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Ações Possessórias
Objetivos de aprendizagem:
- Reconhecer as espécies de interditos possessórios.
- Diferenciar esbulho, turbação e ameaça.
- Explicar a natureza dúplice, a fungibilidade e a cumulação de pedidos nas Ações Possessórias.
- Analisar o cabimento de liminar e os procedimentos adequados para cada um dos interditos possessórios.
 
Sugestões de leitura:
BRASIL. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Legislação Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm> acesso em fev. 2017.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Legislação Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm> acesso em fev. 2017.
GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil: Processo de Conhecimento (2ª parte) e Procedimentos Especiais. Vol. 2. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Livro VIII, Capítulo II “Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa”, item 3 (inteiro).
PINHO, Humberto Dalla. Direito processual civil contemporâneo: processo de conhecimento, cautelar, execução e procedimentos especiais. Vol. 2. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Parte II, Capítulo 4 “Ações Possessórias” (inteiro).
 
Atividades de aprendizagem:
Leia os capítulos sugeridos, os artigos 554 a 568 do CPC/2015, 1196 a 1224 do Código Civil e assista ao vídeo sobre ações possessórias, veiculados no canal da Advocacia Geral da União no You Tube, abaixo:
 
Assistir vídeo
AGU Explica - Ações Possessórias
Usuário: n/a - Adicionado: 06/04/16
Após as leituras e o vídeo, elabore uma dissertação sobre o tema “Interditos possessórios: características, procedimentos e demais peculiaridades”. Em seu texto, apresente os interditos possessórios diferenciando esbulho, turbação e ameaça. Além disso, explique a natureza dúplice, a fungibilidade e a possibilidade de cumulação de pedidos nas ações possessórias. Por fim, analise os procedimentos adequados para cada um dos interditos possessórios e o cabimento de liminar.
DOS INTERDITOS POSSESSÓRIOS
            Por haver necessidade de se adequar às providências judiciais de tutela possessória às diferentes hipóteses de violação da posse, o direito à proteção da posse presente no ordenamento instrumental brasileiro reconhece como ação de interditos possessórios: o interdito proibitório, o interdito de manutenção de posse e o interdito de reintegração de posse.
            O que determina o caráter possessório de uma ação não é só o pedido, como à primeira vista poderia parecer, mas sim a causa petendi, os fundamentos do pedido do autor. Terá natureza possessória a ação que tiver a posse tanto como fundamento (causa de pedir) como também pedido (pretensão). 
Outros procedimentos, como ação de nunciação de obra nova e de depósito e os embargos de terceiro (este que é um incidente nos interditos), podem ser utilizados na defesa da posse, mas não são exclusivamente voltados para a tutela possessória; devidamente qualificadas como ações de procedimento especial de jurisdição contenciosa, fora do capítulo das possessórias.
Interdito proibitório
            O interdito proibitório é ação de natureza preventiva, desdobrada da ação de manutenção de posse.
 É apropriada para que o possuidor, em vias de comprovada ameaça, proponha e receba a devida segurança, que nada mais é do que uma ordem judicial proibitória (daí o seu nome), para impedir que se concretize tal ameaça, acompanhada de pena ou castigo para a hipótese de falta de cumprimento dessa ordem.
 Assim, para o possuidor, direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito.
Interdito de manutenção da posse ou de força turbativa
            É a ação destinada para a proteção do possuidor na posse contra atos de turbação de outrem, cujo objetivo é garantir principalmente a posse de imóveis e a quase-posse das servidões e, só terá cabimento se o possuidor for molestado na sua posse, isto é, se o possuidor, sem perder a sua posse, vem a ser perturbado nela. É reservada para o certo fim de fazer cessar o ato do turbador, que molesta o exercício da posse, contudo sem desaparecer a própria posse.
Interdito de reintegração de posse ou ação de esbulho
            Também chamada de ação de força espoliativa, é a ação apropriada para o caso concreto em que o possuidor tenha sido desapossado, em virtude de esbulho, pouco importando se total ou parcial, e para que seja reconduzido à posse, seja restituído o possuidor na posse.
 É o interdito específico para que o possuidor retome uma posse que lhe tenha sido tomada por qualquer ato violento ou derivado de precariedade ou clandestinidade.
