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Paper Inteligência Emocional como ferramenta de trabalho

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO FERRMENTA DE TRABALHO
Patrícia Maria Silva Pereira¹
RESUMO	
Entendemos que saber gerir as próprias emoções é muito importante para qualquer profissional, pois assim saberá o que realmente está sentindo, será capaz de entender o significado de cada emoção e como elas podem afetar o seu desempenho e também de outros. Desse modo, podemos contar com a Inteligência emocional como ferramenta de trabalho para compreender e gerenciar nossas próprias emoções e também das pessoas à nossa volta, o que facilitará a percepção do comportamento de cada pessoa da organização com sua equipe ou com as quais se relaciona. Um profissional calmo, com firmeza na hora de avaliar a situação, resiliência e que sabe gerenciar imprevistos tem muito mais chances de alcançar o sucesso que um profissional estressado e impulsivo.
Palavras-chave: Autoconhecimento Sentimentos Pessoas	
ABSTRACT
We understand that managing our own emotions is very important for any professional, so that they will know what they are really feeling, be able to understand the meaning of each emotion and how they can affect their performance and also others. In this way, we can rely on Emotional Intelligence as a working tool to understand and manage our own emotions as well as the people around us, which will facilitate the perception of the behavior of each person in the organization with their team or with whom they relate. A professional who is calm, resilient, and who knows how to manage unforeseen situations is more likely to succeed than a stressed and impulsive professional.
Keywords: Self-awareness Feelings People
___________________________
¹ Pós-graduando de MBA em Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional pela Faculdade Jardins.
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INTRODUÇÃO
Ter inteligência emocional é ter um elevado conhecimento de si próprio, sendo capaz de se sentir bem consigo mesmo e viver a vida com muito mais facilidade e entusiasmo. Construir uma forte inteligência emocional traz impacto não só sobre a sua vida, mas também sobre a vida das pessoas ao seu redor.
A inteligência emocional traduz a capacidade de lidar com as variações do mercado de trabalho, com as intempéries pessoais e profissionais sem se desequilibrar. Ou seja, é uma habilidade que pode ser adquirida, treinada e desenvolvida. No ambiente corporativo, essa é uma característica muito valorizada. Em qualquer organização será preciso lidar com pessoas diferentes, com níveis de maturidade, formação e cultura totalmente distintos. Ter inteligência emocional é ter sensibilidade para perceber isso e se adequar a cada um desses ambientes e as pessoas presentes neles. As empresas trabalham por resultados e os profissionais têm que se preparar para lidar com situações muito angustiantes, como prazos apertados e muita pressão. Esse tipo de inteligência garante a condução das tarefas de forma adequada, com a devida atenção a cada ponto essencial e auxilia profissionais que travam em momentos complexos, se desesperam ou não conseguem a tranquilidade adequada para fazer as melhores escolhas. 
A INTELIGENCIA EMOCIONAL 
No ano de 1995, o psicólogo Daniel Goleman revolucionou e expandiu a forma como enxergamos o que é inteligência. Em seu livro “Inteligência Emocional”, ele explica como o nível intelectual de uma pessoa não pode ser medido apenas por sua capacidade de completar equações e pensamento racional. Utilizando-se de embasamento teóricos, exemplos reais e conhecimento da anatomia do cérebro humano, o autor conseguiu mostrar como as emoções têm um papel fundamental em todas as decisões que tomamos, das mais simples até aquelas mais complexas.
De acordo com o Daniel Goleman, a formação no nosso pensamento passa por duas regiões do cérebro: amigdala e o hipocampo. A primeira é onde nós “guardamos” as emoções, percepções, já o segundo é onde acontece o “processo racional”, estritamente falando. O fato de agirmos sem pensar é explicado porque existe um “atalho” que leva a informação primeira a amigdala e só depois ao hipocampo. Por isso, muitas vezes, agimos antes que os dados possam ser processados de maneira racional. Ter um controle sobre o fluxo das emoções e a capacidade de refrear impulsos é uma qualidade essencial para conseguir ter sucesso e um bom relacionamento interpessoal com todos a sua volta. 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO FERRAMENTA DE TRABALHO
	Hoje a inteligência emocional acabou se tornando uma condição indispensável para o planejamento de atividades empresariais no que se refere à liderança, gestão e organização. Desenvolver Inteligência emocional pode trazer mudanças radicais para o ambiente de trabalho, pois as relações interpessoais entre profissionais formam um fator prioritário à conquista da excelência em todas as áreas.
Também é preciso estar no controle, pois só você é responsável por suas emoções e estando atento a elas é possível ter domínio sobre suas respostas e decisões, podendo também manter um estado de espírito otimista e sereno. Quando temos o controle sobre suas emoções, passamos a ter mais confiança em nós mesmos e também na nossa equipe, por saber como transferir esse comportamento a eles, dando mais oportunidade para que se saiam bem, mesmo em situações de crise.
