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Poder legislativo

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PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo tem funções típicas legislar e fiscalizar (a contabilidade, finanças, orçamento e patrimônio do Poder Executivo, do Ministério Público e de qualquer cidadão que gerencie, guarde ou receba recursos públicos – art. 70), bem como funções atípicas de administrar (a organização interna quanto a provimento e promoção de cargos de seus servidores), bem como julgar (o Presidente da República nos crimes de responsabilidade).
O Poder Legislativo Federal é bicameral, composto de Senado e Câmara dos Deputados (artigo 44), enquanto o Poder Legislativo Estadual, Distrital e Municipal é unicameral (art. 27, 29 e 32), sendo que no Senado Federal há representação paritária entre os Estados-membros e do Distrito Federal (não há representação de território, que se existisse seria pertencente à União), para manutenção do pacto federativo (equilíbrio entre os entes da Federação), enquanto a Câmara dos Deputados tem representação relativamente proporcional pelo povo (conjunto de brasileiros natos e naturalizados – art. 12 da CF), mas com proporcionalidade distorcida ante a previsão constitucional de no mínimo oito e no máximo 70 deputados, bem como fixando em quatro deputados federais por Território (hoje inexistente), independentemente de sua população (art. 45, § 1º, da CF).
A competência privativa da Câmara dos Deputados está prevista no artigo 51 da CF, sendo as seguintes:
I – autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
II – proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III – elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
* Inciso com redação determinada pela Emenda Constitucional n.º 19, de 1998.
V – eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
A Competência privativa do Senado Federal é a seguinte (art. 52 da CF):
I – processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
* Inciso com redação determinada pela Emenda Constitucional n.º 23, de 1999
II – processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;
III – aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV – aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
V – autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI – fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal;
VIII – dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
IX – estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
X – suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
XI – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
XII – elaborar seu regimento interno;
XIII – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
* Inciso com redação determinada pela Emenda Constitucional n.º 19, de 1998.
XIV – eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
O mandato de um senador é de 8 anos, sendo renovado 1/3 deles a cada quatro anos e na eleição seguinte os outros 2/3 dos três senadores que cada Estado e o Distrito Federal possui.
O Congresso Nacional se reúne, ordinariamente, de 02 de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Cada legislatura tem duração de 4 anos, com quatro sessões legislativas ou oito períodos legislativos. Nas sessões legislativas extraordinárias somente se deliberá sobre a matéria para a qual houve convocação.
A mesa do Congresso Nacional é dirigida pelo Presidente do Senado, sendo que os demais cargos serão exercidos pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, alternadamente, com mandato de dois anos, vedada a recondução na eleição imediatamente subseqüente.
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão, sem prejuízo de outras hipótese dispersas pela Constituição, conjuntamente para:
Inaugurar a sessão legislativa;
Elaborar regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas casas;
Receber o Compromisso do Presidente e Vice-Presidente da República;
Conhecer de Veto e sobre eles Deliberar.
As atribuições do Congresso Nacional estão previstas no artigo 48 (depende de sanção do presidente da República quanto aos projetos de lei aprovados) e 49 (Competência exclusiva do Congresso), 51 (competência exclusiva da câmara) e 52 (competência exclusiva do Senado). As matérias de competência exclusiva do Congresso, Câmara ou Senado dispensam a sanção do Presidente (artigo 48 da Constituição Federal).
COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITOS - CPI (ART. 58, § 3º)
Fazem parte da função fiscalizadora do Poder Legislativo, estando assim disciplinadas no art. 58, § 3º:
“As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas CONCLUSÕES, SE FOR O CASO, ENCAMINHADAS AO MINISTÉRIO PÚBLICO, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.”
Pode haver aditamento quanto ao(s) fato(s) a ser(em) investigados, desde que conexos aos fatos principal, podendo haver prorrogações de prazo, mas não podendo ser ultrapassado a legislatura em que a comissão foi instalada, devendo respeitar a autonomia dos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, os quais instalarão suas próprias CPIs, se entenderem ser o caso. O parâmetro durante as investigações deve ser o mesmo do processo penal,com respeito ao sigilo de informações confidenciais, direitos e garantias fundamentais.
