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(Trabalho) Impacto da floração de algas nocivas (HAB) para a Ilha de Santa Catarina

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Universidade Federal de Santa Catarina 
Centro de Ciências Biológicas 
Departamento de Botânica 
BOT7013: Biologia e Sistemática de Algas, Fungos e Briófitas 
Professores José Bonomi e Paulo Horta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Impacto da Floração de Algas 
Nocivas para a ilha de Santa Catarina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deonir Batista, Fábio Kimura e Jaqueline de Toledo 
Florianópolis, 8 de maio de 2017 
 
 
1. Introdução 
 
As algas são de grande importância nos ambientes marinhos por serem os produtores 
primários dos oceanos, compõem a biomassa e determinam a produtividade primária para 
os demais elos da cadeia trófica (Norton et al., 1996). São alimentos para os herbívoros e 
os detritívoros, como também constituem uma área de berçário e habitat para peixes e 
invertebrados (Lippert et al., 2001). 
Desde a antiguidade, os animais de origem aquática são utilizados como alimento 
pelos humanos. Atualmente, o consumo desses animais apresenta um crescimento 
constante, principalmente aqueles oriundos de cultivos, seja no meio marinho ou de águas 
continentais. Embora possuam grande valor como alimento, em certos casos podem 
representar riscos para a saúde do consumidor, quando, por exemplo, são contaminados 
por agentes tóxicos (​SCHRAMM e PROENÇA ,2005)​. 
Mexilhões e ostras são moluscos filtradores, e como tal, obtém seu alimento através 
da fixação de matéria orgânica suspensa na água. Neste processo mexilhões e ostras são 
capazes de filtrar entre 4 e 6 litros de água por hora e concentrar muitas vezes, em sua 
carne, as substâncias tóxicas contidas na água. A dieta alimentar dos moluscos inclui 
bactérias, material particulado, zooplâncton e microalgas. Este último forma a base da 
cadeia trófica marinha e representa o principal alimento dos moluscos (​SCHRAMM e 
PROENÇA,2005)​. 
Uma pequena fração das muitas espécies conhecida de microalgas pode causar 
problemas aos seres humanos ou ao meio ambiente, por exemplo, algumas espécies 
podem produzir toxinas nocivas aos seres humanos, outras atingem elevada biomassa 
causando alterações na qualidade da água, como redução da concentração de oxigênio, 
aumento da coloração, odor característico, etc. É importante salientar que os moluscos 
geralmente não são afetados pelas toxinas e que, passado o período de floração de algas 
nocivas, mexilhões e ostras se depuram normalmente. Além das condições fisiológicas dos 
mexilhões e ostras, o período de depuração vai depender também das condições da água 
de cultivo, quanto à matéria orgânica, microrganismos e outros parâmetros importantes sob 
o aspecto sanitário (​SCHRAMM e PROENÇA,2005)​. 
Segundo BONECKER et al., 2009, quando ocorre uma reprodução excessiva de 
determinadas espécies de microalgas marinhas, esse fenômeno é denominado 
popularmente como “Marés Vermelhas”, que ocorrem devido à mudanças ambientais que 
podem ser naturais ou antrópicas. No meio científico são referidas como florações algais 
nocivas (FANs em português e HABs – Harmful Algal Blooms – em inglês), termo cunhado 
pela primeira vez em 1974 durante a 1ª Conferência Internacional de Florações de 
Dinoflagelados Tóxicos (HALLEGRAEFF et al., 2004). Diferente do que indica o nome 
popular do fenômeno, ele pode assumir diferentes cores, como verde, marrom-dourado e 
vinho, também podendo ser incolor, com detecção possível somente em laboratório 
(BONECKER et al., 2009). Segundo Granéli e Turner (2006), das mais de 5000 espécies do 
fitoplâncton estimadas, somente cerca de 6% podem ser nocivas e menos de 2% são 
produtoras de toxinas. 
Van Der Bergh et al. (2002) e Granéli et al. (2008) citam como principal responsável 
pelo surgimento de condições ao desenvolvimento de FANs e toxicidade algal, o aporte 
 
