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GRAZIANE OLIVEIRA DOS SANTOS

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9
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
AVALIAÇÃO MEDIADORA E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM
DIANÓPOLIS - TO 
2017
GRAZIANE OLIVEIRA DOS SANTOS
AVALIAÇÃO MEDIADORA E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Internacional UNINTER como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia.
Orientadora: Professora Kelen Conrado de Souza Santos
DIANÓPOLIS - TO 
2017
FOLHA DE APROVAÇÃO
 
GRAZIANE OLIVEIRA DOS SANTOS
AVALIAÇÃO MEDIADORA E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Internacional UNINTER, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. 
Aprovado (a) em:______ de ____________ de 2017.
Componentes da Banca Examinadora
__________________________________
Nome do Professor
__________________________________
Nome do Professor
__________________________________
Nome do Professor
DIANÓPOLIS - TO 
2017
Dedico esse trabalho, a todos aqueles que primam pela qualidade no ensino, valorizando o saber e buscando incansavelmente a formação de pessoas melhores para este mundo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço acima de tudo a DEUS pela oportunidade e pelo privilégio em compartilhar tamanha experiência e por se fazer sempre presente em minhas lutas e conquistas. 
A minha família por apoiar sempre minhas decisões, respeitando minhas opiniões e, sobretudo tendo paciência em tolerar minha ausência me incentivando a ser um ser humano cada dia melhor. 
Agradeço ao Centro Universitário Internacional UNINTER, pela oportunidade de concluir minha licenciatura em pedagogia, em especial agradeço profundamente aos meus orientadores, pelo incentivo, simpatia e presteza contribuindo assim no desenvolvimento das atividades e discussões, traçando os caminhos para o melhor andamento deste Trabalho de Conclusão de Curso, e acima de tudo por terem paciência em me atender quando pedi auxílio, demonstrando com seus gestos o seu espírito inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar conhecimentos, sendo acima de tudo pacienciosos, atenciosos capazes de me transformar em um ser humano mais autoconfiante, me fazendo acreditar que tudo é possível desde que se tenha dedicação. 
Aos meus colegas de curso que lutaram e sonharam junto comigo, com espontaneidade e alegria na troca de informações e materiais numa rara demonstração de amizade e solidariedade, oferecendo incentivo, compreensão e apoio incondicional, fundamentais nessa trajetória, tornando-se assim amigos especiais que carregarei sempre em minha vida e meu coração, meus sinceros agradecimentos.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
(CORALINA, Cora, 2007).
AVALIAÇÃO MEDIADORA E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM
SANTOS, Graziane Oliveira dos. [1: Cursando Pedagogia pelo Centro Internacional Uninter. Professora da Educação Infantil na Escola “Escola Municipal Archcelina Pacine Vieira”, Natividade – TO. E-mail: grazysantos11@hotmail.com ]
RU: 945183
SOUZA SANTOS, Kelen Conrado de. [2: Professora Orientadora no Centro Universitário Internacional UNINTER.]
RESUMO
A avaliação da aprendizagem deve fazer parte da rotina da sala de aula, sendo utilizada de forma contínua e processual, como um dos aspectos complementares do processo ensino e aprendizagem. O presente trabalho tem como objetivo mostrar a principal função da avaliação mediadora e sua contribuição no ensino e aprendizagem do educando, além de auxiliar o educador no que se refere à aplicação do processo avaliativo em sala de aula, possibilitando-o maneiras diferenciadas de avaliar os alunos observando o desenvolvimento cognitivo, as habilidades e atitudes, através de avaliação contínua e/ou permanente, mas qualitativa. Neste sentido, a avaliação é vista como meio de subsidiar o crescimento, a evolução e construção de um resultado satisfatório do aluno onde permite perceber o impacto da situação de ensino-aprendizagem. Metodologicamente realizou um estudo exploratório-descritivo, baseado nas técnicas de pesquisas bibliográfico-documentais, leituras, intepretações de artigos e periódicos jurídicos, livros, normas, legislações, dissertações, teses, sítios que tratam do tema e demais materiais relacionados ao assunto. A avaliação deve ser estruturada como parte integrante do processo ensino-aprendizagem, pois ela vem sendo objeto de constantes pesquisas e estudos com variados enfoques de tratamento.
PALAVRAS CHAVES: Ensino. Aprendizagem. Mediação. Avaliação.
MEDIATOR EVALUATION AND ITS CONTRIBUTION TO TEACHING-LEARNING
SANTOS, Graziane Oliveira dos. [3: Studying Pedagogy at the Uninter International Center. Professor of Early Childhood Education at the Escola Municipal Archcelina Pacine Vieira, Natividade - TO. E-mail: grazysantos11@hotmail.com]
RU: 945183
SOUZA SANTOS, Kelen Conrado de. [4: Counselor at UNINTER International University Center.]
