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QUESTIONÁRIO 1 E 2

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LIBRAS – QUESTIONÁRIO 1
1) O aluno com surdez profunda percebe sons abaixo de 90 decibéis. A frequência da fala está entre 10 e 45 decibéis.
a. O aluno com surdez profunda percebe sons abaixo de 90 decibéis. A frequência da fala está entre 10 e 45 decibéis.
b. O aluno não usa o aparelho auditivo receitado pela fonoaudióloga.
c. O aluno pode aprender a língua oral com o uso de aparelho auditivo, pois este amplifica a audição até as frequências da fala.
d. O aluno já adquiriu a língua de sinais, o que prejudica o desenvolvimento da fala.
e. Os pais não conhecem a língua de sinais, o que dificulta a aprendizagem da língua oral.
Comentário: De acordo com o quadro, as frequências de fala estão localizadas entre 10 e 45 decibéis. Ainda que utilize o aparelho auditivo, ele, por si só, não tem a capacidade de recuperar a capacidade auditiva, apenas amplifica o resíduo auditivo que o surdo possui. O aluno que ouve os sons abaixo de 95 decibéis, sem um treinamento auditivo e de fala, dificilmente conseguirá aprender a língua oral de forma satisfatória.
2) A aquisição da língua de sinais pelas crianças surdas, filhas de pais ouvintes, só poderá ocorrer na interação com adultos surdos que as insiram no funcionamento linguístico da língua de sinais por meio de atividades discursivas que envolvam o seu uso, como diálogos, relatos de histórias, isto é, atividades semelhantes às vivenciadas por crianças ouvintes ou surdas, filhas de pais surdos, na interação com os pais. A interação com adultos surdos será propiciada pela escola de surdos que conte com professores e profissionais surdos, usuários da língua de sinais e professores ouvintes fluentes que a usem na comunicação e no desenvolvimento do conteúdo programático. 
O texto citado apresenta uma proposta que possui fundamentos principais em sua concepção de sociedade e uma visão sobre a surdez, respectivamente:
a. A integração social e o conceito clínico de surdez.
b. A inclusão social e o conceito clínico de surdez.
c. A inclusão social e o conceito socioantropológico de surdez.
d. A segregação social e o conceito socioantropológico de surdez.
e. Exclusão social e o conceito socioantropológico de surdez.
Comentário: Inclusão social e conceito socioantropológico de surdez sempre caminharão lado a lado, pois a inclusão visa adaptar a sociedade em geral para receber as pessoas com deficiência, enquanto a visão socioantropológica considera a surdez como diferença cultural. As práticas educativas devem ser inclusivas, buscando o pleno desenvolvimento sociocognitivo dos alunos surdos.
3) A legislação em vigor propõe que a língua de sinais seja a língua de instrução dos surdos e a Língua Portuguesa seja trabalhada na modalidade escrita por meio de exposição de texto, uma vez que a leitura se constitui como principal fonte para a aprendizagem da Língua Portuguesa. A inclusão de Libras nos cursos de formação dos professores visa instrumentalizá-los na língua de sinais a fim de que sejam capazes de mostrar para os alunos as diferenças e semelhanças entre uma língua e outra. Estas diretrizes da educação bilíngue são garantidas por meio de qual documento?
a. Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
b. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002.
c. LDB, lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
d. Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
e. Decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Comentário: Esse documento assegura vários direitos aos surdos, como educação bilíngue, intérprete de Libras desde a educação infantil até o ensino superior. A inclusão das Libras como disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores tem por objetivo capacitá-los para o atendimento ao aluno surdo em situação de inclusão. O decreto 5626/05 reconhece a língua de sinais como primeira língua dos surdos e a Língua Portuguesa como segunda língua. A lei 10.436/02 apenas reconhece a língua, quem determina como deve funcionar a educação na perspectiva bilíngue é o decreto 5626/05.
 4) Desde a antiguidade até meados da Idade Média, os surdos foram excluídos dos processos educacionais, pois acreditava-se que, se não pudessem falar, não poderiam adaptar-se à sociedade, dessa forma, não poderiam exercer seus direitos civis e sociais. Pedro Ponce de Leon (1520-1584) foi o primeiro professor de surdos, utilizava o alfabeto manual para a leitura, escrita e aprendizado da língua oral. Muitos teóricos opunham-se ao uso dos sinais, justificando que o mesmo atrapalhava o desenvolvimento do surdo, este pensamento está ancorado na filosofia:
a. Gestualista.
b. Bilinguista.
c. Comunicativa.
d. Oralista.
e. Antropológica.
