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PROCESSO LEGISLATIVO - aula

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PROCESSO LEGISLATIVO - 
Conceito: Processo legislativo é o conjunto de atos realizados pelos órgãos legislativos, vis ando a formação das espécies legislativas, compreendendo: iniciativa legislativa, emendas, votação, sanção e veto, promulgação e publicação.
	O processo legislativo pode ser compreendido no sentido jurídico (conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser estabelecido pelos órgãos competentes na produção de leis e atos normativos que derivam da própria Constituição) e no sentido sociológico (conjunto de fatores reais que impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas).
	O processo legislativo deve obedecer ao devido processo legal, como observância do princípio da legalidade, já que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, pois o seu desrespeito acarreta a inconstitucionalidade formal da lei, possibilitando o controle judicial da constitucionalidade, pelo método difuso ou concentrado, sendo que os próprios parlamentares podem ingressar com mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal para corrigir eventuais desobediência a tais princípios.
	A atual Constituição Federal aboliu a aprovação de projetos de lei por decurso de prazo, também extinguindo os Decreto-Leis (muitos deles recepcionados como lei ordinária).
		CONCEITOS INICIAIS
Desconstitucionalização: Manutenção da Constituição anterior perante a nova ordem jurídica, mas como norma de hierarquia inferior à nova Constituição. Não acontece no nosso ordenamento jurídico.
Recepção: Acolhimento que a nova constituição dá às leis e atos normativos editados sob a égide da Constituição anterior, desde que compatíveis consigo (Alexandre de Moraes).
Repristinação: Quando uma norma revogadora de uma outra anterior que, por sua vez, tivesse revogado uma mais antiga, recoloca esta última novamente em estado de produção de efeitos (Alexandre de Moraes). Essa restauração de eficácia é proibida em nosso direito, salvo se houver expressa previsão da nova lei (art. 2º, § 3º, da Lei de Introdução ao Código Civil).
Classificação dos Processos Legislativo, em relação às formas de organização política:
Autocrático (governante tem competência para editar leis, sem participação direta do povo ou de seus representantes eleitos);
Direto: (Discutido e votado pelo próprio povo);
Semi-Direto (concordância de vontade de representantes do povo e do referendum popular);
Indireto ou representativo: O mandante (povo) escolhe seus mandatários (parlamentares), que receberão de forma autônoma poderes para decidir sobre os assuntos de sua competência constitucional.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS LEGISLATIVO EM RELAÇÃO ÀS FASES PROCEDIMENTAIS
Comum ou ordinário: destinam-se à elaboração de leis ordinárias, caracterizando-se pela sua maior extensão;
Sumário: Difere do ordinário em relação à existência de prazo para que o Congresso Nacional delibere sobre determinado assunto;
Especiais: Estabelecidos para Emendas à Constituição, Leis Complementares, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos-Legislativos, Resoluções, Leis Financeiras (lei de plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, leis do orçamento anual e de abertura de créditos adicionais).
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO LEGISLATIVO QUANTO À INICIATIVA LEGISLATIVA:
	FASE INTRODUTÓRIA
Iniciativa de Lei Parlamentar: Prerrogativa de qualquer membro do Congresso Nacional (Deputado Federal ou Senador da República) de apresentar projetos de lei;
Iniciativa de Lei Extra-parlamentar: Conferida ao Chefe do Poder Executivo, Tribunais Superiores, ao Ministério Público (art. 127, § 2º e 128, § 5º, 61, § 1º, II, “d” – iniciativa concorrente com o Presidente da República, em face do artigo 84, XXIII e 165 – plano plurianual e lei de diretrizes orçamentárias) e aos cidadãos (iniciativa de lei popular. Quanto às leis estaduais, a lei deverá prever sua forma – art. 27, § 4º c/c a Lei 9.709/98, sendo que o Estado de São Paulo/SP prevê que os projetos de lei de iniciativa popular deverão estar assinados por 1% do eleitorado);
Iniciativa Concorrente: Pertencente a vários legitimados de uma só vez (Ex. Presidente do Senado e da Câmara, Presidente da República e Presidente do Supremo, quanto ao teto salarial do funcionalismo público, que o projeto de lei será de iniciativa conjunta, devendo ser votado pelo Congresso Nacional – Lei Ordinária -, não podendo ser Resolução do Legislativo, do Judiciário, Decreto Legislativo, Decreto Presidencial, sob pena de inconstitucionalidade formal – EC 19/98 – como era o caso do artigo 37, XI, antes da Emenda Constitucional 41, de 19/12/2003), o qual ficou assim redigido:
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Iniciativa Exclusiva: Reservada a determinado cargo ou órgão (art, 61, § 1º - criação de cargos e organização dos órgãos do executivo, visando a melhor estrutura para administrar e dimensionar o quadro de despesas com a chamada “maquina administrativa”).
