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Introdução: Yohrana 1 - A Psicologia Jurídica no Brasil teve seu início na década de 1960. Tal inclusão aconteceu de maneira lenta e convencional, por meio de trabalhos voluntários na avaliação de criminosos, doentes mentais e outros delinquentes. Estudos comparativos da época demonstraram que a analise dos psicólogos forense eram melhores que a dos psiquiatras. Os psicodiagnósticos eram matematicamente comprovados para a orientação dos operadores do Direito. No início a Psicologia era reconhecida como uma prática voltada para a realização de exames e avaliações, buscando identificar o problema, por meio de diagnóstico, mas precisamente conhecido como Testólogo. A tarefa da psicologia era basicamente a perícia psicológica no processo civil, de crime e eventualmente nos processos de adoção. Em se tratando de Direito da Família a atuação do psicólogo nesse assunto, era de aconselhamentos relacionados a separação e divorcio, disputa de guarda e regulamentos de visitas, em instituições como o Núcleo de Atendimento à Família (NEA), fundada em outubro de 1997, implantado no Fórum Central de Porto Alegre. Mas nada em se tratando especificamente de “violência contra a mulher”. Pois se em pleno século XXI a violência doméstica é bastante evidente, que dirá em uma época onde a maioria dos homens eram autoritários e dominantes, praticantes de crueldade com suas famílias. Em uma época onde imperava a impunidade, quando se tratava de violência contra a mulher. Desenvolvimento 1: Lei Anne 2 - Os crimes de violência doméstica até 2006 eram julgados em juizados especiais criminais, por serem considerados, à época, crimes de menor potencial ofensivo. O que muitas vezes era facilmente arquivado por conivência da justiça brasileira com o crime de violência contra a mulher e pela falta de empenho das autoridades nas delegacias policiais. Quando as mulheres conseguiam chegar a uma delegacia, não existia ali nenhum amparo psicológico e sequer havia uma seção ou órgão especializado para encaminhá-las. Por isso, muitas vezes as mulheres agredidas nem mesmo procuravam a polícia e, quando o faziam, logo desistiam da queixa. Precisou se tornar público o drama de uma mulher que, no ano de 1983, enfrentou a tragédia de um lar devastado pela violência. Vítima de agressões, cárcere privado e duas tentativas de homicídio, ficando, em virtude das agressões sofridas pelo seu marido, paraplégica. Mesmos com seus gritos de socorro por justiça, o agressor continuava impune. Contou sua triste e lamentável história nas páginas de um livro. Mas somente com a intervenção de órgãos estrangeiros é que Maria da Penha Maia Fernandes conseguiu ver seu agressor condenado, mesmo que cumprindo somente dois anos dos dez que lhe foram imputados. Maria da Penha teve seus direitos reconhecido e transformados na Lei que hoje leva seu nome. Em 2006 foi promulgada a Lei 11.340-Maria da Penha, e com ela criou-se mecanismos de prevenção e amparo legal com possibilidades de concessão de medidas protetivas de urgência e encaminhamento para serviços de acolhimento, atendimento, acompanhamento e abrigo se necessário. A Lei Maria da Penha situa o crime de violência contra a mulher como agravante nos casos de lesões corporais, físicas e psicológicas. E prevê a prisão do agressor em três possibilidades: o flagrante, preventivamente e por condenação transitada em julgado. As mulheres vítimas de agressões doméstica e familiar, são de responsabilidade do Estado brasileiro. A Lei Maria da Penha incentiva a criação de serviços especializados de atendimentos às mulheres como: defensorias na defesa da mulher, delegacias especializadas em atendimento à mulher, promotorias especializadas e amparo psicológicos. Desenvolvimento 2: Atuação do psicólogo Letícia 3 – O psicólogo atua na reabilitação da vítima, muitas vezes com sequelas graves, devido às violências sofridas, como o transtorno do estresse pós traumático, depressão, ansiedade, baixo auto estima, dificuldades de relacionamentos e fobias. O psicólogos pode realizar visitas domiciliares, proporcionando desenvolvimento e avanços nas relações. A finalidade do psicólogo é que a vítima possa resgatar a sua condição de pessoa, sua autoestima, minimizando o sentimento de culpa. A partir do momento que o psicólogo entende toda a dimensão do processo judicial, cabe a ele interferir, orientar, encaminhar, fazer avaliações psicológicas, conduzir para outros órgãos se houver necessidade, buscando sempre compreender a realidade dos envolvidos. Visando melhor aplicação de suas técnicas, sempre com base no seu conhecimento, formação teórica, e não menos importante, levar em conta as condições da instituição em qual serão realizados avaliações, considerar o estado emocional das partes, ficando estas, muitas vezes, na defensiva. Lembrando que a prática da psicologia é um instrumento científico, portanto o amparo psicológico é de fundamental importância em momentos como esse. Conclusão: laudos e conclusão Débora 4 - O trabalho do psicólogo, também é realizado juntamente com uma equipe de profissionais e mediante laudos e avaliações, auxilia o juiz nos processos judiciais e tem participação primordial nas sentenças criminais. Com a mesma importância e seriedade, o psicólogo se aproxima da vítima ou família em questão, visualiza toda a extensão do processo, objetivando sempre os direitos das pessoas avaliadas. Com todas essas informações o psicólogo precisa elaborar um documento que será usado como prova processual, que contribuirão no esclarecimento das questões e ajudando as decisões judiciais. O psicólogo tem uma atuação específica, prevista no Código de Processo Civil, como Perito. Cargo de confiança do magistrado. Onde lhe é dado a responsabilidade de periciar, com muita cautela e neutralidade, a prova que está sendo contestada por uma das partes do processo jurídico. O Perito dá o seu parecer, incluindo ou não seu ponto de vista. Já com o laudo periciado, o Psicólogo Perito encaminha esse documento ao Psicólogo Assistente Técnico, para que este faça sua conclusão final. Para elaboração de todos esses documentos necessários, o psicólogo precisa coletar dados, utilizando sua técnica de avaliação como: entrevistas, testes, observações, práticas, para levantar informações necessárias sobre as pessoas atendidas. Se preciso for, é capaz de complementar documento de outros profissionais. Ao psicólogo compete também fazer Declarações, Atestados, Relatórios Psicológicos ou Laudos Psicológicos. O psicólogo Assistente Técnico, conhecedor de suas funções, deve comunicar as partes e os advogados de suas conclusões. Questões Ética do Psicólogo - Princípio da Dignidade da Pessoa Humana - Promoção da Saúde e Qualidade de Vida das Pessoas e Coletividade - Responsabilidade Social - Divulgação dos Conceitos Éticos e Práticas Psicológicas - Reconhecimento das Relações de Poder nos Contextos em que Atua e os Impáctos destas Relações Em 2016, segundo estatísticas da SPM/PR (Secretaria de Política para as Mulheres da Presidências da Repúblicas), no primeiro semestre foram registrados pela Central de Atendimentos à Mulher (Ligue 180): Atendimentos em média 555.634 Por mês 92.605 Por dia 3.052 Nos primeiros dez meses de 2016, foram registrados quase 68 mil denúncias de violência contra a mulher, sendo que: Física 51% Psicológica 31,1 % Moral 6,57 % Sexual 4,30 % ..........em média 13 por dia........147 % a mais que em 2015 Cárcere Privado4,86 % ..........em média 18 por dia.......142 % a mais que em 2015 Patrimonial 1,93 % Tráfico 0,24 % Fontes cielo.br newsmedical.net minhavida.com compromissoeatidude.org.br dossieviolenciacontraasmulheres violenciasexista atlasdeacessoajustiça JICEX
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