Buscar

Geografia do Brasil.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso Preparatório Brasil 
cursopreparatoriobrasil@hotmail.com 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
 
 
 
 
Geografia do Brasil 
Curso Preparatório para o Concurso Público 
de Soldado da PMBA 2012 
 
Apostila preparatória especifica para o concurso público da PMBA 2012 
 
 
Curso Preparatório Brasil 
Contato: cursopreparatoriobrasil@hotmail.com 
Curso Preparatório Brasil 
cursopreparatoriobrasil@hotmail.com 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
 
 
GEOGRAFIA DO BRASIL 
 
1. Organização Político-Administrativa do Brasil 
1.1 Divisão política 
1.2 Divisão regional 
2. Geografia Física Brasileira 
2.1 Relevo 
2.2 Clima 
2.3 Vegetação 
2.4 Hidrografia 
2.5 Fusos horários 
3. Geografia Humana 
3.1 Formação étnica 
3.2 Crescimento demográfico 
4. Aspectos Econômicos 
4.1 Agropecuária 
4.2 Extrativismo vegetal e mineral 
4.3 Atividades industriais 
4.4 Transportes 
5. A Questão Ambiental 
5.1 Degradação ambiental e Políticas de meio ambiente 
6. Geografia da Bahia 
6.1 Aspectos políticos 
6.2 Aspectos físicos 
6.3 Aspectos econômicos 
6.4 Aspectos sociais 
6.5 Aspectos culturais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
1 
 
1.1 Divisão Politica 
A divisão política e administrativa do Brasil nem sempre foi a mesma. 
Do século XVI ao século XX, o país teve diversos arcabouços político-
administrativos, a saber: as donatarias, as capitanias hereditárias, as 
Províncias e finalmente os Estados, os Distritos e os municípios. O 
quadro abaixo resume, por período, as transformações na divisão 
político-administrativa brasileira. 
Divisão Politica do Brasil: 1534 - 1940 
Regimes Políticos Épocas Unidades Politicas Nº 
Brasil colônia Séc. XVI 
Séc. XVII 
Donatarias 
Donatarias ou capitanias 
Colônia 
14 
15 
1 
Brasil Vice-Reino Séc. XVIII Capitanias 
Colônia 
19 
1 
Brasil Império 
1º Reinado 
2º Reinado 
 
Séc. XIX 
Séc. XII 
 
Províncias 
Províncias 
Município Neutro 
 
19 
20 
1 
Brasil República Séc. XIX e XX 
(1ª metade) 
Estados 
Distrito Federal 
Território 
20 
1 
1 
Em todo território autônomo existem divisões internas que servem 
para facilitar a administração. No Brasil não é diferente, o país precisa 
ser gerenciado e controlado por entidades ligadas ao governo, sendo 
uma subordinada à outra. Diante da necessidade de dividir a 
administração e o controle do país, foi estabelecida uma 
fragmentação do território brasileiro em estados, municípios e 
distritos, além de outras regionalizações, como: as regiões e os 
complexos regionais. A seguir é apresentada a atual divisão político-
administrativa do país, acompanhada do mapa político do Brasil. 
Mapa Político do Brasil 
 
Dentro dos estados existe ainda outra divisão, os municípios. Esses 
também possuem leis próprias, que devem seguir os moldes 
estipulados pela nossa constituição. Dentro dos territórios municipais 
é possível encontrar outra divisão de proporção menor, que os 
subdivide em distritos. Atualmente, o Brasil possui 26 estados, 
chamados também de unidades da federação; incluindo ainda o 
Distrito Federal, uma das unidades federativas que foi criada com 
intuito de abrigar a capital do país. Vejamos a seguir as características 
de cada uma dessas regiões: 
‒ Distrito Federal: é a unidade onde tem sede o Governo Federal – 
Distrito Federal onde se localiza a cidade de Brasília. Com seus 
poderes: Judiciário, Legislativo e Executivo; Grande parte das 
decisões políticas acontece na sede do governo federal que se 
localiza nessa cidade. 
‒ Estados: em número de 26, constituem as unidades de maior 
hierarquia dentro da organização político-administrativa do País. 
Os estados possuem a liberdade de criar leis autônomas, mas que 
são subordinadas à Constituição Federal Brasileira. A localidade 
que abriga a sede do governo denomina-se Capital; 
‒ Municípios: os municípios constituem as unidades de menor 
hierarquia dentro da organização político-administrativa do Brasil. 
A localidade onde está sediada a Prefeitura Municipal tem a 
categoria de cidade; 
‒ Distritos: são unidades administrativas dos municípios. A 
localidade onde está sediada a autoridade distrital, excluídos os 
distritos das sedes municipais, tem a categoria de Vila. 
1.2 Divisão Regional 
O IBGE elabora divisões regionais do território brasileiro, com a 
finalidade básica de viabilizar a agregação e a divulgação de dados 
estatísticos. Em consequência das transformações havidas no espaço 
brasileiro, no decorrer das décadas de 50 e 60, uma nova divisão em 
macrorregiões foi elaborada em 1970, definindo as Regiões: Norte, 
Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que permanecem em vigor 
até o momento. 
As delimitações dos territórios de muitos dos estados brasileiros se 
deram, principalmente, no final do século XIX, mas tivemos outras 
mudanças mais contemporâneas, que aconteceram em 1977, quando 
surgiu o Mato Grosso do Sul em mais tarde, em 1988, o novo estado 
de Tocantins, originário da divisão do estado de Goiás. 
2.1 O Relevo Brasileiro 
O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e 
classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras 
classificações do relevo brasileiro identificou oito unidades, e foi 
elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No 
ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela 
tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas 
unidades de relevo. 
Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do 
geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia 
da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no 
grande projeto Radambrasil, num levantamento feito entre os anos de 
1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do 
território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um 
avião, estabelecendo dessa forma 28 unidades de relevo, os quais 
foram classificados em planaltos, planícies e depressões. 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
2 
 
Características do relevo brasileiro 
O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente 
de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A 
erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas 
úmido, quente, semiárido e árido. Outros fenômenos da natureza, 
como por exemplo o vento e a chuva, também contribuíram no 
processo de erosão. 
O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte forma: 
‒ Planalto: superfícies com elevação e aplainadas, marcadas por 
escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo 
de sedimentos. Os planaltos, também são chamados de platôs, 
são áreas de altitudes variadas e limitadas, em um de seus lados, 
por superfície rebaixada. Os cumes dos planaltos são 
ligeiramente nivelados. Os planaltos são formados a partir de 
erosões eólicas (pelo vento) ou pela água. Exemplo: Planalto 
Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, 
Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
‒ Planície: como o próprio nome já diz são áreas planas e baixas 
onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de 
desgaste. As principais planícies brasileiras são as planícies 
Amazônica, do Pantanal e Litorânea; 
‒ Depressões: é uma parte do relevo mais plana que o planalto, com 
suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros, proveniente 
das erosões. Podem ser: 
a) Depressão absoluta: as altitudes são inferiores ao nível do 
mar. 
b) Depressão relativa: fica acima do nível do mar, mas suas 
altitudes são inferiores as do relevo aoseu redor, seja uma 
chapada, planalto ou outro. É comum a formação de lagos 
nas depressões. Ex.: A periférica paulista e a depressão Sul 
Amazônica são exemplos de depressão relativa. 
‒ Montanhas: elevações naturais do relevo, podendo ter várias 
origens, como falhas ou dobras. São formações geográficas 
originadas do choque (encontro) entre placas tectônicas. Quando 
ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que 
sofrem o impacto acaba se elevando na superfície, formando 
assim as montanhas. Estas são conhecidas como montanhas de 
dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formou-se 
na era geológica do Terciário. Existem também, embora menos 
comum, as montanhas formadas por vulcões. 
Formas de relevo 
 
 
 
 
Pontos culminantes do Brasil 
 
2.2 O Clima Brasileiro 
O clima são todas as variações do tempo de um lugar. No Brasil devido 
ao seu extenso território, a diversidade de formas de relevo, a altitude 
e a dinâmica das correntes e das massas de ar, apresenta uma grande 
diversidade de climas. Atravessado na região norte pela Linha do 
Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na 
maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas - chamadas de 
zona intertropical - nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, 
com temperaturas médias em torno de 20°C. 
 
