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CENTRO DE CIÊNCIA DA SAÚDE - CCS 
Componente Curricular: Introdução a Libras: Língua Brasileira de Sinais. 
Docente: Anderson Rafael Siqueira Nascimento. 
Discentes: Maiquelane Barreto Oliveira 
 Rosiléia Silva Argolo. 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 
 (Libras na Saúde: questionamentos nas dificuldades de comunicação e estratégias 
enfermeiros-pacientes) 
 
 
 
 
 
 
 
Santo Antônio de Jesus – BA 
Setembro de 2017 
Resumo 
 
O presente artigo é resultado dos estudos referente Libras na Saúde: questionamentos nas 
dificuldades de comunicação e estratégias enfermeiros-pacientes, surgido a partir das leituras 
e debates da disciplina Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), do curso Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde se buscou 
através de um revisão bibliográfica, compreender, promover e difundir a Libras, estimulando 
os enfermeiros para o uso da Língua Brasileira de Sinais, para que possam se adaptar as 
condições do paciente, nos orientamos a partir de leitura de autores e teóricos. Este trabalho 
tem grande relevância e contribuição para nós enquanto estudante e futuros profissionais da 
saúde, de identificar as possíveis dificuldades de comunicação encontradas pela equipe de 
enfermagem nos serviços de saúde com pacientes surdos e deficientes auditivos, para que 
futuramente não acometemos alguns erros e não termos dificuldades com essas pessoas de 
necessidades especiais. 
Palavras-chave: libras, surdos, saúde, comunicação, profissionais de enfermagem. 
 
Abstract 
 
The present article is a result of the studies related to Libras na Saúde: questions on 
communication difficulties and nurse-patient strategies, arising from the readings and debates 
of the Brazilian Language of Signals course (LIBRAS), the Interdisciplinary Bachelor of 
Health course at the Federal University of Recôncavo da Bahia, where we searched through a 
bibliographical review, understand, promote and disseminate the Libras, stimulating nurses to 
use the Brazilian Sign Language, so that they can adapt the patient's conditions, we orient 
ourselves from reading of authors and theorists. This work has great relevance and 
contribution for us as a student and future health professionals, to identify the possible 
communication difficulties encountered by the nursing team in the health services with deaf 
and hearing impaired patients, so that in the future we do not make some mistakes and we do 
not have terms people with special needs. 
 