natural de nutrientes por via fluvial de origem terrestre ou devido à influências antrópicas, 
como a eutrofização antrópica (GRANÉLI et al, 2008; HEISLER et al., 2008). 
A eutrofização antrópica, entendida como disponibilização de nutrientes e mudança 
da razão Nitrogênio/Fósforo (N:P), é referida como a principal influência antrópica para o 
aumento do desenvolvimento, persistência e expansão das FANs (GRANÉLI; 
JOHANSSON, 2003; GRANÉLI et al, 2008; HEISLER et al., 2008). Suas principais fontes 
são os despejos de efluentes domésticos e industriais, principalmente de fertilizantes 
agrícolas. A canalização de rios para navegação, controle de enchentes ou construção de 
reservatórios também contribuem para a intensificação do fenômeno (HYFIELD et al., 2008; 
LOHRENZ et al., 2008; ELDRIDGE; ROELKE, 2010). 
As condições resultantes da eutrofização, geralmente associadas com padrões de 
circulação restrita e alta estratificação da coluna d’água, podem então levar ao 
desenvolvimento de florações. Devido ao grande acúmulo de biomassa, maiores taxas de 
respiração e os processos naturais de decomposição da matéria orgânica, principalmente 
durante a noite quando os processos fotossintéticos cessam, ocorre 16 a depleção do 
oxigênio, que leva o ambiente a condições hipóxicas ou mesmo anóxicas, além do aumento 
da turbidez. A produção de compostos capazes de causar efeitos deletérios em diversos 
organismos, até consumidores de topo de cadeia é consequência esperada e danos 
mecânicos causados às brânquias de animais também podem ocorrer (CASTRO; MOSER, 
2012; HALLEGRAEFF, 2004). Devido a estes fatores, os benefícios da proliferação de 
microalgas para a aquicultura deve ser considerada com ressalvas. 
A paulatina deterioração da coluna d'água, com mudança de cor, surgimento de 
odores e acumulo de biomassa algal e animais mortos causam impacto direto na sociedade, 
devido à proibição das atividades pesqueira, aquícolas e recreativas (CASTRO; MOSER, 
2012). Problemas de saúde pública são os que mais preocupam, devido a intoxicação que 
consumidores pelos consumos de frutos do mar e pescados contaminados, que, 
dependendo do tipo de toxina, pode levar a óbito (HALLEGRAEFF, 2004; VAN DER 
BERGH et al., 2002). 
Entre os frutos do mar que mais levam a casos de intoxicação estão os moluscos 
bivalves, pois são filtradores, ou seja, se alimentam das microalgas presentes no plâncton e 
podem bioacumular as ficotoxinas em seus tecidos (CASTRO; MOSER, 2012). São 
registrados no mundo, anualmente, cerca de 2000 casos de intoxicações, com 
aproximadamente 15% de casos fatais, em seres humanos, devido a ingestão de peixes e 
moluscos contaminados (HALLEGRAEFF, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.Objetivo 
 
 
O projeto visa levantar dados estatísticos do quanto a HAB (maré vermelha e 
eutrofização) pode afetar a economia e a população da ilha de Florianópolis, em relação 
aos moluscos filtradores (mexilhões, vieiras e ostras). Em 2016, Santa Catarina manteve o 
título de maior produtora de ostras do Brasil, sendo Florianópolis responsável por cerca de 
91% de produção total do país​1​. Com a ocorrência da maré vermelha, fica proibida a 
comercialização dos moluscos filtradores, afetando os aquicultores e restaurantes que 
utilizam ostrascomo prato principal. A proibição geralmente tem um período de 1 semana 
ou menos, porém, em 2016 Florianópolis teve a pior maré vermelha, com a proibição total 
da comercialização de ostras por 1 mês inteiro. 
 