Comentário: A filosofia oralista está ancorada na visão clínico-terapêutica, que considera a deficiência como limitadora da vida social, os surdos foram excluídos dos processos educacionais por muitos anos. Pedro Ponce de Leon foi o primeiro educador de surdos, porém, trabalhava apenas com famílias abastadas. Seu método foi pouco divulgado, apesar de usar o alfabeto manual, o objetivo era a reabilitação do sujeito surdo.
5) Mesmo após a proibição do uso da língua de sinais no congresso de Milão em 1880, a língua de sinais nunca deixou de existir. Ao contrário, mesmo na clandestinidade e banida dos espaços educacionais, ela continuou crescendo e se fortalecendo. Em 1965, os estudos de Stokoe comprovaram o valor linguístico da língua de sinais, o que resultou em novas propostas e metodologias de educação para os surdos. A metodologia que faz uso de sinais, leitura labial, expressão facial e corporal, alfabeto manual e recursos visuais como apoio à aquisição da língua escrita é conhecida por:
a. Método oralista.
b. Método comunicação total.
c. Método interativo.
d. Método gestualista.
e. Método bilinguismo.
Comentário: Na década de 1960, estudos sobre a língua de sinais foram surgindo. Em 1970 surge a filosofia chamada comunicação total, que foi adotada em muitas escolas como método de ensino para surdos. A comunicação total é a prática de usar sinais, leitura labial, expressão facial e corporal, alfabeto manual e recursos visuais para fornecer inputs linguísticos para estudantes surdos, para que assim possam escolher com qual tipo de comunicação melhor se adaptam. A oralização não é o objetivo final e sim um dos meios para levar à integração dos surdos na sociedade, a língua de sinais, neste contexto, tem o papel de apoio à aquisição da língua escrita.
6) O conceito socioantropológico da surdez apresenta uma ideologia contrária à visão clínico-terapêutica, que propõe o diagnóstico médico precoce e terapias de reabilitação, como treinamento de habilidades de leitura labial e defeitos da fala como única forma de inclusão social. Sobre o conceito socioantropológico da surdez, pode-se afirmar que:
a. Possui a concepção da surdez exclusivamente como um tipo de patologia audiológica, sem considerar que esta patologia determina um funcionamento sociocultural alternativo.
b. Possui a concepção da surdez como um tipo de patologia audiológica na qual os surdos deveriam desenvolver a fala para poderem viver em sociedade.
c. Possui a concepção da surdez exclusivamente como um tipo de problema social sem relação com sua patologia audiológica.
d. Possui a concepção de que os surdos, usuários da língua de sinais, são incapazes de aprender a linguagem escrita e participar da sociedade.
e. Possui a concepção da surdez como diferença linguística, considerando que os surdos são capazes de aprender e interagir na sociedade por meio da língua de sinais de seu país.
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Comentário: O princípio do conceito sócio antropológico é considerar a surdez como diferença cultural. Os surdos não são considerados apenas deficientes que precisam de uma inclusão social nesta perspectiva constituem um movimento social organizado que exige seus direitos civis e sociais e a valorização de sua identidade e cultura. Não estão subordinados ao ouvintismo cultural.
7) O contexto escolar tem algumas especificidades. Considerando a importância do profissional intérpretede Libras para a inclusão do surdo nos diversos níveis educacionais, quais são os requisitos básicos para este profissional?
a. Conhecimento sobre a surdez, domínio da língua de sinais, bom nível de cultura.
b. Conhecimento sobre o professor, conhecimento da matéria, conhecimento da cultura.
c. Conhecimento de língua oral auditiva, conhecimento de texto, conhecimento sobre a surdez.
d. Conhecimento da matéria, conhecimento de texto, conhecimento matemático.
e. Conhecimento sobre a cultura, conhecimento sobre ciências, conhecimento sobre a língua oral.