ABSTRACT
The assessment of learning should be part of the classroom routine, being used in a continuous and procedural way, as one of the complementary aspects of the teaching and learning process. The present work aims to show the main function of the mediator evaluation and its contribution in the education and learning of the learner, besides helping the educator with regard to the application of the evaluation process in the classroom, allowing him different ways of evaluating the Students observing cognitive development, skills and attitudes, through continuous and / or permanent, but qualitative evaluation. In this sense, evaluation is seen as a means to subsidize the growth, evolution and construction of a satisfactory result of the student where it allows to perceive the impact of the teaching-learning situation. Methodologically, he carried out an exploratory-descriptive study, based on the techniques of bibliographic-documentary research, readings, interpretations of articles and legal journals, books, norms, legislations, dissertations, theses, sites dealing with the subject and other materials related to the subject. The evaluation should be structured as an integral part of the teaching-learning process, as it has been the object of constant research and studies with varied treatment approaches.
KEY WORDS: Teaching. Learning. Mediation. Evaluation.
SUMÁRIO
RESUMO	7
ABSTRACT	8
1. INTRODUÇÃO	10
1.1. Avaliação	11
1.2. Avaliação Escolar	12
1.3. Avaliação Mediadora	14
2. ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS SOBRE A AVALIAÇÃO	16
3. METODOLOGIA	24
4. CONCLUSÃO	26
5. REFERENCIAS	28
1. INTRODUÇÃO
A avaliação educacional sugere uma valoração dos dados relevantes, objetivando uma tomada de decisões. E, por sua vez, os elementos que constituem o processo ensino-aprendizagem podem ser assim descritos: condições de aprendizagem, instrumentos e processos de coleta de dados, relevância destes resultados na continuidade da atividade escolar, entre outros. Isto implica evidenciar as dimensões de análise: desempenho do aluno, do professor e toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar.
Praticar a avaliação sem considerar esses elementos e dimensões, é no mínimo utilizá-la de uma forma reducionista. Isto por que o processo avaliativo não se encerra no levantamento de informações. Essas informações são necessárias para subsidiar o processo de tomada de decisões que devem ser previstas para aperfeiçoar o processo de ensino, com vista a levar o aluno a superar suas dificuldades e conquistar a aprendizagem. 
Empregou-sena composição desse trabalho um estudo exploratório-descritivo, fundamentado nas técnicas de pesquisas bibliográfico-documentais e empíricas com: leituras, interpretações de artigos e periódicos, livros, normas, legislações, dissertações, teses, sítios que tratam do tema e entendimentos doutrinários e demais materiais relacionados à avaliação mediadora e a sua contribuição para o ensino- aprendizagem.
Desta forma, pressupõe em estabelecer uma articulação entre o ensino, a aprendizagem e a avaliação, cuja função básica se concentra em subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. 
2. AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento de processo de ensino-aprendizagem que deve ser considerado em direta associação com os demais. A avaliação informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante, informa ao estudante quais são seus avanços, suas dificuldades e possibilidades, encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o aluno aprenda.
A avaliação se inicia quando os alunos põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar. Para Souza (2007, p.01):
[...] para compreender a efetividade do ensino e identificar os problemas de aprendizagem, as práticas avaliativas precisam ser diversas daquelas antes privilegiadas, porque mais que o domínio de informações ou a aquisição de habilidades, é importante mapear – na medida do possível – as relações e conexões produzidas pelo educando para a apropriação e retenção dos saberes. Os instrumentos avaliativos são numerosos e as possibilidades de utilização que oferecem, variam conforme seus propósitos e características. O mapa conceitual é apenas uma das alternativas para a promoção de uma avaliação mais comprometida com a aprendizagem e o desenvolvimento do educando. 
O escopo primordial da avaliação mediadora é beneficiar alunos, conhecendo e compreendendo suas dificuldades, cabendo ao docente à participação efetiva, tanto no êxito, quanto na falha do aprendizado, neste sentido é importante salientar o grau de responsabilidade do professor no aprendizado, pois é função deste assimilar, identificar e adaptar os conteúdos de forma a primar pela compreensão de cada discente. É necessário que o professor analise seu papel de forma continua e permanente, pois possui participação direta tanto no sucesso como no fracasso de seus alunos, devendo sempre procurar meios e instrumentos necessários para a capacitação destes.
O ato de medir conhecimento por meio de avaliações estabelece de forma prévia um ajuste de forma a mensurar valores existentes com valores previamente estabelecidos. É por meio da avaliação que professores e alunos podem definir metas e avaliar a absorção dos conteúdos ministrados, interagindo de forma positiva para a melhoria do processo de aprendizado.
A ação de avaliar constitui-se inicialmente por um ajuste de acordo com uma escala de valores pré-fixadas
Para Perrenoud (1999), a avaliação formativa dá maior importância à regulação da aprendizagem, ou seja, à busca por novas didáticas e perspectivas de ensino. Esta prática de ser contínua e com o objetivo de contribuir para melhorar as aprendizagens em curso.
O processo de avaliação formativa, ou avaliação por aprendizagens é um instrumento que busca garantir o êxito no processo de aprendizado primando pelo conhecimento e a inclusão de informações primordiais para o desenvolvimento do saber, demonstrando as mazelas do sistema de ensino.