	As leis de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e dos cidadãos terão início na Câmara dos Deputados (Deliberação Principal), depois indo à apreciação do Senado, o qual atuará como Câmara Revisora (Deliberação Revisional). Se o projeto de lei for apresentado por um parlamentar, iniciar-se-á a apreciação pela Casa Legislativa a qual pertencer (Câmara ou Senado), funcionando a outra como revisora.
	FASE CONSTITUTIVA
	O Projeto de Lei sofre ampla discussão e votação nas duas Casas, delimitando o projeto a ser aprovado ou rejeitado em plenário.
Deliberação Parlamentar: Instrução nas Comissões (art. 58, § 2º, I), nele se analisando a constitucionalidade, através da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, cabendo-lhe a análise dos aspectos constitucionais, legais, regimentais e de técnicas legislativa dos projetos, emendas ou substitutivos, bem como admissibilidade.
	O Projeto deverá ser aprovado por maioria simples dos deputados presentes, cujo quórum de instalação da sessão depende da presença da maioria absoluta dos deputados. Se rejeitado o projeto, somente poderá ser apreciado na próxima sessão legislativa (no ano seguinte), a menos que haja reapresentação da proposta por maioria absoluta dos Deputados Federais ou Senadores (art. 67).
	Após aprovado o Projeto, será elaborado “autógrafo”, que se constitui em instrumento formal do texto aprovado, devendo refletir com fidelidade o resultado da deliberação parlamentar e as transformações ocorridas na proposição legislativa, somente depois seguindo para o Presidente da República sancionar a lei.
	As emendas ao projeto de lei podem ser supressivas, aditivas, aglutinativas, modificativas, substitutivas e de redação. 
	Os titulares de iniciativa extraparlamentar não podem apresentar emendas paraalterar ou suprimir texto, mas no máximo enviar mensagem aditiva que alterem o projeto antes remetido.
	Inexiste previsão constitucional a respeito de prazo para apreciação de projeto de lei, exceto o regime de urgência constitucional ou o processo legislativo sumário (art. 64, §§ 1º 2º - 45 dias em cada casa), solicitado pelo Presidente da República em projetos de sua iniciativa, seja privativa, seja concorrente, iniciando-se a análise pela Câmara e depois indo para o Senado (essa seqüência ocorre em qualquer caso de iniciativa extraparlamentar). Em caso de emenda pelo Senado a Câmara terá 10 dias para apreciá-la. Assim , o prazo máximo para apreciação de projetos de lei com regime de urgência será de 100 dias.
	Esse processo legislativo sumário não pode acontecer durante o recesso parlamentar e nem para matéria de códigos (Civil, processual, tributário etc...)
	Para sancionar expressamente o projeto de lei o Presidente da República terá 15 dias úteis (artigo 66, § 1º), após o que haverá SANÇÃO TÁCITA (artigo 66, § 3º), sendo que ora a doutrina entende que o veto tem a natureza jurídica de um direito, ora de poder e ora de um poder-dever.
	
	FASE COMPLEMENTAR
	Promulgação e publicação da lei. Após a publicação da lei, ela entra em vigor em 45 dias no pais e 3 meses no exterior. Esse período denomina-se “vacatio legis”, exceto quando própria lei dispuser de modo diverso, em virtude da relevância ou irrelevância da matéria.
 DO PROCESSO LEGISLATIVO PROPRIAMENTE DITO
Iniciativa legislativa: é a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei ou emenda constitucional (Ex: art. 60, I, II e III e 61);
Emendas: é a faculdade dos membros ou órgãos de cada uma das Casas do Congresso de modificarem o projeto original (artigo 65, p.u; - vedações às emendas - art. 63).
	Via de regra, não são permitidas emendas em projetos de leis de iniciativa exclusiva do Presidente da República quando impliquem em aumento de despesas, sendo nesses casos permitidas tais emendas quando compatíveis com o plano plurianual e com as leis de diretrizes orçamentárias (art. 63, I, c/c art. 166, § 3º e 4º).
