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Contradições do Capitalismo

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1° CONTRADIÇÃO
Valor de uso e valor de troca
Os valores de uso de um produto são variados, enquanto o valor de troca é uniforme e qualitativamente idêntico
O valor de troca de uma casa é determinado pelo custo do material, podendo limitar as possibilidades de criação de valores de uso.
No mundo capitalista a moradia é construída especulativamente como uma mercadoria.
‘’O valor de troca é determinado pelos custos básicos de produção da casa.’’ (HARVEY, David, 17 Contradições e o fim do capitalismo. P.29)
No mercado habitacional o que importa é o valor de troca, tendo em vista que a moradia é construída com um intuito especulativo.
Uma posição que eleve o valor de uso, afetaria o sistema capitalista.
O imóvel torna-se um depósito de valor de troca. Uma espécie de poupança.
O valor de troca é influenciado por fatores externos.
As pessoas tentam manter o valor de troca que pouparam, supervisionando os efeitos externos da moradia.
Manter e aumentar o valor patrimonial de uma habitação tornam-se objetivos políticos para segmentos cada vez maiores da população. 
A busca incessante por valor de troca, pode vir a impedir que as pessoas tenham acesso ao valor de uso, pois a prioridade é a famigerada caça aos valores de troca. Isso pode vir a acarretar em contração de dívidas por exemplo. Pois para conseguir obter o valor de uso de uma propriedade, só é possível com a contração de uma dívida.
Em suma, a contradição do valor de uso ante o de troca, consiste na sobreposição do 1° em relação ao 2°, inviabilizando o acesso ao valor de uso para uma boa parte da população.
A sobreposição do valor de troca sobre o de uso funciona simplesmente para os empreendedores que consequentemente angariam lucros enormes, enquanto o resto da população é penalizado com a falta de um valor de uso adequado. (Nesse contexto entra a questão da privatização dos serviços públicos, que fomenta em uma disparidade das desigualdades. Onde só terão acesso aos valores de uso os economicamente favorecidos).
David Harvey propõe uma medida única de valor, que beneficiaria os interesses de quem almeja o valor de troca e de quem almeja o valor de uso. Satisfazendo ambas as partes.
2° Contradição
O valor do trabalho e sua representação pelo dinheiro:
Dinheiro é um meio para reivindicar uma parte do trabalho social dos outros, orientado para a produção de bens e serviços para a troca no mercado.
Essa reivindicação tem de ser feita em um dado momento, pois caso contrário o dinheiro não cumpriria seu destino nem sua função.
Na sociedade capitalista iremos depender do trabalho dos outros para obter os valores de uso, (Esse trabalho é gratificado por meio do dinheiro, mascarando a exploração típica do sistema capital).
Tudo que existe no capitalismo absorve o trabalho humano, o valor social desse trabalho figura o dinheiro.
O valor das mercadorias tem a ver com a demanda do trabalho envolvida na produção.
Dinheiro é a representação material do valor. (Em casos de dinheiro de conta, ou eletrônico, esse será meramente um símbolo).
A lacuna entre dinheiro e valor constitui a segunda contradição do capital.
O dinheiro que mede valor torna-se uma mercadoria: o capital-dinheiro.
O dinheiro-mercadoria foi substituído por formas de dinheiro mais práticas e flexíveis, gerando a representar o trabalho das mercadorias por meio de símbolos e representações. Essa representação gera uma expansão do dinheiro sem nenhum limite técnico.
O advento do dinheiro de crédito pôs grande parte da criação do dinheiro nas mãos de indivíduos e bancos.
Com a ajuda do dinheiro as mercadorias podem ser etiquetadas no mercado com um preço de venda. Os preços oscilam por divergência do valor.
Os capitalistas veem apenas preço e não valores.
As representações monetárias divergem do que deveria ser a lógica do trabalho social.
O dinheiro que deveria representar o valor social do trabalho toma a forma de capital fictício e circula para no fim encher o bolso dos financistas que monopolizam atividades não produtivas.
Capital fictício consiste em uma taxa de retorno dos investimentos alta.
