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Curso Preparatório Brasil cursopreparatoriobrasil@hotmail.com http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ Geografia do Brasil Curso Preparatório para o Concurso Público de Soldado da PMBA 2012 Apostila preparatória especifica para o concurso público da PMBA 2012 Curso Preparatório Brasil Contato: cursopreparatoriobrasil@hotmail.com Curso Preparatório Brasil cursopreparatoriobrasil@hotmail.com http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ GEOGRAFIA DO BRASIL 1. Organização Político-Administrativa do Brasil 1.1 Divisão política 1.2 Divisão regional 2. Geografia Física Brasileira 2.1 Relevo 2.2 Clima 2.3 Vegetação 2.4 Hidrografia 2.5 Fusos horários 3. Geografia Humana 3.1 Formação étnica 3.2 Crescimento demográfico 4. Aspectos Econômicos 4.1 Agropecuária 4.2 Extrativismo vegetal e mineral 4.3 Atividades industriais 4.4 Transportes 5. A Questão Ambiental 5.1 Degradação ambiental e Políticas de meio ambiente 6. Geografia da Bahia 6.1 Aspectos políticos 6.2 Aspectos físicos 6.3 Aspectos econômicos 6.4 Aspectos sociais 6.5 Aspectos culturais Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 1 1.1 Divisão Politica A divisão política e administrativa do Brasil nem sempre foi a mesma. Do século XVI ao século XX, o país teve diversos arcabouços político- administrativos, a saber: as donatarias, as capitanias hereditárias, as Províncias e finalmente os Estados, os Distritos e os municípios. O quadro abaixo resume, por período, as transformações na divisão político-administrativa brasileira. Divisão Politica do Brasil: 1534 - 1940 Regimes Políticos Épocas Unidades Politicas Nº Brasil colônia Séc. XVI Séc. XVII Donatarias Donatarias ou capitanias Colônia 14 15 1 Brasil Vice-Reino Séc. XVIII Capitanias Colônia 19 1 Brasil Império 1º Reinado 2º Reinado Séc. XIX Séc. XII Províncias Províncias Município Neutro 19 20 1 Brasil República Séc. XIX e XX (1ª metade) Estados Distrito Federal Território 20 1 1 Em todo território autônomo existem divisões internas que servem para facilitar a administração. No Brasil não é diferente, o país precisa ser gerenciado e controlado por entidades ligadas ao governo, sendo uma subordinada à outra. Diante da necessidade de dividir a administração e o controle do país, foi estabelecida uma fragmentação do território brasileiro em estados, municípios e distritos, além de outras regionalizações, como: as regiões e os complexos regionais. A seguir é apresentada a atual divisão político- administrativa do país, acompanhada do mapa político do Brasil. Mapa Político do Brasil Dentro dos estados existe ainda outra divisão, os municípios. Esses também possuem leis próprias, que devem seguir os moldes estipulados pela nossa constituição. Dentro dos territórios municipais é possível encontrar outra divisão de proporção menor, que os subdivide em distritos. Atualmente, o Brasil possui 26 estados, chamados também de unidades da federação; incluindo ainda o Distrito Federal, uma das unidades federativas que foi criada com intuito de abrigar a capital do país. Vejamos a seguir as características de cada uma dessas regiões: ‒ Distrito Federal: é a unidade onde tem sede o Governo Federal – Distrito Federal onde se localiza a cidade de Brasília. Com seus poderes: Judiciário, Legislativo e Executivo; Grande parte das decisões políticas acontece na sede do governo federal que se localiza nessa cidade. ‒ Estados: em número de 26, constituem as unidades de maior hierarquia dentro da organização político-administrativa do País. Os estados possuem a liberdade de criar leis autônomas, mas que são subordinadas à Constituição Federal Brasileira. A localidade que abriga a sede do governo denomina-se Capital; ‒ Municípios: os municípios constituem as unidades de menor hierarquia dentro da organização político-administrativa do Brasil. A localidade onde está sediada a Prefeitura Municipal tem a categoria de cidade; ‒ Distritos: são unidades administrativas dos municípios. A localidade onde está sediada a autoridade distrital, excluídos os distritos das sedes municipais, tem a categoria de Vila. 1.2 Divisão Regional O IBGE elabora divisões regionais do território brasileiro, com a finalidade básica de viabilizar a agregação e a divulgação de dados estatísticos. Em consequência das transformações havidas no espaço brasileiro, no decorrer das décadas de 50 e 60, uma nova divisão em macrorregiões foi elaborada em 1970, definindo as Regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que permanecem em vigor até o momento. As delimitações dos territórios de muitos dos estados brasileiros se deram, principalmente, no final do século XIX, mas tivemos outras mudanças mais contemporâneas, que aconteceram em 1977, quando surgiu o Mato Grosso do Sul em mais tarde, em 1988, o novo estado de Tocantins, originário da divisão do estado de Goiás. 2.1 O Relevo Brasileiro O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro identificou oito unidades, e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo. Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, num levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião, estabelecendo dessa forma 28 unidades de relevo, os quais foram classificados em planaltos, planícies e depressões. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 2 Características do relevo brasileiro O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semiárido e árido. Outros fenômenos da natureza, como por exemplo o vento e a chuva, também contribuíram no processo de erosão. O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte forma: ‒ Planalto: superfícies com elevação e aplainadas, marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos. Os planaltos, também são chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em um de seus lados, por superfície rebaixada. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados. Os planaltos são formados a partir de erosões eólicas (pelo vento) ou pela água. Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. ‒ Planície: como o próprio nome já diz são áreas planas e baixas onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste. As principais planícies brasileiras são as planícies Amazônica, do Pantanal e Litorânea; ‒ Depressões: é uma parte do relevo mais plana que o planalto, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros, proveniente das erosões. Podem ser: a) Depressão absoluta: as altitudes são inferiores ao nível do mar. b) Depressão relativa: fica acima do nível do mar, mas suas altitudes são inferiores as do relevo aoseu redor, seja uma chapada, planalto ou outro. É comum a formação de lagos nas depressões. Ex.: A periférica paulista e a depressão Sul Amazônica são exemplos de depressão relativa. ‒ Montanhas: elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens, como falhas ou dobras. São formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o impacto acaba se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas como montanhas de dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formou-se na era geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por vulcões. Formas de relevo Pontos culminantes do Brasil 2.2 O Clima Brasileiro O clima são todas as variações do tempo de um lugar. No Brasil devido ao seu extenso território, a diversidade de formas de relevo, a altitude e a dinâmica das correntes e das massas de ar, apresenta uma grande diversidade de climas. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas - chamadas de zona intertropical - nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20°C. No país a amplitude térmica – diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano – é baixa, isso implica dizer que a variação de temperatura no território brasileiro é pequena. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 3 OS CLIMAS DO BRASIL Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar. Vejamos a classificação do clima brasileiro: Clima Equatorial (úmido e semiúmido): quente e úmido • Compreende a Amazônia brasileira; • Pouca variação de temperatura durante o ano; • É um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem. • As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. • Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais. Clima Litorâneo Úmido • Influenciado pela mTa. • Compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo. Clima Tropical (alternadamente úmido e seco) • É o clima predominante na maior parte do Brasil. • É um clima quente e semiúmido com uma estação chuvosa (verão) e outra seca (inverno). • Temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado. Clima Semi-Árido • Presente, principalmente, no sertão nordestino. • Clima quente mais próximo do árido. • As chuvas não são regulares e são mal distribuídas. • Possui pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. • As temperaturas são altas durante quase todo o ano. Clima Subtropical • Abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio. • Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. • Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há o predomínio das chuvas frontais. • Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão. • Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida. • Presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Clima Tropical de altitude • Ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. • As temperaturas médias variam de 15 a 21º C. • As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico. • Pode apresentar geadas no inverno. Clima Tropical Atlântico (tropical úmido) • Presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste. • Apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. • As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). • Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas. MASSAS DE AR Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e índices pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem massas de ar polares, equatoriais, oceânicas e continentais. Existe uma movimentação de massas aonde cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma determinada região. Quando duas massas de ar se encontram temos o que chamamos de frente. No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar: Massa Equatorial Atlântica (mEa) Massa quente e úmida, se forma na porção do atlântico próximo a região equatorial. Durante o verão do hemisfério sul pode descer e penetrar pelo litoral das regiões Norte e Nordeste causando chuvas. Massa Equatorial Continental (mEc) Com características quente (baixa latitude) e muito úmida (área de muitos rios e domínio da floresta equatorial) originada na Amazônia ocidental, exerce influência em quase todo país durante o verão do hemisfério sul. É responsável pelas altas temperaturas e altos índices pluviométricos da região da Amazônia. Massa Tropical Atlântica (mTa) Também de características quente e úmida origina-se no atlântico Sul e atua em toda faixa litorânea brasileira que se vai do Nordeste ao sul do Brasil. O encontro desta massa de ar com a Polar atlântica que chega da Argentina principalmente durante o inverno, provoca as tão famosa frentes frias nas regiões sul e sudeste. Também nessas regiões, o encontro desta massa com as áreas de relevos mais elevados da Serra do Mar provocam as chuvas orográficas ou de relevo durante todo ano. Massa Tropical Continental (mTc) Quente e seca; Origina-se na área de depressão do Chaco Paraguaio, área de altas temperaturas e pouca umidade portanto apresenta características quente e seca. Atua principalmente na região do centro-oeste e em partes do sul e sudeste durante os períodos de outono inverno. Pode provocar ainda o bloqueio atmosférico que impede a chegada de massa de ar frio vindo do sul nos meses de maio e junho caracterizando o que se denomina de veranico. Massa Polar Atlântica (mPa) Fria e úmida; Por ser formada no oceano no litoral sul da Argentina ,apresenta características fria e úmida. Ao penetrar no Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 4 Brasil, pode tomar três direções distintas, provocando os seguintes fenômenos: Frentes frias quando sobe pelo litoral e encontra a mTa (já explicado anteriormente ); "Friagem” – quando penetrando pelas planícies da área central do país chega ao oeste da Amazônia causando queda brusca de temperatura e finalmente quando sobe pelos vales e serras do Sul do Brasil provoca a formação de geada, precipitação de neve ou fortes ventos como o Minuano e o Pampeiro. BRASIL: DIVISÃO CLIMÁTICA E MASSAS DE AR 2.3 A Hidrografia Brasileira Características da RedeHidrografia Brasileira • Rica em rios e pobre em lagos; • Os rios brasileiros dependem das chuvas para se “alimentarem”. O Rio Amazonas embora precise das chuvas ele também se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce; • A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente); • As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar também em depressões no interior do continente ou se infiltrarem no subsolo; • A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco para navegação. BACIAS HIDROGRÁFICAS Uma bacia hidrográfica é uma área compreendida por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O Brasil é dotado de uma vasta e densa rede hidrográfica, sendo que muitos de seus rios destacam-se pela extensão, largura e profundidade. É considerada a rede hidrográfica mais extensa do Globo, com 55.457km². Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Quanto à navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil não regularizado, ficam um tanto prejudicados. Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto. Dessa forma a Bacia de Planície é utilizada para navegação e a Planáltica é a que permite aproveitamento hidrelétrico. De maneira geral, os rios têm origem em regiões não muito elevadas, exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira andina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Brasil, em virtude da sua grande extensão territorial, apresenta 12 grandes bacias hidrográficas, conforme demostra o mapa a seguir. BRASIL: BACIAS HIDROGRÁFICAS A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima da região. Na Amazônia, que apresenta altos índices pluviométricos, existem muitos rios perenes e caudalosos. Em áreas de clima árido ou semiárido, os rios secam no período em que não chove. Aspectos da hidrografia brasileira O Brasil não possui lagos tectônico, devido à transformação das depressões em bacias sedimentares. No território brasileiro só existem lagos de várzea e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por restingas. Com exceção do Amazonas, todos os rios brasileiros possuem regime fluvial. Uma quantidade de água do rio Amazonas é proveniente do derretimento de neve da cordilheira dos Andes, o que caracteriza um regime misto (pluvial e naval). Todos os rios são exorréicos, ou seja, têm como destino final o oceano. Só existem rios temporários no Sertão nordestino, que apresenta clima semiárido. No restante do país, os rios são perenes. Os rios de planalto predominam em áreas de elevado índice pluviométrico. A existência de desníveis no terreno e o grande volume de água contribuem para a produção de hidroeletricidade. Principais Bacias Hidrográficas do Brasil Bacia Amazônica Considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, uma área de 6 a 7 milhões de km. No Brasil, ela compreende uma área de 3.870.000 km², estando presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 5 Bacia do Araguaia-Tocantins Ocupa quase 10% do território nacional. É a maior bacia localizada inteiramente dentro do território brasileiro (767.059 quilômetros quadrados). Os principais rios são o Tocantins, que nasce em Goiás e desemboca na foz do rio Amazonas; e o rio Araguaia, que nasce na divisa de Goiás com Mato Grosso e se junta ao rio Tocantins na porção norte do estado do Tocantins. Bacia do São Francisco Com aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica tem como principal rio o São Francisco, que nasce na Serra da Canastra (MG) e percorre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa entre esses dois últimos estados. Também é totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do Tocantins. O rio são Francisco é conhecido também como “Velho Chico”, “Nilo Brasileiro” e “Rio da Integração Nacional”. Bacia do Paraná Essa é a principal porção da bacia Platina (compreende os países da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). No Brasil, a bacia hidrográfica do Paraná possui 879.860 quilômetros quadrados, apresentando rios de planalto e encachoeirados, características elementares para a construção de usinas hidrelétricas: Furnas, Água Vermelha, São Simão, Capivari, Marimbondo, Itaipu (entre o Brasil e Paraguai) entre tantas outras. Bacia do Uruguai É composta pela junção dos rios Peixe e Pelotas. Com área de 174.612 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica está presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Possui grande potencial hidrelétrico, além de ser importante para a irrigação nas atividades agrícolas da região. Apesar de não ser muito usada para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos destacar as usinas Garibaldi, Socorro, Irai, Pinheiro e Machadinho. Bacia Hidrográfica do Paraguai No Brasil, essa bacia hidrográfica está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, englobando uma área de 361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis (MT). Possui grande potencial para a navegação. Bacia Hidrográfica do Parnaíba Está presente nos estados do Piauí, Maranhão e na porção extremo oeste do Ceará, totalizando uma área de 344.112 quilômetros quadrados. Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental Com extensão de 287.348 quilômetros quadrados, a bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está presente em cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental Seus principais rios são o Gurupi, Pericumã, Mearim, Itapecuru Munim e Turiaçu. Essa bacia de drenagem possui 254.100 quilômetros quadrados, compreendendo áreas do Maranhão e Pará. Bacia Hidrográfica Atlântico Leste Com extensão de 374.677 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica engloba os estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar fragmentos de Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira. Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste Presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a região hidrográfica Atlântico Sudeste apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é formada pelo rio Doce, Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre outros. Bacia Hidrográfica Atlântico Sul Com área de 185.856 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica nasce na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná, percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do Itajaí e Jacuí, os rios que formam essa bacia de drenagem são de pequeno porte. 2.4 A Vegetação Brasileira A grande extensão territorial e latitudinal e a diversidade climática do Brasil explicam a extraordinária riqueza vegetal que o país possui. Situado quase totalmente dentro da Zona Neotropical, podemos dividi-lo para fins geográficos em dois territórios: o amazônico e o extra-amazônico. Amazônico - área equatorial ombrófila - o sistema ecológico vegetal decorre de um clima de temperatura média em torno de 25°C com chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano. Extra-amazônico - área intertropical - o sistema ecológico vegetal responde a dois climas: o tropical com temperaturasmédias por volta de 22°C e precipitação estacional, com período seco, e o subtropical com temperatura média anual próxima dos 18°C, com chuvas bem distribuídas. A grande quantidade de espécies vegetais nativas e exóticas de importância econômica, conhecida e descrita em trabalhos científicos, representa apenas uma amostra das que provavelmente existem. Não podemos esquecer que grande parte da cobertura vegetal primitiva já foi e continua sendo impiedosamente devastada, criando sérios riscos de acidentes e desequilíbrios ecológicos. Vários fatores como luz, calor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimento da vegetação de um dado local. BRASIL: VEGETAÇÃO Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 6 Floresta Equatorial Amazônica A Floresta Equatorial Amazônica é densa, latifoliada, higrófila, perene e está dividida em igapó, mata de várzea e terra firme (caaetê). • Igapó: trecho da floresta sempre alagado, onde se desenvolve a vitória-régia. • Mata de várzea: parte da floresta sujeita a inundações periódicas, onde encontramos a seringueira. • Mata de terra firme ou caa-etê: sempre livre das inundações, ocupa a maior extensão, sendo rica em formações como o castanheiro, o cacaueiro, o caucho e outros. Nesse domínio, a Bacia Amazônica tem grande importância, com rios de águas brancas e de águas pretas, com alta piscosidade e elevada atividade pesqueira, além do aproveitamento energético, além de tudo há milhares de espécies vegetais, não perde suas folhas no outono, ou seja, está sempre verde e vive do seu próprio material orgânico; a fauna é rica e variada. O problema maior é que há grandes desmatamentos com espécies ameaçadas como o mogno (tipo de madeira) e a onça-pintada. Mata Atlântica A Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical úmida de encosta ocupa as escarpas dos planaltos voltadas para o oceano sendo menos densa que a Floresta Amazônica. Essa floresta sofreu grandes devastações: no Nordeste, devido à agroindústria da cana-de-açúcar e do cacau; no Sudeste, em decorrência da expansão urbana, industrial, agrícola e até da poluição. Essa devastação tem aumentado o problema da erosão dos solos, causando desde a formação de voçorocas e frequentes deslizamentos até o assoreamento dos rios. Os animais que vivem ainda na mata são os gambás, tamanduás, preguiça (estão fora do perigo da extinção) e também os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pintada, todos originários da Mata Atlântica (porém estão ameaçados de extinção). Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado para a fabricação de móveis, hoje se calcula que apenas 5% de sua área ainda permaneça, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasil, cedro, peroba e o jacarandá. Caatinga Caatinga, vegetação típica do clima semiárido do sertão nordestino é formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores, destacando-se pelo extrativismo de fibras vegetais, como o caroá, a piaçava e o sisal. No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido. A sua vegetação é pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as chamadas plantas xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para suportar o longo período de estiagem. Também fazem parte da paisagem os arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna). Mata de Araucária ou dos Pinhais A Mata dos Pinhais ou de Araucária é subtropical, homogênea, aciculifoliada, com grande aproveitamento de madeira e erva- mate. Ocupa as médias altitudes do Planalto Meridional (800 a 1.300 metros). Corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata homogênea, pois há o predomínio de pinheiros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês. Quanto à fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro (espécie de ave). A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio, restando menos de 20% dessa floresta. Cerrado O cerrado constitui uma vegetação arbustiva, com troncos retorcidos e recobertos de casca grossa, tendo-se transformado, desde 1975, na nova fronteira agrícola do Brasil com o programa Polocentro. É domínio típico do clima tropical semiúmido do Planalto Central. Os solos são pobres e ácidos, mas, com o método de calagem (adição de calcário ao solo), estão sendo aproveitados. Por ser típico da região centro-oeste do Brasil é formada por plantas tropófilas, ou seja, plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Quase 50% da vegetação dos cerrados foram destruídas devido o crescimento da agropecuária no Brasil. O cerrado é cortado por três grandes bacias hidrográficas (Tocantins, São Francisco e Prata) contribuindo muito para a biodiversidade da região que é realmente surpreendente, por exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 espécies de répteis e mais de 190 mamíferos. Pantanal O pantanal possui uma vegetação heterogênea com plantas higrófilas (em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas. Essa vegetação sofre a influência de vários ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata Atlântica), ou seja, o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais. Por causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia com altas temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de fauna do continente americano; encontramos jacarés, araraunas, papagaios, tucanos e tuiuiú. Quase todas as espécies de plantas e animais dependem do fluxo das águas. Durante um período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas terras “firmes” ocupando todas as áreas que não foram inundadas, assim vários peixes se reproduzem e as plantas aquáticas entram em processo de floração. Quando as chuvas começam a parar (entre junho e setembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixando no solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo. Campos É um tipo de vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do Brasil, sendo sua paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas alagados). Há predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal para as várias espécies de animais (garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e capivaras). De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a pastagem rural, é o mais importante, devido à riqueza do seu solo. Vegetações Litorâneas (manguezais e restingas) São características das terras baixas e planícies do litoral. Formam vários tipos de vegetação: mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a vegetação das dunas e a vegetação das restingas. O Brasil possui uma linha contínua de costa Atlântica de 8.000 km de extensão, uma das maiores do mundo. Pradarias O domínio das pradarias corresponde ao Pampa, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo baixo e ondulado