Assim, o projeto visa responder as seguintes perguntas: 
-Qual é o valor estimado da perda no caso de maré vermelha? 
-Qual é o valor estimado da perda no caso de HAB ocorrer no período em que acontece o 
Fenaostra (Festival Nacional da Ostra e Cultura Açoriana)? 
-O senso comum dos aquicultores (HAB acontece por causa da alta temperatura da água) 
procede com as pesquisas científicas? 
-A balneabilidade da água influencia na ocorrência? 
-A balneabilidade da água influencia na ocorrência de eutrofização? 
 
 
3.Materiais e Métodos 
 
 
Decidido o tema do projeto e sua pergunta central acerca do impacto da floração de 
algas nocivas para Florianópolis, fez-se necessário reconhecer a situação de marés 
vermelhas e eutrofização na ilha, através primeiramente da revisão do histórico de notícias 
de casos dos últimos anos, principalmente aqueles que atingiram pontos de cultivo de 
bivalves para o consumo humano e exigiram determinado período de proibição de seu 
comércio. Portanto, a partir das notícias, fez-se possível situar do quando houveram 
ocorrências, seu tempo de duração, localização do impacto e a quais espécies foram 
restringidas. Foi realizada também revisão de artigos relacionados ao tema, para trazer 
embasamentos científicos quanto à especulação de motivos para ocorrência de HAB e dos 
elementos que a influenciam ou não, além de maior aprofundamento em aspectos como 
ecologia das eventuais algas e consequências do impacto. Essencial também foram os 
documentos emitidos por órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização sanitária 
agrícola, como a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (CIDASC), a 
qual disponibiliza seus laudos laboratoriais da análise de resíduos tóxicos de amostras de 
água coletadas em diversos pontos no estado de Santa Catarina, e a partir dessa análise se 
decreta oficialmente o status de venda ou proibição dos bivalves. 
Vista a necessidade de opiniões mais diretas e próximas dos próprios aquicultores 
locais de Florianópolis, foram formulados questionários com perguntas direcionadas à eles 
(Figura 1)​ ​em entrevistas presenciais. 
 
 
 
Nome do local 
 
Localização 
 
Cultivos 
 
Poluição da Água 
 
Área urbana ou rural? 
 
Mar protegido ou mar desprotegido? 
 
Quanto a água 
● pH 
● temperatura 
● salinidade 
Já presenciou eventos prejudiciais no cultivo causados 
por algas? Quantas vezes? 
 
Quanto de prejuízo trouxe? (dinheiro, saúde, cotidiano) 
 
 
(Figura 1: Questionário presencial formulado para entrevistar aquicultores locais.) 
 
Para tanto, foi feita uma excursão ao Ribeirão da Ilha, localizado no centro-sul de 
Florianópolis, voltado para a costa litorânea oeste. O local é famoso por ser rota 
gastronômica turística da ilha, onde se encontram restaurantes que oferecem 
principalmente frutos-do-mar, e também diversas fazendas para o cultivo deles, algumas 
diretamente associadas aos restaurantes e outras independentes. As entrevistas foram 
realizadas em dois locais, o Restaurante Empório do Mar/Fazenda Ostra Sul, e a Fazenda 
do Cacau (também chamada de Fazenda Itaqui ou Bumar). Para tanto, os proprietários se 
 
mostraram disponíveis e abertos a responder as perguntas e apresentar as próprias 
hipóteses acerca dos motivos de ocorrência de HAB. 
 
