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PROFª Graciele Faustino COMPORTAMENTO SOCIAL Entende-se por interação social o processo que se dá entre dois ou mais indivíduos, em que a ação de um deles é, ao mesmo tempo, resposta ao outro individuo e estímulo para as ações deste. As ações de um são, simultaneamente, resultado e uma causa das ações do outro. Os comportamentos ditos interpessoais podem se dar de muitas formas diferentes. Chama-se socialização o processo pelo qual o indivíduo adquire os padrões de comportamento que são habituais e aceitáveis em seus grupos sociais. A cultura do meio social de um indivíduo influencia marcantemente suas características de personalidade, seus valores, motivos e atitudes. Refere-se a um espectro que vai de sentir instantaneamente o estado interno do outro e compreender seus sentimentos e pensamentos a “entender” situações sociais complicadas. Empatia primordial: sentir com os outros; sentir sinais emocionais não-verbais. Sintonia: ouvir com total receptividade; sintonizar-se com o outro. Cognição social: saber como funciona o mundo social. Não basta sentir como os outros se sentem, ou saber o que pensam ou pretendem, para garantir interações produtivas. A facilidade social se baseia na consciência social para permitir interações fluentes e eficazes. Sincronia: interação fluente no nível não-verbal Apresentação pessoal: apresentar-se de maneira eficiente. Influência: moldar o resultado das interações sociais. Preocupação: importar-se com as necessidades dos outros e agir com base nelas. O termo influência social implica tentativas diretas e deliberadas de mudar nossas crenças, atitudes ou comportamento. Reagimos às influências sociais de muitas maneiras. Confor- midade • Quando respondemos a esta influência nos conformando com os desejos de um influenciador, sem necessariamente mudar nossas crenças ou atitudes Interna- lização • Quando estamos convencidos de que o influenciador está certo e mudamos nossas crenças e atitudes. Normas socias • São regras e expectativas implícitas que determinam o que devemos pensar e como devemos nos comportar. Mesmo quando estamos sozinhos continuamos a ser influenciados pelas regras sociais. Pesquisas apontam que tanto os humanos quanto os animais respondem mais rapidamente na presença de outros membros de sua espécie. Esta facilitação social ocorre se os outros estão realizando a mesma tarefa (co-atores) ou simplesmente assistindo. A presença dos outros parece levantar o nível de impulso do organismo. Isso facilita o correto desempenho de respostas simples, mas prejudica o desempenho de respostas complexas. Para humanos, fatores cognitivos como a preocupação com a avaliação também desempenham um papel. O termo facilitação social é utilizado para se referir aos efeitos da co-ação e a presença de uma platéia. Parece provável que a mera presença do outro, a preocupação com a avaliação, o conflito por distração e o desejo de apresentar uma imagem positiva contribuem para os efeitos da facilitação social. O comportamento agressivo desenfreado às vezes apresentado por bandos e multidões pode ser o resultado de um estado de desindividuação, no qual os indivíduos sentem que perderam suas identidades e se fundiram no grupo. Conseqüências da desindividuação: Enfraquecimento de restrições ao comportamento impulsivo, Maior sensibilidade às sugestões imediatas e estados emocionais correntes, e Menor preocupação com a avaliação dos outros Um espectador em uma emergência tem menor probabilidade de intervir ou ajudar se estiver em um grupo do que se estiver sozinho. Dois fatores importantes que impedem a intervenção : definição da situação e a difusão da responsabilidade. Ao tentar parecer calmos, os espectadores podem definir a situação uns para os outros como de não-emergência. A presença de outras pessoas também difunde a responsabilidade de modo que nenhuma das pessoas sente necessidade de agir. Espectadores têm maior probabilidade de intervir quando estes fatores são minimizados, principalmente se uma pessoa começa a ajudar. A obediência à autoridade pode ser sabotada, e a rebelião provocada, se o indivíduo está com um grupo cujos integrantes têm a oportunidade de compartilhar suas opiniões podem dar uns aos outros apoio social para divergir e podem oferecer modelos de desobediência. Mas o indivíduo pode então ter que escolher entre obedecer à autoridade e a conformidade com o grupo que decidiu se rebelar. Uma minoria dentro de um grupo pode levar a maioria a seu ponto de vista se mantiver uma posição de desacordo consistente sem parecer rígida, dogmática ou arrogante. As minorias às vezes obtêm mudanças privadas de atitude dos integrantes majoritários mesmo quando não conseguem obter conformidade pública. A persuasão pode tomar duas rotas na produção de mudança de crença de atitude: a rota central, em que o indivíduo responde aos argumentos essenciais de uma comunicação, e a rota periférica, em que o indivíduo ou responde a sugestões não- ligadas ao conteúdo de uma comunicação (tal como o número de argumentos) ou às sugestões de contexto (tal como a credibilidade do comunicador ou a aprazibilidade do ambiente). No processo de identificação, obedecemos às normas e adotamos crenças, atitudes e comportamentos dos grupos que respeitamos e admiramos. Utilizamos estes grupos de referencia para avaliar e regular nossas opiniões e ações. A maioria das pessoas se identifica com mais de um grupo de referencia, e isso pode levar a pressões conflitantes sobre crenças, atitudes e comportamentos. Propõe que a persuasão induzida por uma comunicação é na verdade autopersuasão produzida pelos pensamentos que a pessoa tiver enquanto lê ou ouve a comunicação. Se a comunicação evoca pensamentos que apóiam a posição que está sendo defendida, o indivíduo se acerca daquela posição; se a comunicação evoca pensamentos não- corroborativos, tais como contra-argumento ou pensamento depreciativo sobre o comunicador, o indivíduo permanecerá não- persuadido. ATINKSON, Rita L. Introdução à Psicologia de Hilgard. Trad. Daniel Bueno. 13ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. GOLEMAN, Daniel. Inteligência social. O poder das relações humanas. Rio de janeiro: Elsevier, 2006.
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