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CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 Semana Aula: 3 A origem do Estado: principais linhas teóricas (2ª parte) Tema A origem do Estado: principais linhas teóricas (2ª parte) Aplicação: articulação teoria e prática Caso 1 Na visão de Locke e Rousseau os homens são completamente livres conforme a sua natureza, pelo que são criaturas marcadas pela bondade. Sendo certo que com o surgimento da propriedade o homem abandona a sua condição natural, pode-se afirmar que a propriedade surge da mesma forma e tem os mesmos efeitos na formação do Estado para ambos os autores? Propriedade em Locke – A propriedade é fruto do crescimento populacional, onde o homem se vê obrigado a constituí-la sob pena de perecimento até mesmo físico. Em sua formulação Locke, diz que a propriedade é um direito natural e inalienável, servindo de fundamento para a criação do governo civil e para a atribuição de direitos políticos aos indivíduos. Propriedade em Rousseau – A propriedade é constituída de forma voluntária, como fruto da liberdade humana. Ou seja, não há necessidade de constituí-la. Citando o Contrato Social: “O direito de primeiro ocupante, ainda que mais real que o do mais forte, só se converte em verdadeiro direito depois de estabelecido o de propriedade. Todo o homem tem naturalmente direito a tudo que o lhe é necessário; mas o ato positivo que o torna proprietário de algum bem o exclui de todo o resto; estando feita a sua parte, a ela se deve limitar, e não tem mais direito à comunidade. Eis por que o direito de primeiro ocupante, assaz débil no estado de natureza, é para todo homem civil, respeitável.” (ROUSSEAU, 2007b: 62).
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