Votação: é o ato de decisão das Casas do Congresso (pode ser realizar por maioria simples (art.47), ABSOLUTA (ART.69 – 257 DEPUTADOS E 41 SENADORES, POIS A CÂMARA TEM 513 DEPUTADOS E O SENADO 81 SENADORES) OU QUALIFICADA (ART. 60. P.2O);
Sanção e Veto: são atos legislativos de competência exclusiva do Presidente da República, recaindo sobre os projetos de lei;
	a) Sanção: é a adesão ao projeto de lei. A sanção pode ser:
a1) expressa: se dá com a assinatura do projeto de lei;
a2) tácita: se dá com o silêncio do Presidente pelo prazo de 15 dias úteis após o recebimento (art. 66, p.3º c.c. o p.1º);
	b)Veto: é a discordância pelo Presidente da República com o projeto aprovado, por entendê-lo inconstitucional ou contrário ao interesse público (art. 66, p. 1º). O veto pode ser:
b-1) Total: quando há discordância de todo o projeto;
b-2) Parcial: quando há discordância de parte do projeto. (só pode haver veto de artigo, parágrafo, inciso ou alínea, não podendo haver veto de palavras ou frases);
b-3) Características do veto: expresso, fundamentado, jurídico (por inconstitucionalidade), político (pelo interesse público), relativo (pode ser derrubado por maioria absoluta dos Deputados e Senadores em sessão conjunta e escrutínio secreto – artigo 66, § 4º).
Promulgação: é o ato pelo qual se atesta a existência da lei, ou seja, que a ordem jurídica foi inovada, tornando-a obrigatória. - art. 60, p. 3º, 66, p. 7º.
6) Publicação: é o ato pelo qual se dá conhecimento a terceiros sobre a lei, marcando o momento em que a mesma passará a gerar seus efeitos.
	ESPÉCIES NORMATIVAS - ART. 59 DA CF
	1) EMENDAS À CONSTITUIÇÃO: art. 60 
Definição : espécie normativa destinada a alterar a Constituição;
Iniciativa: titularidade para apresentar projeto de Emenda - os elencados no artigo 60, incisos I, II e III (mínimo de um terço dos Membros da Câmara ou do Senado, Presidente da República ou mais da Metade das Assembléias Legislativas dos Estados, com voto da maioria relativa dos membros de cada uma delas);
Discussão e Votação: em dois turnos em cada Casa (art. 60, p.2o);
Aprovação: maioria qualificada: 3/5 dos membros em cada turno de votação (art. 60, p.2º, in fine);
Sanção ou veto: não há.
Promulgação: pelas Mesas da Câmara e do Senado (art. 60, p.3º)
Publicação: cabe a quem promulgou.
 Vedações: a) materiais - cláusulas pétreas - art. 60, p. 4o)
 b) circunstanciais - art. 60., p. 1º (intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio) 
	2) LEI COMPLEMENTAR
Definição: espécie normativa infraconstitucional;
Iniciativa: artigo 61 (mesmos entes com atribuições para lei ordinária);
Discussão e votação: em um turno em cada Casa (art. 65);
Aprovação: maioria absoluta (art. 69);
Sanção ou Veto: pelo Presidente da República (art. 66);
Promulgação: pelo Presidente da República (art. 66, p. 5º e 7º);
Publicação: por quem promulgou;
	 3) LEI ORDINÁRIA
Definição: Espécie normativa infraconstitucional;
Iniciativa: - artigo 61;
Discussão e Votação: em um turno em cada Casa ( art.65);
Aprovação: por maioria simples (art.47);
Sanção ou Veto: pelo Presidente da República (art. 66);
Promulgação: pelo Presidente da República (art. 66. P. 5º e 7º );
Publicação: por quem promulgou. 
Diferenças entre Lei Complementar e Lei Ordinária:
	a) - âmbito material pré-determinado: em face da relevância da matéria;
quorum diferenciado: maioria absoluta.
No entanto, não há hierarquia normativa entre elas.
4) LEIS DELEGADAS
Definição: Espécie normativa elaborada pelo Presidente da República mediante DELEGAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL;
Iniciativa: somente por solicitação ao Congresso Nacional, feita exclusivamente pelo Presidente da República (art. 68);
Discussão e Votação: apenas se houver exigência pelo Congresso Nacional de apreciação após a elaboração da Lei Delegada. A votação será feita pelo CN, em votação única (art. 68. § 3º);
Aprovação: no caso de se prever apreciação pelo Congresso Nacional, exige-se maioria simples;
Sanção ou Veto: não há, pois não cabe emendas (art.68, p. 3o);
Promulgação: pelo Presidente da República;
Publicação: por quem promulgou.