As contradições em torno do dinheiro são várias, as representações mentem sobre aquilo que representam (capital fictício) e tomamos um valor de uso particular e o usamos para representar o valor de troca em geral. Acima de tudo tomamos algo social e o representamos de tal maneira que ele pode ser apropriado como forma de poder social por pessoas privadas. (Esse fato concomitante gera a ganância e a cobiça do poder monetário).
O dinheiro passa a ser fetichizado.
O desejo do dinheiro torna-se um fim em si mesmo.
O capital fictício controla as riquezas, fomentando uma segregação social e uma luta de classes, tendo em vista que apenas 0,01% detêm das riquezas.
A condição de fetiche assumida pelo dinheiro desvirtua a sua intenção inicial, de ser um modo valorativo e representativo da força de trabalho humana atrelada à mercadoria. Ocasionando uma lacuna entre dinheiro e valor que resulta em uma representação não mais do trabalho, mas da cobiça por acumulo de riquezas.
3° contradição
O valor de troca e o dinheiro pressupõem a existência de direitos individuais de propriedade privada.
A propriedade privada estabelece o direito de uma coisa ou processo, quer seja usado ativamente ou não (Conflito por posses de terras por exemplos, muitos alegam apossar-se delas para fazê-las ter uso, contudo a passividade das mesmas não justifica uma apropriação).
A propriedade privada passou a ser concedida não só a pessoas físicas, mas também à empresas que são definidas como pessoas jurídicas.
Os direitos de propriedade são mantidos perpetuamente, não expiram por falta de uso. 
Na sociedade contemporânea a improdutividade não justifica mais a espoliação de terras, assegurando os direitos indissolúveis dos detentores das mesmas.
O fim dos direitos de usufruto e o infame processo de cercamento dos bens comuns levaram a predominância de um sistema de direitos de propriedade privada individualizada. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo. p. 49)
O estado pode intervir em problemáticas que interfiram no âmbito da especulação imobiliária. Contudo, essa intervenção precisa ser feita com cautela, para não suscitar em coerção.
O estado deve ter poder de monopólio sobre o dinheiro e a moeda corrente.
A hegemonia americana no cenário mundial, se dá pelo controle da moeda mundial por parte dos mesmos – O dólar – Essa moeda justifica todo o imperialismo dos EUA.
Pode existir situações em que a contradição entre estado capitalista e propriedade privada alcançam o nível máximo, contrapondo público a privado por exemplo.
Boa parte da acumulação do capital tem fins sociais ou geopolíticos, mesmo em estados mais fiéis aos princípios da privatização.
A maneira como as finanças são organizadas é vista como algo profundamente contraditória, com a autonomia e as liberdades individuais, pois entregam o monopólio do dinheiro e do crédito a instituições não eleitas democraticamente e comandadas por presidentes dos bancos centrais.
O estabelecimento de um sistema bancário privado conseguiu monopolizar o crédito de todo mundo. Cobrando usura disfarçada de juros.
Esse sistema acarreta em diversos problemas, como: exploração, destruição ambiental e social, enquanto aumenta a concentração de poder e riqueza de poucos em detrimento de muitos. Esse é o problema crucial dessa contradição.
A solução para essa problemática seria a dissolução de instituições privatizadas que consequentemente detém boa parte da renda per capita, e a distribuição de renda e de oportunidades de trabalho aos menos afortunados.
4° Contradição
As atividades ilegais desempenham um papel significativo no mercado mundial.
A apropriação e acumulação de riquezas por parte de ‘’pessoas’’ privadas (inclusive corporações) baseia-se na espoliação direta do trabalho social – Alusão a 3° contradição, a propriedade privada se sustenta por meio de espólio.Não importa de onde o dinheiro vem.
O dinheiro pode ser acumulado sem limites por pessoas privadas. (3° contradição).
A apropriação privada da riqueza comum ameaça a própria reprodução do capital. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo. p.61).
Mercados de trabalho, terras e dinheiro são essências para o capitalismo e a produção de valor. A lacuna entre valores e preços é um problema não só quantitativo mas qualitativo.