Os novos modelos sugeridos para a prática do ensino-aprendizagem deixam de ser meramente quantitativo, passando para uma esfera qualitativa, onde o que realmente interessa é a qualidade do que se aprende, fornecendo assim um respaldo ao aluno na busca do conhecimento e ao professor táticas fundamentais para o avanço no ensino.
Segundo Hoffmann (2000), a avaliação mediadora parte do pressuposto que o que faz toda a diferença em avaliação é a postura do professor. Sem a promoção de desafios adequados, a partir do que este observou e refletiu, é altamente improvável que as crianças venham a construir da maneira mais significativa possível. Os conhecimentos necessários ao seu desenvolvimento, isto é, sem que ocorra uma ação pedagógica mediadora, desafiadora e provocativa. 
Neste sentido cabe salientar que a avaliação mediadora muda todo o contexto a cerca do papel do professor, pois este passa de mero fornecedor de informações, para investigador de deficiências no aprendizado e dinamizador do conteúdo que deverá ser assimilado.
2.1. Avaliação Escolar
No ambiente escolar, as avaliações são contínuas e indispensáveis para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, por se tratarem de uma verificação dos resultados de ações direcionadas ao cumprimento de objetivos previamente planejados. A diversidade de metodologias e análises utilizadas, no entanto, proporcionam processos avaliativos distintos, embora não excludentes.
De forma geral, a avaliação escolar pode ser definida como um meio de obter informações sobre os avanços e as dificuldades de cada aluno, constituindo-se em um procedimento permanente de suporte ao processo ensino-aprendizagem, de orientação para o professor planejar suas ações, a fim de conseguir ajudar o aluno a prosseguir, com êxito, seu processo de escolarização. Os instrumentos de avaliação mais usados são provas escritas ou orais, seminários, tarefas, pesquisas e dinâmicas de grupos. No processo de avaliação dos diversos graus de ensino, as notas e conceitos são decisivos para a continuidade dos estudos.
No Brasil, particularmente na última década, surgiu um intenso debate em torno do lugar da avaliação escolar, uma vez que ela estaria perdendo a sua dimensão pedagógica e metodológica e assumindo crescentemente a dimensão de controle. As questões relativas à avaliação tem se dividido entre a avaliação “externa” que tem sido imposta em nosso sistema educacional e considera mais aspectos administrativos padronizados e a avaliação “interna” que se dá no espaço da sala de aula e que tem mobilizado os docentes para as mudanças qualitativas de suas ações pedagógicas.
Dessa forma, a avaliação no processo ensino-aprendizagem tem sido considerada um tema delicado por possuir implicações pedagógicas que extrapolam os aspectos técnicos e metodológicos e atinge aspectos sociais, éticos e psicológicos importantes. A prática avaliativa poderia tanto estimular, promover, gerar avanço e crescimento, quanto desestimular, frustrar, impedir o avanço e crescimento do sujeito que aprende. 
Segundo Luckesi (2002, p.32), em Avaliação da aprendizagem escolar, a avaliação escolar, assim como as outras práticas do professor, seria dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação, traduzido em prática pedagógica, tenha o professor consciência disto ou não.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996 inova em relação à anterior, por tratar a freqüência e a avaliação do rendimento escolar em planos distintos. Prevê-se que deve haver avaliação “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Algumas regras forçaram a mudança do sentido que se atribuía à avaliação, orientando para não mais uma avaliação com vistas a promover ou reter alunos, mas uma avaliação que permita: “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado”.
O termo avaliação escolar é muito usado com o mesmo sentido de avaliação de aprendizagem, avaliação da aprendizagem escolar ou avaliação educacional. Porém, com as novas políticas educacionais brasileiras, a partir de 1996, a avaliação da aprendizagem tem sido considerada uma das “interfaces” da avaliação escolar. Enquanto a primeira foca mais o indivíduo a segunda refere-se ao coletivo. A expressão avaliação educacional, por sua vez, começou a sermais utilizada no Brasil para designar as análises em grande escala realizadas pelo Estado para avaliar o sistema de educação pública.
2.2. Avaliação Mediadora 
A avaliação como se sabe é só um instrumento de um projeto pedagógico, utilizado pelos professores em sala de aula visando solucionar problemas relacionados à aprendizagem. 
Para que as escolas desempenhem com eficácia seu papel, escolas essas compromissadas com a educação, voltadas para a formação de cidadãos críticos-democráticos-participativos, elas precisam está constantemente em um processo avaliativo de suas ações pedagógicas, mas para que isso ocorra, os professores deverão trabalhar em cima de uma pedagogia construtiva, sempre avaliando seus alunos, mais também a si mesmo, para que dessa forma possam se necessário modificar o rumo de suas estratégias de ensino, ou seja, sua didática, podendo quiçá, reformularem seus objetivos para que levem os educandos ao efetivo conhecimento.