das coxilhas é coberto por vegetação herbácea (campos). A ocupação econômica nesse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela rizicultura irrigada. Mata dos Cocais A Mata dos Cocais ou Babaçuais é uma vegetação de transição no Maranhão, Piauí e norte de Tocantins, destacando-se o aproveitamento do coquinho babaçu. O babaçu é um grande recurso natural regional, pois de sua semente extrai-se um óleo de grande aplicação industrial em (alimentos, cosméticos, sabão, aparelhos de alta precisão). BRASIL: DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 7 Tipos de vegetação Vegetação do tipo Savana (Cerrado/Campos) Ocorre principalmente na região Centro-Oeste,aparecendo também no norte amazônico, desde o vale do rio Tacatu (Roraima) até os tabuleiros do Amapá; no litoral e interior do Nordeste; no planalto sedimentar da bacia do Paraná; na região sudeste; na Região Sul em áreas do Planalto Meridional. Estepe No árido sertão nordestino a estepe (conhecida como caatinga) corresponde a várias formações vegetais que se constituem num tipo de vegetação estacional decidual, com várias cactáceas. A outra área de estepe brasileira se encontra no Sul do Brasil, nas fronteiras com o Uruguai e Argentina é a Campanha Gaúcha, que recobre as superfícies conservadas do planalto da Campanha e da depressão dos rios Ibicuí e Negro. Assim a Caatinga e a Campanha Gaúcha são tidas como estepe. A Savana estépica É um tipo de vegetação constituída por uma cobertura arbórea e várias cactáceas, que recobre um estrato graminoso. No Brasil ocupa três áreas bem diversas geograficamente, o Pantanal Mato-Grossense, os Campos de Roraima e a Campanha Gaúcha. A primeira situa-se entre a Serra da Bodoquena (Mato Grosso do Sul) e o rio Paraguai, sendo a maior área de ocorrência no Brasil desse tipo de vegetação. A segunda, a de Roraima (limites com a Venezuela), aparece entre as áreas dissecadas do monte Roraima e a planície do rio Branco. E a terceira ocupa a parte sul-sudeste do Rio Grande do Sul, fazendo parte da Campanha Gaúcha. Vegetação lenhosa oligotrófica dos pântanos e das acumulações arenosas (Campinarana) Esse tipo de vegetação se restringe às áreas amazônicas do alto rio Negro e seus afluentes adjacentes, recobrindo as áreas deprimidas e embrejadas, caracterizada por agrupamentos de formações arbóreas altas e finas. Floresta ombrófila densa (Floresta Amazônica/Floresta Atlântica) Ocupa parte da Amazônia, estendendo-se pelo litoral desde o sul de Natal, Rio Grande do Norte até o Espírito Santo, entre o litoral e as serras pré-cambrianas que margeiam o Atlântico, estendendo-se ainda pelas encostas até a região de Osório, no Rio Grande do Sul. A floresta Atlântica já foi quase totalmente devastada, restando apenas poucos locais onde se encontra a floresta original. Esse tipo de vegetação nas duas áreas (Amazônica e Atlântica) consiste de árvores que variam de médio a grande porte e com gêneros típicos que as caracterizam. Floresta ombrófila aberta (Floresta de Transição) Encontra-se entre a Amazônia e a área extra-amazônica. É constituída de árvores mais espaçadas, com estrato arbustivo pouco denso. Trata- se de uma vegetação de transição entre a floresta Amazônica úmida a oeste, a caatinga seca a leste e o cerrado semiúmido ao sul. Essa região fitoecológica domina, principalmente, os estados do Maranhão e Piauí, aparecendo também no Ceará e Rio Grande do Norte. Floresta ombrófila mista (Mata dos Pinheiros) Esse tipo de vegetação, também conhecida por "mata dos pinhais ou de araucárias", é encontrada concentrada no Planalto Meridional, nas áreas mais elevadas e mais frias, com pequenas ocorrências isoladas nas serras do Mar e Mantiqueira (partes altas). Destacam-se os gêneros Araucária, Podocarpus e outros de menos importância. Floresta estacional semidecidual (Mata semicaducifólia) Esse tipo de vegetação está ligado às estações climáticas, uma tropical, com chuvas de verão e estiagem acentuada, e outra subtropical, sem período seco, mas com seca fisiológica por causa do frio do inverno. Floresta estacional decidual (Mata caducifólia) Ocorre no território brasileiro dispersivamente e sem continuidade, pois só aparece em áreas caracterizadas por duas estações climáticas bem definidas, chuvosa e seca. O estrato arbóreo é predominantemente caducifólio (perdem as folhas na seca). Áreas das formações pioneiras de influência marinha (Vegetação de Restinga e Manguezal) As áreas de influência marinha são representadas pelas restingas ou cordões litorâneos e pelas dunas que ocorrem ao longo da costa. São formados pela deposição de areias, aí ocorrendo desde formações herbáceas até arbóreas. Os manguezais sofrem influência fluvio- marinha onde nasce uma vegetação de ambiente salobro que também apresenta fisionomia arbórea e arbustiva; são encontrados em quase todo o litoral brasileiro, mas as maiores concentrações aparecem no litoral norte e praticamente desaparecem, a partir do sul da ilha de Santa Catarina, pois é vegetação típica de litorais tropicais. Áreas das formações pioneiras ou de influência fluvial (Vegetação Aluvial) É um tipo de vegetação que ocorre nas áreas de acumulação dos cursos dos rios, lagoas ou assemelhados; a fisionomia vegetal pode ser arbórea, arbustiva ou herbácea, formando ao longo dos cursos dos rios as Matas-Galerias. A vegetação que se instala varia de acordo com a intensidade e duração da inundação. Áreas de Tensão ecológica (Contatos entre tipos de vegetação) São denominadas assim as regiões de contato entre grandes tipos de vegetação, em que cada tipo guarda sua identidade. Ocorre em vários locais do país, inclusive no Pantanal nas áreas alagadas, periodicamente alagadas e nas livres das inundações. Existem aí várias associações vegetais como palmeiras, gramíneas e bosques chaquenhos. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 8 Refúgio ecológico (Campos de altitude) Qualquer tipo de vegetação diferente do contexto geral da flora da região é considerado como um "refúgio ecológico". Este é o caso da vegetação que se localiza, no Brasil, acima de 1800m de altitude. 2.5 O Fuso Horário Brasileiro O território brasileiro está localizado a oeste do meridiano de Greenwich (longitude 0º) e, em virtude de sua grande extensão longitudinal, o país apresenta mais de um fuso horário. Até há pouco tempo o Brasil possuía quatro fusos, três deles na porção continental e um na parte litorânea, onde estão ilhas como a de Fernando de Noronha. No entanto, a partir do dia 24 de junho de 2008, isso mudou em razão da Lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que modifica o fuso da região do extremo oeste do estado do Amazonas, além do Acre em sua totalidade. Com a nova lei, as duas localidades deixaram de possuir um fuso distinto do resto do país (quarto fuso) e passaram a utilizar o terceiro fuso presente no Brasil. Com a alteração, os estados envolvidos adiantaram os relógios em uma hora, ficando somente 1h atrasados em relação ao horário de Brasília, pois anteriormente eram duas horas. Os 22 municípios do Acre ficarão com diferença de uma hora em relação a Brasília - hoje são duas horas a menos. Municípios da parte oeste do Amazonas, na divisa com o Acre, sofrerão a mesma mudança, o que igualará o fuso dos Estados do Acre e do Amazonas. A mudança na lei também fará com que o Pará, que atualmente tem dois fusos horários, passe a ter apenas um. Os relógios da parte oeste do Estado serão adiantados em mais uma hora, fazendo com que todo o Pará fique com o mesmo horário de Brasília. A mudança apresenta pontos positivos e negativos. Positivos por facilitar o sistema bancário, a programação da televisão e os concursos públicos de nível nacional. Negativos, pois interfere diretamente no ritmo de vida das pessoas que vivem nas áreas afetadas, já que elas acabam perdendo totalmente o horário tradicional e natural. A implantação da lei ocorreu em decorrência de pressões exercidas pelas emissoras de televisão, que se encontravam submetidas à obrigação de ter uma programação com classificação indicativa para essas regiões. Antigamente, em áreas nas quais o horário de Brasília prevalece, determinados programas eram apresentados às 22h30min e simultaneamente assistidos às 20h30min por habitantes do Amazonas e do Acre, com idades que não se enquadravam no perfil da indicação. Horário de verão: Prática adotadaem vários países do mundo para economizar energia elétrica. Consiste em adiantar os relógios em uma hora durante o verão nos lugares onde, nessa época do ano, a duração do dia é significativamente maior que a da noite. Com isso, o momento de pico de consumo de energia elétrica é retardado em uma hora. Usado várias vezes no Brasil no decorrer do século XX (1931, 1932, 1949 a 1952, 1963 e 1965 a 1967), o horário de verão é retomado a partir de 1985. A Geografia Humana do Brasil tem como objetivo principal a realização de uma leitura da sociedade brasileira levando em conta os aspectos da população, economia, fluxo de migração, meio ambiente, indústrias, tecnologia, turismo, agropecuária, conflitos no campo, enfim, todas as relações humanas desenvolvidas no território nacional. 