No país a amplitude térmica – diferenças entre as temperaturas 
mínimas e máximas no decorrer do ano – é baixa, isso implica dizer 
que a variação de temperatura no território brasileiro é pequena. 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
3 
 OS CLIMAS DO BRASIL 
Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a 
umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas 
e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais 
utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a 
criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, 
natureza e movimentação das correntes e massas de ar. Vejamos a 
classificação do clima brasileiro: 
Clima Equatorial (úmido e semiúmido): quente e úmido 
• Compreende a Amazônia brasileira; 
• Pouca variação de temperatura durante o ano; 
• É um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e 
durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um 
pouco de influência da mEa, e algumas vezes, durante o 
inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, 
ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem. 
• As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. 
• Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima 
de 2500 mm anuais. 
Clima Litorâneo Úmido 
• Influenciado pela mTa. 
• Compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do 
Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo. 
Clima Tropical (alternadamente úmido e seco) 
• É o clima predominante na maior parte do Brasil. 
• É um clima quente e semiúmido com uma estação chuvosa 
(verão) e outra seca (inverno). 
• Temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), 
presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado. 
Clima Semi-Árido 
• Presente, principalmente, no sertão nordestino. 
• Clima quente mais próximo do árido. 
• As chuvas não são regulares e são mal distribuídas. 
• Possui pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de 
chuvas. 
• As temperaturas são altas durante quase todo o ano. 
Clima Subtropical 
• Abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de 
Capricórnio. 
• Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e 
secos. 
• Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, 
principalmente no verão. No inverno há o predomínio das 
chuvas frontais. 
• Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no 
verão. 
• Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar 
frias vindas da Antártida. 
• Presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso 
do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
Clima Tropical de altitude 
• Ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, 
Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. 
• As temperaturas médias variam de 15 a 21º C. 
• As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência 
das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico. 
• Pode apresentar geadas no inverno. 
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido) 
• Presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste. 
• Apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano 
Atlântico. 
• As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 
40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). 
• Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover 
muito nestas áreas. 
 MASSAS DE AR 
Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as 
mudanças no comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas 
atuam sobre as temperaturas e índices pluviométricos nas várias 
regiões do Brasil. Existem massas de ar polares, equatoriais, 
oceânicas e continentais. Existe uma movimentação de massas aonde 
cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. 
Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma 
determinada região. Quando duas massas de ar se encontram temos 
o que chamamos de frente. No território brasileiro ocorrem as 
seguintes massas de ar: 
Massa Equatorial Atlântica (mEa) 
Massa quente e úmida, se forma na porção do atlântico próximo a 
região equatorial. Durante o verão do hemisfério sul pode descer 
e penetrar pelo litoral das regiões Norte e Nordeste causando 
chuvas. 
 
Massa Equatorial Continental (mEc) 
Com características quente (baixa latitude) e muito úmida (área de 
muitos rios e domínio da floresta equatorial) originada na 
Amazônia ocidental, exerce influência em quase todo país durante 
o verão do hemisfério sul. É responsável pelas altas temperaturas 
e altos índices pluviométricos da região da Amazônia. 
 
Massa Tropical Atlântica (mTa) 
Também de características quente e úmida origina-se no atlântico 
Sul e atua em toda faixa litorânea brasileira que se vai do Nordeste 
ao sul do Brasil. O encontro desta massa de ar com a Polar 
atlântica que chega da Argentina principalmente durante o 
inverno, provoca as tão famosa frentes frias nas regiões sul e 
sudeste. Também nessas regiões, o encontro desta massa com as 
áreas de relevos mais elevados da Serra do Mar provocam as 
chuvas orográficas ou de relevo durante todo ano. 
 
Massa Tropical Continental (mTc) 
Quente e seca; Origina-se na área de depressão do Chaco 
Paraguaio, área de altas temperaturas e pouca umidade portanto 
apresenta características quente e seca. Atua principalmente na 
região do centro-oeste e em partes do sul e sudeste durante os 
períodos de outono inverno. Pode provocar ainda o bloqueio 
atmosférico que impede a chegada de massa de ar frio vindo do 
sul nos meses de maio e junho caracterizando o que se denomina 
de veranico. 
 
Massa Polar Atlântica (mPa) 
Fria e úmida; Por ser formada no oceano no litoral sul da 
Argentina ,apresenta características fria e úmida. Ao penetrar no 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
4 
Brasil, pode tomar três direções distintas, provocando os 
seguintes fenômenos: Frentes frias quando sobe pelo litoral e 
encontra a mTa (já explicado anteriormente ); "Friagem” – quando 
penetrando pelas planícies da área central do país chega ao oeste 
da Amazônia causando queda brusca de temperatura e finalmente 
quando sobe pelos vales e serras do Sul do Brasil provoca a 
formação de geada, precipitação de neve ou fortes ventos como o 
Minuano e o Pampeiro. 
BRASIL: DIVISÃO CLIMÁTICA E MASSAS DE AR 
 
2.3 A Hidrografia Brasileira 
Características da RedeHidrografia Brasileira 
• Rica em rios e pobre em lagos; 
• Os rios brasileiros dependem das chuvas para se 
“alimentarem”. O Rio Amazonas embora precise das chuvas ele 
também se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira 
dos Andes, onde nasce; 
• A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente); 
• As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar 
também em depressões no interior do continente ou se 
infiltrarem no subsolo; 
• A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia 
(hidrelétricas) e muito pouco para navegação. 
 BACIAS HIDROGRÁFICAS 
Uma bacia hidrográfica é uma área compreendida por um rio 
principal, seus afluentes e subafluentes. O Brasil é dotado de uma 
vasta e densa rede hidrográfica, sendo que muitos de seus rios 
destacam-se pela extensão, largura e profundidade. É considerada a 
rede hidrográfica mais extensa do Globo, com 55.457km². Em 
decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto 
que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados, 
entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para 
a geração de energia elétrica. 
Quanto à navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil não 
regularizado, ficam um tanto prejudicados. Dentre os grandes rios 
nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente 
de planície e largamente utilizados para a navegação. Os rios São 
Francisco e Paraná são os principais rios de planalto. Dessa forma a 
Bacia de Planície é utilizada para navegação e a Planáltica é a que 
permite aproveitamento hidrelétrico. 
De maneira geral, os rios têm origem em regiões não muito elevadas, 
exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na 
cordilheira andina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) o Brasil, em virtude da sua grande extensão 
territorial, apresenta 12 grandes bacias hidrográficas, conforme 
demostra o mapa a seguir. 
BRASIL: BACIAS HIDROGRÁFICAS 
 
A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima da região. 
Na Amazônia, que apresenta altos índices pluviométricos, existem 
muitos rios perenes e caudalosos. Em áreas de clima árido ou 
semiárido, os rios secam no período em que não chove. 
Aspectos da hidrografia brasileira 
O Brasil não possui lagos tectônico, devido à transformação das 
depressões em bacias sedimentares. No território brasileiro só 
existem lagos de várzea e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a 
Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por restingas. Com exceção do 
Amazonas, todos os rios brasileiros possuem regime fluvial. Uma 
quantidade de água do rio Amazonas é proveniente do derretimento 
de neve da cordilheira dos Andes, o que caracteriza um regime misto 
(pluvial e naval). Todos os rios são exorréicos, ou seja, têm como 
destino final o oceano. Só existem rios temporários no Sertão 
nordestino, que apresenta clima semiárido. No restante do país, os 
rios são perenes. Os rios de planalto predominam em áreas de 
elevado índice pluviométrico. A existência de desníveis no terreno e o 
grande volume de água contribuem para a produção de 
hidroeletricidade. 
Principais Bacias Hidrográficas do Brasil 
Bacia Amazônica 
Considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, 
uma área de 6 a 7 milhões de km. No Brasil, ela compreende uma 
área de 3.870.000 km², estando presente nos estados do Acre, 
Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. 
 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
5 
Bacia do Araguaia-Tocantins 
Ocupa quase 10% do território nacional. É a maior bacia localizada 
inteiramente dentro do território brasileiro (767.059 quilômetros 
quadrados). Os principais rios são o Tocantins, que nasce em Goiás 
e desemboca na foz do rio Amazonas; e o rio Araguaia, que nasce 
na divisa de Goiás com Mato Grosso e se junta ao rio Tocantins na 
porção norte do estado do Tocantins. 
 
Bacia do São Francisco 
Com aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, essa bacia 
hidrográfica tem como principal rio o São Francisco, que nasce na 
Serra da Canastra (MG) e percorre os estados da Bahia, 
Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa entre esses 
dois últimos estados. Também é totalmente brasileira, juntamente 
com a Bacia do Tocantins. O rio são Francisco é conhecido 
também como “Velho Chico”, “Nilo Brasileiro” e “Rio da 
Integração Nacional”. 
 
Bacia do Paraná 
Essa é a principal porção da bacia Platina (compreende os países 
da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). No Brasil, a bacia 
hidrográfica do Paraná possui 879.860 quilômetros quadrados, 
apresentando rios de planalto e encachoeirados, características 
elementares para a construção de usinas hidrelétricas: Furnas, 
Água Vermelha, São Simão, Capivari, Marimbondo, Itaipu (entre o 
Brasil e Paraguai) entre tantas outras. 
 
Bacia do Uruguai 
É composta pela junção dos rios Peixe e Pelotas. Com área de 
174.612 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica está 
presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 
Possui grande potencial hidrelétrico, além de ser importante para 
a irrigação nas atividades agrícolas da região. Apesar de não ser 
muito usada para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos 
destacar as usinas Garibaldi, Socorro, Irai, Pinheiro e 
Machadinho. 
Bacia Hidrográfica do Paraguai 
No Brasil, essa bacia hidrográfica está presente nos estados de 
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, englobando uma área de 
361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o 
Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis (MT). Possui grande 
potencial para a navegação. 
Bacia Hidrográfica do Parnaíba 
Está presente nos estados do Piauí, Maranhão e na porção 
extremo oeste do Ceará, totalizando uma área de 344.112 
quilômetros quadrados. 
Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental 
Com extensão de 287.348 quilômetros quadrados, a bacia 
hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está presente em 
cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, 
Paraíba, Pernambuco e Alagoas. 
Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental 
Seus principais rios são o Gurupi, Pericumã, Mearim, Itapecuru 
Munim e Turiaçu. Essa bacia de drenagem possui 254.100 
quilômetros quadrados, compreendendo áreas do Maranhão e 
Pará. 
 
