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* * Cirrose Hepática Eduardo Souto – Professor Substituto Serviço de Gastroenterologia * * Cirrose Hepática Introdução Fisiopatologia Epidemiologia Etiologia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Prognóstico * * Cirrose Hepática Introdução - Anatomia * * Cirrose Hepática Introdução – Sistema Porta * * Cirrose Hepática Introdução – Segmentos Hepáticos * * Cirrose Hepática Introdução - Definição É caracterizada pela desorganização da arquitetura lobular do fígado, definida histologicamente por fibrose e formação de nódulos regenerativos Classificação morfológica: Macronodular (≥ 3mm) Micronodular (< 3mm) * * Cirrose Hepática Introdução * * Cirrose Hepática Introdução - Fisiopatologia * * Cirrose Hepática Introdução - Fisiopatologia * * Cirrose Hepática DA HISTOLOGIA NORMAL À CIRROSE * * Cirrose Hepática DA HISTOLOGIA NORMAL À CIRROSE * * Cirrose Hepática DA HISTOLOGIA NORMAL À CIRROSE * * Cirrose Hepática Introdução - Classificação Compensada Descompensada Ascite (Peritonite Bacteriana Espontânea PBE) Hemorragia Digestiva Varicosa Encefalopatia Hepática (EH) * * Cirrose Hepática Introdução - Fisiopatologia * * Cirrose Hepática Introdução – Fisiopatologia da Hipertensão Porta * * Cirrose Hepática Introdução - Fisiopatologia * * Cirrose Hepática Introdução - Fisiopatologia * * Cirrose Hepática Introdução - Fisiopatologia * * Cirrose Hepática Epidemiologia Principais causas: Hepatites virais (B e C) Alcoólica Em 2006, 7005 pacientes aguardavam transplante de fígado no Brasil. Mortalidade de 7,89/100000 habitantes 12° causa de morte nos EUA em 2000 Ascite é sua principal complicação Sobrevida após ascite = 30-40% em 5 anos * * Cirrose Hepática - Etiologia * * Cirrose Hepática - Etiologia * * Cirrose Hepática – Quadro Clínico As manifestações clínicas das hepatopatias (doenças do fígado) são diversas Estima-se que aproximadamente 40% dos pacientes com cirrose são assintomáticos Na cirrose hepática descompensada o quadro clínico é dominado por complicações da insuficiência hepática e/ou da hipertensão portal * * Cirrose Hepática – Quadro Clínico * * Cirrose Hepática – Quadro Clínico Ascite * * Cirrose Hepática – Quadro Clínico HDA Varicosa * * Cirrose Hepática – Quadro Clínico Estigmas periféricos * * Correlação entre dados de histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Vírus da hepatite C: Transfusão de sangue, hemoderivados e transplante de órgãos anterior a 1992; hemodiálise; Uso de drogas intravenosas com compartilhamento de seringas e agulhas; Emprego de cocaína inalatória; Tatuagem e piercing * * Correlação entre dados de histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Vírus da hepatite B: Uso de drogas intravenosas com compartilhamento de seringas e agulhas; emprego de cocaína inalatória; Tatuagem e piercing; Vida sexual promíscua; Mãe portadora do vírus B * * Correlação entre dados de histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Doença alcoólica do fígado: Uso abusivo de álcool superior a 60 - 80g de álcool por dia para homens e 20 - 40g/dia para mulheres por período usualmente superior a 8 - 10 anos Sinais de feminilização * * Correlação entre dados de histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Uso crônico de medicamentos: Metildopa, nitrofurantoína, vitamina A e metotrexato * * Correlação entre dados de histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Hepatite auto-imune: Presença de outras doenças ou manifestações auto-imunes (artrite, tiroidite) no paciente ou em familiares de primeiro grau * * Correlação entre dados do histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Cirrose biliar primária: Idade usualmente superior a 50-60 anos Outras doenças ou manifestações auto-imunes (CREST, síndrome sicca) no