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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO DE RECIFE- PE.
Processo nº: XXXX
			TRANSPORTE RÁPIDO LTDA, sociedade comercial, inscrita no CNPJ nº XXXX, estabelecida à Rua XXX,CEP: XXX neste ato representada por seu sócio XXX, brasileiro, casado, com identidade nº: XXX, inscrito no CPF nº: XXX, vem, por meio de seu advogado, infra-assinado, com endereço profissional na Rua XXX, nos autos da AÇÃO TRABALHISTA que lhe move GILSON REIS, já qualificado, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
Com base nos motivos e fundamentos a seguir expostos.
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO- DA PRESCRIÇÃO
Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição parcial, a fim de que sejam consideradas prescritas as parcelas anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, ou seja, anteriores a 25/01/2017, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, de acordo com o art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
SUM-308 PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescri- ção bienal quando da promulgação da CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992)
MÉRITO
DO CONTRATO DE TRABALHO
Conforme narrado na inicial, Gilson Reis trabalhou por seis aos, cinco meses para a Reclamada na função de auxiliar de serviços gerais, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 05:00 às 15:00 horas, com intervalo de 02 (duas) horas para o almoço. Tendo recebido o aviso prévio no dia 09/11/2016.
DO PEDIDO DE REITEGRAÇÃO
O empregado apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e-mail ao seu empregador, o que lhe assegura a garantia de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua reintegração.
Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no art. 543, §3º da CLT, conforme alegado, pois o registro de sua candidatura ocorreu no período de aviso prévio. Esta situação não lhe garante a estabilidade, mesmo que este aviso fosse indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na Súmula 369, V.
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. 
SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)
Há de se colacionar o entendimento firmado no TST:
TST - RECURSO DE REVISTA RR 666007320025040332 66600-73.2002.5.04.0332 (TST). Data de publicação: 12/06/2009. Ementa: ESTABILIDADE. MEMBRO DA CIPA. REGISTRO DA CANDIDATURA NO CURSO DO AVISO PRÉVIO. -A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias- (Súmula 371 do TST). Dessa forma, a projeção do contrato de trabalho, pela concessão de aviso prévio indenizado, não confere direito à estabilidade. Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento.
Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da sua candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo aviso prévio.
DA JORNADA DE TRABALHO/DAS HORAS EXTRAS
O empregado aduziu que trabalhava das 05 às 15 horas, com intervalo de 02 (duas) horas para o almoço, e que tal jornada dava-lhe o direito de requerer o pagamento de horas extras no período trabalhado.
No entanto, pode-se verificar que a jornada cumprida não excede os limites constitucionais, seja o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas ou o diário de 8 (oito) horas, conforme preceitua o art. 7º, XIII, da CF, e o art. 58, caput, da CLT, bem como não está em desacordo com o intervalo intrajornada, que é de no mínimo 1 (uma) hora e, salvo acordo coletivo, no máximo 2 (duas) horas, de acordo com o disposto no art. 71, caput, da CLT.
Art. 7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
Esse é o entendimento doutrinário acerca do tema:
“Quando "o trabalho diário exceder de seis horas, o intervalo terá de ser, em princípio estipulado com duração de uma a duas horas. Só poderá ser superior a duas horas se o permitir acordo escrito entre o empregador e seus empregados, acordo coletivo celebrado entre a empresa e o sindicato dos seus empregados ou, ainda, convenção coletiva firmada entre os sindicatos representativos das correspondentes categorias" (SÜSSEKIND, Arnaldo. MARANHÃO, Délio. VIANNA, Segadas, TEIXEIRA, Lima. Instituições de Direito do Trabalho. 21 ed. São Paulo: LTr, 2003, v. 2, p. 812).”
E esse é o entendimento firmado nos nossos tribunais:
TRT-1 – Recurso Ordinário: RO 12625120115010032 RJ entendimento dos nossos Tribunais: Ementa: HORAS EXTRAS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. Tem-se que é ônus do empregado comprovar a existência de horas extras laboradas e não quitadas, porquanto se trata de fato constitutivo ao direito postulado (artigo 818 da CLT c/c artigo 333, I, do CPC). Assim, não havendo nenhuma comprovação da jornada declinada na exordial, improcede o pedido, mantendo-se assim a decisão guerreada. Processo RO 12625120115010032 RJ.
Destarte, não prospera a pretensão do Reclamante em pleitear o pagamento de horas extraordinárias e seus respectivos reflexos.
