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Casos Direito Civil III

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Direito Civil III Caso 1 
O professor Antônio José começou a aula de Direito Civil III com a seguinte afirmação: - A vontade é um dos principais elementos para a formação dos contratos. Deve ser valorizada. Porém dentro de toda a lógica normativa que envolve os deveres e obrigações contratuais. Assim o contrato se tornou um instituto funcionalizado, isto é, uma vez não cumprida a sua função, não possui efeitos jurídicos. Nesse contexto a autonomia de vontade das partes dentro da relação negocial existente está condicionada ao cumprimento da função social. A seguir, o professor colocou as seguintes perguntas no quadro: a) Quais as condições de validade do contrato? b) O que significa e qual a relevância da autonomia da vontade das partes numa relação contratual? c) O que vem a ser a função social do contrato?
Resposta:
a) Manifestação livre e espontânea.
b) Tem que ser livre e espontânea voltada para preencher seus interesses e necessidades.
c) Tem por finalidade balizador (colocar) dos limites nas relações contratuais.
Direito Civil III Caso 2
Manoel, prestador de serviços em Curitiba, após troca de e-mails com informações sobre o serviço (via Internet) com Maria (residente em Colombo, região metropolitana de Curitiba) apresenta-lhe on-line (também via Internet/Messenger) proposta para realizar pintura de sua residência, indicando o preço que cobraria pela empreitada e o material necessário. Responda as questões abaixo: i. Pode-se afirmar que houve negociação preliminar? Se afirmativa a resposta, de que forma? ii. A proposta feita on-line por Manoel vincula? Justifique sua resposta e destaque, em caso afirmativo, o que significaria a obrigatoriedade da oferta. iii. Qual o prazo de validade da oferta feita por Manoel? iv. Em que momento poderia ser considerada aceita a proposta e formado finalmente o contrato? v. Identifique o lugar da celebração do contrato. 
Resposta:
a) Sim, via internet.
b) Sim, porém deve verificar se os elementos essenciais estão presentes e se não há clausula adversa dizendo que não está vinculado.
c) Não há prazo de validade, devereria ter sido aceita imediatamente.
d) Onde o contrato foi proposto, em Colombo.
Direito Civi III Caso 3
Lúcia promete à sua Comissão de Formatura que trará para cantar em uma festa, destinada a arrecadar fundos para a Comissão, sua tia, Ivete Sangalo. Os membros da Comissão, conhecedores do relacionamento próximo que Lúcia possui com sua tia, com razões concretas e objetivas para acreditar na promessa, não contratam nenhuma banda e iniciam os preparativos de divulgação do evento que, então, terá como uma das principais atrações a mencionada cantora. Ocorre que um dia antes do início da festa, Lúcia telefona para o presidente da Comissão e o comunica que embora tenha realizado inúmeros esforços não conseguirá trazer a tia para cantar na festa. Diante dessa situação, responda: a) Qual é o tipo de obrigação (utilize pelo menos duas classificações) assumida por Lúcia em face da Comissão de formatura e que espécie contratual pode ser identificada? b) Lúcia poderá ser de alguma forma responsabilizada, mesmo tendo empreendido todos os seus esforços para que a tia cumprisse promessa por ela feita? c) Suponha que por intermédio de Lúcia, a representante da cantora entrou em contato com o Presidente da Comissão e, anuindo com a indicação do promitente, combina que a cantora cantará na festa no dia e horários marcados. No entanto, no dia do evento a cantora é convidada a receber um prêmio e não comparece ao evento. Quem responderá pelos prejuízos causados por essa ausência? Fundamente sua resposta. 
Resposta:
a) Promessa de fato de terceiro. Trata-se de obrigação de fazer e de fresultado.
b) Sim, Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
c) Quem responderá por perdas e danos será a cantora, nenhuma obrigação ocorrerá para quem se comprometer por outrem, se este depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Direito Civil III Caso 4
Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção. Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em dação em pagamento. Considerando os dados fornecidos, esse pedido será julgado procedente ou improcedente? Por quê? Fundamente sua resposta. 