paciente ou em familiares de primeiro grau Xantomas e xantelasmas Prurido com ou sem icterícia Hiperpigmentação cutânea * * Correlação entre dados do histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Colangite esclerosante primária: Associação com doença inflamatória intestinal Colangite de repetição Prurido com ou sem icterícia, xantomas e xantelasmas * * Correlação entre dados do histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Hemocromatose: Idade usualmente superior a 50 anos Histórico familiar de cirrose e consangüinidade * * Correlação entre dados de histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Doença de Wilson: Idade usualmente inferior a 35 anos Histórico familiar de cirrose e consangüinidade Alterações neurológicas e presença de anel de Kayser-Fleischer * * Doença de Wilson * * Correlação entre dados do histórico clínico e exame físico e provável etiologia da cirrose Síndrome de Budd-Chiari: Uso de fitoterápicos contendo alcalóides da pirrozilidina, contraceptivos orais e azatioprina Presença de síndrome de hipercoagulabilidade (deficiência de proteína C ou S ou de antitrombina III) ou mielodisplásica * * Manifestações extra-hepáticas * * Cirrose Hepática Diagnóstico Cirrose é um termo anatomopatológico O diagnóstico pode ser baseado em: Parâmetros clínicos Parâmetros laboratoriais Exames de imagem (US e EDA) * * Cirrose Hepática Diagnóstico Clínico Sinais periféricos de hepatopatia crônica Sinais e sintomas de descompensação: Ascite Encefalopatia hepática Evidências de hipertensão portal: esplenomegalia, circulação colateral abdominal * * Cirrose Hepática Diagnóstico Laboratorial Hipoalbuminemia Alargamento do Tempo de Protombina (TP) Plaquetopenia Fibrotest (haptoglobina, alfa-2 macroglobulina, apolipoproteína A1, bilirrubina e gama-GT) * * Cirrose Hepática Diagnóstico – Exames de imagem Ultrassonografia abdominal: Irregularidade no contorno do fígado Alteração na ecotextura Hipertensão portal: aumento do calibre da veia porta ou alterações no fluxo portal Revelar complicações como: Ascite CHC Sensibilidade: 91% Especificidade: 94% * * Cirrose Hepática Diagnóstico – Exames de imagem * * Cirrose Hepática Diagnóstico Histopatológico Macroscopia: Superfície nodular Microscopia: Estrutura lobular distorcida por nódulos delimitados por traves fibróticas O fragmento da biópsia deve conter idealmente pelo menos 10 espaços porta * * Cirrose Hepática Diagnóstico Histopatológico * * Cirrose Hepática Diagnóstico Histopatológico Contribui para definição etiológica Hepatites crônicas: Grau de fibrose; Infiltrado inflamatório portal/septal; Atividade inflamatória periportal/periseptal e parenquimatosa * * Cirrose Hepática – Complicações ASCITE Principal fator contribuinte: vasodilatação esplâncnica Hipertensão portal > formação de colaterais e shunt de sangue para a circulação sistêmica > Produção local de vasodilatadores (*oxido nítrico) > Vasodilatação arterial Hipertensão Portal + Vasodilatação Arterial Esplâncnica aumento da pressão capilar intestinal > acumulação de fluidos na cavidade abdominal * * Cirrose Hepática – Complicações O DIAGNÓSTICO DAS CAUSAS DA ASCITE Baseia-se na: História clínica Exame físico Analise do Fluido Ascítico O Kit Básico para avaliação do liquido ascitico: Contagem celular total e diferencial Albumina sérica e do liquido ascitico Proteína total do liquido ascitico * * Cirrose Hepática – Complicações ASCITE – Diagnóstico Diferencial Cirrose hepática é responsável por até 85% das causas de ascite. Outras causas correspondem a cerca de 15% dos casos, e são representadas por: Neoplasias Insuficiência Cardíaca Tuberculose Síndrome Nefrótica O diagnóstico diferencial pode ser realizado por meio da análise cuidadosa do Liquido Ascítico, obtido por meio de Paracentese Diagnóstica. * * Cirrose