Vedações: Art. 68, § 1º;
	5) MEDIDAS PROVISÓRIAS – Artigo 62, com redação dada pela EC 32/2001, assim redigido:
Definição de MEDIDA PROVISÓRIA: espécie normativa exclusiva do Presidente da República (O STF manifestou-se pela possibilidade de edição de medidas provisórias editadas por Estados-membros – Informativos 280 - ADI 425-TO, rel. Min. Maurício Corrêa, 4.9.2002.(ADI-425)� - e 289), havendo doutrinadores que defendam essa possibilidade) que tem força de lei, admitida somente nos casos de urgência e relevância (art.62);
Iniciativa: Não há apresentação ao Poder Legislativo, no ato de sua criação, sendo editada diretamente pelo Presidente da República, que deverá submetê-la de imediato ao congresso;
Discussão e Votação: Em no máximo sessenta dias, contados da publicação, prazo em que deverá ser convertida em lei, podendo haver uma prorrogação por igual período (artigo 62. §§ 3º e 7º), ficando tais prazos suspensos durante recesso do Congresso Nacional (artigo 62, § 4º).
	Se não convertida em lei dentro desses prazos, a medida provisória perderá eficácia, devendo as relações jurídicas delas decorrentes serem disciplinadas pelo Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo;
Aprovação: Em tese não há. Somente para a conversão em lei. Exige-se maioria simples em votação separada em cada caso do congresso, mas no prazo total de 60 dias, prorrogável por outros sessenta, havendo uma comissão mista do Congresso para análise prévia dos pressupostos constitucionais (§ 5º);
Sanção ou Veto: não há.
Promulgação:não há.
Publicação: pela Presidência da República
Vedações à Medida Provisória (artigo 62, § 1º): 
Art. 62 - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3 (créditos extraordinários para atender despesas urgentes como guerra, comoção interna ou calamidade pública);
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
III - reservada a lei complementar;
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
* Artigo com redação determinada pela Emenda Constitucional n.º 32, de 2001
		6) DECRETO LEGISLATIVO
Definição: Espécie normativa que tem como conteúdo, as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional elencadas no artigo 49 da CF;
Discussão e Votação: de acordo com o regimento interno do CN;
Aprovação: por maioria simples;
Sanção ou Veto: não há;
Promulgação: pelo Presidente do Senado;
Publicação: pelo Presidente do Senado;
	
	RESOLUÇÕES
Conceito: espécie normativa destinada a veicular outros atos normativos definidos pelos regimentos internos de cada Casa, bem como a Delegação para o Presidente da República elaborar Lei Delegada (art. 68, p.2º);
Iniciativa: membros do CN;
Discussão e Votação: de acordo com o regimento interno da Casa;
Aprovação: maioria simples;
Sanção ou Veto: não há;
Promulgação: pela Mesa da Casa;
Publicação: por quem promulgou
	Segundo Alexandre de Moraes, um projeto de lei com vício de iniciativa (apresentado por parlamentar em matéria de iniciativa exclusiva do Presidente da República), ainda que depois sancionado pelo Presidente da República, macula de nulidade a formação da lei, não podendo ser validado pela futura sanção presidencial (A Súmula 5, do STF, em sentido contrário, foi abandonada). 
	Só tem legitimidade para impetrar mandado de segurança visando trancar tramitação de projeto de lei violador das normas do processo legislativo o parlamentar (Deputado Federal ou Senador), segundo decidiu o STF em liminar relatada pelo Min.. Celso de Mello (MS 24.645-MC-DF – 08/09/03).
� Estado-membro: Competência para Editar MP
Julgado o mérito de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB contra as Medidas Provisórias 62, 63, 64 e 65/90, do Estado do Tocantins, convertidas nas Leis estaduais 219, 220, 215 e 218/90, respectivamente. O Tribunal, preliminarmente, por maioria, assentou a legitimidade do governador do Estado-membro para, acompanhando o modelo federal, e desde que existente tal previsão na constituição estadual, expedir medidas provisórias em caso de relevância e urgência, haja vista a inexistência no texto da CF/88 de qualquer cláusula que implique restrição ou vedação ao poder autônomo dos Estados quanto ao uso de medidas provisórias. O Tribunal salientou, ainda, o fato de que a EC 5/95 - ao alterar o § 2º do art. 25 da CF, vedando a edição de medida provisória pelos Estados relativamente a exploração e concessão dos serviços locais de gás canalizado -, implicitamente permitiu a adoção de medidas provisórias quanto às demais hipóteses. Vencido no ponto o Min. Carlos Velloso, por entender que seria necessária autorização expressa pela CF/88 para legitimar a adoção de medidas provisórias pelo Poder Executivo estadual. �� HYPERLINK "http://www.stf.gov.br/processos/processo.asp?PROCESSO=425&CLASSE=ADI&ORIGEM=AP&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M" �ADI 425-TO, rel. Min. Maurício Corrêa, 4.9.2002.(ADI-425)�
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