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Relatório de Entrevista da Psicóloga Social
Relatório de Visita Técnica apresentado à professora Marcia Tarssinari de A. Hott, como requisito parcial para aprovação na disciplina de EST.SUP.BÀSICO2 EM PSICOLOGIA NS-NS – 513 do curso de psicologia da Universidade Estácio de Sá.
 Rio de Janeiro-2017
Resumo 
No dia 15 de Setembro de 2017, foi realizada a entrevista com a psicóloga Marlene de Freitas Iglesias CRP 05/21232, no Projeto O Bom Pastor, que se localiza na Rua Silvério, 97- Cascadura/RJ, com o intuito de conhecer o trabalho da psicóloga, técnicas utilizadas, agregando valor para nos futuros formados do curso de Psicologia.
O projeto O Bom Pastor é uma organização independente sem fins lucrativos que se destina ao atendimento a usuários de drogas, população em situação de rua e suas respectivas famílias.
Palavras-Chave: Psicóloga,entrevista
 Entrevista com a Psicóloga Social
Porque você escolheu a psicologia?
Bom eu escolhi psicologia, porque eu sempre achei que ela tinha a ver comigo. Eu sempre gostei de ajudar as pessoas, de ouvi-las, de em certos momentos de dificuldades elas virem até mim e eu sempre escolho um lugar mais reservado até mesmo para que elas pudessem falar das suas dores, falar das suas dificuldades de forma mais segura. A princípio a minha escolha seria serviço social, mas com o tempo eu fui percebendo que com a psicologia eu poderia ir além, ir nas dores, nos sentimentos e junto com o paciente encontrar um caminho e o melhor da situação dela atual mesmo ele se sentindo incomodado ou achando que estava incomodando. Foi a partir da experiência das pessoas sempre me procurarem para ajudá-las que eu descobri que a psicologia tinha tudo a ver comigo. Mesmo sabendo que não se deve igualar psicologia e religião, mas o meu envolvimento com a igreja que me levou a conclusão de que o melhor caminho para mim seria a psicologia, pois esse olhar do cristianismo que me levou a querer ajudar o outro.
E onde você realizou a sua formação acadêmica ?
Eu me formei na universidade Celso Lisboa, fiz vários cursos em formação de psicologia e depois eu fiz uma pós em psicopedagogia porque eu recebia muita demanda no consultório de crianças com problemas em aprendizagem e então senti necessidade de me informar mais em relação a essas demandas que eu recebia para trabalhar melhor com crianças nesses seus déficit de aprendizagem. Além de ter trabalhado muitos anos com crianças, hoje eu não trabalho mais com elas hoje eu trabalho mais com adultos na clínica e aqui na psicologia social.
Qual abordagem teórica você se embasa na sua prática psicológica?
A abordagem teórica a qual eu mais me identifiquei foi a terapia cognitivo- comportamental, apesar de dentro da psicologia social eu não trabalhar tanto com a clínica. Mas a que eu vejo o ambiente psicológico é o TCC.
Como você percebe hoje o mercado de trabalho para o profissional de psicologia ?
Bom é o seguinte, hoje não é dizer que está fácil mas o campo está mais aberto do que na época em que eu me formei em psicologia, hoje a gente percebe as questões sociais até mesmo por conta da correria da vida, das muitas cobranças, da competitividade atual em que as pessoas estão inseridas, nós percebemos uma maior procura e conscientização sobre a importância do profissional de Psicologia, a gente vê uma sociedade brasileira doente mentalmente então nesses ambientes eu tenho visto que o psicólogo tem sido reconhecido em sua importância para a melhora e o estabelecimento da Saúde Mental e também física das pessoas. Então hoje eu percebo que o profissional de Psicologia tem um mercado maior, até mesmo porque ele pode trabalhar em diversas áreas da sociedade, a área organizacional, área do esporte, área social, área hospitalar, também na clínica que é uma grande aventura e uma grande possibilidade humana de crescimento para si e também para aquele que está sendo atendido por nós, então o psicólogo hoje eu vejo com um grande otimismo e com grande importância da atuação na sociedade. Lembrando que na época em que me formei eu encontrei muita dificuldade até mesmo por conta da falta de conhecimento do profissional de psicologia na sua importância e as pessoas não sabiam muito qual é a importância de um psicólogo na sociedade e a sua área ainda estava começando a se expandir, então na época que eu me formei coisa de 20 anos atrás eu encontrei bastante barreiras. Mas amo ser psicóloga, amo ouvir os pacientes, compreendê-los e ajudá-los de alguma forma a viverem melhor para a sua vida as suas dificuldades e a sua existência. Inclusive quando eu comecei a atuar como psicóloga logo depois da minha formação eu encontrei a possibilidade de trabalhar na clínica, por isso que eu iniciei a minha vida na clínica, eu inclusive me juntei a três amigas que se formaram, abrimos uma clínica. Encontramos dificuldade em trabalhar em outras áreas até mesmo por conta do desconhecimento das pessoas da importância do papel do psicólogo em outras instituições. Como eu disse no início as outras áreas haviam um certo desconhecimento em relação ao psicólogo a sua função o seu papel dentro dessas outras instituições então eu iniciei a minha vida profissional na clínica.