Bacia Hidrográfica Atlântico Leste 
Com extensão de 374.677 quilômetros quadrados, essa bacia 
hidrográfica engloba os estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e 
Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar fragmentos de 
Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira. 
Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste 
Presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de 
Janeiro, São Paulo e Paraná, a região hidrográfica Atlântico 
Sudeste apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é formada 
pelo rio Doce, Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, 
entre outros. 
Bacia Hidrográfica Atlântico Sul 
Com área de 185.856 quilômetros quadrados, essa bacia 
hidrográfica nasce na divisa entre os estados de São Paulo e 
Paraná, percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do 
Itajaí e Jacuí, os rios que formam essa bacia de drenagem são de 
pequeno porte. 
2.4 A Vegetação Brasileira 
A grande extensão territorial e latitudinal e a diversidade climática do 
Brasil explicam a extraordinária riqueza vegetal que o país possui. 
Situado quase totalmente dentro da Zona Neotropical, podemos 
dividi-lo para fins geográficos em dois territórios: o amazônico e o 
extra-amazônico. 
Amazônico - área equatorial ombrófila - o sistema ecológico 
vegetal decorre de um clima de temperatura média em torno de 
25°C com chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano. 
Extra-amazônico - área intertropical - o sistema ecológico 
vegetal responde a dois climas: o tropical com temperaturasmédias por volta de 22°C e precipitação estacional, com período 
seco, e o subtropical com temperatura média anual próxima dos 
18°C, com chuvas bem distribuídas. A grande quantidade de 
espécies vegetais nativas e exóticas de importância econômica, 
conhecida e descrita em trabalhos científicos, representa apenas 
uma amostra das que provavelmente existem. 
Não podemos esquecer que grande parte da cobertura vegetal 
primitiva já foi e continua sendo impiedosamente devastada, criando 
sérios riscos de acidentes e desequilíbrios ecológicos. Vários fatores 
como luz, calor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimento da 
vegetação de um dado local. 
BRASIL: VEGETAÇÃO 
 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
6 
Floresta Equatorial Amazônica 
A Floresta Equatorial Amazônica é densa, latifoliada, higrófila, perene 
e está dividida em igapó, mata de várzea e terra firme (caaetê). 
• Igapó: trecho da floresta sempre alagado, onde se desenvolve 
a vitória-régia. 
• Mata de várzea: parte da floresta sujeita a inundações 
periódicas, onde encontramos a seringueira. 
• Mata de terra firme ou caa-etê: sempre livre das inundações, 
ocupa a maior extensão, sendo rica em formações como o 
castanheiro, o cacaueiro, o caucho e outros. 
Nesse domínio, a Bacia Amazônica tem grande importância, com rios 
de águas brancas e de águas pretas, com alta piscosidade e elevada 
atividade pesqueira, além do aproveitamento energético, além de 
tudo há milhares de espécies vegetais, não perde suas folhas no 
outono, ou seja, está sempre verde e vive do seu próprio material 
orgânico; a fauna é rica e variada. O problema maior é que há grandes 
desmatamentos com espécies ameaçadas como o mogno (tipo de 
madeira) e a onça-pintada. 
Mata Atlântica 
A Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical úmida de encosta 
ocupa as escarpas dos planaltos voltadas para o oceano sendo menos 
densa que a Floresta Amazônica. Essa floresta sofreu grandes 
devastações: no Nordeste, devido à agroindústria da cana-de-açúcar e 
do cacau; no Sudeste, em decorrência da expansão urbana, industrial, 
agrícola e até da poluição. Essa devastação tem aumentado o 
problema da erosão dos solos, causando desde a formação de 
voçorocas e frequentes deslizamentos até o assoreamento dos rios. 
Os animais que vivem ainda na mata são os gambás, tamanduás, 
preguiça (estão fora do perigo da extinção) e também os micos-leões, 
a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pintada, todos 
originários da Mata Atlântica (porém estão ameaçados de extinção). 
Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado 
para a fabricação de móveis, hoje se calcula que apenas 5% de sua 
área ainda permaneça, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasil, 
cedro, peroba e o jacarandá. 
Caatinga 
Caatinga, vegetação típica do clima semiárido do sertão nordestino é 
formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores, destacando-se pelo 
extrativismo de fibras vegetais, como o caroá, a piaçava e o sisal. No 
domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, 
resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido. A sua 
vegetação é pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as 
chamadas plantas xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas 
possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para 
suportar o longo período de estiagem. Também fazem parte da 
paisagem os arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna). 
Mata de Araucária ou dos Pinhais 
A Mata dos Pinhais ou de Araucária é subtropical, homogênea, 
aciculifoliada, com grande aproveitamento de madeira e erva-
mate. Ocupa as médias altitudes do Planalto Meridional (800 a 1.300 
metros). Corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata 
homogênea, pois há o predomínio de pinheiros, erva-mate, imbuia, 
canela, cedros e ipês. Quanto à fauna, destacam-se a cutia e o 
garimpeiro (espécie de ave). A ocupação humana tem sido intensa 
nesse domínio, restando menos de 20% dessa floresta. 
Cerrado 
O cerrado constitui uma vegetação arbustiva, com troncos retorcidos 
e recobertos de casca grossa, tendo-se transformado, desde 1975, na 
nova fronteira agrícola do Brasil com o programa Polocentro. É 
domínio típico do clima tropical semiúmido do Planalto Central. Os 
solos são pobres e ácidos, mas, com o método de calagem (adição de 
calcário ao solo), estão sendo aproveitados. Por ser típico da região 
centro-oeste do Brasil é formada por plantas tropófilas, ou seja, 
plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Quase 50% da 
vegetação dos cerrados foram destruídas devido o crescimento da 
agropecuária no Brasil. O cerrado é cortado por três grandes bacias 
hidrográficas (Tocantins, São Francisco e Prata) contribuindo muito 
para a biodiversidade da região que é realmente surpreendente, por 
exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 espécies 
de répteis e mais de 190 mamíferos. 
Pantanal 
O pantanal possui uma vegetação heterogênea com plantas higrófilas 
(em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em áreas altas e 
secas), palmeiras, gramíneas. Essa vegetação sofre a influência de 
vários ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata Atlântica), ou 
seja, o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais. Por 
causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia 
com altas temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de 
fauna do continente americano; encontramos jacarés, araraunas, 
papagaios, tucanos e tuiuiú. Quase todas as espécies de plantas e 
animais dependem do fluxo das águas. Durante um período de 6 
meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que 
inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas 
terras “firmes” ocupando todas as áreas que não foram inundadas, 
assim vários peixes se reproduzem e as plantas aquáticas entram em 
processo de floração. Quando as chuvas começam a parar (entre 
junho e setembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixando no 
solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo. 
Campos 
É um tipo de vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do 
Brasil, sendo sua paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas 
alagados). Há predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés 
que propiciam um habitat ideal para as várias espécies de animais 
(garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e capivaras). De 
todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a 
pastagem rural, é o mais importante, devido à riqueza do seu solo. 
Vegetações Litorâneas (manguezais e restingas) 
São características das terras baixas e planícies do litoral. Formam 
vários tipos de vegetação: mangues ou manguezais, a vegetação de 
praias, a vegetação das dunas e a vegetação das restingas. O Brasil 
possui uma linha contínua de costa Atlântica de 8.000 km de 
extensão, uma das maiores do mundo. 
Pradarias 
O domínio das pradarias corresponde ao Pampa, ou Campanha 
Gaúcha, onde o relevo baixo e ondulado das coxilhas é coberto por 
vegetação herbácea (campos). A ocupação econômica nesse domínio 
tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela rizicultura irrigada. 
Mata dos Cocais 
A Mata dos Cocais ou Babaçuais é uma vegetação de transição no 
Maranhão, Piauí e norte de Tocantins, destacando-se o 
aproveitamento do coquinho babaçu. O babaçu é um grande recurso 
natural regional, pois de sua semente extrai-se um óleo de grande 
aplicação industrial em (alimentos, cosméticos, sabão, aparelhos de 
alta precisão). 
 