 
4.Resultados 
 
4.1 Histórico da ocorrência de HAB em Florianópolis 
 
2007 - 02/02, 09/02, ocorrência na Baía Norte e Baía Sul (G1, Diário Catarinense). 
2008 - 05/04 Ocorrência em abril, pelo menos 12 pessoas tiveram intoxicação 
alimentar, proibição de mexilhão na Baía Sul e litorais dos municípios próximos de São José 
e Palhoça. A contaminação não atingiu a produção de ostras​2​. 
Em 12/04 foi publicado uma nova notícia da proibição de comércio e consumo de 
mexilhões, no município Governador Celso Ramos, além de Florianópolis, São José, 
Palhoça e Bombinhas. Em Bombinhas na Baía Norte, foi proibida também a produção de 
ostras​3​. 
2009 - 27/01 Presença de ​Pseudo-nitzschia no Ribeirão da Ilha, proibição da venda e 
consumo de ostras, mariscos e berbigões produzido nessa região​5​. 
2012 - Ocorrência de eutrofização na Lagoa da Conceição em janeiro, com retirada de 
35,2 toneladas de algas da lagoa. 
2016 - Ocorrência no dia 24 de maio, proibição de produção e consumo até o dia 22 
de junho, foi uma das maiores registradas no mundo​6, 7​. 
 
4.2 Dados da ocorrência de HAB 
 
Em Florianópolis, foi visitado alguns restaurantes de Sambaqui e foi relatado por 
alguns donos de restaurantes que nunca houve incidência de maré vermelha, porém, a 
análise indicou a presença da microalga ​Pseudo-nitschia ​em setembro de 2014​. Conforme o 
Gráfico 1, entre junho e julho o resultado para DSP deu positivo, 
 
 
(Gráfico 1. Registros de DSP em ​P.perna, ​na Baía Norte, em 2016. Retirado da “Revisão 
bibliográfica sobre o fenômeno das marés vermelhas nas baías da ilha de Santa Catarina, 
sul do Brasil”. Vieira, 2016) 
 
De acordo com Tabela 1, foi encontrado ficotoxinas nos mexilhões ​Perna perna, 
confirmando que a notícia dada pelas notícias eram verdadeiras, além disso, analisando a 
Tabela 2 nota-se uma quantidade relativamente alta de ​Dinophysis, confirmando também 
que pode ter sido uma das maiores maré vermelha registrada no mundo. 
 
 
 
Data Localidade Ficotoxinas - Ensaio 
DSP (​Dinophysis​) 
Ficotoxinas - Ensaio 
PSP (Saxitoxinas) 
10/09/2014 Sambaqui Negativo (​P.perna​) ND (​P.perna​) 
25/09/2014 Santo Antônio de 
Lisboa 
Positivo (​P.perna​) --- 
29/09/2014 Caieira da Barra do 
Sul 
Positivo (​P.perna​) ND (​P.perna​) 
06/10/2014 Caieira da Barra do 
Sul 
Positivo (​P.perna​) ND 
13/10/2014 Caieira da Barra do 
Sul 
Negativo (​P.perna​) ND 
23/04/2016 Caieira da Barra do 
Sul 
Positivo (​P.perna​) ND 
 
(Tabela 1. Dados da presença ou não de ficotoxinas - Na ilha de Florianópolis) 
 
 
 
 
 
Data Localidade Dinophysis 
acuminata 
Dinophysis 
spp​ total 
Pseudo-nitzsc
hia spp ​x1000 
(%) 
Gymnodinium 
catenatum 
10/09/2014 Sambaqui 100 100 P NO 
13/10/2014 Caieira da 
Barra do Sul 
P P 21,00 (1,0) NO 
30/05/2016 Caieira da 
Barra do Sul 
126800 126900 NO NO 
(Tabela 2. Quantidade de microalgas Cel/L e presença ou não de microalgas - Na ilha de 
Florianópolis) 
 
4.3 Estimativa econômica da maricultura de Santa Catarina e dados de perda dos 
entrevistados 
 
De acordo com alguns dados coletados da entrevista, os aquicultores perderam em 
torno de 1000 dúzias de ostras (1 dúzia de ostra equivale a 1kg) durante o período de maré 
vermelha em maio (baixa temporada) de 2016, uma das entrevistadas (dona de restaurante) 
perdeu R$ 12.000, enquanto um outro aquicultor revelou ter perdido R$ 24.000. De acordo 
 
com a síntese informativa da EPAGRI de 2015, eram 107 osteicultores, supondo que cada 
um conseguisse produzir 1000 dúzias por mês, conseguiriam produzir 1.200.000 ostras/ano, 
que se comparado com a quantidade de ostras produzidasde acordo com a Fig 4, esse 
valor representaria 40% da produção total de ostras de Santa Catarina. 
 