Comentário: O intérprete de Libras precisa ter um bom conhecimento sobre a surdez e qual o seu papel profissional, ele deve ter um bom domínio da língua de sinais, sua estrutura linguística e recursos, de forma a deixar a mensagem plenamente acessível ao surdo, ele deve, também, ter um bom nível de cultura. Não se pode interpretar o que não se conhece, um bom conhecimento de mundo garantirá maior fluidez de vocabulário e adequação ao nível de ensino em que interpreta.
8) Veja o trecho da matéria retirada do portal G1 em 11/2012:
Adolescente surda terá ajuda de intérprete para fazer prova do Enem.
Clesiane diz que a ajuda dos tradutores-intérpretes é muito importante para seu aprendizado. “É através deles que aprendo. Os tradutores-intérpretes são fundamentais para meus estudos”, enfatiza.
A jovem quer fazer o Enem para adquirir experiência, mas diz que se prepara para tirar uma boa nota. “Estou estudando muito, pois já comecei a me preparar para futuro. Ainda estou em dúvida entre informática ou ser professora de libras, mas quero fazer curso superior”, conclui.
O decreto 5626/05 trouxe muitas conquistas para a comunidade surda e para a educação bilíngue. A presença de tradutores-intérpretes de Libras e novas formas de avaliação têm por objetivo:
a. Prover vagas de concurso para o intérprete de Libras e acesso ao ensino superior apenas.
b. Garantir a formação do professor em Libras e auxílio ao aluno surdo devido à sua inferioridade linguística.
c. Garantir o acesso ao currículo e aos processos seletivos, levando em consideração a especificidade linguística das pessoas surdas.
d. Prover as escolas com profissionais capacitados para o atendimento em braile e acesso à prova do Enem.
e. Garantir a formação do intérprete em serviço e acesso do professor para correção das avaliações.
Comentário: O decreto 5626/05 regulamenta a lei 10.436/02 e dispõe sobre a educação bilíngue. A lei garante a presença do profissional intérprete de Libras em todos os níveis de ensino, a fim de que o aluno tenha acesso ao currículo. Devido à sua especificidade linguística, a Libras possui gramática diferente da língua portuguesa, dessa forma, os surdos conquistaram o direito à acessibilidade nos processos seletivos e novas formas de avaliação.
9) A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua utilizada como meio de comunicação pelas pessoas surdas no Brasil. Trata-se de uma língua que não é universal, portanto, cada país possui a sua própria língua de sinais, como por exemplo: (ASL) Língua de Sinais Americana, (LSF) Língua de Sinais Francesa, (LSE) Língua de Sinais Espanhola, (LSI) Língua de Sinais Italiana, dentre outras. Algumas características diferem as línguas orais das línguas de sinais: as primeiras constituem-se em uma modalidade oral-auditiva, enquanto as segundas constituem-se em qual modalidade?
a. Modalidade que mistura gestos, mímicas ou pantomima.
b. Modalidade oral-gestual.
c. Modalidade oral-auditiva.
d. Modalidade gestual-visual.
e. Modalidade que possui um sistema natural de gestos, sem estrutura gramatical própria.
Comentário: A língua de sinais é uma língua de modalidade viso-gestual com estrutura e gramática próprias, é a língua natural de expressão e comunicação das pessoas surdas, os sinais são executados pelas mãos e percebidos pela via visual.
10) Assinale a alternativa que completa corretamente a sentença.
A ______________ e o _______________ são duas correntes pedagógicas na educação dos surdos, que têm embasamento na visão socioantropológica da surdez. Consideram a surdez como diferença e reconhecem o status linguístico da língua de sinais.
a. Gestualidade, comunicação total.
b. Comunicação total, bilinguismo.
c. Oralidade, comunicação gestual.
d. Pedagogia, bilinguismo.
e. Comunicação oral, gestualismo.
Comentário: A comunicação total e o bilinguismo foram duas correntes pedagógicas que surgiram após os estudos de Stokoe (1965) que garantiram status linguístico à língua de sinais. A surdez é encarada como uma diferença cultural. A comunicação total garante o uso de sinais, leitura labial, expressão facial e corporal, alfabeto manual e recursos visuais que facilitem o acesso à informação (apoio). O bilinguismo prioriza a língua de sinais como primeira língua e a língua portuguesa como segunda língua.