BRASIL: DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
7 
 
 Tipos de vegetação 
Vegetação do tipo Savana (Cerrado/Campos) 
Ocorre principalmente na região Centro-Oeste,aparecendo também 
no norte amazônico, desde o vale do rio Tacatu (Roraima) até os 
tabuleiros do Amapá; no litoral e interior do Nordeste; no planalto 
sedimentar da bacia do Paraná; na região sudeste; na Região Sul em 
áreas do Planalto Meridional. 
Estepe 
No árido sertão nordestino a estepe (conhecida como caatinga) 
corresponde a várias formações vegetais que se constituem num tipo 
de vegetação estacional decidual, com várias cactáceas. A outra área 
de estepe brasileira se encontra no Sul do Brasil, nas fronteiras com o 
Uruguai e Argentina é a Campanha Gaúcha, que recobre as superfícies 
conservadas do planalto da Campanha e da depressão dos rios Ibicuí e 
Negro. Assim a Caatinga e a Campanha Gaúcha são tidas como estepe. 
A Savana estépica 
É um tipo de vegetação constituída por uma cobertura arbórea e 
várias cactáceas, que recobre um estrato graminoso. No Brasil ocupa 
três áreas bem diversas geograficamente, o Pantanal Mato-Grossense, 
os Campos de Roraima e a Campanha Gaúcha. A primeira situa-se 
entre a Serra da Bodoquena (Mato Grosso do Sul) e o rio Paraguai, 
sendo a maior área de ocorrência no Brasil desse tipo de vegetação. A 
segunda, a de Roraima (limites com a Venezuela), aparece entre as 
áreas dissecadas do monte Roraima e a planície do rio Branco. E a 
terceira ocupa a parte sul-sudeste do Rio Grande do Sul, fazendo parte 
da Campanha Gaúcha. 
Vegetação lenhosa oligotrófica dos pântanos e das 
acumulações arenosas (Campinarana) 
Esse tipo de vegetação se restringe às áreas amazônicas do alto rio 
Negro e seus afluentes adjacentes, recobrindo as áreas deprimidas e 
embrejadas, caracterizada por agrupamentos de formações arbóreas 
altas e finas. 
Floresta ombrófila densa (Floresta Amazônica/Floresta 
Atlântica) 
Ocupa parte da Amazônia, estendendo-se pelo litoral desde o sul de 
Natal, Rio Grande do Norte até o Espírito Santo, entre o litoral e as 
serras pré-cambrianas que margeiam o Atlântico, estendendo-se 
ainda pelas encostas até a região de Osório, no Rio Grande do Sul. A 
floresta Atlântica já foi quase totalmente devastada, restando apenas 
poucos locais onde se encontra a floresta original. Esse tipo de 
vegetação nas duas áreas (Amazônica e Atlântica) consiste de árvores 
que variam de médio a grande porte e com gêneros típicos que as 
caracterizam. 
Floresta ombrófila aberta (Floresta de Transição) 
Encontra-se entre a Amazônia e a área extra-amazônica. É constituída 
de árvores mais espaçadas, com estrato arbustivo pouco denso. Trata-
se de uma vegetação de transição entre a floresta Amazônica úmida a 
oeste, a caatinga seca a leste e o cerrado semiúmido ao sul. Essa 
região fitoecológica domina, principalmente, os estados do Maranhão 
e Piauí, aparecendo também no Ceará e Rio Grande do Norte. 
Floresta ombrófila mista (Mata dos Pinheiros) 
Esse tipo de vegetação, também conhecida por "mata dos pinhais ou 
de araucárias", é encontrada concentrada no Planalto Meridional, nas 
áreas mais elevadas e mais frias, com pequenas ocorrências isoladas 
nas serras do Mar e Mantiqueira (partes altas). Destacam-se os 
gêneros Araucária, Podocarpus e outros de menos importância. 
Floresta estacional semidecidual (Mata semicaducifólia) 
Esse tipo de vegetação está ligado às estações climáticas, uma 
tropical, com chuvas de verão e estiagem acentuada, e outra 
subtropical, sem período seco, mas com seca fisiológica por causa do 
frio do inverno. 
Floresta estacional decidual (Mata caducifólia) 
Ocorre no território brasileiro dispersivamente e sem continuidade, 
pois só aparece em áreas caracterizadas por duas estações climáticas 
bem definidas, chuvosa e seca. O estrato arbóreo é 
predominantemente caducifólio (perdem as folhas na seca). 
Áreas das formações pioneiras de influência marinha 
(Vegetação de Restinga e Manguezal) 
As áreas de influência marinha são representadas pelas restingas ou 
cordões litorâneos e pelas dunas que ocorrem ao longo da costa. São 
formados pela deposição de areias, aí ocorrendo desde formações 
herbáceas até arbóreas. Os manguezais sofrem influência fluvio-
marinha onde nasce uma vegetação de ambiente salobro que também 
apresenta fisionomia arbórea e arbustiva; são encontrados em quase 
todo o litoral brasileiro, mas as maiores concentrações aparecem no 
litoral norte e praticamente desaparecem, a partir do sul da ilha de 
Santa Catarina, pois é vegetação típica de litorais tropicais. 
Áreas das formações pioneiras ou de influência fluvial 
(Vegetação Aluvial) 
É um tipo de vegetação que ocorre nas áreas de acumulação dos 
cursos dos rios, lagoas ou assemelhados; a fisionomia vegetal pode ser 
arbórea, arbustiva ou herbácea, formando ao longo dos cursos dos 
rios as Matas-Galerias. A vegetação que se instala varia de acordo com 
a intensidade e duração da inundação. 
Áreas de Tensão ecológica (Contatos entre tipos de vegetação) 
São denominadas assim as regiões de contato entre grandes tipos de 
vegetação, em que cada tipo guarda sua identidade. Ocorre em vários 
locais do país, inclusive no Pantanal nas áreas alagadas, 
periodicamente alagadas e nas livres das inundações. Existem aí várias 
associações vegetais como palmeiras, gramíneas e bosques 
chaquenhos. 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
8 
Refúgio ecológico (Campos de altitude) 
Qualquer tipo de vegetação diferente do contexto geral da flora da 
região é considerado como um "refúgio ecológico". Este é o caso da 
vegetação que se localiza, no Brasil, acima de 1800m de altitude. 
2.5 O Fuso Horário Brasileiro 
O território brasileiro está localizado a oeste do meridiano de 
Greenwich (longitude 0º) e, em virtude de sua grande extensão 
longitudinal, o país apresenta mais de um fuso horário. Até há pouco 
tempo o Brasil possuía quatro fusos, três deles na porção continental 
e um na parte litorânea, onde estão ilhas como a de Fernando de 
Noronha. No entanto, a partir do dia 24 de junho de 2008, isso mudou 
em razão da Lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 
que modifica o fuso da região do extremo oeste do estado do 
Amazonas, além do Acre em sua totalidade. Com a nova lei, as duas 
localidades deixaram de possuir um fuso distinto do resto do país 
(quarto fuso) e passaram a utilizar o terceiro fuso presente no Brasil. 
Com a alteração, os estados envolvidos adiantaram os relógios em 
uma hora, ficando somente 1h atrasados em relação ao horário de 
Brasília, pois anteriormente eram duas horas. 
 