A avaliação mediadora busca implementar uma forma de aprendizado fundamentada na parceria entre aluno e professor, que juntos buscam a melhoria nas praticas de ensino, adaptando os conteúdos que serão ministrados a realidade social vivenciadas atualmente, logo as falhas no aprendizado fazem parte do processo de construção do saber, deixando de ser algo punível, para ser um aspecto a ser retrabalhado, neste tipo de avaliação o docente dinamiza o conteúdo buscando deixar o aprendizado mais eficaz.
Considerado um desafio para o aprendizado o instrumento avaliativo mediador é primordial para que o professor seja cogitativo, analisando e tomando decisões coesas sobre os caminhos a trilhar no ensino, é papel do professor utilizar suas experiências e práticas já vivenciadas, observando os erros e acertos na transferência do conhecimento e aplicar conforme a necessidade do aluno, observando erros, dificuldades e o ritmo de cada um, incentivando estes a seguir sempre em busca do aprendizado.
Para que o aluno desenvolva seu pensamento cognitivo e crítico sobre seu aprendizado é preciso que o professor o auxilie de forma ativa, questionando, comentando, orientando e estimulando a pratica do estudo, trilhando os caminhos necessários na busca do conhecimento.
De fato a avaliação precisa ser estruturada de buscando beneficiar o aprendizado dos alunos, propiciando a evolução do conhece, porém respeitando as dificuldades e os limites que cada aluno possui, garantindo assim o sucesso no aprendizado.
Assim na avaliação mediadora quando um professor designa determina atribuição, deve primeiro definir suas metas, saber o que busca, pois este tipo de avaliação é algo previamente planejado, sistemático e intuitivo, partindo dos pressupostos fundamentais de que os aluno são capazes de estabelecerem e constituírem suas verdades, valorizando assim cada manifestação de pensamento e de mérito, neste modelo de avaliação o aluno deixa de ser mero expectador e passa a ser o personagem principal do ensino, atuando ativamente na busca do conhecimento.
A avaliação mediadora é o instrumento utilizado pelo professor para elaborar novas formas de ensino, fazendo com que estes contribuíam para a formação do aprendizado, mas para isso é necessário mensurar a bagagem de conteúdo que cada aluno possui, explorando e trabalhando as falhas e melhorando o saber, só assim o professor será capaz que entender quais temas poderão ser trabalhados, trilhando novos caminhos na educação e no ensino.
Assim, o fato é que a avaliação mediadora é algo tangível, é uma prática que deve ser aplicada no cotidiano do ensino e apesar de distinta dos meios convencionais avaliativos que se fazem presentes de forma periódica, deve agregar o dia-a-dia da sala de aula, onde todos saem da zona de conforto e buscam o conhecimento de forma dinâmica, deixando o temido receio do processo tradicional de avaliação e partindo para a busca incansável do saber. 
3. ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS SOBRE A AVALIAÇÃO
Avaliar é uma prática importante, tanto no que diz respeito às atividades desenvolvidas pelo homem, como se faz presente em toda proposta educacional. Durante toda uma prática educativa, ocorre uma constante avaliação por parte do corpo educacional, como também por parte dos alunos quanto aos mesmos.
Cunha (1998, p.32) aponta: 
A questão da avaliação é a mais complexa e pode estar a revelar uma certa incompreensão dos objetivos da proposta (inovadora) por parte dos alunos e/ou uma certa indefinição quanto à forma e ao modo de avaliar numa proposta diferente por parte do professor. Ambos os sentimentos são próprios à construção do novo. 
A avaliação escolar há muito tempo é utilizada para classificar, selecionar seus alunos e como instrumento de disciplina e autoritarismo na sala de aula, a avaliação classificatória privilegia a competição e o julgamento e não a aprendizagem e a ação pedagógica.
Os profissionais da escola não devem utilizar a avaliação apenas como instrumento de classificação. Na visão de Vasconcellos (2002, p. 57), ela tem que servir para uma “[...] tomada de decisão quanto às providências a tomar rumo ao objetivo principal do processo ensino-aprendizagem que é o crescimento e a aprendizagem do aluno”.
Deve-se deixar a forma tradicional de avaliação, pois esta em nada acrescenta, precisa se adaptar aos modelos atuais de aprendizado, buscando outros rumos para o ensino-aprendizagem dos alunos.
Para Vygotsky (1993), o conceito de mediação é essencial em termos do desenvolvimento e há uma grande diferença entre o que uma criança pode aprender sozinha ou com a ajuda de oura pessoa mais experiente, mais competente ou que lhe proporcione desafios adequados ao longo de se desenvolvimento.
A presença do professor mediador faz toda a diferença no processo de ensino-aprendizagem é ele que irá conhecer as falhas e orientar os alunos para o conhecimento do saber.
Ainda segundo Vygotsky (1995) na avaliação mediadora o professor não deve levar em conta, como ponto de partida para a ação pedagógica, apenas o que a criança já conhece ou faz, mas principalmente, deve levar em conta suas potencialidades cognitivas, fazendo outros desafios e mais exigentes no sentido de envolvê-las em novas situações de modo a provocá-las, permanentemente, à superação cognitiva.