 
 
(Figura 2. Estimativa econômica 2015. Retirado da Síntese Informativa de Maricultura 2015, 
Epagri) 
 
 
(Figura 3. Estimativa econômica 2014. Retirado da Síntese Informativa de Maricultura 2014, 
Epagri) 
 
 
 
 
 
 
5.Discussão 
 
5.1 A maré vermelha de 2016 foi devido a alta temperatura e La niña? 
 
Temperatura é um dos principais fatores que afetam processos fisiológicos nos 
fitoplanctons, tendo atuação em distintas fases de crescimento e proliferação (Wells et al 
2015). Além disso, ela influencia na motilidade, germinação, obtenção de nutrientes, 
fotossíntese e também outros processos fisiológicos (Wells et al 2015). 
Alguns HABS aconteceram como consequência de alguns fenômenos naturais tais 
como circulação lenta de água, temperatura alta da água, e eventos extremos como 
inundações e seca (NOAA). 
Na primavera de 2015, ocorreu uma proliferação de diatomáceas pertencente à 
espécie ​P.australis ​que afetou simultaneamente a costa oeste dos Estados Unidos e 
Canadá, e a consequência disso foi: Afloramento sazonal, seguido de temporal de 
primavera tardio e a direção para o norte da microalga produtora de toxina em um período 
de temperatura alta da superfície da água (McCabe et al 2016). 
De acordo com aquicultores do Ribeirão da Ilha, o maior HAB de Florianópolis ocorreu 
devido a alta temperatura da água (29º), vento sul e também devido a La niña. Apesar de 
vários artigos americanos citarem El niño, condição anômala da água e ventos norte e sul, a 
La niña pode ser um fator no Brasil, visto que estiagem é também um fator que favorece a 
proliferação. 
 
5.2 A balneabilidade influencia na maré vermelha? 
 
De acordo com os dados da balneabilidade da Fatma, os locais de cultivo de ostras 
em Florianópolis como Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa, Ribeirão da Ilha, apresentam 
condição da água variada, alternando de própria e imprópria. 
Em 2015, não houve notícias quanto à ocorrência de maré vermelha e a Tabela 3 
indica que a condição da água na maioria das vezes era própria. Outro ponto a se 
considerar também é a possibilidade do vento sul ser um dos fatores da proliferação, de 
acordo com a Tabela 3 em que se observa ocorrência de vento sul, o vento não é um fator 
determinante para a ocorrência isoladamente, existe a possibilidade do vento sul trazer os 
nutrientes para favorecer a proliferação ou não. 
Em Santo Antônio de Lisboa (Tabela 4) e Sambaqui (Tabela 5) por exemplo, apesar 
de várias condições impróprias da água, não teve ocorrência de maré vermelha. 
Segundo alguns donos de restaurantes de Sambaqui, nunca houve incidência de maré 
vermelha na região e acredita-se que nunca teve isso por ser um local com águas “calmas”. 
De acordo com NOAA a ocorrência é favorável em águas calmas, assim, isso estaria em 
contradição com as informações dadas por alguns donos de restaurantes da região. Mas 
por outro lado, pode ser que a ocorrência seja favorecida caso tenha um conjunto de efeitos 
atuando (movimento da água, temperatura, nutrientes), não ocorrendo apenas por um único 
fator. 
Estudos indicam que a produção de ácido domóico (toxina) pela ​Pseudo-nitzschia 
ocorre por uma resposta ao estresse causado pela falta de macronutrientes e/ou 
micronutrientes, pH elevado, e mais recentemente a forma do nitrogênio disponível para o 
 