Os 22 municípios do Acre ficarão com diferença de uma hora em 
relação a Brasília - hoje são duas horas a menos. Municípios da parte 
oeste do Amazonas, na divisa com o Acre, sofrerão a mesma 
mudança, o que igualará o fuso dos Estados do Acre e do Amazonas. A 
mudança na lei também fará com que o Pará, que atualmente tem 
dois fusos horários, passe a ter apenas um. Os relógios da parte oeste 
do Estado serão adiantados em mais uma hora, fazendo com que todo 
o Pará fique com o mesmo horário de Brasília. A mudança apresenta 
pontos positivos e negativos. Positivos por facilitar o sistema bancário, 
a programação da televisão e os concursos públicos de nível nacional. 
Negativos, pois interfere diretamente no ritmo de vida das pessoas 
que vivem nas áreas afetadas, já que elas acabam perdendo 
totalmente o horário tradicional e natural. 
A implantação da lei ocorreu em decorrência de pressões exercidas 
pelas emissoras de televisão, que se encontravam submetidas à 
obrigação de ter uma programação com classificação indicativa para 
essas regiões. Antigamente, em áreas nas quais o horário de Brasília 
prevalece, determinados programas eram apresentados às 22h30min 
e simultaneamente assistidos às 20h30min por habitantes do 
Amazonas e do Acre, com idades que não se enquadravam no perfil da 
indicação. 
Horário de verão: Prática adotadaem vários países do mundo para 
economizar energia elétrica. Consiste em adiantar os relógios em uma 
hora durante o verão nos lugares onde, nessa época do ano, a duração 
do dia é significativamente maior que a da noite. Com isso, o 
momento de pico de consumo de energia elétrica é retardado em uma 
hora. Usado várias vezes no Brasil no decorrer do século XX (1931, 
1932, 1949 a 1952, 1963 e 1965 a 1967), o horário de verão é 
retomado a partir de 1985. 
A Geografia Humana do Brasil tem como objetivo principal a 
realização de uma leitura da sociedade brasileira levando em conta os 
aspectos da população, economia, fluxo de migração, meio ambiente, 
indústrias, tecnologia, turismo, agropecuária, conflitos no campo, 
enfim, todas as relações humanas desenvolvidas no território 
nacional. 
3.1 A Formação Étnica 
A população brasileira foi formada a partir de três grupos 
fundamentais: o branco europeu, o negro africano e o ameríndio. 
Antes da chegada dos portugueses, o território era habitado por 
milhares de povos indígenas (sobretudo dos grupos tupi e jê ou 
tapuia). A partir da colonização, a maior parte da população indígena 
foi exterminada, dela restando hoje apenas alguns milhares de 
indivíduos. Os negros africanos, pertencentes, sobretudo aos grupos 
bantos e sudaneses, foram trazidos como escravos para trabalhar na 
agricultura (cana-de-açúcar, café) e na mineração (ouro e diamantes). 
Além dos portugueses, outros europeus também contribuíram para a 
formação da população brasileira, através da imigração, 
principalmente a partir de 1850 (alemães, italianos, espanhóis). 
A miscigenação desses três grupos étnicos deu origem aos mestiços: 
mulatos (descendentes de brancos e negros), caboclos (de brancos e 
ameríndios) e cafuzos (de negros e ameríndios). Hoje em dia o povo 
brasileiro é composto etnicamente por brancos de origem europeia, 
negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e 
mestiços. A partir do período colonial, no século XVI, a miscigenação 
da população se tornou mais intensa. A relação entre colonos 
portugueses e escravos gerou os mestiços, bem como o 
relacionamento entre negros e indígenas deu origem ao cafuzo. 
Quanto à etnia, podemos dizer que a maioria da população brasileira 
é mestiça. Porém, os últimos censos ressaltaram apenas a cor da pele 
da população. Há ainda uma parte formada por descendentes de 
povos asiáticos, especialmente japoneses. Para a formação do 
contingente populacional do país, a imigração em si pouco 
representou (pouco mais de cinco milhões de indivíduos, desde a 
Independência, dos quais 3,5 milhões permaneceram no país) e 
praticamente cessou a partir do final da segunda guerra mundial. 
Classificando a população quanto à cor da pele, podemos dizer que os 
indígenas estão reduzidos a cerca de 0,4% da população brasileira, 
repercutindo o etnocídio a que foi sujeitada, com a extinção de 
inúmeras nações indígenas. Os negros representam 7,6% da 
população total, os brancos representam 47,7%, os mestiços (pardos) 
representam 43,16% e os amarelos 1,1% da população brasileira. Vale 
lembrar que esses índices não representam especificamente a 
formação étnica da população brasileira. Segundo o IBGE, o número 
de índios cresceu consideravelmente de 1991 a 2000, com um 
aumento de 138,5%, representando 0,4% da população brasileira. 
Porém, o chefe do departamento de documentação da FUNAI 
(Fundação Nacional do Índio), André Ramos alerta que os números 
devem ser considerados com ressalvas, pois segundo ele o IBGE usa 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
9 
critérios de autodeclararão, o que pode causar distorções, no entanto, 
André acredita que há tendências de crescimento. 
Cor/Raça Porcentagem 
Pardos 43,16% 
Brancos 47,7% 
Negros 7,6% 
Indígenas 0,4% 
Amarelos 1,1% 
Língua. Apesar da enorme extensão territorial, o português firmou-se 
como a língua falada no Brasil, embora com ligeiras variações do 
português falado em Portugal. Levando em conta as condições 
naturais e históricas, e as diferenciações resultantes das 
características culturais regionais, o português falado no Brasil é 
basicamente o mesmo em todo o território nacional, não se 
verificando a ocorrência de dialetos, mas tão-somente de variações 
regionais, como, por exemplo, o português falado no Rio Grande do 
Sul ou em algum estado do Nordeste. 
Estrutura demográfica. O Brasil é o país mais populoso da América 
Latina e um dos dez mais populosos do mundo. A população brasileira 
está distribuída desigualmente: a densidade demográfica da região 
Sudeste é mais de onze vezes maior que a da região Centro-Oeste; e a 
da região Sul é quase quinze vezes maior que a da região Norte. Até a 
década de 1950, a maior parte da população se encontrava no campo, 
dedicada às atividades agropecuárias. A partir dessa época, com a 
crescente industrialização, a tendência se inverteu, e, atualmente, 
mais de setenta por cento concentra-se nas cidades. O crescimento 
demográfico também aconteceu de forma desigual. 
3.2 O Crescimento Demográfico 
O crescimento populacional de um determinado território ocorre 
através de dois fatores: a migração e o crescimento vegetativo, esse 
último é a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade. 
Quando a taxa de natalidade é maior que a de mortalidade, tem-se 
um crescimento vegetativo positivo; caso contrário, o crescimento é 
negativo; e quando as duas taxas são equivalentes, o crescimento 
vegetativo é nulo. 
Em razão do constante aumento populacional ocorrido no Brasil, 
principalmente a partir da década de 1960, intensificando-se nas 
últimas décadas, o país ocupa hoje a quinta posição dos países mais 
populosos do planeta, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados 
Unidos e Indonésia. De acordo com dados do Censo Demográfico de 
2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), a população brasileira atingiu a marca de 190.755.799 
habitantes. 
No Brasil, o crescimento vegetativo é o principal responsável pelo 
aumento populacional, já que os fluxos migratórios ocorreram de 
forma mais intensa entre 1800 e 1950. Nesse período, a população 
brasileira totalizava 51.944,397 habitantes, bem longe dos atuais 
190.755.799. 
Nos últimos 50 anos houve uma explosão demográfica no território 
brasileiro, o país teve um aumento de aproximadamente 130 milhões 
de pessoas. No curto período de 1991 a 2005, a população brasileira 
teve um crescimento próximo a 38 milhões de indivíduos. 
 
 
No entanto, acompanhando uma tendência mundial, o crescimento 
demográfico brasileiro vem sofrendo reduções nos últimos anos. A 
população continuará aumentando, porém as porcentagens de 
crescimento estão despencando. A urbanização, a queda da 
fecundidade da mulher, o planejamento familiar, a utilização de 
métodos de prevenção à gravidez, a mudança ideológica da 
população, são todos fatores que contribuem para a redução do 
crescimento populacional. 
Nos anos de 1960, as mulheres brasileiras tinham uma média de 6,3 
filhos, atualmente essa média é de 2,3 filhos, que está abaixo da 
média mundial, que é de 2,6. 
Conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), em 2050 a população brasileira será de 
aproximadamente 259,8 milhões de pessoas, nesse mesmo ano a taxa 
de crescimento vegetativo será de 0,24, bem diferente da década de 
1950, que apresentou taxa de crescimento vegetativo positivo de 
2,40%. Apesar dessa queda brusca no crescimento vegetativo, a 
população brasileira não irá reduzir rapidamente, pois a expectativa 
de vida está aumentando, em virtude do desenvolvimento de novas 
tecnologias medicinais, além de cuidados e preocupação com a saúde, 
o que não ocorria com tanta frequência nas décadas anteriores. 
Ocorrerá sim, o envelhecimentoda população. 
O Fenômeno da Migração de Retorno 
Na última década, houve uma redução geral de todos os fluxos 
migratórios. O norte e o Centro-Oeste não são mais regiões de 
atração. Mesmo o tradicional fluxo Nordeste-Sudeste decaiu. Hoje, já 
ocorre a migração de retorno, sendo expressivo o número de 
nordestinos que retornam aos seus estados de origem. 
Pirâmide de Idade 
A pirâmide de idade da população brasileira reflete a dinâmica 
populacional. Assim, a redução da base da pirâmide indica a queda na 
taxa de natalidade e de fecundidade. Até 1980, a base da pirâmide 
ainda era bastante larga. Na pirâmide de 1996, percebe-se uma 
redução significativa do percentual de jovens que corresponde à faixa 
etária de 0 a 14 anos (46,5%) e um aumento percentual das pessoas 
adultas, de 15 a 64 anos (46,5%), e idosas, com mais de 64 anos 
(7,1%). O aumento significativo do percentual de idosos deve-se ao 
aumento da expectativa de vida. A pirâmide de idade a seguir reflete 
o processo de envelhecimento da população. 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
10 
 
Pirâmide Etária do Brasil - 2000 
 
O crescimento da população idosa exige novos investimentos do 
estado, principalmente no que se refere ao sistema previdenciário e 
ao atendimento médico e social. 
 Densidade Demográfica Brasileira 
Densidade Populacional 
A distribuição territorial da população brasileira é bastante irregular. 
Os Estados do Nordeste, Sudeste e Sul concentram quase 90% da 
população do País, em cerca de 25% do território nacional, enquanto 
os Estados das Regiões Norte e Centro-Oeste concentram 10% da 
população, em cerca de 75% do território. A despeito da distribuição 
da população é um país considerável populoso, mais que é pouco 
povoado, com cerca de 20 hab./km². Por apresenta uma distribuição 
populacional bastante irregular, o Sudeste é a região mais populosa e 
povoada, já o Centro-Oeste é menos populoso, enquanto o norte ou a 
Amazônia é a região menos povoada. No geral, as grandes 
concentrações de população estão localizadas nas proximidades do 
litoral, numa faixa com cerca de 300 km com densidade superior a 100 
hab./km². A faixa que abrange o Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul 
possui uma Densidade Populacional regular de no máximo 10 
hab./km². As áreas que correspondentes ao Amazonas e Roraima 
possuem densidades que não ultrapassam os 2 hab./km². 
 