IV. DO ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO
O reclamante laborava das 05 às 15 horas, o que o fez requerer o pagamento do adicional de trabalho noturno (ATN).
Vale destacar que o empregadonão trabalhava entre 22 horas de um dia e 05 horas do dia seguinte, que é o período legal que caracteriza o ATN, segundo dispõe o art. 73, § 2º, da CLT.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946).
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
Dessa forma, requer a Reclamada a improcedência do pedido de adicional de trabalho noturno, pelas razões acima expostas.
V. DO INTERVALO INTERJORNADA
O Reclamante trabalhava das 05 às 15 horas e alegou na inicial que o intervalo interjornada não era observado, desejando ser remunerado nas respectivas horas extraordinárias.
Relevante esclarecer que o intervalo interjornada deve ser de um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso do trabalhador, conforme aduz o art. 66 da CLT. Entretanto, no caso em tela, havia um interregno de catorze horas entre as jornadas, o que não contempla o pagamento de horas extras nem está em consonância com a Orientação Jurisprudencial 355 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção I, do TST.
Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
355.INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ 14.03.2008). O desrespeito ao intervalo mínimo interjornada previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
Tal alegação se consubstancia no entendimento do TST:
TST - ARR 22717720125120009 (TST).Data de publicação: 07/08/2015. Ementa: RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. INTERVALO INTRAJORNADA. O Regional consignou que há pré-assinalação de 1 hora de intervalo intrajornada e a autora não desconstituiu os registros, nem demonstrou haver redução do intervalo intrajornada. Portanto, a decisão recorrida está baseada na análise do contexto probatório dos autos, incidindo o óbice da Súmula 126 do TST. Recurso de revista não conhecido. INTERVALOS DOS ARTS. 66 E 67 DA CLT . Ficou consignado no acórdão recorrido que a reclamante não comprovou qualquer diferença em relação aos intervalos dos artigos 66 e 67 da CLT . Assim, para se chegar a conclusão diversa daquela adotada na decisão recorrida, seria necessário o revolvimento do contexto probatório dos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 126 do TST. Recurso de revista não conhecido. 
E ainda pela doutrina que prevê a suma importância do referido intervalo:
“A finalidade precípua da pausa em foco é a de minimizar os efeitos nocivos da fadiga sobre o organismo do trabalhador. Secundariamente, deve servir de oportunidade para que este se alimente. Contém-se no preceito (art. 71, caput, CLT) uma disjuntiva, o que logicamente implica opção entre repouso ou alimentação. Na prática, porém, o que se dá é que o trabalhador usa da pausa para cumulativamente repousar e se alimentar" (Magano, Octavio Bueno. Manual de Direito do Trabalho – Direito Tutelar do Trabalho – v. 2. São Paulo: LTr, 2ª edição, 1992, p. 50).”
E ainda:
"O empregador goza de certa discrição na determinação da pausa para repouso ou alimentação. Pode fixá-la em uma hora no mínimo e em duas horas no máximo. Vale dizer que pode também fixá-la em uma hora e quinze minutos, em uma hora e trinta minutos, em uma hora e trinta e cinco minutos e assim por diante. Para exceder o limite máximo acima apontado (duas horas), precisa fundar-se em acordo escrito ou contrato coletivo de trabalho. Para diminuir o limite mínimo acima apontado, carece de autorização expressa do Ministério do Trabalho. O acordo coletivo de que cuida a lei é o que se traduz em cláusula do contrato individual de trabalho. Em outras palavras, isso quer dizer que ao ser admitido no emprego pode o trabalhador pactuar com o seu empregador pausa superior a duas horas. Todavia, se isso não ocorrer, a pausa não pode ser aumentada no curso do contrato de trabalho, porque tal procedimento implicaria violação do art. 468 da CLT. O contrato coletivo de trabalho, mencionado na lei, é a convenção ou o acordo coletivo de trabalho" (Magano, Octavio Bueno. Op. cit., p. 50).
Portanto, por tais motivos, não pode prosperar o pagamento de horas extraordinárias e de seus reflexos.
VI- DO PEDIDO
De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial e, por fim, no mérito, que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa.
VII- DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos.
		Nestes termos
 		Pede deferimento
Recife, xx de xxx de xxx
Advogado
OAB/PE
São João de Meriti, 13 de junho de 2017
 Prática Simulada II
 Caso referente a Aula 8.
Aluna: Camila Souza dos Santos.
Matrícula: 201308330405

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