crescimento (Trainer et al 2008). Outro estudo feito com ​P.australis, mostra que esses 
organismos são bem adaptados a condições de falta de nutrientes e é capaz de responder 
rapidamente ao afloramento de excesso de nutrientes (McCabe et al 2016). Analisando a 
Tabela 6, na ponta do Sambaqui as condições da água eram todas próprias (afirmando que 
não há ​E.coli/​nutrientes em grande quantidade), o que pode ter acontecido é a produção de 
ácido domóico em resposta à falta de macronutrientes e micronutrientes. Mas por outro 
lado, não há como comprovar pois: 
a) Não se sabe a referência de onde foi encontrado a ​Pseudo-Nitzchia, pode ser que 
tenha ocorrido na ponta do Sambaqui ou frente à rua do servidão paraíso das 
flores, sendo o último com condição imprópria durante o ano. 
Acredita-se que a época do ano parece ter uma influência sob a proliferação, que 
ocorre no final da primavera ou entre verão e outono na época de afloramento (NOAA), e na 
tabelas do resultado indica que a presença desse dinoflagelado ocorreu no mês de 
setembro (Sambaqui). 
 
Existe um estudo indicando que a redução na quantidade de nutrientes despejados na 
água trouxe diminuição na ocorrência de HAB. No Japão por exemplo, de 1965 a 1976 
houve um surto de maré vermelha no Mar Interior de Seto, localizado na parte sul do país, 
juntamente com o aumento da produção industrial. Com a diminuição de resíduos 
despejados a partir de 1974, o número de HAB passou a diminuir a partir de 1977, e 
eventualmente diminuindo para 30% o número de ocorrências, que tem sido 300 
proliferações por ano (Heisler et al 2008). 
Apesar desse fato, caso a ocorrência fosse devido a quantidade de nutrientes disponíveis, 
era provável que ocorresse HAB no Beira Mar, onde é evidente a poluição, porém não há 
registros de ocorrência nesse local. Desse modo, uma das hipóteses é que a balneabilidade 
não tem influencia evidente na proliferação de algas nocivas. 
 
 
 
 (Tabela 3. Balneabilidade do Ribeirão do Sul. Retirado da FATMA) 
 
(Tabela 4. Balneabilidade de Santo Antônio de Lisboa. Retirado da FATMA) 
 
 
 
(Tabela 5. Balneabilidade de Sambaqui, água coletada na frente à rua servidão paraíso das 
flores. Retirado da FATMA) 
 
 
(Tabela 6. Balneabilidade de Sambaqui, água coletada na ponta do Sambaqui. Retirado da 
FATMA) 
 
 
 
 
 