O certo é que Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — 
apenas 22,43 hab./km² —, inferior à média do planeta e bem menor 
que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342 
hab./km²) e o Japão (337 hab./km²). O estudo da população apoia-se 
em alguns fatores demográficos fundamentais, que influenciam o 
crescimento populacional. 
Distribuição populacional: a distribuição populacional no Brasil é 
bastante desigual, havendo concentração da população nas zonas 
litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata 
nordestina. Outro núcleo importante é a região Sul. As áreas 
menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no Norte. 
Taxa de natalidade: até recentemente, as taxas de natalidade no 
Brasil foram elevadas, em patamar similar a de outros países 
subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos 
últimos anos, que pode ser explicada pelo aumento da população 
urbana — já que a natalidade é bem menor nas cidades, em 
consequência da progressiva integração da mulher no mercado de 
trabalho — e da difusão do controle de natalidade. Além disso, o 
custo social da manutenção e educação dos filhos é bastante 
elevado, sobretudo no entorno urbano. 
Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos 
verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas 
décadas em função de alguns fatores. A adoção de métodos 
anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de 
gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho, também 
contribuiu para a diminuição no número de filhos por casal. 
Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, 
possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal possui um ou dois 
filhos, em média. 
Taxa de mortalidade: o Brasil ainda apresenta uma elevada taxa 
de mortalidade, também comum em países subdesenvolvidos, 
enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias 
infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo 
desenvolvido. Contudo, a taxa de mortalidade também está 
caindo em nosso país. Com as melhorias na área de medicina, 
mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem 
mais. Enquanto no começo da década de 1990 a expectativa de 
vida era de 66 anos, em 2005 foi para 71,88% (dados do IBGE). 
Isso se deve a um reflexo de uma progressiva popularização de 
medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra 
Mundial; da ampliação das condições de atendimento médico e 
abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das 
campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da 
assistência médica e do atendimento hospitalar. 
Taxa de mortalidade infantil: o Brasil apresenta uma taxa de 
mortalidade infantil de 22,58 mortes em cada 1.000 nascimentos 
(estimativa para 2007) elevada mesmo para os padrões latino-
americanos. No entanto, há variações nessa taxa segundo as 
regiões e as camadas populacionais. O Norte e o Nordeste — 
regiões mais pobres — têm os maiores índices de mortalidade 
infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de 
vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a 
população de maiores rendimentos, sendo provocada, sobretudo 
por fatores endógenos. Já a população brasileira de menor renda 
apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia. 
A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de 
vida tem provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há 
algumas décadas atrás, ela possuía uma base larga e o topo 
estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. 
Atualmente ela apresenta características de equilíbrio. Alguns 
estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas 
próximas décadas, o Brasil possuirá mais adultos e idosos do que 
crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países 
desenvolvidos, principalmente na Europa. 
Crescimento vegetativo: a população de uma localidade qualquer 
aumenta em função das migrações e do crescimento vegetativo. 
No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o 
aumento populacional. Assim, como esse aumento é alto, conclui-
se que o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito 
das altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil. A estimativa da 
Fundação IBGE para 2010 é de uma taxa bruta de natalidade de 
18,67‰ — ou seja, 18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas 
ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou seja, 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
11 
6,25 mortes por mil nascidos ao ano. Esses revelam um 
crescimento vegetativo anual de 12,68. 
Expectativa de vida: no Brasil, a expectativa de vida está em torno 
de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres, conforme 
estimativas para 2010. Dessa forma, esse país se distância das 
nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos 
(Mauritânia, Guiné, Níger e outras), mas ainda não alcança o 
patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida 
ultrapassa os 75 anos (Noruega, Suécia e outras). A expectativa de 
vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são 
índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, 
paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma 
elevação da expectativa de vida. 
IDH Brasileiro: o relatório da ONU divulgado em 2007mostra que 
o Brasil integrou pela primeira vez o grupo de países de alto 
desenvolvimento humano, com um índice de 0, 800 com base no 
ano de 2005. Apesar de ter atingido esse elevado 
desenvolvimento humano, o Brasil caiu uma posição, indo de 69° 
para 70°, sendo superado por países como Argentina e México. Os 
fatores que contribuíram para essa melhora foram: aumento do 
PIB per capita, avanço no índice relacionado à taxa de 
alfabetização, e o aumento da expectativa de vida. 
Taxa de fecundidade: conforme dados divulgados pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de 
fecundidade no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009, 
semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de 
reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas 
crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para 
compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade 
reprodutiva. Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres 
de etnia branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está 
relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos 
populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas 
camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se 
em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros 
fatores. 
Há também variações regionais: as taxas são menores no Sudeste 
(1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no Centro-
Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fecundidade 
é de 2,04 filhos por mulher, ainda abaixo da taxa de reposição 
populacional e semelhante à de alguns países desenvolvidos. A 
maior taxa de fecundidade do país é a da Região Norte (2,51 filhos 
por mulher), ainda assim abaixo da média mundial. 
Composição por idade, sexo, e renda: o Brasil não foge à regra 
mundial. A razão de sexo no país é de 96 homens para cada grupo 
de 100 mulheres, conforme estimativas de 2008. Até os 60 anos 
de idade, há um equilíbrio quantitativo entre homens e mulheres, 
acentuando-se a partir desta faixa etária o predomínio feminino. 
Esse fato pode ser explicado por uma longevidade maior da 
mulher, devido por outras razões, ao fato de ela ser menos 
atingida por moléstias cardiovasculares, causa frequente de morte 
após os 40 anos. O número de mulheres, na população rural 
brasileira, pode-se dizer que no Nordeste, por ser uma região de 
repulsão populacional, há o predomínio da população feminina. Já 
nas regiões Norte e Centro-Oeste predomina a população 
masculina, atraída pelas atividades econômicas primárias, como o 
extrativismo vegetal, a pecuária e, sobretudo, a mineração. O 
número de mulheres, na população rural brasileira, também tende 
a ser menor, já que as cidades oferecem melhores condições 
sociais e de trabalho à população feminina. 
Um relativo equilíbrio entre os sexos, entretanto, só se 
estabeleceu a partir dos anos 1940 — pois até a década de 1930 o 
país apresentava nítido predomínio da população masculina, 
devido principalmente à influência da imigração — e, ainda que 
nascessem mais meninos que meninas, a maior mortalidade 
infantil masculina (até a faixa de 5 anos de idade) fez com que se 
estabelecesse o equilíbrio. Repare na pirâmide a seguir o a 
composição etária da população brasileira no ano 2000 e a 
prevista para o ano 2035. A estrutura da população é 
representada em forma de pirâmide classificada em base larga da 
pirâmide, corpo afunilado da pirâmide e o ápice da pirâmide. A 
base larga da pirâmide corresponde ao número de jovens de um 
país, são considerados jovens os indivíduos com faixa etária entre 
zero e 19 anos, representando aproximadamente 40% da 
população brasileira, o corpo afunilado da pirâmide corresponde 
às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos, representando 
cerca de 51% da população e o ápice da pirâmide corresponde às 
pessoas com idade superior a 59 anos, perfazendo 9% da 
população. 
 