LIBRAS – QUESTIONÁRIO 2
1) 
a. Ponto de articulação.
b. Expressão facial.
c. Configuração de mão.
d. Movimento.
e. Direção.
Comentário: Da mesma forma que, alterando a disposição das letras em uma palavra, alteramos seu significado, a alteração de um parâmetro da Libras pode alterar o sentido do sinal. Há vários exemplos de pares mínimos na Libras, sinais que, na alteração de um único parâmetro, alteram o significado: FAMÍLIA e REUNIÃO, JORNAL e LIVRO, AVÔ e BISAVÔ, LARANJA e APRENDER, entre outros. No exemplo acima há alteração do parâmetro configuração de mão.
2) 
	
a. Configuração de ponto.
b. Ponto de articulação.
c. Movimento.
d. Expressão facial.
e. Orientação.
Comentário: As expressões não manuais nas línguas de sinais são componentes extremamente importantes para a transmissão da mensagem. Alguns sinais requerem características adicionais: uma expressão facial ou dos olhos para que sentimentos de alegria, de tristeza, uma pergunta ou uma exclamação possam ser completamente representados ao receptor da mensagem.
3) 
a. Filho(a)-solteiro(a)-mulher.	
b. Solteiro(a)-mulher–homem.
c. Casado(a)-filho(a)-mulher.
d. Homem-solteiro(a)-filho(a).
e. Homem-casado(a)-filho(a).
Comentário: Os sinais correspondem, em português, a HOMEM, CASADO(A), FILHO(A). O gênero, na Libras, é indicado pelo sinal de homem e mulher antes da palavra, de acordo com o contexto, no caso, o sinal CASADO, se houver a necessidade de identificar o gênero, acrescenta-se o sinal de Homem ou Mulher no início.
 
4) 
	
a. Bom dia.
b. Galeto.
c. Bonita.
d. Bonito.
e. Criativa.
5) 
a. O nome do meu filho é Davi.
b. Olá, meu filho Davi!
c. Davi tem um filho.
d. O homem chama-se Davi
e. Seu filho tem nome?
Comentário: A tradução correta dessa frase para o português é: o nome do meu filho é Davi. Em Libras há a supressão do artigo e do verbo ser. A palavra meu está subentendida pelo contexto (opcional à sinalização). Em uma tradução para o português é preciso respeitar a gramática desta língua, incluindo o artigo, verbos e pronomes.
6) A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua utilizada como meio de comunicação pelas pessoas surdas no Brasil. Trata-se de uma língua que não é universal, portanto, cada país possui a sua própria língua de sinais, como por exemplo: (ASL) Língua de Sinais Americana, (LSF) Língua de Sinais Francesa, (LSE) Língua de Sinais Espanhola, (LSI) Língua de Sinais Italiana, dentre outros. Algumas características diferem as línguas orais das línguas de sinais: as primeiras constituem-se em uma modalidade oral-auditiva, enquanto as segundas constituem-se em qual modalidade?
a. Modalidade que mistura de gestos, mímicas ou pantomima.
b. Modalidade oral-gestual.
c. Modalidade oral-auditiva.
d. Modalidade gestual-visual.
e. Modalidade que possui um sistema natural de gestos, sem estrutura gramatical própria.
Comentário: A língua de sinais é uma língua de modalidade gestual-visual com estrutura e gramatical própria, é a língua natural de expressão e comunicação das pessoas surdas, os sinais são executados pelas mãos e percebidos pelavia visual.
7) A fonologia das línguas de sinais estuda as configurações e os movimentos dos elementos envolvidos na produção dos sinais. Na combinação dos cinco parâmetros, têm‑se um sinal. Assinale a alternativa que apresenta os cinco parâmetros de formação do sinal na Libras:
a. Configuração de palma, orientação do espaço, ponto de articulação, movimento e expressão da mão.
b. Configuração de mão, movimento, orientação, ponto de articulação, expressões faciais.
c. Orientação de palma, configuração de ponto, expressão facial, movimento e articulação.
d. Articulação de mão, ponto de expressão, configuração de movimento, expressão facial.
e. Configuração de expressão, orientação da articulação, movimento da palma, ponto do espaço.