 
 5.3 Balneabilidade e Eutrofização na Lagoa da Conceição 
 
Em janeiro de 2012 ocorreu um dos piores eventos de eutrofização na Lagoa da 
Conceição, no qual foi necessária a retirada de 35,2 toneladas de algas verdes do gênero 
Ulva​, numa operação efetuada pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM) e 
Companhia Melhoramentos da Capital (COMCAP) e monitorada por biólogos e agrônomos 
para amenizar qualquer impacto para o ecossistema. 
Eventos de eutrofização ocorrem, no entanto, com certa frequência na Lagoa. Barbosa 
(2003) fez uma extensa pesquisa sócio-ambiental da região, e indicou como principal 
problema, junto de mau planejamento da ocupação e a má utilização do solo, a poluição por 
esgotos domésticos e clandestinos. Há uma estimativa de que a Lagoa da Conceição 
receba uma contribuição de esgotos correspondente a um lançamento de 300 kg/DBO5/dia 
nas suas águas (ABES, 2000), valor comum para um sistema lacunar no nordeste do Brasil, 
em águas quentes e com extrema incidência luminosa. As zonas de influência desses 
afluentes, assim como proximidade de rios, são os locais mais propícios para dar-se 
processo de eutrofização, e o quadro se torna ainda pior no verão, visto que a laguna 
apresenta as maiores concentraçõesde nutrientes nos períodos de maior afluência turística 
e após as chuvas ​(​Knoppers et al., 1984; Odebrecht & Caruso Júnior, 1987; Rodrigues, 
1990; Souza-Sierra et al., 1999; Knoppers & Kjerfve, 1999; Garcia, 1999; Fonseca et al., 
2002; Fonseca, 2004; Fontes, 2004). O envio desses dejetos são uma fonte de material 
orgânico extremamente propício para a proliferação das algas, assim o aumento de sua 
cobertura na superfície da água impede tanto a penetração de luz no fundo do corpo 
hídrico, quanto há aumento nas demandas bioquímicas de oxigênio (DBO), o que causa a 
morte e decomposição de diversos indivíduos, e os consequentes corpos apodrecendo, 
junto com o mau-cheiro exalado. 
O sistema de esgoto da região da Lagoa da Conceição é de responsabilidade da 
Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), que, inicialmente planejado para 
900 casas em 1985, atualmente atende 2047 imóveis. No entanto, como já apontado por 
diversos órgãos como o Tribunal de Contas do Estado, a Agência Reguladora de Serviços 
de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina e a Associação dos Moradores da 
Lagoa, a Companhia mostra-se ineficiente e apresenta diversas falhas em alcançar todos 
os imóveis na orla da lagoa. Um relatório divulgado em junho 2011 pela ​Fundação Es​tadual 
do Meio Ambiente (Fatma) ​comprovando a incapacidade deste sistema sanitário motivou 
inquérito civil público pela 32ª Promotoria Ambiental do Ministério Público de Santa Catarina 
e que, em 2014, chegou a pedir o bloqueio dos bens da Casan no valor de R$ 156 milhões 
pelos defeitos no sistema. Os promotores alegaram que certas estações de tratamento, 
como da Lagoa da Conceição, lançam 50% dos efluentes no mar de forma irregular e 
sempre com 'altíssima concentração de coliformes fecais'. O juiz não atendeu o pedido dos 
promotores que também questionava a falta de licença ambiental para as estações de 
tratamento. 
Pode-se estabelecer, portanto, forte relação antrópica para o desencadeamento de um 
processo de eutrofização, dada a balneabilidade do local. O evento também é influenciado 
pelo geomorfologia do sistema hídrico em que se encontra, que, no caso da Lagoa da 
Conceição, uma laguna de conexão única com mar por meio do Canal da Lagoa, de formato 
 
longo, estreito e sinuoso, e portanto, de lenta reciclagem da água e portanto menor 
circulação dela, propicia o acúmulo do material orgânico e nutrientes ali depositados. 
 
5.4 Estimativa econômica de moluscos bivalves em Santa Catarina segundo a EPAGRI 
 
De acordo com a Figura 4 e Figura 5, Santa Catarina teve uma queda de 5,18% na 
produção de moluscos em relação a 2014 e quase 18% na produção de ostras (Epagri, 
2015). Apesar de 2014 ter registro de ocorrência de maré vermelha (não em jornais porém 
pelos resultados conforme Tabela 1) , a produção total de moluscos foi maior que 2015, ano 
que não ocorreu a proliferação de algas nocivas. 
Apesar dessa diminuição estar associado com finanças, fiscalização, o projeto visa 
fazer uma análise da possibilidade da HAB estar envolvido no resultado. 
O primeiro registro de HAB em Florianópolis foi em 2007, que teve uma queda de 25% 
na produção de moluscos (De acordo com a Figura 4) em relação a 2006, isso pode ter 
ocorrido devido ao desconhecimento dos aquicultores sobre esse tipo de evento, juntamente 
com o medo dos consumidores de ingerir a toxina. 
Para reforçar essa hipótese, analisando a Figura 5 percebe-se que de 2006 para 2007 
houve uma redução de 64% na produção de ostras comercializadas, e de 2007 para 2008, a 
quantidade praticamente dobrou. Essa variação entre 2006 e 2008 representa claramente o 
efeito da HAB, porém, nesse caso seria o efeito pela primeira vez na cidade, nos outros 
anos em que ocorreram, percebe-se que a variação era pequena. 
 