Resposta: Ação será julgada improcedente, tendo em vista que Caio perdeu a posse dos lotes em viturde de um acordo de vontade. Para ser evicção seria necessária a intervenção judicial, mediante uma sentença em transito e julgado ou ato administrativo praticado por autoridade competente. Além disso o comprador poderá ser indenizado uma vez que a compra foi “a non domino”.
Direito Civil III Caso 5
Arnaldo contratou, por telefone, serviço de TV a cabo por meio do qual recebeu, em comodato, aparelho de recepção de sinal. Passado algum tempo, informou, também por telefone, que desejava realizar distrato, além de ser indenizado pelo que gastou nas despesas com o uso da coisa, consistentes em aquisição de televisor compatível com a tecnologia do aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço informou que, para realização do distrato, Arnaldo deveria assinar um instrumento escrito. Além disto, recusou-se a indenizar Arnaldo e exigiu de volta o aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço tem ou não tem razão? Explique sua resposta. 
Resposta: 
a) A prestadora não tem razão, pois o contrato foi celebrado por telefone, sendo assim deve ser desfeito pelo mesmo meio, por telefone.
b) A prestadora tem razão quanto a exigir a devolução do equipamento, uma vez que o mesmo esta em posse de Arnaldo sob o regime de comodato, que deve ser restituído ao dono por ocasião da extinção do contrato.
Direito Civil III Caso 6
(CESPE-DPE-Adaptado) Em 19/12/2012, Elias, divorciado, e sua irmã, por parte de pai, Joana, solteira, procuraram a DP para saber o que poderia ser feito a respeito da venda de um imóvel urbano, realizada pelo pai de ambos, Aldair, a seu neto, Miguel, filho de Cláudio, irmão dos assistidos, o qual havia passado a residir no imóvel com o pai alienante após a morte da companheira deste, Vilma. Afirmaram que não haviam consentido com a venda, muito embora dela tivessem sido notificados previamente, sem que, contudo, apresentassem qualquer impugnação. A alienação consumou-se em escritura pública datada de 18/10/2002 e registrada no dia 11/11/2002. Considerando aspectos relativos a defeitos, validade, invalidade e nulidade do negócio jurídico, com referência à situação hipotética acima descrita, que é necessário para sua anulação?. 
Resposta: A venda seria anulável caso ficasse comprovada a dissimulação de um real contrato de doação com aparência de um contrato de compra e venda e ainda e ainda comprovando-se um prejuízo.
Direito Civil III Caso 7
Germano vendeu a Juca uma chácara localizada a poucos quilômetros do centro de Curitiba. Neste contrato fixaram as partes que se Juca quiser vender o imóvel deverá oferecê-lo previamente a Germano em igualdade de condições da oferta feita a terceiros. Sobre este contrato, pergunta-se: a) Pode-se identificar algum tipo de cláusula especial neste contrato de compra e venda? Em caso afirmativo, qual é a cláusula e qual seu conceito? b) Não havendo prazo estipulado para o exercício do direito previsto na cláusula especial, qual será o limite temporal máximo? Quando tem início a contagem desse prazo? Esses prazos podem ser alterados pela vontade das partes? c) Caso a cláusula não seja observada por Juca, que medidas Germano poderá tomar? Explique sua resposta. 
Resposta
a) Sim, clausula de preferência , na qual subordina a eficácia do meio, através da qual em uma possível venda o vendedor terá quedar a preferência ao antigo dononas mesmas condições e preços ou relação a terceiros.
b) Para móvel 03 dias, para imóvel 6 anos (começando a contar na data da notificação do vendedor).
c) Poderá impugnar a venda depositando o valor da venda em juízo no prazo de 180 dias dias.

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