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Unidade 3.2 legislacao do SUS. SCB

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UNIDADE III – Legislação do SUS
3.1.  Lei Orgânica do SUS (8.080 e 8.142/90)
3.2.  Normas Operacionais Básicas (NOB)
3.3. Normas Operacionais da Atenção à Saúde - NOAS
3.4. Pacto 2006
3.5. Política Nacional da Atenção Básica – Port. 648/2006
DOCENTE: Enfª M.s Christianne Lara
Lei Orgânica do SUS 8.080/90)
Lei 8080/90 – Lei Orgânica da Saúde. Essa lei é aprovado com vários vetos presidenciais – principalmente no financiamento e no controle social.
Lei Complementar da Saúde – 8142/90
Aprovação da Lei 8080/90 – Lei Orgânica da Saúde. Em dezembro de 1990 é aprovada a Lei 8142, que recupera alguns vetos.
O QUE É O SUS
Novo Sistema de Saúde
“SISTEMA”
“ÚNICO”
Envolve todas as atividades da atenção à saúde
OBJETIVOS DO SUS
Melhorar a qualidade de atenção à saúde;
Romper com o passado do descompromisso e irracionalidade técnico-administrativa;
Servir de norte ao trabalho do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Arcabouço Jurídico 
do SUS
Constituição da República 1988
Lei Orgânica da Saúde – 8080/90
Lei Complementar da Saúde – 8142/90
Normas Operacionais Básicas – NOB
Normas Operacionais de Assistência à Saúde – NOAS
Portaria 399 – Pacto pela Saúde 2006
Política Nacional da Atenção Básica – Port. 648/2006
Lei Orgânica da Saúde – 8080/90
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Lei Complementar da Saúde – 8142/90
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
 
Normas Operacionais Básicas - NOB
91, 92, 93, 96, NOAS-SUS 01/01, NOAS-SUS 01/02 e o PACTO PELA SAÚDE
A partir de 1991 - o MS publicou várias normas com o objetivo de organizar e operacionalizar o funcionamento do SUS:
Avança nas estratégias de implementação do SUS (MUNICIPALIZAÇÃO)
Normas Operacionais do SUS (NOB) 
NOB – SUS/01/91:
Definiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA), destinada a reajustar os valores a serem repassados aos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 Instituiu a Autorização de Internamento Hospitalar (AIH);
 Criou o Fator de Estímulo à Municipalização (FEM);
 Reforça criação de Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde (CES e CMS);
 Definiu recursos para financiamento dos Programas Especiais de Saúde e investimentos no setor saúde.
NOB – SUS/01/92
Criação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS);
 Criação do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS);
 Normatizou o Fundo Estadual de Saúde.
NOB – SUS/01/93:
Criação da Comissão Intergestores Tripartite (CIT): gestores das esferas federal, estadual e municipal;
 Criação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB): gestores das esferas estadual e municipal;
 Criação do Fator de Apoio ao Estado (Fração Ambulatorial Especializada - FAE) responsável pela gestão de procedimentos de media complexidade;
 Criação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA);
 Maior ênfase na municipalização;
Obs: marco histórico na evolução do SUS
NOB – SUS/01/96:
Implementou o Piso da Atenção Básica (PAB) – valor per capita para financiamento das ações de atenção básica;
 Programação Pactuada Integrada (PPI) – instrumento de organização do Sistema;
 Municípios - criação da Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB) e da Gestão Plena do Sistema Municipal;
Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada
Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada e definiu como áreas de atuação estratégicas mínimas para a habilitação nesta condição o controle da tuberculose, a eliminação da hanseníase, o controle da hipertensão arterial, o controle da diabetes mellitus, a saúde da criança, a saúde da mulher e a saúde bucal. 
NOB – SUS/01/96:
Estados – criação da Gestão Avançada do Sistema Estadual e Gestão Plena do Sistema Estadual;
 Definiu programas como estratégias de mudança do modelo assistencial – PACS e PSF.
Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando o Incentivo para as ações básicas de Vigilância Sanitária;
 Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de Doenças;
Obs: marco histórico na evolução do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde 
NOAS 01/2001
Regionalização e organização da assistência. Estabelece o processo de Regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior eqüidade. 
 Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS. Promover maior eqüidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos nos níveis de atenção”.
 Revisão dos critérios de habilitação (tipos de gestão).
Norma Operacional de Assistência à Saúde 
NOAS 01/2001
Institui o Plano Diretor de Regionalização (PDR) como instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada Estado e no Distrito Federal, baseado nos objetivos de definição de prioridades de intervenção coerentes com a necessidade da
população e garantia de acesso dos cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde. 