Hepática – Complicações QUANDO E COMO AVALIAR O LIQUIDO ASCITICO Suspeita de PBE Ascite de inicio recente, com: Sinais de infecção Dor abdominal Sangramento GI Avaliar no Líquido Ascítico: Aparência macroscópica Citologia total e diferencial (PMN ≥ 250) Perfil Bioquímico (proteína, albumina e amilase) Gram e cultura para germes comuns (Eschericia coli e Klebsiella pneumoniae) Considerar: ADA ( se suspeita de Tb) * * Cirrose Hepática – Complicações GRADIENTE DE ALBUMINA SORO-ASICITE X DIAGNÓSTICOS GASA = Albumina do Plasma (Sérica) – Albumina do LA GASA> 1,1 = 97% de acurácia para Hipertensão Portal * * Cirrose Hepática – Complicações Síndrome Hepatorrenal * * Cirrose Hepática – Complicações Síndrome Hepatorrenal * * Cirrose Hepática – Complicações Síndrome Hepatorrenal * * ENCEFALOPATIA HEPÁTICA “Reversible state of impaired cognitive function or altered conciousness that occurs in patients with liver disease or portosystemic shunts.” Menos de 5% dos casos ocorrem em pacientes sem cirrose. * * Cirrose Hepática – Complicações Encefalopatia Hepática * * Cirrose Hepática – Complicações Encefalopatia Hepática Classificação: Episódica Paciente previamente hígido com delírio agudo ou distúrbio de consciência Persistente SIntomas contínuos de disartria, distúrbio de personalidade, de memória e ciclo do sono e vigília Mínima Estágio pré clínico, déficit em testes neuropsicológicos * * * * Cirrose Hepática – Complicações Hemorragia Digestiva Causas: Varizes esofágicas e ectópicas; Gastropatia e colopatia hipertensiva Manifestação clínica: Hematêmese, melena ou hematoquezia Instabilidade hemodinâmica Mortalidade: 30% Fator precipitante de outras complicações: EH, PBE, SHR Todo cirrótico deve fazer EDA para avaliar a presença de varizes esofágicas Médio e grosso calibre – profilaxia primária * * Cirrose Hepática – Complicações Hemorragia Digestiva São marcadores da Hipertensão no Sistema Porta-Hepático Representam a segunda maior causa de HDA, após a Doença Ulcerosa Péptica Possuem alta morbidade e mortalidade, devendo por isso serem: Lembradas SEMPRE, frente a paciente com HDA Manejadas de maneira rápida e com habilidade, visto que podem gerar sangramentos volumosos Seguidas uma vez descobertas em EDA ou após HDA, para que não voltem a sangrar * * Cirrose Hepática – Complicações Hemorragia Digestiva * * Cirrose Hepática – Complicações Carcinoma Hepatocelular (CHC) 3 a 5%/ano Icterícia progressiva; emagrecimento; dor no HD e ascite hemorrágica Diagnóstico precoce Tx hepático Rastreamento: US e AFP a cada 6 meses Nódulos TC ou RNM AFP> 250 a 400ng/ml Patognomônica * * Cirrose Hepática – Complicações Síndrome Hepatopulmonar 11 a 32% dos cirróticos Tríade clínica: Doença hepática Elevação do gradiente alvéolo-arterial de oxigênio Dilatações vasculares intrapulmonares Maioria assintomático (5 a 13% tem sintomas) Manifestações clínicas: dispnéia e platipnéia, fadiga, cianose, hipocratismo digital e aranhas vasculares Hipertensão portopulmonar ocorre em 5% dos cirróticos * * Cirrose Hepática Tratamento Cirrose compensada 1) tratamento da causa subjacente 2) tratamento dos sintomas 3) prevenção de complicações e de descompensação 4) suporte nutricional 5) avaliação para Tx hepático * * Cirrose Hepática Tratamento da causa subjacente * * Cirrose Hepática Tratamento dos sintomas Prurido: colestiramina, ácido ursodeoxicólico e anti-histamínicos e antagonistas dos opióides (Revia) Edema de mmii: restrição de sal e uso de diuréticos * * Cirrose Hepática Tratamento - Prevenção de complicações e de descompensação Medicações hepatotóxicas Consumo do álcool Constipação intestinal Uso de benzodiazepínicos Varizes esofágicas profilaxia primária (Betabloqueadores e/ou ligadura elástica endoscópica) Profilaxia primária para PBE com antimicrobianos * * Cirrose