Keywords: Libras, deaf, health, communication, nursing professionals. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Segundo Pagliuca et al. (2007), a deficiência auditiva comparada com a deficiência física, 
auditiva e visual é considerada como o tipo de deficiência de mais difícil convívio com o 
restante da sociedade, devido à audição ser o sentido essencial para a aquisição e uso da 
linguagem. Sendo assim, por terem dificuldades em sua comunicação oral, necessitam de 
recorrer à língua de sinais para pode realizar a comunicação. 
“Atualmente a LIBRAS é reconhecida cientificamente como um sistema linguístico de 
comunicação gesto-visual, com estrutura gramatical própria, independente da língua 
portuguesa” (PAGLIUCA et al, 2007). Porém, observa-se que o comportamento não verbal 
impede um vínculo efetivo entre o profissional de saúde e o paciente, visto que o uso da 
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) pelos profissionais da saúde são poucas. 
As dificuldades de comunicação podem se tornar uma barreira ao sucesso do atendimento 
integral, sendo que na maioria dos casos os surdos conseguem descrever seus sintomas com 
grandes dificuldades (CHAVEIRO, BARBOSA, 2005). Portanto, a comunicação efetiva é 
importante, pois só assim o profissional poderá identificar os problemas do paciente e 
encontrar alternativas para solucioná-los. 
O presente trabalho se justifica devido à relevância de identificar as possíveis 
dificuldades de comunicação encontradas pela equipe de enfermagem nos serviços de saúde 
com pacientes deficientes auditivos, visto que é essencial a comunicação entre profissionais 
de saúde e o paciente para proporcionar um cuidado integral. 
Portanto, tem-se como objetivo geral despertar nos enfermeiros o interesse de utilizar 
a língua de sinais para o melhor atendimento às pessoas com surdez e deficiência auditiva, por 
meio do conhecimento da realidade da Comunidade Surda e, também, das pessoas com 
deficiência auditiva, contribuindo para a humanização do atendimento clínico. 
A solução que é discutida neste trabalho é promover e difundir a Libras, estimulando 
os enfermeiros para o uso da Língua Brasileira de Sinais, para que possam se adaptar as 
condições do paciente; mostrar ser a mais eficiente e mais sensata, é a inclusão da disciplina 
de Libras (Língua Brasileira de Sinais) nos currículos dos cursos de formação de profissionais 
de saúde em todos os níveis. Essa medida se traduziria numa ação incisiva de abrangência dos 
surdos como usuários plenos dos serviços de saúde oferecidos à sociedade e, portanto, um 
grande passo para minimizar, neste nível, as diferenças de um grupo de pessoas diferentes. 
2. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) 
A língua de sinais é o canal que os surdos dispõem para receber a herança cultural, e a 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS é utilizada pela comunidade surda brasileira que se 
torna diferente das línguas orais, pois, utiliza o canal visual-espacial. É adquirida como língua 
materna pelas crianças surdas e o simples contato com a comunidade de surdos adultos 
propicia a sua aquisição naturalmente (BRITO, 1993). 
A linguagem utilizada pelos ouvintes comuns é a oral; a usada pelos surdos é a LIBRAS. 
Entretanto, a língua oral e a língua de sinais não são línguas opostas e sim canais diferentes 
para a transmissão e a recepção de mensagens (SKLIAR, 1998 apud PAGLIUCA, 2007). 
Ante a dificuldade de comunicação dos surdos, surgiu a LIBRAS, com a finalidade de 
uniformizar os gestos emitidos pelos surdos no ato da comunicação. 
A audição é um dos sentidos mais importantes e é essencial para a aquisição da linguagem 
falada, por isso, a surdez traz muitas limitações para o desenvolvimento do indivíduo e 
influência no relacionamento da mãe e/ou de outros familiares e amigos com o surdo, além de 
estabelecer lacunas nos processos psicológicos de integração de experiências, afetando, 
inclusive, o equilíbrio e a capacidade normal de desenvolvimento da pessoa (REDONDO, 
2000). 
A deficiência auditiva ou surdez é a perda da audição bilateral, parcial ou total, de 
quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 
2.000HZ e 3.000HZ (BRASIL, 2004). 
Neste sentido, o surdo deseja ser tão entendido quanto o ouvinte, mas na maioria das 
vezes não pode se comunicar por igual porque não consegue ouvir, o que o impede de 
desenvolver a fala, que é a forma mais usada de expressão. O censo aponta que 6,7% da 
população brasileira tem alguma deficiência severa e a deficiência auditiva atinge cifras em 
torno de 1,1% do público citado (IBGE, 2010). 
Somado a este problema, de acordo com Chaveiro et al. (2010), a maioria dos 
profissionais de saúde não sabe usar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e não está 
suficientemente preparado para cuidar das pessoas com surdez, o que dificulta, quando não 
impede e/ou prejudica o acesso da pessoa com necessidades especiais como a deficiência 
auditiva aos serviços públicos ou privados de saúde a que tem direito, como todos os cidadãos 
brasileiros, conforme assegurado pela Constituição Federal de 1988. 
A LIBRAS é a segunda língua oficial do Brasil, sendo legalizada pela Lei Federalnº 
10.436/02 e regulamentada pelo Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005 e, desde então, 
tem sido difundida nos mais variados setores sociais, educacionais e de saúde, embora ainda 
desconhecida na maioria das instâncias (BRASIL, 2002). 
Por esse motivo, é conveniente ressaltar que o capítulo VII do Decreto de Lei nº 5.626, 
de 22 de dezembro de 2005, que trata da garantia do direito à saúde das pessoas surdas, 
determinou que, a partir de 2006, o atendimento a estas pessoas na rede de serviços do 
Sistema Único de Saúde (SUS) bem como nas empresas que detêm concessão ou permissão 
de serviços públicos de assistência à saúde, seja realizado por profissionais capacitados para o 
uso de LIBRAS ou para a sua tradução e interpretação. 
Por este motivo, desde que a LIBRAS foi reconhecida oficialmente e com base na 
referida lei, iniciaram-se cobranças da sociedade civil organizada para que os profissionais e 
instituições de saúde se preparassem para assistir mais adequada e efetivamente a população 
surda, embora muito pouco ou quase nada tenham obtido de êxito no sentido de resguardar os 
direitos à saúde e à dignidade dessas pessoas (GROSSI JÚNIOR; SANTOS, 2009). 
Independentemente de apresentar surdez, o ser humano merece ser bem atendido em 
todos os setores da saúde, sobretudo na Atenção Primária à Saúde (APS), por tratar-se da 
porta de entrada do sistema e, conforme Ohara e Saito (2010), o sujeito deve ser considerado 
em sua singularidade, complexidade, integralidade e inserção sociocultural, além de realizar a 
promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de 
sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável e 
autônomo. 
Estudos realizados com profissionais de enfermagem mostram que há falhas na 
comunicação não-verbal na interação com os pacientes portadores de deficiência auditiva, 
caracterizando a necessidade de atenção e treinamento a fim de não comprometer o 
atendimento ao paciente (PAGLIUCA et al., 2007; COSTA,1999; MELLES, 2001). 
A cultura e a linguagem dos deficientes auditivos são diferentes e devem ser 
conhecidas e respeitadas de acordo com os princípios éticos. A comunicação com essa 
clientela surge como um desafio, principalmente para os profissionais que prestam assistência 
à saúde (ARAÚJO et al., 2007). 
Por meio da comunicação estabelecida com o paciente, os profissionais podem 
compreendê-lo como ser holístico e perceber sua visão de mundo, isto é, seu modo de pensar, 
sentir e agir. Dessa forma, é possível entender suas necessidades e, assim, prestar assistência 
adequada, minimizando seu desconforto (SILVA, 1996). 
 