Também é preciso ter empatia, pois esta é fruto de uma alta inteligência emocional e estabelece-se um nível mais alto de comunicação quando passamos a enxergar com os olhos dos outros, quando nos colocamos literalmente no lugar do outro e passamos a sentir as mesmas emoções. É dessa forma que vamos nos proporcionar um melhor entendimento e uma liderança natural. Quanto mais aprimoramos nossa inteligência emocional, mais seguros e confortáveis para resolução de problemas estaremos. Com maior autocontrole e empatia, o profissional não precisará mais medir suas palavras e pesar suas decisões diante de cada situação. Tratar a todos com respeito é um sinal aparente de alta inteligência emocional. Isso também demonstra que você não estamos somente preocupados com o próprio sucesso, mas que também temos prazer em ajudar os outros, com respeito às nossas limitações e sabendo como valorizar nossos pontos fortes. 
FAZENDO USO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
	Você pode até não almejar um cargo de liderança, mas se deseja crescer profissionalmente, precisará se educar emocionalmente. Os grandes líderes são profissionais conciliadores, que sabem ouvir, ponderam e valorizam as pessoas. Ou seja, eles sabem lidar muito bem com as suas emoções.
Saber controlar as emoções no trabalho é algo fundamental. Não quer dizer que você será uma pessoa incapaz de se emocionar, mas que fará isso na medida certa. Se um colega chora de raiva, porque os outros foram promovidos e ele não, naturalmente, há um desvio a ser corrigido. Para ocupar cargos de liderança, é vital aprender a controlar as emoções. O profissional que tem esse tipo de inteligência ganha a confiança do grupo. As pessoas desenvolvem por ele um reconhecimento que muitas vezes não têm por elas próprias. Por isso, sabem que se uma tarefa for delegada a ela, não haverá razões para desequilíbrios ou desespero. Esse tipo de profissional é preparado para dizer não e o faz quando precisa. Eles sabem que a segurança e a credibilidade significam não assumir uma tarefa que você não dá conta apenas para agradar o chefe, mas fazer aquilo que pode, da melhor maneira possível.
A inteligência emocional é fundamental no trabalho, porque ajuda o profissional a usar ferramentas que ele mesmo possui em prol do conjunto, valorizando a equipe. O profissional que percebe esses benefícios e faz uso deles, se destaca no mercado e tem melhores chances de ascensão na carreira. Pense em três perfis de profissionais que você conhece: um explosivo, um passivo e um proativo. A cada decisão que o profissional explosivo precisa tomar, ele quase enfarta várias vezes. Grita, faz escândalo, dramatiza, anuncia a decisão várias vezes e, após decidir, continua sofrendo. Geralmente, o passivo perde o tempode tomar a decisão, ele funciona ao sabor do vento e sempre achará que as coisas se resolverão por si só, por isso, costuma sempre se arrepender por não ter agido antes. Já o profissional proativo, que trabalha com esse tipo de inteligência, é preparado para fazer a leitura do contexto antes de se decidir e consegue reunir os dados necessários para a tomada de decisão. Não quer dizer que ele nunca falhará, não é isso. A diferença é que ele sabe lidar com a situação e tem maior facilidade para revertê-la, tornando-a algo positivo.
Todo ambiente de trabalho tem aquelas pessoas que são referência na equipe por seu posicionamento, postura e capacidade de influenciar pessoas e tem os famosos espanta bolinhos. Ninguém gosta de ficar perto de profissionais que não lidam bem com suas próprias emoções. Essas pessoas são imprevisíveis e exacerbam todo tipo de sentimento. Se estão felizes, ficam eufóricas demais; se estão tristes, ficam depressivas e isoladas.
Para estar entre os melhores e fazer parte de uma equipe de ponta, ter esse tipo de inteligência é uma característica relevante, que vai garantir que os melhores profissionais também escolheram estar com você. Em times equilibrados a melhor vantagem é poder aprender com a postura e contribuição dos demais colegas. Como se sabe, esse tipo de inteligência não é uma característica inerente ao indivíduo. A boa notícia é que este perfil pode ser aprendido. Ou seja, basta se esforçar para mudar as suas atitudes para ter êxito.