Hepática Tratamento - suporte nutricional Dieta hipossódica Desnutrição – piora da sobrevida (30 a 40Kcal/d) Dieta hipoproteica indicada em casos de EH * * Cirrose Hepática Descompensada Tratamento Tratamento específico da complicação Ascite PBE EH Hemorragia varicosa SHR Profilaxia secundária Avaliação para Tx hepático * * MANEJO DA ASCITE Medidas Gerais: Dieta hipossódica: 1500 a 2000 mg de sal ao dia Restrição hídrica: (1000mL ao dia): somente se hiponatremia dilucional (Sódio < 120 a 125mEq/l em presença de ascite, edema ou ambos) Prevenção de outras complicações da ascite: Peritonite bacteriana espontânea Síndrome hepatorenal. * * MANEJO DA ASCITE MEDIDAS ESPECIFICAS: Ascite de Moderado Volume: Geralmente tratados ambulatorialmente Diurético: Espironolactona (50 a 200 mg/dia) ou amilorida (5 a 10mg/dia) + Furosemida 20 a 40 mg ao dia pode ser adicionada nos primeiros dias (*Cuidar com piora da função renal) Perda de peso recomendada: Com edema periférico: 800 a 1000 mg/dia Sem edema periférico: 300 a 500 mg/ dia * * MANEJO DA ASCITE MEDIDAS ESPECIFICAS: Ascite de Grande Volume: Tratamento Ambulatorial Duas estratégias possíveis: *Paracentese de Grande Volume (infusão de Albumina) Administração de Diuréticos em doses Crescentes (espironolactona até 400mg/dia e furosemida até 160 mg/dia) Quando pensar em suspender os diuréticos: Desenvolvimento de encefalopatia Diminuição do sódio para < 120mg/dL Aumento da Creatinina > 2,0 mg/dL * * MANEJO DA ASCITE MEDIDAS ESPECIFICAS: Ascite Refratária: 5-10% dos casos Definição: Ascite que não responde a doses altas de diuréticos Pacientes que não toleram altas doses de diuréticos por efeitos colaterais Terapêuticas Possíveis: Paracenteses de repetição (a cada 2-4 semanas) Transjugular intrahepatic portosystemic shunts (TIPS) Transplante hepático Shunt peritoniovenoso * * PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE) Definição: Presença de > 250 PMN (neutrófilos)/mm3 + Cultura Positiva do Líquido Ascítico, sem uma evidente causa intra-abdominal ou cirurgicamente tratável. Agente causal = BGN entéricos em 70% dos casos Diagnósticos Relacionados: Ascite Neutrofílica: Presença de PMN > 250/mm3, com cultura negativa Bacterascite: Bactéria possivelmente causadora de PBE, porém com neutrófilos < 250/mm3 Observação: Tratamento idêntico ao da PBE clássica, visto que punções seqüenciais geralmente positivam os critérios. * * * * PBE Tratamento * * PBE Tratamento Antibioticoterapia: Cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima 2g 8/8hs durante 5 a 10 dias); Norfloxacina VO em alguns casos Prevenção de SHR: Infusão de albumina 1,5g/Kg e 1g/Kg/dia, nas primeiras 6hs e 3º dia respectivamente Sucesso terapêutico: Paracentese após 48hs do início da ATB, com redução igual ou superior a 25% no número de PMN Profilaxia secundária: Norfloxacina 400mg/d tempo indeterminado * * PBE X PERITONITE SECUNDÁRIA Características sugestivas de Peritonite Secundária: PMN >>> 250 cel/mm3 (milhares) Múltiplos microorganismos ao Gram e na cultura Pelo menos dois dos seguintes critérios: Proteína total > 1g/dL LDH > que o limite normal sérico Glicose < 50 mg/dL * * Cirrose Hepática Tratamento – Encefalopatia Hepática Correção dos fatores precipitantes Correção de DHE Tratamento de infecções Uso de benzodiazepínicos Constipação Hipovolemia induzida por diuréticos ou HDA Orientação dietética ↓ ingesta protéica para 40g/d (inicial) Medidas farmacológicas Lactulose Antibióticos (metronidazol, neomicina) * * TRATAMENTO DA ENCEFALOPATIA * * Cirrose Hepática Tratamento – Hemorragia Digestiva Varicosa * * Cirrose Hepática Tratamento – Síndrome Hepatorrenal (SHR) * * Cirrose Hepática Prognóstico * * Cirrose Hepática Prognóstico Redução de função hepática 30% CHILD A 50% B 90% C Sobrevida em 5 anos 95% CHILD