 Os poderes investigatórias da CPI compreendem:
a) Oitiva de testemunha, inclusive com condução coercitiva;
b) Oitiva de indiciado ou investigado, com direito constitucional ao silêncio;
c) realização de perícias e requisição de documentos, inclusive com buscas e apreensões (exceto busca domiciliar, que depende de ordem judicial – art. 5, XI, da CF).
Não cabe às CPIs decretar prisão cautelar ou preventiva (pode prender em flagrante por falso testemunho, desde que o declarante não possa ser incriminado por tais fatos, pois nessa hipótese poderá mentir para se proteger, uma vez que ninguém está obrigado a auto incriminar-se). Não pode decretar indisponibilidade de bens, arrestos e seqüestros ou hipoteca judiciária. Não lhe é lícito proibir ou restringir assistência jurídica ao investigado (artigo 133 da CF). Não se pode violar domicílio ou se determinar escuta telefônica, pois nessas hipóteses ocorre a denominada “Cláusula de Reserva jurisdicional”, onde há competência exclusiva do Poder Judiciário (art. 5º, XI e XII). Eventuais excessos podem ser controlados através de mandado de segurança e habeas-corpus junto ao STF (art. 102, I, “i”). As CPIs devem respeitar, plenamente, o princípio da dignidade da pessoa humana
TRIBUNAIS DE CONTAS (art. 71 a 75 da CF)
O Tribunal de Contas é um órgão Auxiliar e de Orientação ao Poder Legislativo, a ele não estando subordinado, composto de 9 ministros, com as mesmas prerrogativas, vencimentos, impedimentos e vantagens dos Ministros do STJ.
As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (art. 71, § 3º).
Requisitos para ser Ministro do TCU (art. 71, § 1º).
Os Tribunais de Contas dos Estados são regidos por normas semelhantes ao TCU (art. 75 e 31 da CF), sendo que nos municípios onde não houver Conselho ou Tribunal de Contas a fiscalização ocorrerá pelo Tribunal de Contas do respectivo Estado (TCE). Só haverá tribunal municipal em municípios onde já havia quando da promulgação da CF, sendo vedada a criação de novos (art. 31, § 4º). O Parecer do Tribunal sobre as contas do Prefeito só deixará de prevalecer se for rejeitado por 2/3 dos vereadores.
O âmbito de fiscalização de qualquer tribunal de contas engloba pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, desde que os recursos recebidos tenham origem estatal, pois a gerência de dinheiro público ou a gestão de bens, valores ou interesses da comunidade obriga à prestação de contas” (art. 71, II, da CF, conforme ensina Alexandre de Moraes).
O Parecer do Tribunal de Contas é opinativo, cabendo a decisão ao respectivo Poder Legislativo (Federal, Estadual ou Municipal), sendo que as contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo anualmente (art. 25, 31, 71,I e 75) somente ao Poder Legislativo caberá o julgamento das mesmas (art. 49, IX).
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS
Disciplina as imunidades e vedações parlamentares para que o Poder Legislativo, como um todo, e seus membros, individualmente, atuem com ampla independência e liberdade, no exercício de suas funções constitucionais.
As garantias são as seguintes:
Imunidade material – subtração de responsabilidade civil, penal, disciplinar ou política, por opiniões, palavras e votos (art. 53, “caput”);
Imunidade formal – instituto que garante ao parlamentar a possibilidade de não ser ou permanecer preso ou de eventualmente não ser processado sem autorização de sua casa legislativa respectiva, por voto da maioria de seus membros (art. 53, §§ 1º, 2º e 3º);
Prerrogativa de foro (art. 53, § 4º) e artigo 84 Código de Processo Penal (Lei 10.628/02);
Prerrogativa de Serviço Militar (art. 53, § 7º);
Prerrogativa de Vencimentos (art. 49, VIII);
Isenção do Dever de Testemunhar (art. 53, § 6º);
Incompatibilidades (art. 54).