Neste sentido cabe salientar que não basta ao professor conhecer as dificuldades de seus alunos, ele precisa ser ativo, reflexivo e investigador identificando em cada aluno suas qualidades e bagagens do saber, trabalhando-as de forma positiva, extraindo assim o máximo de cada um.
Em termos de mediação, tanto Piaget quanto Vygotsky (1993) fundamentam o papel insubstituível do educador em termos de processos favorecedores à construção do conhecimento e defendem a importância da interação adulto/criança e criança/criança para o seu pleno desenvolvimento no plano moral e intelectual.
Sugerem ambos, portanto a ação pedagógica mediadora defendendo o princípio de que o único bom ensino é o que acompanha o desenvolvimento global. Salientam a importância da confiança mutua e da reciprocidade do pensamento educador/educando, assim como alertam para função representativa e simbólica da linguagem no processo.
Segundo Jorba e Sanmartí (2003, p.24): “avaliar é [...] a prática pedagógica que menos motiva os professores e mais os aborrece. Ao mesmo tempo, para os alunos, a avaliação é a atividade mais temida e menos gratificante.”.
Desde as mais remotas épocas a avaliação utilizada sempre foi baseada em notas e provas, ou seja, aquela que fornece um resultado mensurável, o que dá aos pais e alunos maior segurança em termos de controle. 
É importante saber que a qualidade do trabalho desenvolvido pelo professor depende da sua vontade e responsabilidade profissional. Pois, o professor bem preparado tem recursos eficazes nas mãos para trabalhar com seus alunos. Nesse sentido, a avaliação tem que ser caracterizada como um processo de cooperação entre professores e alunos.
Hoffmann (2005, p.119) defende que:
Instrumentos de avaliação são, portanto,registros de diferentes naturezas. Ora é o aluno que é levado a fazer os próprios registros, expressando o seu conhecimento em tarefas, testes, desenhos, trabalhos e outros instrumentos elaborados pelo professor. Ora é o professor quem registra o que observou do aluno, fazendo anotações e outros apontamentos. Quanto mais frequentes e significativos forem tais registros, nos dois sentidos, melhores serão as condições do professor de adequar as ações educativas às possibilidades de cada grupo e de cada aluno. 
O processo de avaliação é uma ação conjunta entre aluno e professores, onde juntos somam informações para dirigir o aprendizado pelo caminho mais seguro e eficaz.
Segundo Hoffmann (2005, p. 121), os melhores instrumentos de avaliação “[...] são todas as tarefas e registros feitos pelo professor que o auxiliam a resgatar uma memória significativa do processo, permitindo uma análise abrangente do desenvolvimento do aluno”. 
Neste sentido destaca-se o papel primordial do docente que é distinguir e relatar todo o processo de aprendizado, para converter essas informações em caminhos fundamentais para o ensino-aprendizado.
Para Luckesi (2002, p.178): 
Um instrumento de avaliação da aprendizagem não tem que ser nem mais fácil nem mais difícil do que aquilo que foi ensinado e aprendido. O instrumento de avaliação deve ser compatível, em termos de dificuldade, com o ensinado. 
Assim o professor necessita mensurar o nível de dificuldade de cada aluno, para poder compreender o que necessita ser modificado na forma de ensino, para que estes alunos consigam assimilar os conteúdos ministrados. 
Os instrumentos de avaliação devem ser construídos para auxiliar a aprendizagem dos educandos e não como forma de “castigo” para provarem se sabem ou não determinados conteúdos. Para Hoffmann (2005, p. 119), “[...] é necessária à elaboração de instrumentos de avaliação confiáveis para um acompanhamento também confiável”.
Essa visão se dá porque geralmente os alunos associam as avaliações como forma de penalidade, e não como meio de avaliar o aprendizado, por isso a necessidade de se desenvolver instrumentos avaliativos mais seguros e menos penosos.
Este sistema, segundo Hoffmann (2009) é vago, uma vez que apenas aponta falhas no processo de aprendizagem. Além de discriminar e selecionar reforça a ideia de uma escola para poucos.
A nova Lei de Diretrizes e Base preceitua que os docentes devem incumbir-se de zelar pela aprendizagem dos alunos e também verificar o rendimento escolar, realizando uma avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Porém na prática não é o que acontece, pois a prevalência nas avaliações é exatamente inversa, ou seja, priorizando o quantitativo sobre o qualitativo.
Na avaliação tradicional a classificação do aluno acontece a partir do processo corretivo, ou seja, eliminando-se a subjetividade, evitando, assim, que se cometam injustiças na contagem de erros e acertos. Visto que, muitas vezes, avaliar é confundido com medir. Nessa concepção, de acordo com Freire (1987), o professor será sempre o que sabe, enquanto que o aluno será sempre o que não sabe. Esta forma avalia a fração do conhecimento desvinculando aquilo que o aluno lembra sobre o que lhe foi transmitida, daquilo que ele pode fazer com o que aprendeu.