Nas últimas décadas houve uma mudança na estrutura etária 
brasileira, que foram decorrentes a fatores como queda das taxas 
de mortalidade e de natalidade e elevação de expectativa de vida, 
provocando automaticamente um acréscimo no crescimento 
natural/vegetativo. A população brasileira está estruturada de 
acordo com os setores de atividades econômicas, ou seja, onde o 
brasileiro está ganhando seu sustento. Hoje, cerca de 50% das 
pessoas compõe o PEA (População economicamente ativa), o PEA 
representa as pessoas que trabalham ou estão à procura de 
trabalho, e 32% forma a população inativa, pessoas que não 
estudam, não trabalham e não está à procura, ou não possuem 
idade compatível. 
A população está dividida segundo seus rendimentos ou renda, 
nesse contexto, verifica-se um alto grau de desigualdade, 
provocada pela concentração da renda, própria de países 
capitalistas, que é caracterizada pela concentração de riqueza nas 
mãos de poucos, enquanto a maioria vive em condições 
extremamente excludentes. A concentração da renda agrava as 
desigualdades sociais. No Brasil a parcela da população 
considerada rica corresponde a 18 milhões de pessoas, enquanto 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
12 
isso como vive os outros 170 milhões de brasileiros? Essa pergunta 
não que calar. 
Migrações Brasileiras: as migrações pelo território brasileiro estão 
associadas, como nota-se ao longo da história, a fatores 
econômicos, desde o tempo da colonização pelos europeus. 
Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e 
teve o início do ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme 
deslocamento de pessoas em direção ao novo centro econômico 
do país. Graças ao ciclo do café e, posteriormente, com o processo 
de industrialização, a região Sudeste pôde se tornar efetivamente 
o grande pólo de atração de migrantes, que saíam de sua região 
de origem em busca de empregos ou melhores salários. 
Acentuou-se, então, o processo de êxodo rural; migração do 
campo para a cidade, em larga escala. No meio rural, a miséria e a 
pobreza agravadas pela falta de infraestrutura (educação, saúde, 
etc.), pela concentração de terras nas mãos dos latifundiários e 
pela mecanização das atividades agrárias, fazem com que a grande 
população rural se sinta atraída pelas perspectivas de um emprego 
urbano, que melhore o seu padrão de vida. O fascínio urbano 
torna-se, então, o principal fator de atração para as grandes 
cidades. 
No entanto, o que ocorre é que a cidade não apresenta uma 
oferta de empregos compatível à procura. Em consequência 
surgem o desemprego e o subemprego no setor de serviços, como 
os vendedores ambulantes e os trabalhadores que vivem de fazer 
"bicos". E isso necessariamente vai resultar na formação de um 
cinturão marginal nas cidades, ou seja, o surgimento de favelas, 
palafitas e invasões urbanas. Atualmente, nos Estados de São 
Paulo e Rio de Janeiro, é significativa a saída de população das 
metrópoles em direção às cidades médias do interior. A causa 
desse movimento é que as metrópoles estão completamente 
inchadas, com precariedade no atendimento de praticamente 
todos os serviços públicos, altos índices de desemprego e 
criminalidade. Já as cidades do interior desses estados, além de 
estar passando por um período de crescimento econômico, 
oferecem melhor qualidade de vida à população. 
 Urbanização e Metropolização no Brasil 
As metrópoles são as maiores e mais bem equipadas cidades de um 
país. No Brasil, desenvolveu-se uma urbanização concentradora, isto 
é, que forma grandes cidades e metrópoles. Em 1950, só existiam 
duas cidades com população acima de 1 milhão de habitantes: Rio de 
Janeiro e São Paulo. Em 2000, ambas apresentam mais de 5 milhões 
de habitantes, e 13 municípios passaram a contar com população 
urbana superior a 1milhão de habitantes. 
Em 1950, São Paulo não se incluía entre as 20 cidades mais populosas 
do mundo. No ano 2015, segundo estimativas da ONU, a região 
metropolitana de São Paulo, com 20,3 milhões de habitantes, será a 
quarta maior aglomeração urbana no mundo, antecedida por Tóquio, 
no Japão (28,9 milhões), Bombaim, na Índia (26,3 milhões) e Lagos, na 
Nigéria (24,6 milhões). Ela é a metrópole que melhor reflete o caráter 
concentrador da urbanização no País. 
O censo de 2000 mostrou que a população brasileira ainda se 
concentra nas grandes cidades e nas metrópoles. Em 1970, as regiões 
metropolitanas reuniam 24,3 milhões de pessoas; em 2000, passaram 
a contar com 67,8 milhões de pessoas, ou seja, esta população quase 
que triplicou em três décadas, representando 40,0% do total do País. 
No entanto a população das capitais estaduais vem crescendo mais 
lentamente do que a do País. Este é um dado recente e importante, 
porque as grandes cidades ficam um pouco mais aliviadas dos 
problemas gerados pelo excesso de população. O censo 2000 mostra 
que São Paulo é o município mais populoso do país, com 10,4 milhões 
de habitantes. O menos populoso é Borá, no interior paulista, com 
apenas 795 habitantes. Como características principais da urbanização 
temos: 
 Intensa urbanização a partir da industrialização da economia 
brasileira; 
 Aumento proporcional dos empregos no setor secundário e 
terciário; 
 Duplicação da população urbana sobre o total dos habitantes 
do país. 
Rede e Hierarquia Urbanas 
O processo de urbanização compõe a chamada rede urbana, um 
conjunto integrado ou articulado de cidades em que se observam 
a influência e a liderança das maiores metrópoles sobre os 
menores (centros locais). A hierarquia urbana é estabelecida na 
capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar 
outros por meio da oferta de bens e serviços à população. Pode 
ser uma metrópole nacional (se influencia todo o território 
nacional) ou uma metrópole regional (se influencia certa porção 
ou região do País). São inúmeras as atividades desenvolvidas nas 
cidades, tanto no setor secundário (indústria) como no terciário 
(comércio e serviços), e até mesmo no primário (agropecuária). 
Essas atividades, dependendo de sua qualidade e diversificação, 
podem atender não só à população urbana, mas a todo o 
município, incluindo a zona rural e a população de vários 
municípios ou de outros estados. Assim, uma cidade pequena 
pode não ter um comércio ou serviço de saúde suficiente para sua 
população, que é atendida em outra cidade maior, mais bem 
equipada, que lhe ofereça serviços de melhor qualidade. 
Os equipamentos de uma cidade (escolas, universidades, postos 
de saúde, hospitais, sistema de transporte, cinemas, teatros, entre 
outros), o parque industrial, os serviços, o setor financeiro 
determinam a sua área de influência, ou seja, a região por esta 
polarizada. Assim, é possível construir um sistema hierarquizado, 
no qual as cidades menores encontram-se subordinadas às 
maiores. 
 
O IBGE classifica a rede urbana brasileira de acordo com o 
tamanho e importância das cidades. As categorias de cidades são: 
Metrópoles globais: suas áreas de influência ultrapassam as 
fronteiras de seus estados, região ou mesmo do país. São 
metrópoles globais São Paulo e Rio de Janeiro 
Metrópoles nacionais: encontram-se no primeiro nível da 
gestão territorial, constituindo foco para centros localizados 
em todos os pontos do país. São metrópoles nacionais Brasília, 
Rio de Janeiro e São Paulo. 
Metrópoles regionais: constitui o segundo nível da gestão 
territorial, e exercem influência na macrorregião onde se 
encontram. São metrópoles regionais Belém, Belo Horizonte, 
Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife e 
Salvador. 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
13 
Capitais regionais: constituem o terceiro nível da gestão 
territorial, e exercem influência no estado e em estados 
próximos. Dividem-se em três níveis: 
 
‒ Capitais regionais A: Aracaju, Campinas, Campo Grande, 
Cuiabá, Florianópolis, João Pessoa, Maceió, Natal, São Luís, 
Teresina e Vitória. 
 
‒ Capitais regionais B: Blumenau, Campina Grande, Cascavel, 
Caxias do Sul, Chapecó, Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna, 
Joinville, Juiz de Fora, Londrina, Maringá, Ribeirão Preto, São 
José do Rio Preto, Uberlândia, Montes Claros, Palmas, Passo 
Fundo, Poços de Caldas, Porto Velho, Santa Maria e Vitória 
da Conquista. 
 
‒ Capitais regionais C: Araçatuba, Araguaína, Arapiraca, 
Araraquara, Barreiras, Bauru, Boa Vista, Cachoeiro de 
Itapemirim, Campos dos Goytacazes, Caruaru, Criciúma, 
Divinópolis, Dourados, Governador Valadares, Ijuí, 
Imperatriz, Ipatinga/Coronel Fabriciano/Timóteo, Juazeiro 
do Norte/Crato/Barbalha, Macapá, Marabá, Marília, 
Mossoró, Novo Hamburgo/São Leopoldo, Pelotas/Rio 
Grande, Petrolina/Juazeiro, Piracicaba, Ponta Grossa, Pouso 
Alegre, Presidente Prudente, Rio Branco, Santarém, Santos, 
São José dos Campos, Sobral, Sorocaba, Teófilo Otoni, 
Uberaba, Varginha e Volta Redonda/Barra Mansa. 
Funções das cidades 
Cidades Politica-administrativa: sedia órgãos públicos como 
Brasília. 
Cidade Religiosa: depende basicamente da sua importância 
religiosa, como Aparecida, Juazeiro do Norte. 
Cidades turísticas: explique que são todas aquelas vinculadas à 
atividade do turismo, como, por exemplo, Búzios (RJ), Porto 
Seguro (BA), Campos do Jordão (SP), entre outras. 
Cidades industriais: fale que são centros urbanos ligados 
economicamente com o setor industrial, nessa categoria temos o 
exemplo de São Bernardo do Campo, Santo André, entre outras 
espalhadas no território brasileiro. 
Cidades portuárias: esse tipo de núcleo urbano surge nos 
arredores de um porto, com essa característica podemos citar: 
Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Tubarão (ES). 
Cidades comerciais e prestadoras de serviços: são centros 
urbanos que possuem como principal fonte econômica a atividade 
do comércio e da prestação de serviços, nessa categoria temos o 
exemplo de Maringá, Ribeirão Preto, entre outras cidades. 
Cidades Geografia: escolas de treinamento para plantações 
(escolas agrícolas). 
Espaço Urbano: problemas e reforma 
De um lado, há a cidade formal, na maior parte das vezes bem 
planejada, com bairros ricos, ruas arborizadas, avenidas largas, 
privilegiada por equipamentos e serviços. Contrasta de outro lado, 
com a cidade informal, composta pela periferia pobre, pelos 
subúrbios, pelas favelas, com ruas estreitas, sem planejamento, pela 
ocupação desordenada e sem infraestrutura adequada. 
Na cidade informal ou “oculta”, concentram-se os problemas urbanos, 
e sua população engrossa as estatísticas dos desempregados, dos 
subempregados, da violência. A cidade formal, preocupada com a 
violência, cerca-se de muros, guaritas, equipamentos de segurança 
(alarme, interfones, câmeras), acentuando a segregação espacial. 
Outros dados da População brasileira 
 Crescimento demográfico: 1,17% ao ano (2000 a 2010) ** 
 Expectativa de vida: 73,5 anos ** 
 Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 * 
 Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 * 
 Taxa de fecundidade total: 1,86 ** 
 Estrangeiros no Brasil: 0,23% ** 
 Estados mais populosos: São Paulo (41,2 milhões), Minas 
Gerais (19,5 milhões), Rio de Janeiro (15,9 milhoes), Bahia (14 
milhões) e Rio Grande do Sul (10,6 milhões). ** 
 Estados menos populosos: Roraima (451,2 mil), Amapá (668,6 mil) 
e Acre (732,7 mil). ** 
 Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (228,2 mil).** 
 Cidade mais populosa: São Paulo-SP (11,2 milhões). ** 
 Proporção dos sexos: 48,92% de homens e 51,08% de mulheres. 
** Vivem na Zona Urbana: 160,8 milhões de habitantes, enquanto 
que na Zona Rural vivem 29,8 milhões de brasileiros.** 
 
Fonte: IBGE * 2005, ** Censo 2010. 
 