Obs: marco histórico na evolução do SUS
Pacto pela Saúde 2006
Com a finalidade de superar as dificuldades, os gestores do SUS assumem o compromisso público da construção do PACTO PELA SAÚDE em 2006, que será anualmente revisado, com base nos princípios do SUS, ênfase nas necessidades de saúde da população e que implicará em definição de prioridades articuladas e integradas nos três componentes:
 PACTO PELA VIDA
 PACTO EM DEFESA DO SUS
PACTO DE GESTÃO DO SUS
Estas prioridades são expressas em objetivos e metas
	no Termo de Compromisso de Gestão e estão detalhadas
	no documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde.
Diretrizes Operacionais:
Do Pacto pela Vida
O pacto pela vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira.
São seis, as prioridades pactuadas:
	1) Saúde do idoso. Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
	2) Controle do câncer de colo de útero e de mama. Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
	3) Redução da mortalidade infantil e materna. Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias.
	
São seis, as prioridades pactuadas:
	4) Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza.
 5) Promoção da Saúde: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular alimentação saudável e combate ao tabagismo.
 
	6)Atenção Básica à Saúde: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.
Pacto pela Vida (Portaria GM/MS nº 325, de 21 de fevereiro de 2008):
VII - Saúde do trabalhador;
VIII- Saúde mental;
IX- Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
X- Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; 
XI- Saúde do homem.
PACTO EM DEFESA DO SUS
O trabalho dos gestores das três esferas de governo e dos outros atores envolvidos dentro deste pacto, deve considerar as seguintes diretrizes:
O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar por meio de iniciativas que busquem:
	a) A repolitização da saúde, como um movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS.
	b) Promoção da Cidadania, como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como um direito.
	c) Financiamento, como a garantia de recursos de acordo com as necessidades do sistema
. Nas três esferas de governo.
ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS
PACTO DE GESTÃO DO SUS
Define as responsabilidades sanitárias do gestor municipal, do gestor estadual e do gestor federal do SUS e estabelece diretrizes para a gestão do sistema nos aspectos da descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, Programação Pactuada e Integrada (PPI), regulação, participação social e gestão do trabalho e da educação na saúde.
PACTO DE GESTÃO DO SUS
Gestão como a atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde (municipal, estadual ou nacional) exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria.  
Gerência como a administração de uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital, instituto, fundação, etc) que se caracterizam como prestadores de serviços do SUS.
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. - Brasília : CONASS, 2003.
Política Nacional da Atenção Básica – Port. 648/2006
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde(PACS). 
Política Nacional da Atenção Básica
O capítulo I trata dos princípios gerais; responsabilidade de cada esfera de governo; da infra-estrutura e dos recursos necessários; do cadastramento das unidades que prestam serviços básicos de saúde; do processo de trabalho das equipes de atenção básica; das atribuições dos membros das equipes de atenção básica; do processo de educação permanente. 
O capítulo II trata das especificidades da estratégia de saúde da família; princípios gerais; das responsabilidades de cada nível de governo; da infra-estrutura e dos recursos necessários; do processo de trabalho da saúde da família; da capacitação e educação permanente das equipes; do processo de implantação.
O PACTO PELA SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA – AULA6
ORGANIZAÇÃO E POLITICAS DE SAÚDE
O capítulo III trata do financiamento da atenção básica: considerações gerais; do piso de atenção básica; da parte fixa do piso da atenção básica; requisitos mínimos para manutenção da transferência do PAB; da solicitação de crédito retroativo; da suspensão do repasse de recursos do PAB; da suspensão do repasse de recursos do PAB variável; dos recursos de estruturação. 
O PACTO PELA SAÚDE E A POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA – AULA6
ORGANIZAÇÃO E POLITICAS DE SAÚDE
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
UNIVERSALIDADE
	Princípio: trata da saúde como direito de cidadania. Sepulta o modelo excludente anterior. É conseqüência direta da discussão ampla do direito à saúde.
É a garantia de atenção à saúde a todo e
qualquer cidadão;
Saúde é direito de cidadania;
“Para se ter acesso, basta apenas precisar”
EQÜIDADE
	Princípio: assegura que a disponibilidade dos serviços de saúde considere as diferenças entre os diversos grupos de indivíduos.
É assegurar ações e serviços de todos os níveis, de acordo com a complexidade do caso.
Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades.
Igualdade com justiça.
INTEGRALIDADE
	Princípio: é a prática de saúde e sua relação com o modelo assistencial. “cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade”.
Cada pessoa é um todo indivisível;
Ações de promoção, proteção e recuperação também é um todo indivisível;
As unidades de saúde, com diversos níveis de complexidade, também é indivisível;
O homem é um ser integral, biopsicossocial e será atendido em uma visão holística por um sistema também integral.
Princípios organizativos
DIRETRIZES DO SUS
Regionalização e hierarquização
Resolutividade
Descentralização
Participação dos cidadãos
Setor privado complementar
Hierarquização da rede de serviços da Atenção no SUS:
Atenção Primária:
 Programa Saúde da Família – PSF, como estratégia de
		organização da Atenção Primária à Saúde.
	UBS, Centro de Saúde
	 Vigilância à Saúde 
	 Vigilância Sanitária, 
	 Vigilância Epidemiológica
	 Vigilância Ambiental
	 Saúde do Trabalhador
	 Controle de Endemias 
	 Assistência Farmacêutica.
Atenção Secundária
Os hospitais de nível secundário prestam assistência nas especialidades básicas – pediatria, clínica médica e Ginecologia/Obstetrícia, além de oferecer os seguintes serviços:
	 Urgência e emergência
	Ambulatório eletivo para as referências e contra 	referência
	Assistência a pacientes internados
	Referência e contra-referência das famílias 	acompanhadas pelas ESF.
	Ambulatório de referência e contra referência 	para atenção básica: ESF e UBS.
Atenção Terciária
HOSPITAIS PÓLOS: atendem encaminhamentos realizados pelas equipes do PSF e de outras unidades de saúde dos municípios, nas cinco clínicas básicas abaixo discriminadas e funcionando em 24 horas
CLÍNICA BÁSICA
	Clínica médica
	Pediatria
	Ginecologia/Obstetrícia
	Traumato/ Ortopedia
	Cirurgia Geral
SERVIÇOS DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO
	 Laboratório de Patologia Clínica
	Neonatologia /Eletrocardiograma
	Ultra–Sonografia / tomografia/ Colposcopia
	Radiologia / Endoscopia
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REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
 Serviços organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, disposto numa área geográfica delimitada e com uma população definida.
Hospital
Unidades 
Mistas
Unidades 
Mistas
Unidades 
Básicas
Unidades 
Básicas
Unidades 
Básicas
Regionalização 
e Hierarquização
Referência
Contra - Referência
RESOLUTIVIDADE
O serviço de saúde deve apresentar resolutividade até o nível de sua competência.
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
Conselhos de Saúde (permanentes, deliberativos e paritários); 
Conferências de Saúde (provisórios, consultivo e paritários)
CONSELHOS E CONFERÊNCIAS
USUÁRIOS
TRABALHADORES 
DE SAÚDE
GESTORES E
PRESTADORES
SETOR PRIVADO COMPLEMENTAR
Quando por insuficiência do setor público;
Contrato de direito público;
Posição definida na rede de saúde;
Obedecerão os princípios e diretrizes do SUS;
Preferências por instituições não lucrativas e filantrópricas.
ORGANIZAÇÃO DO SUS
Direção única: exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
	I - no âmbito federal, o responsável é o Ministério da Saúde;
	II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
	III- no âmbito dos Municípios, pela Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
CAMPO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE - SUS
Vigilância Sanitária; Vigilância Epidemiológica; Vigilância Nutricional;
 Saúde do trabalhador e proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
 Assistência Farmacêutica;
 Saneamento básico;
 Formação de recursos humanos na área de saúde;
Desenvolvimento científico e tecnológico;
 Formulação e execução da política de sangue e seus
	derivados;
CAMPO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE - SUS
Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
Controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias
	de interesse para a saúde;
 Fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para
	consumo humano;
 Controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
	radioativos
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Conselho de Saúde ( Nacional, Estadual e Municipal)
 Conselho Nacional de Secretários de Saúde- CONASS
 Comissão Intergestores Tripartite- CIT
Comissão Intergestores Bipartite- CIB
ESFERAS GESTORAS DO SUS
FEDERAL
No âmbito federal
-Ministério da Saúde
(MS), Conselho
Nacional de Saúde(CNS)
e Comissão
I ntergestores
Tripartite (CI T);
ESTADUAL
No âmbito estadual -
Secretaria Estadual
de Saúde (SES), Conselho
Estadual de Saúde (CES) e
Comissão I ntergestores
Bipartite (CI B);
MUNICIPAL
No âmbito municipal -
Secretaria Municipal
de Saúde (SMS) e
Conselho Municipal de
Saúde (CMS).