Ao seu ver o que é mais importante para que um profissional de Psicologia se mantenha na área na profissão?
Acredito que o mais importante para que o psicólogo permaneça na sua área é ter amor á Psicologia, perseverança, estar sempre se atualizando, sempre buscando cursos de formação de extensão, e ao meu ver o psicólogo atual ele para permanecer na área e precisa ser um pesquisador o tempo todo, ele tem que ficar pesquisando. Algo que me ajudou muito no início da minha carreira e tem me ajudado ainda é a supervisão, eu sempre quando tenho dificuldade em algum atendimento em alguma situação eu procuro psicólogos preparados que me auxiliem me ajudem a enxergar aquela situação de forma diferente ou até mesmo que me ajudem a olhar para aquela situação de uma forma que eu não esteja olhando, então algo importante também que proporciona o crescimento e a gente está sempre próximo á psicólogos maduros que possam nos auxiliar a nossa prática, nos auxiliar na reflexão da nossa prática. Muitas das vezes diante de um paciente a gente se encontra angustiado, triste porque eu muita das vezes eu já atendi pessoas com situações difíceis não só no sentido psicológico mas também físico, como uma pessoa já cometida por AIDS, e aqui mesmo na Instituição tem uma um rapaz que ele é homossexual e ele está já na fase Terminal da Aids, ele de vez em quando não toma os medicamentos necessários e isso vai de alguma forma deteriorando o seu corpo e isso me causa sofrimento então é necessário que a gente tenha uma supervisão, tenha um suporte também psicológico para a gente porque se não nós não damos conta, porque nós somos humanos.
 6 )Na sua opinião como se pode medir resultados das intervenções psicológicas ?
Então de acordo com o passar do tempo de acordo com a observação que você tem do processo você vai percebendo a mudança na vida dele, do comportamento, do pensamento, na forma que ele tem expressado para você como ele tem enxergado a vida, então diante dessa realidade você vai observando e vai acompanhando esse processo esse de transformação, de mudança de vida de aceitação de si mesmo, então não há uma forma para você detectar esse resultado. Esses resultados e intervenções o próprio paciente que vai através daquilo que ele relata daquilo que ele vivencia daquilo que ele expressa mostrar para você o seu crescimento ou não diante das suas demandas das suas dificuldades aquilo que ele traz de sofrimento e que ele precisa resolver como o autor da sua vida, autor da sua história.
 7)Quais orientações você nos tem a dar ?
Em uma sociedade em que percebemos um aumento densidade das doenças psicológicas podemos percebermuitas pessoas trazendo soluções práticas alternativas que não são comprovadas cientificamente, então para os futuros psicólogos eu orientaria que sempre tenha em mãos o manual de Ética do profissional de Psicologia porque lá encontraremos as diretrizes para exercer a profissão de forma adequada, as pesquisas e as comprovações cientificas corretas, observamos na sociedade atual algumas práticas como Florais de Bach e várias outras que não tem comprovação científica e que causam naqueles que estão desesperados pelo sofrimento, pela ansiedade, pelo medo, pela depressão uma sensação não real de resolução de seus problemas na sua dor, então reafirmo que hoje os novos psicólogos busque ler e conhecer sobre a ética do profissional de Psicologia sempre para que eles não se confundam com essas práticas que não estão corretas e também orienta que os psicólogos novos busquem formação participar de congressos estar atualizados sobre tudo aquilo que está dentro do universo da psicologia.
 8)Como você vê a atuação do crp e do cfp ?
Vejo a atuação destes dois órgãos de forma muito positiva para nós psicólogos, porque através deles temos a orientação de como se proceder de forma correta e eficaz na prática psicológica além de sempre ter á possibilidade de formação e atualização por meio deles. Eu mesmo já fiz alguns cursos e participei de algumas informações por parte desses dois órgãos o Conselho Regional de Psicologia e o Conselho Federal de Psicologia
 9)Já teve alguma dificuldade no atendimento de alguns paciente/ cliente?
Sim já tive todos nós Independente de ser psicólogo ou não temos os nossos valores as nossas crenças e às vezes quando nós encontramos com uma outra pessoa que também possui as suas crenças e seus valores entendemos a concordar ou não e é justamente neste momento em que precisamos estar atentos ao nosso movimento interior e perceber o nosso preconceito em relação as escolhas da outra pessoa falando com você eu me recordo que uma vez até mesmo por conta dos meus valores cristãos eu tive determinada dificuldade em aceitar o outro na sua forma de ser totalmente diferente de mim mas eu como estava atenta ao meu movimento interior pude através da psicologia e do seu conhecimento ir além das minhas crenças pessoais e aceitar e ajudar o outro a poder se aceitar e resolver as suas questões que tanto lhe faziam sofrer como eu costumo dizer o psicólogo não serve para dar conselho ou dizer o que o outro devo fazer mas compreendendo outro e o aceitando ele é capaz de junto com o seu paciente descobrirem novas possibilidades e novos caminhos para a sua vida.

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