A 75% B 50% C * * Cirrose Hepática Prognóstico e Avaliação para Transplante Hepático A escala MELD ou Modelo para Doença Hepática Terminal, do inglês Model for End-Stage Liver Disease Este sistema também é utilizado para priorizar a alocação dos pacientes para transplantes hepáticos. É calculado de acordo com a seguinte fórmula: MELD = 3,78[Ln bilirrubina sérica (mg/dL)] + 11,2[Ln INR] + 9,57[Ln creatinina sérica (mg/dL)] + 6,43 * * Cirrose Hepática Prognóstico Se MELD = 40 ou mais — significa que há risco de 100% de mortalidade em 3 meses. Se MELD = 30 a 39 — significa que há risco de 83% de mortalidade em 3 meses. Se MELD = 20 a 29 — significa que há risco de 76% de mortalidade em 3 meses. Se MELD = 10 a 19 — significa que há risco de 27% de mortalidade em 3 meses. Se MELD = <10 — significa que há risco de 4% de mortalidade em 3 meses. * * O fígado possui quatro lobos: o direito (o maior), o esquerdo, o quadrado, o caudado. Unindo os lobos esquerdo e direito, há o ligamento falciforme. * * * * Essa classificação caiu em desuso e não tem qualquer valor prognóstico, além do que muitos casos de padrão micronodular podem evoluir para padrão macronodular. Macronodular mais comum nas hepatites virais. Micronodular na cirrose alcoólica * * O ácino é a estrutura funcional – sangue proveniente do intestino – veia porta – sinusóides hepáticos – veias hepáticas centrais que formam as veias hepáticas. * O parênquima hepático está organizado em lóbulos circundados por espaços portais formados por estroma conjuntivo frouxo, veia porta terminal, arteríolas hepática e canalículo biliar e centro constituído por veia hepática central. * Na cirrose há colapso dos lóbulos hepáticos por agressão hepatocelular e reparo com formação de septos fibrosos e nódulos regenerativos. Lesão hepatocelular persistente ou intermitente, leva à formação de septos porta-porta e porta-centro, à transformação nodular do parênquima hepático. * * * A insuficiência hepática é decorrente da diminuição da massa funcional de hepatócitos, com redução da síntese de proteínas plasmáticas e etc... * Fisiopatologia das principais manifestações da cirrose hepática. * * * * * * * Na cirrose descompensada os sintomas são inespecífico, tais como fagida, astenia e perda de peso. O histórico clínico deve incluir questionamento acerca de sintomas de descompensação: icterícia, colúria, febre, aumento do volume abdominal e edema de MMII, dispnéia, ortopnéia... Enterorragia, melena, hematêmese e alterações do nível de consciência. * * PBE. * Hematêmese, melena e/ou enterorragia. Gastropatia hipertensiva. * * * * 12g de álcool = 50ml de bebida destilada, um cálice de vinho ou um copo de cerveja. Não é possível precisar que quantidade de álcool causará cirrose em determinada pessoa, entretanto, doses acima de 20g de álcool por dia, o equivalente a duas latas de cerveja ou duas taças de vinho, ou duas doses de destilado, são suficientes para, em certos homens, causar doença. Em mulheres, a metade desta dose, ou seja, 10 gramas de álcool por dia, já pode provocar cirrose. Apenas 15% dos alcoólicos desenvolvem hepatopatia alcoólica * * * * * * É um distúrbio metabólico do cobre; são anéis escuros (marrons ou verdes) que aparecem na circunferência da íris do olho humano. * * * O estudo anatomopatológico muitas vezes não é factível em pacientes cirróticos devido as alterações na coagulação sanguínea Sinais periféricos: eritema plamar, telangiectasias e ginecomastia Não há marcadores específicos para cirrose. Fibrotest: avaliação não invasiva de fibrose hepática mais promissor nos casos de cirrose por vírus B e C. TC e RNM. * Grau de atividade inflamatória dividida em 4 estágio 0 a 4. * * A ascite é usualmente diagnosticada com critérios clínicos. No entanto, é recomendada punção de líquido ascítico