta as condições do agente. Portanto, essa previsibilidade ocorre devido às circunstancias em que o agente se encontra no momento em que esta praticando o ato, assim não se fazendo assim previsão para ação futura e sim para o presente, atual, assim, se diferenciando da previsão, em que o agente tem o controle absoluto da situação em que se encontra. (Bitencourt 2011, p. 337)
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral 1. 15. ed., revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2011.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, volume 1: parte geral, 16. ed. - São Paulo: Saraiva, 2011.
CAPOBIANCO, Rodrigo Julio, como se prerarar para exame da ordem penal, 11º edição, editora Saraiva, São Paulo, 2014
JESUS, Damásio de Direito penal, volume 1 : parte geral / Damásio de Jesus. — 32. ed. — São Paulo : Saraiva, 2011.
MIRABETE, Julio Fabbrini; FABBRINI, Renato Nascimento. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal: parte geral : parte especial - 6. ed. rev., atual. e ampl. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 1. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.

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