Comentário: Os sinais, na Libras, também são constituídos a partir de unidades mínimas distintivas, correspondentes aos fonemas das línguas orais. O número dessas unidades é finito e pequeno porque, seguindo o princípio de economia, eles se combinam para gerar um número infinito de formas ou palavras/sinais. Na combinação dos cinco parâmetros têm‑se o sinal. São eles: configuração de mão, movimento, orientação, ponto de articulação, expressões faciais
8) A gramática de Libras possui algumas especificidades. Como qualquer outra língua, não basta conhecer seu vocabulário básico, é preciso aprofundar os estudos nos aspectos sintáticos e culturais da língua, além de ter contato com seus usuários em situações reais de comunicação. Considerando as especificidades de marcação de gênero, número, grau, tempo, quantificação e quantidade, relacione corretamente a primeira e a segunda coluna:
 
( 1 ) Gênero.
( 2 ) Número.
( 3 ) Grau.
( 4 ) Tempo.
( 5 ) Quantificação e intensidade.
( ) Uso do sinal de presente, passado e futuro junto aos verbos.
( ) Repetição, retenção ou prolongamento de um sinal.
( ) Uso do sinal de homem e mulher no início.
( ) Uso de adjetivo e classificadores.
( ) Singular e plural.
a. 1, 2, 3, 5, 4.
b. 4, 5, 1, 3, 2.
c. 5, 4, 1, 2, 3.
d. 4, 3, 5, 2, 1.
e. 2, 1, 4, 5, 3.
Comentário: A língua de sinais tem características gramaticais distintas da Língua Portuguesa. Na Libras, há alguns sinais específicos de gênero, porém, há casos em que o sinal permanece o mesmo, alterando-se o uso do sinal de homem e mulher no início. O número é indicado pelo singular e plural (sinalização de 1 ou vários). O grau, aumentativo e diminutivo, é indicado pelo uso dos respectivos adjetivos, grande e pequeno, e por classificadores. Os verbos, em libras, são flexionados colocando-se o sinal de presente, passado e futuro após a sinalização do verbo. A quantificação e a intensidade são feitas pela repetição, retenção ou prolongamento de um sinal.
9) Os estudos linguísticos e a evolução do pensamento sobre a pessoa surda e a surdez trouxeram para a Libras um valor linguístico e histórico-cultural. A comunidade surda se fortaleceu e começou a exigir seus direitos de participação social. Semelhante às línguas orais, a língua de sinais possui parâmetros para a formação do sinal, é complexa e abarca todas as áreas de estudo da linguística, que são:
a. Gestualismo, sintaxe, morfologia e sentido.
b. Comunicação total, fonologia, alfabeto manual e gestos.
c. Morfologia, bilinguismo, oralismo e gestualismo.
d. Semântica, quirema, comunicação gestual e bilingüismo.
e. Fonologia, morfologia, sintaxe e semântica.
Comentário: O decreto 5626/05 regulamenta a lei 10.436/02 e dispõe sobre a educação bilíngue. Ela garante a presença do profissional intérprete de Libras em todos os níveis de ensino, para que o aluno tenha acesso ao currículo. Devido à sua especificidade linguística, a Libras possui gramática diferente da Língua Portuguesa, dessa forma, os surdos conquistaram o direito à acessibilidades nos processos seletivos e novas formas de avaliação
10) Stokoe (1960) evidenciou que as línguas de sinais apresentavam os mesmos aspectos linguísticos das línguas orais. Observe os itens abaixo e assinale a alternativa que contempla as caraterísticas das línguas de sinais:
I - Modalidade viso-gestual.
II - Sua base é o alfabeto manual.
III - Complexidade e expressividade.
IV - É universal.
V - Possui parâmetros formacionais.
Estão corretas:
a. I, II, III e V.
b. II, III e IV.
c. I, III, e V.
d. III, IV e V.
e. I, II, IV e V.
Comentário: Os estudos linguísticos de Stokoe são um marco histórico na valorização da língua de sinais e no reconhecimento do seu status linguístico. A língua de sinais difere-se das línguas orais pela sua modalidade viso-gestual. Não é apenas o alfabeto manual, existem mais de 61 configurações de mão e, da mesma forma que as línguas orais, possui alto grau de expressividade e complexidade. Não é universal, cada país possui a sua língua de sinais e todas são constituídas por parâmetros formacionais.

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