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RESUMO SAÚDE COLETIVA
HEPATITES VIRAIS:
TRANSMISSÃO:
A, E – fecal-oral; tem seu mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos;
B, C e D - mecanismos de transmissão, como o parenteral (+ C), sexual (+ B e D), compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis. Há também o risco de transmissão através de acidentes perfuro cortantes, procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança;
SINAIS E SINTOMAS:
Após entrar em contato com o vírus da hepatite o indivíduo pode desenvolver um quadro de hepatite aguda, podendo apresentar formas clínicas oligo/assintomática ou sintomática: febre, icterícia e colúria, acolia e hepatomegalia.
TRATAMENTO:
Hepatite aguda - Não existe tratamento específico para as formas agudas. Se necessário, apenas tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por, no mínimo, 6 meses. 
Hepatite crônica - Uma parcela dos casos de hepatite crônica necessitará de tratamento, cuja indicação baseia-se no grau de acometimento hepático observado por exame anatomopatológico do tecido hepático obtido por biópsia. Pacientes com aminotransferases normais merecem ser avaliados com exames de biologia molecular, pois pode haver lesão hepática, mesmo sem alteração daquelas enzimas. As formas crônicas da hepatite B, C e D têm diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados. 
maior risco na Hepatite é a cronificação;
Todas as Hepatites são de notificação compulsória;
Crianças com Hepatites A e E (se usam fraldas) devem ser afastadas da escola.
HANSENÍASE:
TRANSMISSÃO:
O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença - MB), sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas suscetíveis. A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), através de contato íntimo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar. A hanseníase não é de transmissão hereditária (congênita) e também não há evidências de transmissão nas relações sexuais.
SINAIS E SINTOMAS:
Paucibacilar:
1.a. Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural. Áreas de hipo ou anestesia, parestesias, manchas hipocrômicas, e/ou eritemohipocrômicas, com ou sem diminuição da sudorese e rarefação de pelos; Baciloscopia NEGATIVA;
1.b. Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo). Placas eritematosas, eritemato-hipocrômicas, hipo ou anestésicas; Baciloscopia NEGATIVA;
Multibacilar
2.a. Hanseníase borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco lesões, se caracterizam por lesões com limite muito nítido na área central e pouco nítido na periferia, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência; Baciloscopia POSITIVA OU NEGATIVA;
2.b. Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele. Baciloscopia POSITIVA.
CONTROLE DE CONTATOS:
A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos intradomiciliares dos casos detectados. Deverá ser feita a orientação quanto ao período de incubação, transmissão, sinais e sintomas precoces da hanseníase. Deve-se ter especial atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já que esta situação de adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser controlada. Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG e seguir a recomendações abaixo:
	Nenhuma cicatriz 
	 1 dose de BCG*
	1 cicatriz 
	 1 dose de BCG
	2 cicatrizes 
	 Nenhuma dose de BCG
	Criança menor de 1 ano vacinada e Quem tomou a vacina há menos de 6 meses 
	 
Nenhuma dose de BCG
	
	
Hanseníase é de notificação compulsória em todo o território nacional;
Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos.
TUBERCULOSE:
TRANSMISSÃO:
A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados (gotículas de wells), contendo no seu interior o bacilo. A transmissão é plena enquanto o doente com a forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento. Com o esquema terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas. As crianças com tuberculose pulmonar geralmente não são infectantes.
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico é feito pela história de adoecimento da pessoa e também pelo exame clínico. Deverá ser confirmado por exames específicos, como no caso da baciloscopia (a pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais utilizada em nosso meio) e a cultura do escarro e também pelo raio-X de tórax. Pode ser que sejam necessários outros exames, como a biópsia, dependendo do órgão afetado.
Suspeito
Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas, febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame radiológico;
Paciente com imagem compatível com tuberculose.
Confirmado
Critério clínico laboratorial:
Tuberculose pulmonar bacilífera – paciente com duas baciloscopias diretas positivas, ou uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva ou uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose;
Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK) – é o paciente com duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva, e achados clínicos ou outros exames complementares, que permitam ao médico efetuar um diagnóstico de tuberculose;
Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências clínicas, achados laboratoriais, inclusive histopatológicos compatíveis com tuberculose extrapulmonar ativa, em que o médico toma a decisão de tratar com esquema específico; ou paciente com, pelo menos, uma cultura positiva para M. tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar.
Radiológico  - A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose. Diferentes achados radiológicos apontam para suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar. Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. 
Prova tuberculínica (teste de Mantoux) - A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnósticoda TB doença.
TRATAMENTO:
Tratamento Diretamente Observado (TDO) - O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS que visa o fortalecimento da adesão do paciente ao tratamento e a prevenção do aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo os casos de abandono e aumentando a probabilidade de cura. O tratamento diretamente observado é mais que ver a deglutição dos medicamentos. É necessário construir um vínculo entre o doente e o profissional de saúde, bem como entre o doente e o serviço de saúde. Torna-se também necessário remover as barreiras que impeçam a adesão, utilizando estratégias de reabilitação social, melhora da autoestima, qualificação profissional e outras demandas sociais.
Para a implementação do tratamento diretamente observado, devem-se considerar as seguintes modalidades de supervisão:
Domiciliar: observação realizada na residência do paciente ou em local por ele solicitado.
Na Unidade de Saúde: observação em unidades de ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/AIDS ou Hospitais.
Prisional: observação no sistema prisional.
Compartilhada: quando o doente recebe a consulta médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao seu domicílio ou trabalho.
A hospitalização é recomendada em casos especiais e de acordo com as seguintes prioridades:
Meningoencefalite tuberculosa;
Intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em ambulatório;
Estado geral que não permita tratamento em ambulatório;
Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em unidade hospitalar;
Casos em situação de vulnerabilidade social, como ausência de residência fixa ou grupos com maior possibilidade de abandono, especialmente se for um caso de retratamento, falência ou multirresistência.
Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos – Pacientes Adolescentes e Adultos.
– 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol
– 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
2RHZE/4RH
Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos – Crianças Menores de 10 anos.
– 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
– 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
2RHZ/4RH
HAS:
A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg). Associa-se, frequentemente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. 
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a 140/90 mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três. A constatação de um valor elevado em apenas um dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para estabelecer o diagnóstico de hipertensão.
	CLASSIFICAÇÃO
	PA SISTÓLICA (MMHG)
	PA DIASTÓLICA (MMHG)
	AFERIÇÃO PA
	ÓTIMA
	< 120
	< 80
	ATÉ 2 ANOS
	NORMAL
	< 130
	< 85
	A CADA ANO
	LIMÍTROFE
	130 - 139
	85-89
	A CADA ANO**
	HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
	140-159
	90-99
	
	HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2
	160-179
	100-109
	
	HIPERTENSÃO ESTÁGIO 3
	≥ 180
	≥ 110
	
* Quando as pressões sistólicas e diastólicas estiverem em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para a classificação da pressão arterial.
** A PA deverá ser novamente verificada em mais duas ocasiões em um intervalo de 7 a 14 dias. Na ausência de outros FR para DCV, o indivíduo poderá ser agendado para atendimento com a enfermeira, em consulta coletiva, para mudança de estilo de vida (MEV), sendo que a PA deverá ser novamente verificada em um ano.

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