4.1 Agropecuária 
É necessário saber que agropecuária remete a fusão da produção 
agrícola com a pecuária. A agropecuária teve um papel muito 
importante na economia brasileira no passado, visto que foi 
importante para o processo de povoamento do território brasileiro, 
pois na medida em que as propriedades rurais desbravavam o interior 
do país surgiam vilas e povoados. 
A produção agropecuária emprega aproximadamente 10% da 
população e responde por 8% do PIB brasileiro. Vários foram os 
fatores que determinaram a expansão da agropecuária no país, mas 
os principais são o grande mercado interno, grande extensões de 
terras com relevo favorável e o clima. 
A produção agropecuária anda lado a lado com a tecnologia, as 
propriedades rurais são classificadas segundo o nível tecnológico, ou 
seja, o grau de tecnologia empregado na propriedade rural, que 
determina se a propriedade e seu sistema de produção é tradicional 
(prática de agricultura ou pecuária vinculada na produção sem 
tecnologias) ou moderna (prática de agricultura, em geral, em grandes 
propriedades monocultoras ou pecuárias vinculadas na produção com 
tecnologias que caracteriza pela criação intensiva). A agricultura 
moderna cresceu a partir da década de 1970, com incremento da 
monocultura comercial com grande expansão de gêneros agrícolas 
para a indústria e para exportação. Após esse período foram surgindo 
novas tendências de produção e comercialização, como as 
cooperativas agrícolas (associação de pequenos e médios produtores 
rurais que se agrupam com finalidade de conseguir melhores preços 
de compra e venda). Com relação aos produtos produzidos no país 
percebe-se que os produtos de clima tropical são os mais produzidos 
pelo Brasil, uma vez que é um país tropical. Dentre os principais 
produtos tropicais podemos citar o cacau, café, cana-de-açúcar e 
algodão. A grande produção agrícola do Hemisfério Sul faz com que a 
sua época de colheita e a entre safra do comércio do Hemisfério Norte 
ocorram simultaneamente. 
Curso Preparatório Brasil 
http://cursopreparatoriobrasil.blogspot.com/ 
14 
SOLO 
O solo é constituído através da decomposição das rochas, processo 
que ocorre pela ação da água das chuvas e dos rios. Além disso, alguns 
organismos vivos que vivem no solo, também realizam atividades 
favoráveis para o mesmo, pois eles produzem a matéria orgânica, que 
são restos de animais e vegetais mortos. O acumulo deste material 
sobre o solo torna-o mais fértil, pois ele terá uma grande quantidade 
de nutrientes para o desenvolvimento das plantas. Portanto, para 
favorecer a agricultura, o solo deve apresentar boas condições. A 
importância do solo para os seres vivos é tão grande quanto a 
importância da água e do ar. Quando um solo é destruído, dificilmente 
ele voltará ás suas condições normais, e nem sua fertilidade será 
recuperada. Infelizmente, ainda não há nenhum tipo de recurso que 
produza solos para substituir os perdidos. 
No Brasil, há diversos tipos de solos agrícolas, os mais férteis são os 
chamados Massapê e Terras-Roxas que prevalecem em grandes áreas 
do país. 
Massapê 
É resultado da decomposição do Granito, Gnaisse, e Calcário. É 
encontrado na região Nordeste, e está relacionado com a 
plantação de cana-de-açúcar desta região desde o período da 
colonização. Apresenta-se por uma cor escura, e é um dos solos 
brasileiros que possui a maior fertilidade. 
Terra Roxa 
Assim como o Massapê, a Terra Roxa também é um solo bastante 
fértil, de cor avermelhada. É resultado da decomposição do 
Diabásio e Basalto. É encontrado principalmente nos estados de 
São Paulo, Paraná e Mato Grosso. Desde quando café chegou ao 
Brasil, este solo foi utilizado pra o seu cultivo. 
Solo de Várzea 
São solos que se localizam próximos de rios, e frequentemente 
são inundados por eles, por isso é necessário que sempre seja 
feito uma drenagem, para filtrar os excessos de água. O arroz é 
cultivado neste tipo de solo. 
Principais produtos da agricultura brasileira 
Café 
Quando o café chegou ao Brasil era considerado como uma planta 
ornamental. Em 1860 o café tornou-se definitivamente 
importante na economia brasileira, ao chegar à região de 
Campinas, no Estado de São Paulo. A partir deste fato, o café 
encontrou condições físicas favoráveis para o seu 
desenvolvimento, tais como: solo fértil, clima tropical de altitude, 
planalto ondulado. Rapidamente, o café atingiu lotes a oeste do 
Estado, e posteriormente ocupou o Norte do PR, Sul de Minas e 
MS. O Brasil é considerado o maior produtor mundial de café. 
Cacau 
O cacau é um produto que nasceu no Brasil, sendo cultivado 
primeiramente na Amazônia e atingindo o sul da Bahia, onde 
encontrou condições favoráveis para o seu desenvolvimento, 
como clima quente e super-úmido, solo espesso e fértil. 
Atualmente, é na Bahia que o cacau tem sua principal produção, 
sendo o maior Estado produtor de cacau do país. O Brasil é um dos 
maiores produtores mundiais de cacau, exportando 
principalmente para a Argentina, Estados Unidos, Europa e Japão. 
Cana-de-açúcar 
A cana-de-açúcar chegou ao Brasil no século XVI através dos 
portugueses. Inicialmente, este produto era cultivado 
principalmente na Zona da Mata Nordestina e no Recôncavo 
Baiano. A cana-de-açúcar representa um importante produto na 
economia do Brasil. Em 1930, o cultivo de cana-de-açúcar atingiu 
o Estado de São Paulo, que logo se tornou o maior produtor 
brasileiro de cana. O Brasil é considerado o maior produtor 
mundial de cana-de-açúcar, exportando principalmente para os 
Estados Unidos, Europa e Rússia. Ultimamente, houve um 
crescimento do investimento na mecanização da cultura de cana, 
pois esta técnica traz vantagens econômicas e ambientais, porém 
o número de trabalhadores da indústria canavieira deve sofrer 
uma drástica redução. 
Soja 
A soja é um produto recente no Brasil, e nas últimas décadas tem 
se tornado importante na produção agrícola brasileira, e nas 
exportações. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste são as principais 
produtoras de soja, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor 
brasileiro. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, o 
primeiro é os Estados Unidos. 
Milho 
O milho é um produto que nasceu na América, e é muito 
conhecido no mundo todo. No Brasil, a sua cultura está presente 
em todos os Estados, sendo o Paraná o principal produtor de 
milho. Mundialmente, os Estados Unidos é o maior produtor de 
milho, seguido da China e do Brasil. 
Trigo 
É o produto alimentício mais importado pelo Brasil. Em 1993 
foram 5,0 milhões de toneladas de trigo importado para o Brasil, 
pois o consumo interno foi de 7,2 milhões de toneladas e a 
produção interna foi de 2,3 milhões de toneladas. No Brasil, o 
maior produtor de trigo é o Estado do Paraná, seguido do Rio 
Grande do Sul. 
Arroz 
No Brasil encontramos a cultura de arroz em todos os estados, 
sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro, seguido de 
Minas Gerais e Goiás. O Brasil é considerado um dos maiores 
produtores mundiais de arroz. 
Algodão 
No Brasil, o algodão começou a ser cultivado no período colonial. 
O Brasil ocupa a 6ª colocação dos maiores produtores mundiais de 
algodão, sendo superado pela China, Rússia, EUA, Índia e 
Paquistão. 
Principais problemas da agricultura 
Sub-aproveitamento do espaço agrícola 
O Brasil é um país que possui um sub-aproveitamento de seu espaço 
rural. Com uma área de 8.511.965km² que o país possui, cerca de 
400.000km² são utilizados

Outros materiais