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Conselho de Saúde ( Nacional, Estadual e Municipal)
	- Tem caráter permanente e deliberativo , composto por representantes do governo, prestadores de serviços,
	profissionais de saúde e usuários- formula estratégias e
	controla a execução da política de saúde.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde- CONASS
	- É uma entidade de direito privado que congrega os
	Secretários Estaduais de Saúde e do Distrito Federal
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Comissão Intergestores Tripartite- CIT
			- 05 representante do MS
			- 05 representante do CONASS
			- 05 representante do CONASEMS
	A CIT funciona regularmente desde 1994, com coordenador indicado pelo M.S.
 Comissão Intergestores Bipartite- CIB
	- Composição paritária integrada por representantes da
	SES e do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde- COSEMS.
Organização e políticas públicas
AULA 8: A dinâmica de funcionamento do SUS e seu financiamento
Decreto 7.508/2011
O Decreto 7.508, de 2011, regulamenta a lei da saúde e o acesso a cada canto do Brasil. 
“O Decreto 7.508/11 preenche uma lacuna no arcabouço jurídico do SUS, ao regulamentar a Lei 8.080, dispondo sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, possibilitando o aprimoramento do Pacto pela Saúde e contribuindo na garantia do direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros.” (BRASIL, 2012).
Trabalha com o conceito de região de saúde, conjunto este de municípios vizinhos identificados pela cultura e pelos hábitos, com o objetivo de desenvolver ações integradas e planejadas pelos serviços de saúde de forma mais eficiente, onde seus serviços atuam de forma hierarquizada, com consultas de procedimentos. 
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Organização e políticas públicas
AULA 8: A dinâmica de funcionamento do SUS e seu financiamento
Decreto 7.508/2011
Definiu e aprofundou os conceitos de regionalização;
Oficializou a atenção básica como porta de entrada e ordenadora do SUS;
Criou os contratos organizativos da ação pública como instrumento para estabelecer a relação das esferas de governo;
Definiu o planejamento integrado apresentado o mapa de saúde com ferramenta de apoio, com a descrição das necessidades e ações de saúde oferecidas pelo SUS;
Criou a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES);
Aperfeiçoou a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME).
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Organização e políticas públicas
AULA 8: A dinâmica de funcionamento do SUS e seu financiamento
Decreto 7.508/2011
O RENASES é a lista de ações e serviços no âmbito do SUS para a promoção de Saúde. Está organizada nos seguintes componentes: 
I - ações e serviços da atenção básica (primária); 
II - ações e serviços da urgência e emergência; 
III - ações e serviços da atenção psicossocial; 
IV - ações e serviços da atenção ambulatorial especializada e hospitalar; 
V - ações e serviços da vigilância em saúde. 
(BRASIL, 2012).
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Organização e políticas públicas
AULA 8: A dinâmica de funcionamento do SUS e seu financiamento
Decreto 7.508/2011
A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME – contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica, Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. De acordo com a Portaria MS/GM nº 533, de 28 de março de 2012 (BRASIL, 2012b), estabelece o elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Organização e políticas públicas
AULA 8: A dinâmica de funcionamento do SUS e seu financiamento
“Na base do processo de criação do SUS encontram-se: O conceito ampliado de saúde, a necessidade de criar políticas públicas para promovê-la, o imperativo da participação social na construção do sistema e das políticas de saúde e a impossibilidade do setor sanitário responder sozinho à transformação dos determinantes e condicionantes para garantir opções saudáveis para a população. Nesse sentido, o SUS, como política do estado brasileiro pela melhoria da qualidade de vida e pela afirmação do direito à vida e à saúde, dialoga com as reflexões e os movimentos no âmbito da promoção de saúde.” (BRASIL, 2006). 
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Bibliografia
	BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 8080, de 19 de setembro de 1990. 
	_____. Ministério da Saúde. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
	______.Portaria do Gabinete do Ministério do Ministro de Estado da Saúde n.º 399 (que divulga o Pacto pela Saúde 2006) de 22 de fevereiro de 2006.
	NÉBIA,Maria Almeida de Figueiredo. TONINI, Teresa. SUS e PSF para enfermagem: práticas para o cuidado em saúde coletiva. São Caetano do Sul, SP. Yendis Editora, 2007.

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