Logo a avaliação tradicional se torna obsoleta quando não utilizada de forma proveitosa, esta somente mensura os conhecimentos de forma grosseira, muitas vezes o aluno sabe o conteúdo, porém não consegue transcrever no papel, logo ele pode ter aprendido sobre o tema, mas possui dificuldade de externar seu aprendizado e é essa dificuldade que precisa ser trabalhada, por isso a necessidade da utilização da avaliação mediadora.
Hoffmann (2009) assegura que a Avaliação Mediadora estabelece a necessidade de se prestar muita atenção no aluno, conhecê-lo, ouvir seus argumentos, propor-lhe questões novas e desafiadoras, guiando-o por um caminho voltado à autonomia moral e intelectual, pois estamos vivendo um momento caracterizado por uma infinidade de fontes de informação. Nessa concepção a subjetividade na elaboração das perguntas é positiva, uma vez que, permite no momento da correção uma reflexão sobre as hipóteses construídas pelos alunos, pois segundo Barros (2012), em sua entrevista à Educação em Revista (Abril/Maio 2012) “quanto maior a empatia entre professor e aluno, maior será o aprendizado”.
A interação entre alunos e professor, a empatia que o professor possui ao ministrar sua aula é fundamental para o desenvolvimento do saber, pois diminui a distancia entre os envolvidos no processo de aprendizado, tornando a aula menos cansativa e mais proveitosa.
Hofmann (2000) propõe a conversão dos métodos tradicionais, em métodos investigativos de interpretação e de soluções propostas pelos alunos às diferentes situações de aprendizagem, para a prática efetiva da avaliação mediadora.
Neste sentido pode-se observar que na Avaliação Mediadora o desacerto deve ser interpretado como uma forma de construção do conhecimento, auxiliando assim na construção do pensamento dos discentes; contribuindo para aumento dados dos docentes e acarretando na formação de novos questionamentos no que tange a dinâmica e direção da aula que será ministrada, logo o erro pode apontar o que cada aluno sabe, ou não sabe, possibilitando assim no entendimento do que este ainda poderá saber. 
Cabe ao professor mediador a investigação fundamental das falhas no ensino para que seu aluno some conhecimentos necessários, pois os erros por si só não serão construtivos se não forem corrigidos, encontrar o erro no ensino e não apontar a solução para tal, não é suficiente é preciso que esse erro seja trabalhado de forma produtiva, reconstruindo todo o aprendizado, conflitando com novas situações, fazendo com que o aluno passe a ter senso crítico e inspire-se na busca do conhecimento.
Para Werneck (199, p. 42), a prova ou qualquer outro instrumento de avaliação da aprendizagem, não deve gerar medo e receio, mas sim, tranquilidade. “As avaliações não podem continuar a serem instrumentos de tortura. Eles devem trazer aos educandos o prazer, não a raiva e a insatisfação”. 
O fato é que atualmente as avaliações ainda são vistas como inimigas, quantitativas e acarretam em medos incertezas e ansiedades por parte dos alunos, algo que deve ser repensado para a melhoria do processo de aprendizado.
Como nos mostra Santos (2000, p. 64), “[...] para o professor é importantíssimo saber o grau de aprendizagem alcançado pelos seus alunos e o quanto foi eficaz o seu método de ensino”. Acrescentando que “[...] quando há a cola, dá-se a falsa impressão de que os alunos sabem a matéria, não permitindo assim que o professor trabalhe novamente os conteúdos mal assimilados”. 
Neste sentido pode-se afirmar que a cola mascara o entendimento do professor, que não poderá ser capaz de mensurar o nível de aprendizado de cada aluno, impedindo que este professor desenvolva o reforço dos conteúdos não compreendidos. 
Rabelo (1998, p.35) afirma que:
 
Se avaliar é muito mais do que aplicar um teste, uma prova, fazer uma observação, então, o essencial não é saber se um aluno merece esta ou aquela nota, mas fazer da avaliação um instrumento auxiliar da aprendizagem. 
É preciso mudar a visão do conceito de “avaliar”, pois a avaliação ainda é tida como uma maneira arcaica de se saber o que realmente cada aluno compreendeu a cerca do conteúdo ministrado, porém a avaliação não pode simplesmente ser extirpada, precisa funcionar como meio de conhecimento para se chegar ao que realmente importa, o aprendizado como um todo.
Segundo Santos (2000, p.65), se o professor não puder mudar o instrumento avaliativo, que mude, então, sua atitude perante a avaliação. “É mister avaliar para construir, não para destruir, diagnosticar mas, para ajudar e acompanhar, não para punir e excluir”. 
É preciso que o professor se adapte a novas formas de avaliação, fazendo o uso destepara construir um aprendizado, assim o uso da avaliação mediadora vem para auxiliar a pesquisa, o conhecimento fazendo com que o professor reflita sobre o que realmente é necessário para desenvolver o aprendizado e o conhecimento de seus alunos, trabalhando cada aluno em suas dificuldades de forma impar, buscando com eles não apenas demonstrem seus aprendizados, mas que questionem suas incertezas.