3.1 A Formação Étnica A população brasileira foi formada a partir de três grupos fundamentais: o branco europeu, o negro africano e o ameríndio. Antes da chegada dos portugueses, o território era habitado por milhares de povos indígenas (sobretudo dos grupos tupi e jê ou tapuia). A partir da colonização, a maior parte da população indígena foi exterminada, dela restando hoje apenas alguns milhares de indivíduos. Os negros africanos, pertencentes, sobretudo aos grupos bantos e sudaneses, foram trazidos como escravos para trabalhar na agricultura (cana-de-açúcar, café) e na mineração (ouro e diamantes). Além dos portugueses, outros europeus também contribuíram para a formação da população brasileira, através da imigração, principalmente a partir de 1850 (alemães, italianos, espanhóis). A miscigenação desses três grupos étnicos deu origem aos mestiços: mulatos (descendentes de brancos e negros), caboclos (de brancos e ameríndios) e cafuzos (de negros e ameríndios). Hoje em dia o povo brasileiro é composto etnicamente por brancos de origem europeia, negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e mestiços. A partir do período colonial, no século XVI, a miscigenação da população se tornou mais intensa. A relação entre colonos portugueses e escravos gerou os mestiços, bem como o relacionamento entre negros e indígenas deu origem ao cafuzo. Quanto à etnia, podemos dizer que a maioria da população brasileira é mestiça. Porém, os últimos censos ressaltaram apenas a cor da pele da população. Há ainda uma parte formada por descendentes de povos asiáticos, especialmente japoneses. Para a formação do contingente populacional do país, a imigração em si pouco representou (pouco mais de cinco milhões de indivíduos, desde a Independência, dos quais 3,5 milhões permaneceram no país) e praticamente cessou a partir do final da segunda guerra mundial. Classificando a população quanto à cor da pele, podemos dizer que os indígenas estão reduzidos a cerca de 0,4% da população brasileira, repercutindo o etnocídio a que foi sujeitada, com a extinção de inúmeras nações indígenas. Os negros representam 7,6% da população total, os brancos representam 47,7%, os mestiços (pardos) representam 43,16% e os amarelos 1,1% da população brasileira. Vale lembrar que esses índices não representam especificamente a formação étnica da população brasileira. Segundo o IBGE, o número de índios cresceu consideravelmente de 1991 a 2000, com um aumento de 138,5%, representando 0,4% da população brasileira. Porém, o chefe do departamento de documentação da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), André Ramos alerta que os números devem ser considerados com ressalvas, pois segundo ele o IBGE usa Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 9 critérios de autodeclararão, o que pode causar distorções, no entanto, André acredita que há tendências de crescimento. Cor/Raça Porcentagem Pardos 43,16% Brancos 47,7% Negros 7,6% Indígenas 0,4% Amarelos 1,1% Língua. Apesar da enorme extensão territorial, o português firmou-se como a língua falada no Brasil, embora com ligeiras variações do português falado em Portugal. Levando em conta as condições naturais e históricas, e as diferenciações resultantes das características culturais regionais, o português falado no Brasil é basicamente o mesmo em todo o território nacional, não se verificando a ocorrência de dialetos, mas tão-somente de variações regionais, como, por exemplo, o português falado no Rio Grande do Sul ou em algum estado do Nordeste. Estrutura demográfica. O Brasil é o país mais populoso da América Latina e um dos dez mais populosos do mundo. A população brasileira está distribuída desigualmente: a densidade demográfica da região Sudeste é mais de onze vezes maior que a da região Centro-Oeste; e a da região Sul é quase quinze vezes maior que a da região Norte. Até a década de 1950, a maior parte da população se encontrava no campo, dedicada às atividades agropecuárias. A partir dessa época, com a crescente industrialização, a tendência se inverteu, e, atualmente, mais de setenta por cento concentra-se nas cidades. O crescimento demográfico também aconteceu de forma desigual. 3.2 O Crescimento Demográfico O crescimento populacional de um determinado território ocorre através de dois fatores: a migração e o crescimento vegetativo, esse último é a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade. Quando a taxa de natalidade é maior que a de mortalidade, tem-se um crescimento vegetativo positivo; caso contrário, o crescimento é negativo; e quando as duas taxas são equivalentes, o crescimento vegetativo é nulo. Em razão do constante aumento populacional ocorrido no Brasil, principalmente a partir da década de 1960, intensificando-se nas últimas décadas, o país ocupa hoje a quinta posição dos países mais populosos do planeta, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira atingiu a marca de 190.755.799 habitantes. No Brasil, o crescimento vegetativo é o principal responsável pelo aumento populacional, já que os fluxos migratórios ocorreram de forma mais intensa entre 1800 e 1950. Nesse período, a população brasileira totalizava 51.944,397 habitantes, bem longe dos atuais 190.755.799. Nos últimos 50 anos houve uma explosão demográfica no território brasileiro, o país teve um aumento de aproximadamente 130 milhões de pessoas. No curto período de 1991 a 2005, a população brasileira teve um crescimento próximo a 38 milhões de indivíduos. No entanto, acompanhando uma tendência mundial, o crescimento demográfico brasileiro vem sofrendo reduções nos últimos anos. A população continuará aumentando, porém as porcentagens de crescimento estão despencando. A urbanização, a queda da fecundidade da mulher, o planejamento familiar, a utilização de métodos de prevenção à gravidez, a mudança ideológica da população, são todos fatores que contribuem para a redução do crescimento populacional. Nos anos de 1960, as mulheres brasileiras tinham uma média de 6,3 filhos, atualmente essa média é de 2,3 filhos, que está abaixo da média mundial, que é de 2,6. Conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2050 a população brasileira será de aproximadamente 259,8 milhões de pessoas, nesse mesmo ano a taxa de crescimento vegetativo será de 0,24, bem diferente da década de 1950, que apresentou taxa de crescimento vegetativo positivo de 2,40%. Apesar dessa queda brusca no crescimento vegetativo, a população brasileira não irá reduzir rapidamente, pois a expectativa de vida está aumentando, em virtude do desenvolvimento de novas tecnologias medicinais, além de cuidados e preocupação com a saúde, o que não ocorria com tanta frequência nas décadas anteriores. Ocorrerá sim, o envelhecimentoda população. O Fenômeno da Migração de Retorno Na última década, houve uma redução geral de todos os fluxos migratórios. O norte e o Centro-Oeste não são mais regiões de atração. Mesmo o tradicional fluxo Nordeste-Sudeste decaiu. Hoje, já ocorre a migração de retorno, sendo expressivo o número de nordestinos que retornam aos seus estados de origem. Pirâmide de Idade A pirâmide de idade da população brasileira reflete a dinâmica populacional. Assim, a redução da base da pirâmide indica a queda na taxa de natalidade e de fecundidade. Até 1980, a base da pirâmide ainda era bastante larga. Na pirâmide de 1996, percebe-se uma redução significativa do percentual de jovens que corresponde à faixa etária de 0 a 14 anos (46,5%) e um aumento percentual das pessoas adultas, de 15 a 64 anos (46,5%), e idosas, com mais de 64 anos (7,1%). O aumento significativo do percentual de idosos deve-se ao aumento da expectativa de vida. A pirâmide de idade a seguir reflete o processo de envelhecimento da população. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 10 Pirâmide Etária do Brasil - 2000 O crescimento da população idosa exige novos investimentos do estado, principalmente no que se refere ao sistema previdenciário e ao atendimento médico e social. Densidade Demográfica Brasileira Densidade Populacional A distribuição territorial da população brasileira é bastante irregular. Os Estados do Nordeste, Sudeste e Sul concentram quase 90% da população do País, em cerca de 25% do território nacional, enquanto os Estados das Regiões Norte e Centro-Oeste concentram 10% da população, em cerca de 75% do território. A despeito da distribuição da população é um país considerável populoso, mais que é pouco povoado, com cerca de 20 hab./km². Por apresenta uma distribuição populacional bastante irregular, o Sudeste é a região mais populosa e povoada, já o Centro-Oeste é menos populoso, enquanto o norte ou a Amazônia é a região menos povoada. No geral, as grandes concentrações de população estão localizadas nas proximidades do litoral, numa faixa com cerca de 300 km com densidade superior a 100 hab./km². A faixa que abrange o Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul possui uma Densidade Populacional regular de no máximo 10 hab./km². As áreas que correspondentes ao Amazonas e Roraima possuem densidades que não ultrapassam os 2 hab./km². O certo é que Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — apenas 22,43 hab./km² —, inferior à média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342 hab./km²) e o Japão (337 hab./km²). O estudo da população apoia-se em alguns fatores demográficos fundamentais, que influenciam o crescimento populacional. Distribuição populacional: a distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da população nas zonas litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no Norte. Taxa de natalidade: até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas, em patamar similar a de outros países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos últimos anos, que pode ser explicada pelo aumento da população urbana — já que a natalidade é bem menor nas cidades, em consequência da progressiva integração da mulher no mercado de trabalho — e da difusão do controle de natalidade. Além disso, o custo social da manutenção e educação dos filhos é bastante elevado, sobretudo no entorno urbano. Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas décadas em função de alguns fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho, também contribuiu para a diminuição no número de filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal possui um ou dois filhos, em média. Taxa de mortalidade: o Brasil ainda apresenta uma elevada taxa de mortalidade, também comum em países subdesenvolvidos, enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido. Contudo, a taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990 a expectativa de vida era de 66 anos, em 2005 foi para 71,88% (dados do IBGE). Isso se deve a um reflexo de uma progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do atendimento hospitalar. Taxa de mortalidade infantil: o Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 22,58 mortes em cada 1.000 nascimentos (estimativa para 2007) elevada mesmo para os padrões latino- americanos. No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas populacionais. O Norte e o Nordeste — regiões mais pobres — têm os maiores índices de mortalidade infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população de maiores rendimentos, sendo provocada, sobretudo por fatores endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia. A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida tem provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas atrás, ela possuía uma base larga e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela apresenta características de equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na Europa. Crescimento vegetativo: a população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o aumento populacional. Assim, como esse aumento é alto, conclui- se que o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil. A estimativa da Fundação IBGE para 2010 é de uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja, 18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou seja, Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 11 6,25 mortes por mil nascidos ao ano. Esses revelam um crescimento vegetativo anual de 12,68. Expectativa de vida: no Brasil, a expectativa de vida está em torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres, conforme estimativas para 2010. Dessa forma, esse país se distância das nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos (Mauritânia, Guiné, Níger e outras), mas ainda não alcança o patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 75 anos (Noruega, Suécia e outras). A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da expectativa de vida. IDH Brasileiro: o relatório da ONU divulgado em 2007mostra que o Brasil integrou pela primeira vez o grupo de países de alto desenvolvimento humano, com um índice de 0, 800 com base no ano de 2005. Apesar de ter atingido esse elevado desenvolvimento humano, o Brasil caiu uma posição, indo de 69° para 70°, sendo superado por países como Argentina e México. Os fatores que contribuíram para essa melhora foram: aumento do PIB per capita, avanço no índice relacionado à taxa de alfabetização, e o aumento da expectativa de vida. Taxa de fecundidade: conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva. Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores. Há também variações regionais: as taxas são menores no Sudeste (1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no Centro- Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fecundidade é de 2,04 filhos por mulher, ainda abaixo da taxa de reposição populacional e semelhante à de alguns países desenvolvidos. A maior taxa de fecundidade do país é a da Região Norte (2,51 filhos por mulher), ainda assim abaixo da média mundial. Composição por idade, sexo, e renda: o Brasil não foge à regra mundial. A razão de sexo no país é de 96 homens para cada grupo de 100 mulheres, conforme estimativas de 2008. Até os 60 anos de idade, há um equilíbrio quantitativo entre homens e mulheres, acentuando-se a partir desta faixa etária o predomínio feminino. Esse fato pode ser explicado por uma longevidade maior da mulher, devido por outras razões, ao fato de ela ser menos atingida por moléstias cardiovasculares, causa frequente de morte após os 40 anos. O número de mulheres, na população rural brasileira, pode-se dizer que no Nordeste, por ser uma região de repulsão populacional, há o predomínio da população feminina. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste predomina a população masculina, atraída pelas atividades econômicas primárias, como o extrativismo vegetal, a pecuária e, sobretudo, a mineração. O número de mulheres, na população rural brasileira, também tende a ser menor, já que as cidades oferecem melhores condições sociais e de trabalho à população feminina. Um relativo equilíbrio entre os sexos, entretanto, só se estabeleceu a partir dos anos 1940 — pois até a década de 1930 o país apresentava nítido predomínio da população masculina, devido principalmente à influência da imigração — e, ainda que nascessem mais meninos que meninas, a maior mortalidade infantil masculina (até a faixa de 5 anos de idade) fez com que se estabelecesse o equilíbrio. Repare na pirâmide a seguir o a composição etária da população brasileira no ano 2000 e a prevista para o ano 2035. A estrutura da população é representada em forma de pirâmide classificada em base larga da pirâmide, corpo afunilado da pirâmide e o ápice da pirâmide. A base larga da pirâmide corresponde ao número de jovens de um país, são considerados jovens os indivíduos com faixa etária entre zero e 19 anos, representando aproximadamente 40% da população brasileira, o corpo afunilado da pirâmide corresponde às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos, representando cerca de 51% da população e o ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade superior a 59 anos, perfazendo 9% da população. Nas últimas décadas houve uma mudança na estrutura etária brasileira, que foram decorrentes a fatores como queda das taxas de mortalidade e de natalidade e elevação de expectativa de vida, provocando automaticamente um acréscimo no crescimento natural/vegetativo. A população brasileira está estruturada de acordo com os setores de atividades econômicas, ou seja, onde o brasileiro está ganhando seu sustento. Hoje, cerca de 50% das pessoas compõe o PEA (População economicamente ativa), o PEA representa as pessoas que trabalham ou estão à procura de trabalho, e 32% forma a população inativa, pessoas que não estudam, não trabalham e não está à procura, ou não possuem idade compatível. A população está dividida segundo seus rendimentos ou renda, nesse contexto, verifica-se um alto grau de desigualdade, provocada pela concentração da renda, própria de países capitalistas, que é caracterizada pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria vive em condições extremamente excludentes. A concentração da renda agrava as desigualdades sociais. No Brasil a parcela da população considerada rica corresponde a 18 milhões de pessoas, enquanto Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 12 isso como vive os outros 170 milhões de brasileiros? Essa pergunta não que calar. Migrações Brasileiras: as migrações pelo território brasileiro estão associadas, como nota-se ao longo da história, a fatores econômicos, desde o tempo da colonização pelos europeus. Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e teve o início do ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas em direção ao novo centro econômico do país. Graças ao ciclo do café e, posteriormente, com o processo de industrialização, a região Sudeste pôde se tornar efetivamente o grande pólo de atração de migrantes, que saíam de sua região de origem em busca de empregos ou melhores salários. Acentuou-se, então, o processo de êxodo rural; migração do campo para a cidade, em larga escala. No meio rural, a miséria e a pobreza agravadas pela falta de infraestrutura (educação, saúde, etc.), pela concentração de terras nas mãos dos latifundiários e pela mecanização das atividades agrárias, fazem com que a grande população rural se sinta atraída pelas perspectivas de um emprego urbano, que melhore o seu padrão de vida. O fascínio urbano torna-se, então, o principal fator de atração para as grandes cidades. No entanto, o que ocorre é que a cidade não apresenta uma oferta de empregos compatível à procura. Em consequência surgem o desemprego e o subemprego no setor de serviços, como os vendedores ambulantes e os trabalhadores que vivem de fazer "bicos". E isso necessariamente vai resultar na formação de um cinturão marginal nas cidades, ou seja, o surgimento de favelas, palafitas e invasões urbanas. Atualmente, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, é significativa a saída de população das metrópoles em direção às cidades médias do interior. A causa desse movimento é que as metrópoles estão completamente inchadas, com precariedade no atendimento de praticamente todos os serviços públicos, altos índices de desemprego e criminalidade. Já as cidades do interior desses estados, além de estar passando por um período de crescimento econômico, oferecem melhor qualidade de vida à população. Urbanização e Metropolização no Brasil As metrópoles são as maiores e mais bem equipadas cidades de um país. No Brasil, desenvolveu-se uma urbanização concentradora, isto é, que forma grandes cidades e metrópoles. Em 1950, só existiam duas cidades com população acima de 1 milhão de habitantes: Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2000, ambas apresentam mais de 5 milhões de habitantes, e 13 municípios passaram a contar com população urbana superior a 1milhão de habitantes. Em 1950, São Paulo não se incluía entre as 20 cidades mais populosas do mundo. No ano 2015, segundo estimativas da ONU, a região metropolitana de São Paulo, com 20,3 milhões de habitantes, será a quarta maior aglomeração urbana no mundo, antecedida por Tóquio, no Japão (28,9 milhões), Bombaim, na Índia (26,3 milhões) e Lagos, na Nigéria (24,6 milhões). Ela é a metrópole que melhor reflete o caráter concentrador da urbanização no País. O censo de 2000 mostrou que a população brasileira ainda se concentra nas grandes cidades e nas metrópoles. Em 1970, as regiões metropolitanas reuniam 24,3 milhões de pessoas; em 2000, passaram a contar com 67,8 milhões de pessoas, ou seja, esta população quase que triplicou em três décadas, representando 40,0% do total do País. No entanto a população das capitais estaduais vem crescendo mais lentamente do que a do País. Este é um dado recente e importante, porque as grandes cidades ficam um pouco mais aliviadas dos problemas gerados pelo excesso de população. O censo 2000 mostra que São Paulo é o município mais populoso do país, com 10,4 milhões de habitantes. O menos populoso é Borá, no interior paulista, com apenas 795 habitantes. Como características principais da urbanização temos: Intensa urbanização a partir da industrialização da economia brasileira; Aumento proporcional dos empregos no setor secundário e terciário; Duplicação da população urbana sobre o total dos habitantes do país. Rede e Hierarquia Urbanas O processo de urbanização compõe a chamada rede urbana, um conjunto integrado ou articulado de cidades em que se observam a influência e a liderança das maiores metrópoles sobre os menores (centros locais). A hierarquia urbana é estabelecida na capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar outros por meio da oferta de bens e serviços à população. Pode ser uma metrópole nacional (se influencia todo o território nacional) ou uma metrópole regional (se influencia certa porção ou região do País). São inúmeras as atividades desenvolvidas nas cidades, tanto no setor secundário (indústria) como no terciário (comércio e serviços), e até mesmo no primário (agropecuária). Essas atividades, dependendo de sua qualidade e diversificação, podem atender não só à população urbana, mas a todo o município, incluindo a zona rural e a população de vários municípios ou de outros estados. Assim, uma cidade pequena pode não ter um comércio ou serviço de saúde suficiente para sua população, que é atendida em outra cidade maior, mais bem equipada, que lhe ofereça serviços de melhor qualidade. Os equipamentos de uma cidade (escolas, universidades, postos de saúde, hospitais, sistema de transporte, cinemas, teatros, entre outros), o parque industrial, os serviços, o setor financeiro determinam a sua área de influência, ou seja, a região por esta polarizada. Assim, é possível construir um sistema hierarquizado, no qual as cidades menores encontram-se subordinadas às maiores. O IBGE classifica a rede urbana brasileira de acordo com o tamanho e importância das cidades. As categorias de cidades são: Metrópoles globais: suas áreas de influência ultrapassam as fronteiras de seus estados, região ou mesmo do país. São metrópoles globais São Paulo e Rio de Janeiro Metrópoles nacionais: encontram-se no primeiro nível da gestão territorial, constituindo foco para centros localizados em todos os pontos do país. São metrópoles nacionais Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Metrópoles regionais: constitui o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência na macrorregião onde se encontram. São metrópoles regionais Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 13 Capitais regionais: constituem o terceiro nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos. Dividem-se em três níveis: ‒ Capitais regionais A: Aracaju, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, João Pessoa, Maceió, Natal, São Luís, Teresina e Vitória. ‒ Capitais regionais B: Blumenau, Campina Grande, Cascavel, Caxias do Sul, Chapecó, Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna, Joinville, Juiz de Fora, Londrina, Maringá, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Uberlândia, Montes Claros, Palmas, Passo Fundo, Poços de Caldas, Porto Velho, Santa Maria e Vitória da Conquista. ‒ Capitais regionais C: Araçatuba, Araguaína, Arapiraca, Araraquara, Barreiras, Bauru, Boa Vista, Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos Goytacazes, Caruaru, Criciúma, Divinópolis, Dourados, Governador Valadares, Ijuí, Imperatriz, Ipatinga/Coronel Fabriciano/Timóteo, Juazeiro do Norte/Crato/Barbalha, Macapá, Marabá, Marília, Mossoró, Novo Hamburgo/São Leopoldo, Pelotas/Rio Grande, Petrolina/Juazeiro, Piracicaba, Ponta Grossa, Pouso Alegre, Presidente Prudente, Rio Branco, Santarém, Santos, São José dos Campos, Sobral, Sorocaba, Teófilo Otoni, Uberaba, Varginha e Volta Redonda/Barra Mansa. Funções das cidades Cidades Politica-administrativa: sedia órgãos públicos como Brasília. Cidade Religiosa: depende basicamente da sua importância religiosa, como Aparecida, Juazeiro do Norte. Cidades turísticas: explique que são todas aquelas vinculadas à atividade do turismo, como, por exemplo, Búzios (RJ), Porto Seguro (BA), Campos do Jordão (SP), entre outras. Cidades industriais: fale que são centros urbanos ligados economicamente com o setor industrial, nessa categoria temos o exemplo de São Bernardo do Campo, Santo André, entre outras espalhadas no território brasileiro. Cidades portuárias: esse tipo de núcleo urbano surge nos arredores de um porto, com essa característica podemos citar: Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Tubarão (ES). Cidades comerciais e prestadoras de serviços: são centros urbanos que possuem como principal fonte econômica a atividade do comércio e da prestação de serviços, nessa categoria temos o exemplo de Maringá, Ribeirão Preto, entre outras cidades. Cidades Geografia: escolas de treinamento para plantações (escolas agrícolas). Espaço Urbano: problemas e reforma De um lado, há a cidade formal, na maior parte das vezes bem planejada, com bairros ricos, ruas arborizadas, avenidas largas, privilegiada por equipamentos e serviços. Contrasta de outro lado, com a cidade informal, composta pela periferia pobre, pelos subúrbios, pelas favelas, com ruas estreitas, sem planejamento, pela ocupação desordenada e sem infraestrutura adequada. Na cidade informal ou “oculta”, concentram-se os problemas urbanos, e sua população engrossa as estatísticas dos desempregados, dos subempregados, da violência. A cidade formal, preocupada com a violência, cerca-se de muros, guaritas, equipamentos de segurança (alarme, interfones, câmeras), acentuando a segregação espacial. Outros dados da População brasileira Crescimento demográfico: 1,17% ao ano (2000 a 2010) ** Expectativa de vida: 73,5 anos ** Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 * Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 * Taxa de fecundidade total: 1,86 ** Estrangeiros no Brasil: 0,23% ** Estados mais populosos: São Paulo (41,2 milhões), Minas Gerais (19,5 milhões), Rio de Janeiro (15,9 milhoes), Bahia (14 milhões) e Rio Grande do Sul (10,6 milhões). ** Estados menos populosos: Roraima (451,2 mil), Amapá (668,6 mil) e Acre (732,7 mil). ** Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (228,2 mil).