A mercantilização do trabalho, da terra e do dinheiro é uma das três contradições mais perigosas. A transformação desses fatores em mercadoria, baseou-se em inúmeras barbáries e logro da pior espécie. Tais formas de espoliação, tornaram-se a sustentação do capitalismo.
A acumulação por espoliação ainda perdura no sistema capitalista.
A 3° contradição acumula riquezas por meio do espólio.
A mercantilização da natureza cria mercados em torno dos direitos de usufruto.
Os que possuem poder monetário, podem comprar quase tudo. Excluindo a massa da população. (Desigualdades sociais).
O valor de troca se sobressai ao de uso, causando revolta nas massas, que não possuem acesso aos valores de uso fundamentais. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo).
A mercantilização das não mercadorias (terra, trabalho e dinheiro) geram a hipocrisia do capitalismo, pois este firma-se no abuso, no espólio.
5° Contradição
A força de trabalho é comercializada como mercadoria pelo capital.
O trabalhador dispõe e vende essa mercadoria para o capitalista em um mercado de trabalho supostamente livre. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo. p. 67)
Para o capital ser criado e reproduzido os trabalhadores precisam criar mais valor do que recebem. (Não são donos do valor do seu trabalho).
A situação acima é pressuposto essencial da existência do capital, que permite a acumulação cada vez maior de renda, por parte dos detentores dos meios de produção.
A força de trabalho transformada em mercadoria, cria mais valor do que ela mesma tem, é dela que o capital depende para se reproduzir, (obter lucro).
O trabalho social tornasse alienado, ocasionando um latente agrupamento por classes. (proletários x burgueses). 
Esse agrupamento, sucessivamente gera uma luta de classes. Onde os capitalistas lutarão para aumentar a intensidade da produtividade e os trabalhadores lutarão para diminuir.
O capital passa por dificuldades quando não domina o trabalho e mesmo quando domina.
A contradição entre capital e trabalho, está entranhada com as outras contradições. É preciso solucionar as outras para poder solucionar essa.
O que o trabalhador adquire no domínio da produção é roubado de volta pelo sistema e seus representantes. (Comerciantes, banqueiros, corretores, advogados, eletricistas, etc.)
Os impostos também diminuem a renda discricionária dos trabalhadores.
A política de acumulação torna-se um meio de extração de renda e riqueza. (espólio). Assim como o neoliberalismo, é um meio de espoliação mascarado por uma retidão fiscal.
A reivindicação de preços mais baixos e maior eficácia em educação, saúde e serviços sociais, portanto, são tão importantes para a luta de classes como a luta contra exploração no mercado e no ambiente de trabalho. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo. p.72)
A contradição entre capital e trabalho gera pois distinções entre raça, etnia, gênero e religião.
6° Contradição
Capital pode ser visto como processo ou como coisa.
O normal no capitalismo é a ilegalidade. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo. p. 75) 
O aparelho estatal é cumplice do capitalismo. (Ver Contradição 3)
Um capitalismo sem estado é indispensável.
No fluxo contínuo de valor, temos a definição do capital como processo.
Para a continuidade do processo, é preciso que haja controle e colaboração com a força de trabalho. (HARVEY, David. 17 Contradições e o fim do capitalismo. p.76)
No processo capitalista o ciclo do consumo é diminuído, sobretudo no caso de celulares e ou aparelhos eletrônicos. – Esses já são produzidos com o intuito de não durarem muito –
(O tempo de rotação ou circulação do produto é acelerado).
O processo de circulação do capital, dependerá do capital fixo e vice-versa.
Se as mercadorias não fluem, se o processo não vinga, as coisas que facilitam a circulação tornam-se inúteis.
O conflito entre fixidez e movimento ocasiona desindustrializações, oscilações de valor de imóveis, desinvestimentos e construção especulativa.
Por levar a uma contradição absoluta, essa tensão leva a sérias crises.
É preciso manejar as relações entre processos e coisas para o bem comum, extinguindo a capacidade do bem de raiz de extrair renda da fixidez comandada por ele. A terra e os recursos deveriam ser administrados como propriedade comum das populações que os usam.
	
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