Segundo as investigações de Hoffman (2009), para os professores os fatores que impedem a utilização da avaliação mediadora é que para realizá-la é necessário um atendimento individual para cada aluno, uma aproximação maior com cada um e nos padrões atuais torna-se difícil, devido ao número de alunos em cada classe e o tempo que o professor permanece com os mesmos.
Para se transformar as práticas avaliativas tradicionais que se encontram nas escolas é necessário que se mudem algumas atitudes dentro da sala de aula, o professor deve promover tarefas e atividades que deem oportunidades para os alunos se expressarem e essas expressões devem ser observadas e interpretadas tornando-se estratégias pedagógicas, ou seja, ao interpretar diferentes tipos de tarefas, sejam elas orais ou escritas, o professor está realizando uma mediação articulando o processo avaliativo ao contexto sociocultural de seus alunos.
Muitas escolas alegam que o sistema de ensino é quem determina que o professor deva atribuir uma nota a cada aluno, porém o que há é uma resistência muito grande a mudanças tanto por parte dos professores, quanto da escola e também da comunidade em geral, os pais sempre cobram da escola uma nota para o seu filho, porém não é necessário mudar estas formas de registros ou conceitos e sim a prática de como se chega a esse registro final.
A aplicabilidade da avaliação mediadora tem encontrado dificuldades, a realidade do sistema de ensino por vezes não comporta essa forma de avaliação, uma vez que as salas de aulas estão superlotadas, os professores sobrecarregados, acumulando funções diversas da que lhes caberiam, tendo que arcar com o ensino e a educação e por vezes envolvendo emocionalmente com os problemas individuais dos discentes.
Para Hoffman (2000): as escolas que desenvolvem experiências significativas da avaliação mediadora são as que diminuíram o número de alunos e abriram espaços e tempo de estudos para seus professores como salas de leitura, bibliotecas para estimular a construção de novos conceitos pedagógicos a partir da própria realidade escolas, ou seja, é necessário que haja um compromisso por parte da Escola com a formação continuada de seus professores, pois a nossa sociedade está em constantes mudanças que exigem que a cada dia os princípios e conceitos sejam repensados e isto só acontece significativamente quando se torna uma tarefa em grupo, com troca de ideias e experiências.
A mudança no ensino-aprendizado, não deve ocorrer somente no campo dos docentes é algo gradativo e deve partir das instituições de ensino, pois a quebra de paradigma é algo que pode perdurar por anos, mas para a construção do saber todos os envolvidos no processo precisa dar o primeiro passo para as mudanças necessárias.
Segundo Hamze (2012) todas as respostas dadas pelo aluno em uma avaliação mediadora servem para novas interrogações ou desafios. Os educandos devem ter muitas oportunidades de expressar suas ideias sobre o assunto estudado, para se sobressaírem às suposições em construção ou as que já foram elaboradas.
Neste sentido é fundamental colocar o aluno como o centro da avaliação, participando ativamente das tomadas de decisões no ensino-aprendizado.
Em relação à aprendizagem, Hoffmann (2005) entende que uma avaliação a serviço da ação não tem por objetivo a verificação e o registro de dados do desempenho escolar, mas a observação permanente das manifestações de aprendizagem para proceder a uma ação educativa que otimize os percursos individuais. 
Sem as informações de conhecimento fornecidas pelos educandos é impossível à melhoria do ensino, são estes dados que respalda as ações para as decisões dos caminhos a percorrer.
Quando se percebe que um aluno não está conseguindo aprender os conteúdos trabalhados, o professor tem como dever buscar estratégias que permitam aos alunos superar suas dificuldades. Hoffmann (2005) diz ser bastante comum professores observarem as dificuldades dos alunos e culparem as séries anteriores, ao invés de se sentirem responsáveis em manter o elo com a série seguinte, segundo ela, “o passado é considerado para analisar o presente, mas o futuro não é sua responsabilidade”. 
É necessária a preocupação do aprendizado como um todo, onde passado, presente e futuro do conhecimento seja responsabilidade de todos os envolvidos no processo de aprendizagem.
Luckesi (2000) dá sua colaboração quando afirma que o professor necessita compreender o que é avaliar e, ao mesmo tempo, praticar essa compreensão no cotidiano escolar e, que repetir conceitos de avaliação é uma atitude simples e banal; o difícil é praticar a avaliação. 
Isso exige mudanças não só do professor, mas também do sistema de ensino. E que a escola necessita praticar a avaliação, prática essa que realimentará novos estudos e aprofundamentos que possibilitem identificar sucessos e deficiências e, desse modo orientar novas situações motivadoras e com significação de ensino aprendizagens para os alunos. Evidenciando-se, a partir destas percepções a prática refletida, investigada.