 
3. COMUNICAÇÃO E ESTRATÉGIAS ENFERMEIROS-PACIENTES 
Em decorrência de um déficit nos currículos destes profissionais que passa por sua 
vida acadêmica sem ao menos incluírem em sua formação o estudo da Libras, tornando assim 
incapazes de se comunicar diretamente e abertamente tanto com as pessoas surdas como 
também com pessoas de necessidade especiais como a deficiência auditiva fazendo com que 
estes não fiquem a par das informações, situação e estado de sua saúde. Somente pela 
comunicação efetiva poderá o profissional ajudar o paciente a conceituar seus problemas, 
enfrentá-los, demonstrar sua participação na experiência e encontrar alternativas para 
solucioná-los. Cabe à equipe de saúde, então, conhecer os mecanismos de comunicação que 
facilitarão o melhor desempenho de suas funções em relação ao paciente, bem como melhorar 
o relacionamento entre os próprios membros da equipe (SILVA, 1996). 
As estratégias de comunicação utilizadas em situações de conversação são uma 
ferramenta de assistência ao sujeito surdo, pois os profissionais de saúde precisam orienta-los 
acerca de diagnósticos e tratamento, cujos resultados podem ser comprometidos pela não 
compreensão das partes envolvidas (CHAVEIRO et al., 2008). 
Em relação às estratégias utilizadas pelos profissionais na comunicação com o 
paciente deficiente auditivo, mostram que, a totalidade da equipe de enfermagem, 
considerando-se tanto os enfermeiros quanto os técnicos em enfermagem, utilizou mímica 
durante o atendimento. A leitura labial foi usada por quase a maioria dos profissionais, o 
auxílio do acompanhante pela maioria, a escrita pela minoria e raramente ocorreu a 
comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais. 
A pesquisa realizada por Pagliuca et al. (2007), observou que profissionais da área de 
saúde, no caso, enfermeiras, mostraram-se inseguras ao se relacionar com surdos por não 
conhecerem a língua utilizada por eles, por falta de habilidade em transmitir a informação 
sobre a saúde deles e/ou pela falta formação durante uma carreira acadêmica. Porém, acredita-
se que a barreira de comunicação dificulta ou até impede a interação entre sujeito surdo e 
profissional de saúde pode ser superada quando estes encontram estratégias mais efetivas para 
comunicar. Por isso, torna-se indispensável que ambos encontrem formas de interagir para 
garantir uma assistência à saúde de qualidade e integral (BARBOSA, 2003). 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIA 
 
ARAÚJO, M. M. T; SILVA, M. J. P; PUGGINA, A.C.G. A comunicação não-verbal 
enquanto fator iatrogênico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 41, n. 3, 2007. 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua 
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Portadora de Deficiência. Decreto nº 5.296, de 02/12/04. Brasília: Ministério da Saúde, 
2004. 
BRITTO, F. R.; SAMPERIZ, M. M. F. Dificuldades de comunicação e estratégias utilizadas 
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CHAVEIRO, N.; BARBOSA, M. A.; PORTO, C. C. Revisão de literatura sobre o 
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COSTA, S.S. Audição, comunicação e linguagem: um convite à reflexão. Revista HCPA. 
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GROSSI JUNIOR, R.U.; SANTOS, D. A. S. Utilização da Língua Brasileira de Sinais no 
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IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese dos indicadores sociais. 2010. 
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