em todo paciente com DCPF. * * A PBE pode-se manifestar por febre, dor abdominal e alterações de ritmo intestinal ou por sinais de EH e SHR. 10 a 30% dos pacientes internados com ascite com HDA. * A síndrome hepatorrenal (SHR) é uma complicação comum em pacientes com cirrose, insuficiência hepática e hipertensão portal. Caracteriza-se por vasoconstrição renal, redução da perfusão renal com baixa taxa de filtração glomerular (TFG) e intensa redução da capacidade renal de excretar sódio e água livre, na ausência de lesões histológicas renais significativas. A SHR é a expressão extrema da disfunção circulatória que caracteriza a cirrose em seus estados mais avançados e tem sido classicamente considerada como secundária a uma vasodilatação arterial que ocorre na circulação esplâncnica. * SHR tipo 1: A do tipo 1 caracteriza-se por insuficiência renal rapidamente progressiva, definida como aumento de 100% nos valores basais da creatinina sérica sempre que o valor final for superior a 2,5 mg/dl em um intervalo de tempo de até 2 semanas. SHR tipo 2: é caracterizada por diminuição moderada e constante da função renal (creatinina sérica entre 1,5 a 2,5), na ausência de outras causas de insuficiência renal. * O prognóstico do paciente com SHR, especialmente a tipo 1 é extremamente adverso. Tratamento de escolha é apenas o transplante hepático. A EH ocorre pela maior absorção de substâncias nitrogenadas, secundária à presença de sangue no tubo digestivo, e pela ocorrência frequente de infecções nesses pacientes. * * * * Repetir EDA a cada 2 anos em paciente com Child A e anualmente para Child B e C sem varizes ou com varizes de fino calibre. * * AFP também se eleva na gestação e TU testiculares Platipnéia: dispnéia em pé. Shunts intrapulmonares nos campos pulmonares inferiores. * * * Prurido é uma manifestação frequente e incapacitante com acentuada redução da qualidade de vida. Beta bloqueadores reduzem o risco de sangramento em 45%. A profilaxia da PBE é controversa geralmente com norfloxacin e SMX/TMP usa em pacientes com maior risco: ascite com teor de proteína total < 1 ou BT > 2,5. * * A espironolactona pode apresentar ginecomastia, os pacientes se beneficiam com a substituição por amilorida. Na paracentese terapêutica deve-se infundir 8g de albumina para cada litro retirado, especialmente quando a quantidade de líquido retirada for superior a 5 litros, com intuito de evitar disfunção renal pós paracentese. Os diuréticos: DHE, IR e EH Agentes antagonistas da vasopressina, como o tolvaptan e conivaptan, estão em estudos de fase IV e devem ser comercializados em breve para tratamento da ascite do paciente cirrótico. A base fisiopatológica para sua utilização é o bloqueio da retenção de água mediada pelos receptores da vasopressina nos túbulos coletores renais em resposta à vasodilatação da circulação esplâncnica. * Eschericia coli e Klebsiella pneumoniae * * Ceftriaxone. Tratamento profilático com fluoroquinolonas e SMX-TMP Tempo de tratamento recomendado: 5 dias, sem necessidade de paracentese de controle para casos habituais * Principais agentes empregados no tratamento da EH são os dissacarídeos não absorvíveis (lactulose), antibióticos (metronidazol), flumazenil é o antagonista dos BZD, L-ornitina e sulfato de zinco. 1- Tratamento do episódio agudo: A) Ressuscitação volêmica; B) Antibioticoterapia profilática C) Uso de agentes vasoconstritores esplâncnicos D) Hemostasia endoscópica 2- Prevenção secundária O uso de vasoconstritores esplâcnicos (terlipressina, octreotide, noradrenalina, ornipressina) com altas doses de albumina, conseguem à reversão de SHR tipo 1 em cerca de 60 a 80% dos casos. Redução da função hepática de 30% A; 50% B e 90% C Sobrevida em 5a: 95% A; 75% B e 55% C.
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