 EXEMPLO DE IE EM UMA ORGANIZAÇÃO SEGUNDO GOLEMAN
Consideremos o exemplo de Goleman (2002): um momento crucial vivido em uma divisão de notícias da BBC, a gigante da mídia britânica. Tal divisão fora instituída em caráter experimental e, embora seus aproximadamente duzentos jornalistas e editores acreditassem que haviam dado o melhor de si, a gerência decidira encerrar suas atividades. De nada adiantou que o executivo enviado para comunicar a decisão à equipe reunida começasse com um relato brilhante de como as operações rivais estavam indo bem, nem que ele tivesse acabado de chegar de uma viagem maravilhosa a Cannes. A notícia em si já era ruim o bastante, mas o jeito brusco e até agressivo do executivo provocou algo além da já esperada frustração. As pessoas ficaram enfurecidas – não só com a decisão da gerência, mas também com o próprio portador da novidade. Na verdade, o clima ficou tão ameaçador que parecia que o executivo teria de chamar a segurança para escoltá-lo para fora da sala. No dia seguinte, outro executivo visitou o mesmo grupo. Sua abordagem foi muito diversa. Fez um discurso sincero sobre a importância vital do jornalismo para a vibração da sociedade e sobre o chamado que os trouxera a todos para aquele campo, em primeiro lugar. Lembrou-os de que ninguém escolhe uma carreira de jornalista para enriquecer – como profissão, suas finanças sempre haviam sido modestas, e a segurança no emprego flutuava conforme o sobe-e-desce das marés econômicas mais amplas. Invocou, também, a paixão e até a dedicação dos profissionais ao serviço que prestavam. Por fim, desejou a todos boa sorte na retomada de suas carreiras. Quando terminou de falar, foi aplaudido.
Qual a diferença desses dois líderes citados no exemplo acima? A diferença esta na forma e no tom de voz com que cada um expressou a mensagem: o primeiro provocou no grupo antagonismo e hostilidade, enquanto o segundo aplicou doses de otimismo e mostrou inspiração diante das adversidades. Os dois momentos apontam para uma dimensão oculta, mas crucial, da liderança – o impacto emocional do que o líder diz e faz.
Para Goleman (2002), o segundo executivo, aplaudido pelos funcionários demitidos, ilustra a liderança ressonante. O segundo líder estava em sintonia com os sentimentos das pessoas e conduziu-as em uma direção emocional positiva. Falando com franqueza, expondo seus próprios valores e mantendo-se em contato com as emoções daqueles que o rodeavam, ele elevou o moral das pessoas e mostrou a quão eram importantes mesmo diante daquela situação. 
Na concepção de Goleman (2002), a empatia – que implica ouvir e colocar-se no lugar dos outros – permite que os líderes sintonizem-se com os canais emocionais que criam ressonância entre as pessoas.
A manutenção da sintonia permite-lhes elaborar melhor sua mensagem, de modo a manter o fluxo de comunicação. O Autor diz que, a empatia é apenas um dos ingredientes necessários à liderança inteligente em termos emocionais. Outro é a capacidade do líder de transmitir sua mensagem de maneira a mover os demais.
O líder que exprime seus sentimentos com convicção produz ressonância porque essas emoções são claramente autênticas, arraigadas em valores profundos. Os líderes emocionalmente inteligentes difundem emoções no registro positivo: instigam as pessoas por meio da articulação de um sonho seu que inspire entusiasmo, compaixão ou um sentido de ligação – aspirações que apontem para um futuro cheio de esperanças.
Em suma, empatia significa levar os sentimentos dos funcionários em respeitosa consideração para poder tomar decisões inteligentes, capazes de converter tais sentimentos em uma resposta. Acima de tudo, ela possibilita a ressonância; em sua ausência, o que os atos dos líderes provocam é dissonância. Pessoas empáticas reconhecem e conseguem satisfazer as necessidades dos clientes ou subordinados, inspiram proximidade, interessam em ouvir o que as pessoas têm a dizer, escutam atentamente, identificando aquilo que, de fato, preocupa a cada um, e suas respostas acertam na mosca. 
No entanto, para Goleman (2002), lidar com relacionamentos não é tão simples quanto parece. Não se trata de uma mera questão de cordialidade, muito embora as pessoas com habilidades sociais desenvolvidas raramente sejam mal humorados. Ao contrário, a cordialidade, no âmbito da administração de relacionamentos, possui um propósito: mover as pessoas na direção certa seja a concordância quanto a uma estratégia de marketing ou o entusiasmo com relação a um novo projeto. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Saber ouvir e se expressar são peças chaves para o desenvolvimento de relações. Criar contatos, desenvolver ideias junto a terceiros e compartilhar informações devem ser ações comuns no nosso dia a dia. Comunicar é muito mais do que apenas falar: é promover a troca, é transmitir conhecimento, pensamentos e sensações. Comunicar vai além do tangível e remete coerência entre aquilo que se recebe e aquilo que se emite.
O segredo para desenvolver a competência emocional está na dosagem de emoções. Importante é saber administrar as reações. É saber equilibrar a razão e a emoção, o pensar e agir. É trabalhar a si mesmo todos os dias e aceitar que sempre se pode aprender mais.
A avaliação da Inteligência Emocional permite que as pessoas entendam suas próprias competências de Inteligência Emocional, estabeleçam metas de desenvolvimento profissional e pessoal e coloquem em prática seus pontos fortes. O objetivo é ajudar líderes e colaboradores a serem mais efetivos na suas vidas pessoais e profissionais.
REFERÊNCIAS
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente.
WEISINGER, Hendrie. Inteligência Emocional no Trabalho
Site IBC- Instituto Brasileiro de Coaching - http://www.ibccoaching.com.br
Site RH Portal- http://www.rhportal.com.br
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