Perda da pretensão possessória e a caducidade do direto ao rito especial
 O direito de propriedade de inegável caráter relativo se sujeita à prescrição. Devido a falta de disposição específica para ações dessa natureza, deve-se aplicar o prazo prescricional ordinário previsto no art. 205 do CPC, qual seja, dez anos.
 As ações possessórias típicas também estão sujeitas à prescrição. O prazo de prescrição é de dez anos, consoante disposto no art. 205 do CPC. Essas ações apresentam, ainda, uma peculiaridade: o art. 924 do CPC traz prazo decadencial de ano e dia, contando da turbação ou esbulho, para que o possuidor possa se valer do rito especial.
 Decorridos mais de ano e dia desde a data do ato espoliativo, entende-se que o autor perde o seu direito (direito potestativo) ao rito mais expedito previsto no CPC, hipótese em que a ação tramitará sob o rito comum (ordinário ou sumário), sem, contudo, perder a sua feição de ação possessória.
Outros meios para a tutela da posse
 Existem litígios que envolvem proteção à posse sem que se possa, propriamente, cogitar de esbulho, turbação ou ameaça, mas da existência de relação jurídica que autoriza a tutela possessória, razão pela qual não se poderá manejar a ação possessória. Para a proteção da pose nesses casos, o ordenamento jurídico oferece formas diferenciadas de tutela.
 AÇÃO DE IMISSÃO: natureza petitória e visa proteger a posse daquele que adquire a propriedade, mas em virtude da recalcitrância do alienante, por exemplo, não consegue investir na posse.
 AÇÃO REIVINDICATÓRIA: natureza petitória e é meio idôneo para que o proprietário invoque o seu direito à posse. Busca-se recuperá-la, diferentemente da imissão, onde se tenciona a investidura inicial.
NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA: objetivo é impedir o prosseguimento de obra prejudicial à estrutura ou finalidade do prédio contíguo.
 EMBARGOS DE TERCEIRO: utilizada quando a ofensa à posse não decorre de atos materiais, mas de ordem judicial.
AÇÃO DE DESPEJO: instrumento hábil à recuperação da posse direta, cedida a terceiro por meio de contrato de locação.
Fungibilidade das possessórias
 Há dificuldade de se distinguir entre uma situação de esbulho, turbação ou entre esta e a de simples ameaça de ofensa à posse. Por isso, o legislador apresentou o princípio da fungibilidade ou conversibilidade dos interditos.
 Segundo este princípio, “a propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela, cujos requisitos estejam aprovados” (art. 920 doCPC).
 A conversibilidade prevista no referido artigo se restringe às possessórias, isto é, se o caso for de ação petitória e o autor ajuizou ação possessória, não se admite a aplicação do princípio, pois os pedidos e as causas de pedir das duas demandas são completamente diversos e, sendo assim, a outorga de uma tutela em vez de outra implicaria julgamento extra petita.
Natureza dúplice das ações possessórias
 Ações de natureza dúplice são aquelas em que o autore réu ocupam, simultaneamente, ambos os polos da relação jurídico-processual. Ocorre nessa situação um interessante fenômeno: a procedência do pedido formulado na inicial levará, automaticamente, à rejeição da pretensão do réu.
 Nas ações dúplices, é possível que o réu realize um “contra-ataque” em face o autor em sede de contestação, sem necessidade de utilizar-se da via reconvencional. Isso qualifica a ação como dúplice é a unidade de pretensões das partes.
 Essa natureza dúplice é imposta por lei e se reveste de caráter excepcional. O art. 922 do CPC arrola de forma taxativa as possibilidades de pedido contraposto a ser formulado pelo réu.
 Procedimento das possessórias
 Tratando-se de ação de força nova, isto é, intentada dentro de ano e dia da ofensa à posse (art. 924 do CPC), cabível será o deferimento de proteção liminar e o procedimento adequado será o especial. Nesse caso, concedido ou não o mandado liminar, o autor promoverá, nos cinco dias subsequentes, a citação do réu para contestar a ação, seguindo-se após o procedimento ordinário.
 Se impossível a prova documental dos requisitos exigidos para o deferimento da proteção liminar (art. 927), prevê o art. 928 a designação de audiência de justificação, ocasião em que será colhida prova oral dos fatos alegados.
 Sendo a ação de força velha, o rito a ser observado é o ordinário, posto que, nessa hipótese, não se admite a concessão de liminar com base no disposto nos arts. 927, 928 e 929 do CPC.

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