4. METODOLOGIA 
Empregou-se na composição desse trabalho um estudo exploratório-descritivo, fundamentado nas técnicas de pesquisas bibliográfico-documentais, leituras, interpretações de artigos e periódicos jurídicos, livros, normas, legislações, dissertações, teses, sítios que tratam do tema e demais materiais relacionados à Avaliação Mediadora e a sua contribuição para o ensino-aprendizagem.
GIL (1994) argui que a pesquisa bibliográfica é fundamental, pois é através dela que se pode desenvolver um estudo teórico, pois é através dela que se pode formar opiniões e conhecer profundamente o tema que será discutido, logo se trata de uma pesquisa aplicada, qualitativa e exploratória, que aborda um tema existente e bastante debatido no mundo do ensino.
A pesquisa fez uso de métodos científicos para melhor concepção do tema, analisando sempre as fronteiras dos principais objetivos do trabalho, em um primeiro momento foi empregado o método dedutivo, buscando o conhecimento da verdade a cerca da Avaliação Mediadora e a sua contribuição para o ensino-aprendizagem, após será aplicado o método dialético, colocando os fatos em um contexto social e real.
A ideia inicial foi de partir do geral para o particular, observando, analisando e conceituando sobre as formas de avaliações e os instrumentos avaliativos existentes, aproximando esses conceitos de relações amplas, dinâmicas e contraditórias, confrontando tanto as legislações, como conceitos doutrinários com o escopo de demonstrar sua aplicabilidade na realidade da educação brasileira, buscando um aprofundamento do assunto para se chegar as consequências das avaliações mediadoras e seus reflexos no ensino-aprendizagem.
O embasamento desse estudo utilizou-se a técnica de Triangulação de Triviños (1987) fundada na descrição, explicação e compreensão dos fatos, pois, não há como analisar a Avaliação Mediadora e a sua contribuição para o ensino-aprendizagem, de forma isolada, é preciso compreender seu aspecto e sua relevância social no aprendizado, logo foi necessário entender as raízes históricas e os acontecimentos sociais a respeito do tema. 
A pesquisa vem sendo idealizada desde meados de 2016, porém começou a se materializar em janeiro desse ano, obedecendo às seguintes etapas: discussão do tema, seleção de bibliografias pertinentes ao tema, orientação do tema e fichamento, justificativas, problematização e hipóteses, metodologia, referencial teórico e entrega do Trabalho de Conclusão de Curso.
5. CONCLUSÃO
A educaçãoestá intimamente ligada à transmissão cultural. A educação deve transmitir conhecimentos, assim como comportamentos éticos, práticas sociais, habilidades consideradas básicas para a manipulação e controle do mundo / ambiente. A escola é considerada e aceita como uma agência educacional que deverá adotar forma peculiar de controle, de acordo com os comportamentos que pretende instalar e manter. Ensino-aprendizagem é uma mudança relativamente permanente em uma tendência comportamental e ou na vida mental do indivíduo, resultantes de uma prática reforçada.
Hoffman afirma que é necessário que as escolas mudem os seus princípios e não apenas transformem as metodologias utilizadas, pois é necessário ter certa clareza sobre os princípios avaliativos, que devem preocupar-se com a ação, em uma avaliação que prevê a melhoria da educação, outro princípio que autora cita é o princípio de avaliação como projeto de futuro, ou seja, na avaliação tradicional a preocupação maior é com o passado “o aluno não aprendeu” e não com o futuro “como este aluno irá aprender?”, nas reuniões de conselho o que muito se discute é o que tem acontecido com os alunos, sendo que a maior parte do tempo deveria se discutir  e procurar novas propostas pedagógicas que possam auxiliar os alunos na aprendizagem.
A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e de atitudes. Para que a avaliação seja feito em clima afetivo e cognitivo propício para o processo de ensino aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar explícitos e claros tanto para o professor como para os alunos. 
A avaliação mediadora não é uma tarefa fácil para o professor, pois ao realizá-la o professor também estará fazendo uma auto avaliação de sua prática docente, o que a torna ainda mais difícil, pois, em nossa cultura o professor não está acostumado e nem preparado para ser avaliado como deve ser.
Após a realização deste trabalho percebe-se, o quanto é importante discutir sobre a avaliação e o quanto é significativo o seu uso dentro do sistema de ensino, para a melhoria do ensino-aprendizagem. Sem uma avaliação de qualidade, centrada nos seus reais objetivos, não tem como saber o quanto o aluno progrediu ou regrediu em determinados conteúdos e quais conhecimentos que ele vai levar para a série seguinte. 
A nota ainda é o aspecto primordial dentro do contexto escolar. Os professores usam-na como forma de manter a disciplina em sala de aula, os alunos pensam mais na nota que vão tirar, para passarem de ano, em vez de pensarem se a aprendizagem foi significativa e os pais sempre cobram dos filhos uma nota boa, para que não fiquem de recuperação ou reprovem de ano. Os instrumentos avaliativos mais utilizados pelos professores e citados pelos mesmos, são: trabalhos (individuais ou em grupos), provas objetivas e dissertativas, pesquisas. 
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