A inviolabilidade acarreta a irresponsabilidade da conduta, enquanto a imunidade impede o livre desenvolvimento do processo contra o parlamentar federal se houver sustação do andamento da ação pela Casa legislativa (artigo 53, § 3º - não mais há necessidade de autorização para o processo ter início), suspendendo-se o curso do prazo prescricional enquanto o processo estiver suspenso.
Hipóteses de inviolabilidade material e formal:
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 
§ 4.º Os Deputados e Senadores serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
§ 5.º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
§ 6.º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 7.º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos, praticados fora do recinto do Congresso, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Quanto à natureza jurídica da imunidade material, existem controvérsias na doutrina, sendo que Pontes de Miranda, Nélson Hungria e José Afonso da Silva entendem que se trata de uma causa excludente de crime. Já Basileu Garcia a entende como causa que se opõe à formação do crime, enquanto Damásio Evangelista de Jesus entende como causa funcional de exclusão ou isenção de pena. Anibal Bruno, como causa pessoal e funcional de isenção de pena; Heleno Cláudio Fragoso a considera como causa pessoal de exclusão de pena; Magalhães Noronha como causa de irresponsabilidade; José Frederico Marques como causa de incapacidade penal por razões políticas.
A imunidade material protege o parlamentar em qualquer lugar que seja feita a manifestação (ainda que fora do recinto da própria casa legislativa), desde que proferida no exercício do ofício congressual, seja o âmbito dessa atuação parlamentar ou extraparlamentar, sendo extensível ao jornalista que der publicidade aos fatos relatados pelo parlamentar, desde que com fidelidade. A imunidade prevalece mesmo depois de cessado o mandato.
Por ser de ordem pública, A IMUNIDADE NÃO PODE SER RENUNCIADA PELO PARLAMENTAR.
IMUNIDADE FORMAL QUANTO À PRISÃO: Abrange a prisão penal: (prisão temporária, prisão em flagrante por crime afiançável, prisão preventiva, prisão por pronúncia, prisão por sentença condenatória recorrível, prisão condenatória definitiva com trânsito em julgado) e a civil (por dívida ou depositário infiel), pois ambas somente podem ser decretadas com o consentimento da respectiva casa legislativa. No caso de prisão, por crime inafiançável, a manutenção da prisão depende de autorização da respectiva casa, por voto secreto da maioria dos membros (art. 53, § 3º). Quanto à possibilidade de prisãoapós sentença transitada em julgado e sem autorização da Casa Legislativa, existem controvérsias quanto ao parlamentar, sendo que no caso do Presidente da República é possível a prisão após a decisão de mérito do STF (art. 86).
A imunidade inicia-se com a expedição do diploma ( e não da posse).
Não mais há necessidade de pedir autorização para receber a denúncia e prosseguir com o processo, havendo a necessidade de comunicação do STF à casa legislativa, que por iniciativa do partido político nela representado e pelo voto da maioria dos seus membros poderá sustar o andamento da ação até decisão final da respectiva casa, no prazo de 45 dias, sendo que a sustação do processo suspende a prescrição enquanto durar o mandato. (artigo 53, §§3º a 5º - EC nº 35/01) 
Não é necessária a licença para instauração de Inquérito Policial, que deverá tramitar no STF.
Independe de licença a instauração de qualquer processo de natureza civil, administrativa ou disciplinar, apenas dependendo de licença eventual prisão do parlamentar que for ordenada nesses tipos de procedimentos.
Se o parlamentar for diplomado com processo criminal em andamento, haverá deslocamento da competência para o prosseguimento do processo ao STF.
Não há prazo para a deliberação sobre o pedido de licença, ficando suspenso o prazo prescricional enquanto durar o mandato do parlamentar..