 
 
 
(Figura 4. Evolução da produção de moluscos comercializados em Santa Catarina entre 
1990 e 2015 (t). Retirado da Síntese Informativa de Maricultura 2015, Epagri.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Figura 5. Evolução da produção de ostras comercializadas por Santa Catarina entre 1990 e 
2015 (t). Retirado da Síntese Informativa de Maricultura 2015, Epagri.) 
 
 
5.5 Estimativa de perda econômica no caso da HAB afetar o Fenaostra (Festa Nacional da 
Ostra e Cultura Açoriana) 
 
Segundo balanço oficial da Fenaostra de 2014 (16º edição), em 5 dias foram 
consumidos mais de 20 mil dúzias de ostras, supondo que no festival o preço da ostra 
aumente em 100% (considerando R$ 7,00 valor o preço da dúzia) um caso de maré 
vermelha nesse festival daria um prejuízo de R$ 240,000, equivalente a 34 mil dúzias de 
ostras custando o preço normal. 
 
 
6. Referências 
 
I) Notícias 
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Catarina. 2016. Disponível em: 
<https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/nove-dos-10-municipios-com-maior-producao-
de-ostras-no-brasil-estao-em-santa-catarina>. Acesso em: 29 abril 2017. 
 
2. Vigilância suspende consumo de mexilhões produzidos no Sul da Ilha, em Florianópolis. 
2008. Disponível em: 
 
<http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/noticia/2008/04/vigilancia-suspende-consumo-de-mexilhoes
-produzidos-no-sul-da-ilha-em-florianopolis-1818484.html>. Acesso em: 29 abril 2017 
 
3. Maré vermelha faz mariscos serem proibidos em mais de um município de SC. 2008. 
Disponível em: 
<https://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/12/ult23u1861.jhtm>. Acesso em: 30 abril 2017. 
 
4. Cidasc proíbe comercialização de mariscos produzidos em Penha. 2014. Disponível em: 
<http://beiradapraia.com.br/noticias/comunidade/cidasc-proibe-comercializacao-de-mariscos
-produzidos-em-penha/>. Acesso em: 1 maio 2017. 
 
5. Confirmada maré vermelha em Florianópolis. 2009. Disponível em: 
<http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/verao/19,0,2383516,Confirmada-mare-vermelha-em-
Florianopolis.html/>. Acesso em 27 abril 2017. 
 
6. Sem maré vermelha, ostras, mariscos e vieiras estão liberados para o consumo em 
Palhoça. 2016. Disponível em: 
<https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/sem-mare-vermelha-ostras-mariscos-e-vieiras-
estao-liberados-para-consumo-em-palhoca/>. Acesso em 27 abril 2017. 
 
7. Secretaria de Agricultura anuncia a desinterdição das áreas de cultivo de ostras e 
mariscos da Enseada do Brito e da Barra do Aririú. 2016. Disponível em: 
<http://www.cidasc.sc.gov.br/blog/2016/06/22/secretaria-da-agricultura-anuncia-a-desinterdi
cao-das-areas-de-cultivo-de-ostras-e-mariscos-da-enseada-do-brito-e-da-barra-do-aririu/ >. 
Acesso em 1 maio 2017. 
 
8. Descaso produz mais esgoto na Lagoa da Conceição. 2012. Disponível em 
<​http://floripamanha.org/2012/12/descaso-produz-mais-esgoto-na-lagoa-da-conceicao/​>. 
Acesso em 1 maio 2017. 
 
9. Agesan aponta falhas no tratamento de esgoto e distribuição de água na Grande 
Florianópolis 
<​http://www.tratabrasil.org.br/agesan-aponta-falhas-no-tratamento-de-esgoto-e-distribuicao-
de-agua-na-grande-florianopolis​> Acesso em 1 maio 2017 
 
 
II) Artigos 
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