** Cidade mais populosa: São Paulo-SP (11,2 milhões). ** Proporção dos sexos: 48,92% de homens e 51,08% de mulheres. ** Vivem na Zona Urbana: 160,8 milhões de habitantes, enquanto que na Zona Rural vivem 29,8 milhões de brasileiros.** Fonte: IBGE * 2005, ** Censo 2010. 4.1 Agropecuária É necessário saber que agropecuária remete a fusão da produção agrícola com a pecuária. A agropecuária teve um papel muito importante na economia brasileira no passado, visto que foi importante para o processo de povoamento do território brasileiro, pois na medida em que as propriedades rurais desbravavam o interior do país surgiam vilas e povoados. A produção agropecuária emprega aproximadamente 10% da população e responde por 8% do PIB brasileiro. Vários foram os fatores que determinaram a expansão da agropecuária no país, mas os principais são o grande mercado interno, grande extensões de terras com relevo favorável e o clima. A produção agropecuária anda lado a lado com a tecnologia, as propriedades rurais são classificadas segundo o nível tecnológico, ou seja, o grau de tecnologia empregado na propriedade rural, que determina se a propriedade e seu sistema de produção é tradicional (prática de agricultura ou pecuária vinculada na produção sem tecnologias) ou moderna (prática de agricultura, em geral, em grandes propriedades monocultoras ou pecuárias vinculadas na produção com tecnologias que caracteriza pela criação intensiva). A agricultura moderna cresceu a partir da década de 1970, com incremento da monocultura comercial com grande expansão de gêneros agrícolas para a indústria e para exportação. Após esse período foram surgindo novas tendências de produção e comercialização, como as cooperativas agrícolas (associação de pequenos e médios produtores rurais que se agrupam com finalidade de conseguir melhores preços de compra e venda). Com relação aos produtos produzidos no país percebe-se que os produtos de clima tropical são os mais produzidos pelo Brasil, uma vez que é um país tropical. Dentre os principais produtos tropicais podemos citar o cacau, café, cana-de-açúcar e algodão. A grande produção agrícola do Hemisfério Sul faz com que a sua época de colheita e a entre safra do comércio do Hemisfério Norte ocorram simultaneamente. Curso Preparatório Brasil http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 14 SOLO O solo é constituído através da decomposição das rochas, processo que ocorre pela ação da água das chuvas e dos rios. Além disso, alguns organismos vivos que vivem no solo, também realizam atividades favoráveis para o mesmo, pois eles produzem a matéria orgânica, que são restos de animais e vegetais mortos. O acumulo deste material sobre o solo torna-o mais fértil, pois ele terá uma grande quantidade de nutrientes para o desenvolvimento das plantas. Portanto, para favorecer a agricultura, o solo deve apresentar boas condições. A importância do solo para os seres vivos é tão grande quanto a importância da água e do ar. Quando um solo é destruído, dificilmente ele voltará ás suas condições normais, e nem sua fertilidade será recuperada. Infelizmente, ainda não há nenhum tipo de recurso que produza solos para substituir os perdidos. No Brasil, há diversos tipos de solos agrícolas, os mais férteis são os chamados Massapê e Terras-Roxas que prevalecem em grandes áreas do país. Massapê É resultado da decomposição do Granito, Gnaisse, e Calcário. É encontrado na região Nordeste, e está relacionado com a plantação de cana-de-açúcar desta região desde o período da colonização. Apresenta-se por uma cor escura, e é um dos solos brasileiros que possui a maior fertilidade. Terra Roxa Assim como o Massapê, a Terra Roxa também é um solo bastante fértil, de cor avermelhada. É resultado da decomposição do Diabásio e Basalto. É encontrado principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso. Desde quando café chegou ao Brasil, este solo foi utilizado pra o seu cultivo. Solo de Várzea São solos que se localizam próximos de rios, e frequentemente são inundados por eles, por isso é necessário que sempre seja feito uma drenagem, para filtrar os excessos de água. O arroz é cultivado neste tipo de solo. Principais produtos da agricultura brasileira Café Quando o café chegou ao Brasil era considerado como uma planta ornamental. Em 1860 o café tornou-se definitivamente importante na economia brasileira, ao chegar à região de Campinas, no Estado de São Paulo. A partir deste fato, o café encontrou condições físicas favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como: solo fértil, clima tropical de altitude, planalto ondulado. Rapidamente, o café atingiu lotes a oeste do Estado, e posteriormente ocupou o Norte do PR, Sul de Minas e MS. O Brasil é considerado o maior produtor mundial de café. Cacau O cacau é um produto que nasceu no Brasil, sendo cultivado primeiramente na Amazônia e atingindo o sul da Bahia, onde encontrou condições favoráveis para o seu desenvolvimento, como clima quente e super-úmido, solo espesso e fértil. Atualmente, é na Bahia que o cacau tem sua principal produção, sendo o maior Estado produtor de cacau do país. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de cacau, exportando principalmente para a Argentina, Estados Unidos, Europa e Japão. Cana-de-açúcar A cana-de-açúcar chegou ao Brasil no século XVI através dos portugueses. Inicialmente, este produto era cultivado principalmente na Zona da Mata Nordestina e no Recôncavo Baiano. A cana-de-açúcar representa um importante produto na economia do Brasil. Em 1930, o cultivo de cana-de-açúcar atingiu o Estado de São Paulo, que logo se tornou o maior produtor brasileiro de cana. O Brasil é considerado o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, exportando principalmente para os Estados Unidos, Europa e Rússia. Ultimamente, houve um crescimento do investimento na mecanização da cultura de cana, pois esta técnica traz vantagens econômicas e ambientais, porém o número de trabalhadores da indústria canavieira deve sofrer uma drástica redução. Soja A soja é um produto recente no Brasil, e nas últimas décadas tem se tornado importante na produção agrícola brasileira, e nas exportações. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste são as principais produtoras de soja, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, o primeiro é os Estados Unidos. Milho O milho é um produto que nasceu na América, e é muito conhecido no mundo todo. No Brasil, a sua cultura está presente em todos os Estados, sendo o Paraná o principal produtor de milho. Mundialmente, os Estados Unidos é o maior produtor de milho, seguido da China e do Brasil. Trigo É o produto alimentício mais importado pelo Brasil. Em 1993 foram 5,0 milhões de toneladas de trigo importado para o Brasil, pois o consumo interno foi de 7,2 milhões de toneladas e a produção interna foi de 2,3 milhões de toneladas. No Brasil, o maior produtor de trigo é o Estado do Paraná, seguido do Rio Grande do Sul. Arroz No Brasil encontramos a cultura de arroz em todos os estados, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro, seguido de Minas Gerais e Goiás. O Brasil é considerado um dos maiores produtores mundiais de arroz. Algodão No Brasil, o algodão começou a ser cultivado no período colonial. O Brasil ocupa a 6ª colocação dos maiores produtores mundiais de algodão, sendo superado pela China, Rússia, EUA, Índia e Paquistão. Principais problemas da agricultura Sub-aproveitamento do espaço agrícola O Brasil é um país que possui um sub-aproveitamento de seu espaço rural. Com uma área de 8.511.965km² que o país possui, cerca de 400.000km² são utilizados
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