Havendo concurso de agente e havendo sustação do processo em relação ao parlamentar co-autor, desmembra-se o feito, prosseguindo-se contra o(s) co-autor(es) que não possuir(rem) imunidade parlamentar, no tribunal competente, que pode ser a Justiça de primeiro grau (art. 80 do CPP), encerrando-se com o início da próxima legislatura em que o parlamentar não mais exerça seu mandato.
A regra é as imunidades permanecem durante o estado de sítio e estado de defesa. Excepcionalmente, durante o estado de sítio, por voto de 2/3 dos membros da respectiva Casa, poderão as imunidades ser suspensas (artigo 53, § 8º).
O parlamentar, como já dito, tem foro privilegiado no STF (art. 53, § 4º e 102, I, b), estendendo-o aos delitos eleitorais (RTJ 63/1), abrangendo até mesmo os crimes contra a vida e as contravenções penais (RJT 91/423), mas era somente enquanto durar o seu mandato, pois fora cancelada pelo STF a Súmula 394 (cometido o crime durante o exercício funcional, prevalecia a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício), devendo o inquérito policial ou processo ser remetido, no estágio em que se encontrar, à Justiça de primeira instância, sendo válidos os atos até então praticados no STF. 
Os vencimentos dos Deputados e Senadores são fixados por competência Exclusiva do Congresso Nacional (art. 49, VII), observadas as seguintes regras do artigo 49, VII`, artigo 37, XI e 39, § 4º - remuneração exclusivamente por subsídio – vedada gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação, gratificação etc...), da CF, com a redação dada pelo EC 19/98 (Reforma Administrativa).
Os parlamentares, ainda que Militares, só poderão integrar as Forças Armadas, ainda que em tempo de Guerra, com licença prévia da Casa respectiva (art. 53, § 6º), caracterizando-se outra imunidade, pois o isenta do cumprimento de obrigação imposta pela Carta Magna.
Os deputados e senadores não são obrigados a testemunharem sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhe confiaram ou deles receberam informações (art. 53, § 5º), mas é uma escolha discricionária do parlamentar, que pode abrir mão dessa faculdade. Se convocado na qualidade de cidadão comum, para depor sobre fatos não abrangidos pela norma constitucional e necessários à instrução civil ou penal, haverá a obrigação de depor, apenas podendo ser combinado o horário e local com a Autoridade Judiciária.
Se o parlamentar afastar-se do exercício do mandato para exercer cargo executivo (Ministro de Estado, Secretário de Estado) perderá a imunidade, pois se estaria criando uma situação desigual com as pessoas que comum que eventualmente exerçam o mesmo cargo, uma vez que a imunidade visa proteger não a pessoa do parlamentar mas a função do ocupante do Poder Legislativo para lhe dar independência diante dos demais Poderes. (há dcisões emm sentido contrário)
Ainda quanto aos parlamentares, são fixadas as seguintes incompatibilidades:
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;
II – desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Tais parlamentares também poderão perder o mandato nas seguintes hipóteses:
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1.º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2.º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 1994)
§ 3.º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4.º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2.º e 3.º.
* Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional de Revisão n.º 6, de 1994
Portanto, na hipótese do artigo 55, § 4º, a renúncia do parlamentar não produzirá efeito se houver decisão pela perda do mandato, com as conseqüências dela decorrentes.
O afastamento do parlamentar para exercer cargo no executivo ou a licença de até 120 dias para tratar de assuntos particulares, bem como a licença-saúde não acarreta perda do cargo (art. 56), sendo necessária convocação do suplente para afastamento superior a 120 dias. Em caso de renúncia ou perda de mandato o suplente assume, independentemente de ter mudado de partido, pois não há fidelidade partidária, para o titular ou suplente. Se não houver suplente e faltar mais de quinzemeses para o término do mandato, haverá eleição para escolha do suplente (se faltar menos de quinze meses, o cargo de suplente não será provido e vaga não será preenchida).
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